sexta-feira, 28 de junho de 2013

EXISTE UMA CIÊNCIA POLÍTICA?

 
Crônica científica

De vez em quando, ouve-se ou lê-se alguém a falar ou escrever a expressão "ciência política". Há quem exiba o título de "cientista político". Ciência é conhecimento e política é arte, posição ideológica, ação de governo, sistema de regras, disputa de cargos, conjunto de objetivos, entre outras atividades, que, evidentemente, podem exigir algum conhecimento, como ocorre com o comércio, com a indústria, com a agricultura e todas as demais atividades humanas individuais ou sociais. Apesar disso ser claro como a neve, o dicionário do Aurélio diz no verbete Política: "1.Ciência dos fenômenos referentes ao Estado; ciência política." Cuidado com o "Aurélio", portanto. Sim, existe uma ciência política, como uma ciência econômica, uma ciência social, uma ciência química, uma ciência física, enfim, UMA CIÊNCIA para cada ramo do conhecimento, na medida em que se estuda o conhecimento em cada um dos seus setores. Assim como um físico é um profissional da Física, um artista é um profissional da Arte e um economista é um profissional da Economia, um político é um profissional da Política, que é, portanto, uma atividade profissional. Um cientista político, contudo, não é um político, mas um cientista, que, no caso, estuda e pesquisa os fenômenos políticos. Assim, não vamos dizer que Política é a ciência dos fenômenos políticos porque então poderíamos dizer que a Arte é a ciência dos fenômenos artísticos e o Esporte é a ciência dos fenômenos desportivos. As palavras nada valem sem um cérebro competente para analisa-las com cuidado e honestidade.

Esta questão aparentemente acadêmica, hoje, está nas ruas e chega à televisão, o que é muito bom, desde que se tenha o devido cuidado para não confundir "alhos com bugalhos", por serem quase iguais na sua forma. A verdade é que se faz muito pouca ciência política no Brasil, quase apenas nas universidades e sabe-se lá por quem, não sendo raro o engajamento partidário e até a paixão ideológica - absolutamente desvinculada da experimentação científica - na formulação de ideias e formação de conceitos assim infelizmente expostos publicamente. A ciência jamais se deixa levar por preferências passionais e nunca admite qualquer posição fora da frieza do raciocínio lógico e de sua confirmação na bancada da experiência. Os políticos compromissados apenas com sua própria visão do mundo e com os seus batimentos cardíacos, em busca de emoção - o que é próprio dos artistas - não aceitam a ditadura da ciência que segue a disciplina das leis da Natureza, doa em quem doer.
Não estamos discutindo aqui o que é melhor e para quem. Naturalmente, quanto mais próximo está o indivíduo do cérebro animal com menos neurônios, mais se satisfaz apenas com sua animalidade, isto é, sua capacidade de movimentar-se fisicamente. É assim, natural, que manifeste suas preferências e seja respeitado em suas limitações intelectuais, convivendo fraternalmente com os indivíduos que, igualmente capazes, fazem um esforço maior e atingem níveis intelectuais mais elevados, para conquistar posições sociais e bens materiais em maior quantidade e de maior valor. Na Natureza, a opção é individual e isso deve ficar muito claro, no processo educacional, para ninguém ser enganado pelas campanhas sociais meramente demagógicas, que costumam ser designadas como "políticas".

