domingo, 25 de abril de 2010

PROPOSTA E RESPOSTA 07

As primeiras imagens de hoje, no meu televisor, foram as da Maratona de Londres, com a vitória de um atleta da Etiópia, que, por meros nove segundos, não bateu o recorde da prova. A cobertura, transmitida no Brasil pelo canal SportTv, mostrou mais que os corredores, inclusive o brasileiro em 6º lugar, Mailson dos Santos. Ali estavam os londrinos à margem do Tâmisa, num fim de manhã dominical ensolarada, a acenar para os competidores, nenhum inglês nas primeiras posições. Coisa bonita de ver. A “City” foi mostrada em vistas aéreas, com toda a beleza da sua arquitetura, graças ao programa espacial que colocou satélites artificiais em órbita da Terra.

Ontem à noite, os noticiários da TV reproduziram imagens do Universo, cobrindo a comemoração dos 20 anos de lançamento do telescópio espacial americano Hubble. Fantásticas formas e cores de galáxias e nebulosas que povoam o espaço cósmico, assim devassado por nossa curiosidade, humana.
Não há como não comparar o homem – a olhar o Universo – e a bactéria, a olhar o Homem.
Menor ainda que a bactéria, numa escala mais adequada, um ser que habitasse um corpúsculo em volta de um elétron, olhando para os átomos ao seu redor, como nós olhamos para as galáxias à nossa volta.
Essa comparação serve para mostrar nossa ignorância, nossa incapacidade de processar dados obtidos com imagens de corpos tão distantes.

Supondo um átomo de carbono, com seis elétrons, como se cada um deles fosse uma “estrela”, esse átomo funcionaria como uma pequena galáxia com seis estrelas em volta do seu núcleo. Só para comparar, diga-se que a nossa galáxia, a Via Láctea, teria mais de 200 bilhões de estrelas em órbita do seu núcleo (há quem, hoje, fale em até quinhentos bilhões).
Agora, imaginemos que em volta de cada uma dessas seis “estrelas”, isto é, elétrons, houvesse um ou mais “planetas”, isto é, partículas dez a cem vezes menores que os elétrons.
Ainda mais fantástico, suponhamos haver numa dessas partículas, seres vivos e inteligentes, que façam telescópios e ponham sondas no espaço orbital.
Finalmente, vamos dizer que esse átomo de carbono é um dos que se encontram no nosso corpo, humano.
Ao olhar para fora do seu “planeta”, que está em órbita daquele elétron, aquele ser vivo e inteligente verá um céu bem parecido com o nosso, com muitos elétrons (estrelas) a formar inúmeros átomos (galáxias) não só de carbono, mas de todos os elementos que formam moléculas em nosso corpo.

Vocês acham que tal ser vivo e inteligente, olhando para o seu céu, terá como imaginar o corpo do ser humano, dentro do qual ele vive? E que esse ser humano é apenas um dos que moram na cidade do Salvador, ou de Londres, ou de...?

A proposta deste blog não é apenas fazer perguntas como estas, mas ir atrás das respostas certas.
Toda proposta exige uma ou mais respostas.