As reflexões aqui propostas semanalmente não visam atingir grande quantidade de leitores, mas apenas aqueles já instrumentados para fazê-las e tirar o melhor proveito delas, com as suas próprias descobertas e contribuições, frutos do seu próprio esforço. Um povo não consegue progredir se é carregado em todo o tempo na sua trilha. Mister se faz apeá-lo e deixar que caminhe com a própria consciência de suas necessidades e objetivos, sofrendo e aprendendo com suas experiências. Do mesmo modo como ninguém faz uma massa muscular saudável em seu corpo, apenas dentro de automóveis e elevadores. Nesse aprendizado, é importante conhecer o papel do Estado, sua estrutura e seu relacionamento com o cidadão nas ruas. Esse conhecimento é a base do que podemos chamar de "ciência política", que deve ser despertada em cada indivíduo, na fiscalização da Política que é feita com ação, na elaboração e no cumprimento das leis e dos procedimentos públicos, custe o que custar, doa em quem doer, com rigor e punição, indispensáveis em qualquer processo realmente educativo. A demagogia caritativa mantém o povo frágil e dependente, como se faz com as ovelhas que não precisam trabalhar, mas apenas comer para que tenham sempre lã e leite até o dia em que darão sua própria carne, para benefício dos seus pastores. Só deles...

Adinoel Motta Maia 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

O DISCO DE NEWTON E AS PASSEATAS


Crônica científica

O Brasil inteiro está nas ruas ou na televisão, olhando quem foi para lá, em passeatas convocadas por indivíduos, pela Internet, utilizando as ditas "redes sociais". Dias seguidos - em cada dia mais gente do que no anterior - vemos passeatas de pessoas que não aceitam bandeiras de partidos políticos, de movimentos quaisquer. Nenhuma bandeira além da brasileira, de ordem e progresso, cantando-se o hino nacional, pensando-se apenas no Brasil. Não o Brasil-sil-sil do futebol, mas, ao contrário, o que não aceita o controle da FIFA, que neste momento está mandando no País e cujo presidente, um tal de Platter - é este o seu nome? - foi vaiado pelo estádio inteiro em Brasília, ao ensaiar um discurso de abertura da Copa das Confederações, no qual criticou os brasileiros presentes pelo seu desrespeito e falta de fair-play na presença da Presidente da República, que foi também vaiada, naturalmente, por estar ali com ele e por gastar fortunas para construir estádios enquanto os professores de todo o território nacional ganham um salário miserável e o povo não tem saúde, segurança nem transporte decente e suficiente.

Essas passeatas de indivíduos, sem lideranças partidárias, sindicais, religiosas ou outras quaisquer, convocadas por pessoas também quaisquer, nas redes sociais, surgiram do nada, apelando-se diretamente para a consciência de cada brasileiro. Como fogo em palha seca, o Brasil inteiro foi para as ruas, libertando suas ansiedades reprimidas e exteriorizando suas revoltas intimamente guardadas até então, num movimento explosivo absolutamente espontâneo, cada convidado convidando outros indivíduos, assim demonstrando que uma sociedade saudável e poderosa não é uma massa de idiotas manobrada por pastores políticos, sindicalistas, clubistas ou religiosos. Cientificamente, os indivíduos, as pessoas humanas e até mesmo os animais em geral, evoluem individualmente. São os genes e os egos, em cada indivíduo, que evoluem a partir de suas heranças e suas novas experiências, pressionando células em geral a acumularem informação e a processarem esta, assim contribuindo para que gerações futuras sejam melhores, mas resistentes e mais inteligentes. Qualquer comunidade só cresce quando seus indivíduos crescem separadamente. Quando se estabelece algum progresso social por comando sobre uma comunidade inteira, esse progresso só se mantém enquanto se mantém esse comando. O progresso só é mantido sem pressão, se é adquirido individualmente. Isto é científico, não à luz da sociologia política, mas à luz da antropologia física.

Assim, a consciência é individual e quando surge ou cresce a partir da comunicação individual, como ocorre via Internet, de uma pessoa para outra, sem pressão das massas, os ganhos são permanentes, até que ela própria evolua ainda mais, obtendo-se mais informação. Assim, pode-se votar individualmente, cada um com sua própria consciência, compilando-se toda a informação que se possa obter, com a observação de todo o círculo e não apenas de um dos seus setores. Não nos esqueçamos de Isaac Newton, com sua experiência física do círculo com vários setores, sendo um de cada cor. Ao se girar esse círculo, obtém-se um outro, de cor branca. O branco da paz nada mais é que a soma de todas as cores em guerra. Não há homem psiquicamente saudável que prefira a guerra, olhando apenas para uma cor. Assim, a conclusão óbvia é que ninguém precisa de partido político ou seita religiosa, se pode obter todo o conhecimento, receber toda a informação, venha de onde vier, deixando que seu próprio cérebro, com sua própria memória e sua própria velocidade de processamento, determine sua direção, sem vergonha de trocá-la por outra, quando se descobrir em erro. O erro nada mais é do que um trajeto sem rumo e a derrota nada mais é do que o resultado obtido por quem está errando.

Viva, portanto, a democracia com liberdade de opinião e de manifestação, com ordem, para o progresso. É ela que nos dá tempo para descobrir individualmente que estamos em erro e assim  permite nos arrependermos do mal feito e mudarmos de comportamento ou de direção, pagando com o sofrimento para aprendermos e evoluirmos a nós próprios. Se cada ego evolui, contribui pra a evolução de sua comunidade, que precisa de educação como precisa de ar, de água e de energia. O problema maior da falta de educação é que os não ou mal educados fazem dos educados seus inimigos, seja por medo - porque não os compreende - seja por inveja - porque ainda não adquiriu o que eles já possuem - agravando seu estádio social. É portanto, do interesse de todos acabar com a ignorância e aumentar a consciência em todos os indivíduos. Não se faz isso pagando mal aos professores e assim estimulando quem sabe mais a não optar por essa profissão. É evidente que, reduzindo-se o nível dos professores, acaba-se com a educação e mantém-se a população na ignorância, dependendo da esmola que o governo dá com o nome de "bolsa-família" com o único objetivo de comprar voto para futuras eleições. Um povo educado não precisa de esmola. Por isso, nos países civilizados, a  boa educação é obrigatória. Fora do Brasil, não se dá esmola para se botar o filho na escola ruim. O pai que não coloca seu filho numa boa escola pode pagar multa ou até ser preso, havendo lugares em que o Estado toma o filho e o educa. Evidentemente, isso só é possível em países onde não há miseráveis estendidos na rua ou nelas se drogando. Países onde os pobres têm boas escolas públicas e gratuitas, com professores bem pagos e vagas garantidas para todos.

Adinoel Motta Maia

sexta-feira, 14 de junho de 2013

SABEDORIA POPULAR É CIÊNCIA


Crônica científica

Minha avó dizia: "Dizes com quem andas, que te direi quem és". Também dizia: "Quem com porcos se mistura, farelos come". Ela nasceu ainda na Monarquia, em março de 1889. Foi educada como mulher, isto é, sem maior intimidade com a Ciência, porque, então, era vergonha para a família, se suas mulheres sabiam mais do que deviam e pior, se sabiam mais que seus respectivos maridos. Os patriarcas orgulhavam-se, ao dizer: "Minha filha não precisa trabalhar nem saber coisa alguma". O que se permitia a elas, no topo da sua sabedoria, era repetir frases feitas - por homens, naturalmente - com a observação e experiência secular ou milenar, de todos os povos, passadas oralmente de uma pessoa para outra. O que justificava essa repetição era justamente a confirmação da experiência, feita inúmeras vezes, com o mesmo resultado, como se exige, hoje, no método científico. Para ser verdade, uma afirmação deve ser testada inúmeras vezes e ter um mesmo resultado, confirmando-a.

As duas frases acima citadas, nas primeiras linhas desta crônica, são mantidas pela sabedoria popular, porque se confirmam no cotidiano das experiências pessoais. São científicas, portanto. Antropólogos e sobretudo, sociólogos, quando zelam por carteirinhas partidárias, ideologicamente comprometidos para servir interesses meramente políticos, costumam negar a validade e importância de frases como essas, vendo nelas uma conotação preconceituosa. Como, no entanto, ver preconceito numa afirmação concebida há séculos e que se verifica a cada dia até hoje, na prática social em todos os povos, sem exceção? Em verdade, qualquer frase pode ter diversas interpretações, a depender da conotação que se empresta a cada palavra, mas cientificamente, cada palavra tem um único e preciso significado, único e preciso daquele símbolo, quando denotativa, isto é, conforme está no dicionário, sem sentido figurativo ou paralelo, sem a imitação dos poetas que as utilizam como metáforas ou quaisquer outras figuras de linguagem. Fria e objetivamente, como é fria e objetiva a realidade imposta pelas leis da Natureza.

Vamos a um exemplo: quem vê o seu filho saindo à noite com um vizinho que usa ou vende drogas não deve afirmar que ele usa ou vende drogas, também. O sentido da frase - "quem com porcos se mistura, farelos come "- é o de que, ao estar junto desse amigo, caso este seja preso ou assassinado na rua, ele também "comerá" os farelos resultantes daquela ação, ou seja, será detido para interrogatório ou receberá uma bala perdida, seja ou não um drogado ou um traficante. Só o fato de se morar ao lado de um traficante de drogas - usando-se o mesmo exemplo - pode trazer consequências danosas. Não estamos discutindo se a pessoa tem alternativa a curto, médio ou longo prazo, para sair daquele convívio. Esta é uma outra questão, que não invalida a frase. Também não estamos a dizer o que cada um deve fazer. O destino de uma pessoa só pode ser determinado por ela própria. Evidentemente, sua vida futura dependerá de suas ações no presente e no passado, mas só depende dela, isto é, do modo como processa os dados que coloca em sua memória, porque, até os fatores externos que podem incidir nos resultados também são frutos de uma decisão sua, anterior. Por isso é que o sofrimento é fundamental para a educação, seja esse sofrimento o dos estudos e trabalhos escolares num dia em que poderia estar na praia, seja o de uma morte prematura, que ensina como proceder numa vida posterior.

Do mesmo modo, a outra frase - "dizes com quem andas, que te direi quem és" - é ainda mais óbvia. Não quer isso dizer que não poderei ter um amigo desportista, se sou um deficiente físico, mas é evidente que não poderei dar a esse amigo as mesmas respostas e fazer-lhe companhia permanente, se não o posso acompanhar nas suas preferências culturais, que, no caso, dependem de aptidão fisiológica. Assim, quem vê o seu filho cercado por mulheres, sabe que ele as aprecia ou as imita, do mesmo modo que um pombo não anda num bando de andorinhas e um tubarão só persegue uma sardinha para a comer. Assim é a Natureza e as pessoas antigas, com pouca ou nenhuma educação na escola, aprendiam no cotidiano de sua vida, guardando suas observações na memória e aceitando o processamento determinado por seus neurônios, à revelia da sua vontade. A lição que se tira de tudo isso é que cada um de nós pensa diferente e é diferente dos outros porque cada indivíduo formata o seu ego com suas experiências diárias, independentemente de cada uma das pessoas à sua volta. É por isso que, ao morrer, alguns vão para o Paraíso e outros permanecem aqui, mantendo-se no Inferno até aprender com o próprio sofrimento, indispensável para a evolução.

Adinoel Motta Maia

sexta-feira, 7 de junho de 2013

COMPROMISSO COM A VERDADE


Crônica científica

Nosso compromisso com a verdade científica não depende de nossa vontade, porque não há como fugir dele, ainda que não se tenha conhecimento disso. Poderia dizer: ainda que não se tenha consciência disso. Parece ser  a mesma coisa. Não o é. O conhecimento é opcional e pode ser imposto por terceiros, enquanto a consciência é inerente ao ser, pertence a este, não há como subtraí-la dele, porque em verdade, é ela que o cria e o faz evoluir. Se isto não está claro, é justamente porque, embora tendo a consciência desse compromisso - não se pode fugir dela - podemos não ter o conhecimento em nosso cérebro, de que o possuímos e obrigatoriamente, devemos cumpri-lo. Este pensamento é cartesiano e constitui a base de toda a ciência, que promove a tecnologia. Merece, portanto, que dediquemos algum tempo e o esforço necessário para sua compreensão, aceitação e aplicação - nesta ordem. Como tudo, o progresso nessa direção depende de disciplina. Qualquer dificuldade nesta tarefa - em qualquer tarefa - deve-se exclusivamente à falta dessa disciplina. Sem disciplina, não se faz progresso. Infelizmente, pouca gente a cultiva, porque ainda não olhou em volta e se olhou, não viu que os que não progridem na vida são justamente os indisciplinados, isto é, os que não seguem as leis, as regras, as normas da Natureza e/ou as do Homem, mantendo-se fora da Justiça e do Direito.

Vencida essa preliminar, podemos abordar a questão que motiva esta nossa reflexão de hoje: nem toda verdade é científica. Sempre se praticou o ato lamentável de forjar uma verdade, repetindo uma mentira. O homem costuma afirmar coisas sem o conhecimento necessário para isso, motivado apenas pela sua necessidade em que seja assim, do jeito que ele diz. Outros, que o conhecem e respeitam, repetem essa afirmação e quando menos se percebe, já existe uma guerra entre povos porque um deles está errado e não sabe disso. Neste momento, o mundo inteiro está em conflito e caminhamos celeremente para uma guerra total - isto seria o Juízo Final - apenas porque lá atrás, um homem mentiu - por má fé ou ignorância - e foi conveniente para todos os que o ouviram, acreditar nessa mentira e alimentá-la, fazendo-a circular e assim ampliando cada vez mais esse círculo. É dessa "verdade" assim criada e cultivada que surgem todas as crenças. Sem exceção.

A verdade científica é aquela que parte de uma necessidade básica: manter a nossa própria existência. Por isso temos todos o compromisso de respeitá-la, ainda que não saibamos disso e pratiquemos, assim, a mentira. Ninguém consegue enganar os outros sem enganar primeiro a si próprio. Essa vontade e decisão de enganar já é a prova de que a pessoa está sendo enganada por ela mesma, que não percebeu ainda estar prejudicando sua evolução. A verdade científica é aquela que só se revela através do conhecimento adquirido pela observação e a experimentação repetidas de um mesmo objeto ou fenômeno, através processos que são geridos por leis físicas ou psíquicas, todas impostas pela Natureza. Assim, por exemplo, a Química e a Biologia são disciplinas montadas em verdades científicas que exigem o máximo rigor para serem aceitas. Já a História e a Religião, não raramente sofrem a intervenção da Política, que, por interesses humanos, ditos sociais, impõem práticas abusivas que escondem ou revelam dados, manipulando-os ao sabor de um projeto de Poder, divulgando "verdades" que, assim, não são científicas, mas apenas servem aos interesses de um grupo, em um lugar e em um momento, exigindo revisões sucessivas. Quando alguém ousa encarar cientificamente um fato histórico, não raramente cria uma polêmica e costuma ser censurado pelas estruturas do Poder Estabelecido.

Mais cedo ou mais tarde, no entanto, surge uma brecha e um pesquisador independente consegue atingir aquele compromisso que inconscientemente cada um de nós tem com a verdade científica e pode reconhece-la, desde que não tenha preguiça para persegui-la, depois de encara-la. Podemos afirmar que essa postura pode ocorrer involuntariamente e até contra os interesses momentâneos do indivíduo, que assim perturbado pelo afloramento do seu Inconsciente compromissado com a verdade, aceita o desafio de opor-se ao que está estabelecido. Infelizmente, são poucas as pessoas que conseguem ouvir o seu Inconsciente e entre estas, há as preguiçosas, que se satisfazem com o Circo.

Adinoel Motta Maia