segunda-feira, 28 de junho de 2010

O NASCIMENTO DE DEUS - 3

Um dia, no século XVII, o inglês Isaac Newton escreveu que a matéria atrai a matéria na razão direta das suas massas e na razão inversa do quadrado da distância entre elas. Esta é uma das leis por ele descobertas, com as quais fundou a Física. Leis irrevogáveis...
-- Irrevogáveis?
Num outro dia, no século XX, o alemão Albert Einstein disse que não é assim que as coisas ocorrem. Não se trata de atração – disse ele – mas de empurrão. Não é a Terra que atrai a Lua. É o espaço-tempo que empurra a Lua para a Terra e esta só se equilibra, porque está em movimento que a lança para fora.
Em 1915, Einstein brigava com a matemática para chegar à sua Teoria Geral da Relatividade, só conseguindo a equação procurada quando calculou a órbita do planeta Mercúrio, em volta do Sol. A teoria foi publicada em 1916, mas ainda faltava comprová-la e aí começou uma seqüência de tentativas para fotografar um eclipse, que mediria a deflexão da luz de uma estrela, ao passar pelo Sol, chegando a nós, observadores, na Terra. Verificou-se, assim, que o “espaço-tempo” em volta do Sol “estava encurvado”.
-- Coitado de Newton!
Einstein “viu” que não existe essa tal de força de gravidade. Para ele, é o espaço que se curva e empurra os objetos. Esta é a sua teoria, falando em distorção do espaço-tempo. A luz que vem de uma estrela propaga-se em linha reta, mas se curva ao passar pelo Sol, porque o espaço está distorcido em volta do Sol.
-- O que distorce o espaço?
Newton sorri, lá, onde se encontra, respondendo: a força da gravidade.
Mudou-se apenas o verbo e assim, ao invés de dizer-se que a gravidade atrai, diz-se que a gravidade empurra.
O que importa é: O QUE É A GRAVIDADE?
Em 1981, meu livro Humanidade: Uma Colônia no Corpo de Deus tem um trechinho, assim:

“Essa força quâmica é tanto maior quanto maior é a massa do ser e nela está a origem da ação, que se costuma chamar de gravidade. A gravidade do planeta Terra é resultante das atrações exercidas simultaneamente por todas as partículas pensantes, umas sobre as outras. Como uma ‘partícula’ do macrocosmo, a Terra também exerce sua atração”.

Conforme explicado na série FÍSICA E PSÍQUICA, neste blog, assim como no meu artigo “Teoria Unificada do Universo”, uma das leis fundamentais da nova ciência é:

Todo pensamento pontual atrai outro pensamento pontual de modo a formar linhas, que se atraem para formar superfícies, que se atraem, curvam e dobram para formar corpos, unindo estes em estruturas psíquicas diversas e crescentes.

Quem sabe o que é amor e ódio, sabe que são capazes de atrair e repelir corpos. Nada mais são do que complexos de pensamento a formar corpos, que se atraem ou se repelem. Amor e ódio são a mesma força, com sinais invertidos. Ódio é amor negativo.
Toda a eletricidade é fundamentada nisso. O magnetismo, idem. A natureza como um todo, também, sem a menor dúvida, porque ela é feita apenas de pensamento, ou melhor, ela é consciência. Só consciência, em estruturas formadas de acordo com outra lei da Psíquica:

A Consciência evolui por necessidade de criar estruturas mais complexas para realizar funções mais complexas.

Se os corpos são formados apenas por pensamento (consciência), sua massa nada mais é do que quantidade, volume, de pensamento, consciência estruturada em tantos tetraedros (ver FÍSICA E PSÍQUICA) quantos necessários.
Assim, devemos dizer que também a onda tem massa, porque ela é estruturada a partir de tetraedros de pensamentos pontuais, não em corpúsculos, mas em linhas. Um corpúsculo muito pequeno como o fóton pode transformar-se em onda apenas mudando a posição dos seus tetraedros, conforme sua consciência, isto é: bastando querer. Com isso, a chamada “mecânica quântica” deixa de ser problema para a “mecânica clássica” e só assim se unifica uma teoria para todo o Universo.
Podemos, então dizer que a luz da estrela é encurvada pela gravidade porque a massa que produz a gravidade atrai a massa de luz. Sim: a massa de luz.


ESTE BLOG TERÁ UM NOVO TEXTO EM 08 DE JULHO, PARA FECHAR ESTA QUESTÃO DO CORPO DE DEUS, ISSO É, DA ESTRUTURA DO UNIVERSO E DA CONSCIÊNCIA QUE O FORMA.

sábado, 19 de junho de 2010

Nascimento de Deus 2

Este blog não defende qualquer ângulo de observação. Defende todos. Todos os conflitos intelectuais derivam do fato de que cada pessoa escolhe um ângulo de observação e concentra seus esforços de pesquisa, estudo e análise apenas nessa área, filiando-se a seitas e partidos e recusando tudo o que vem de fora.
Faz-se casas quadradas com quatro paredes, mas abre-se porta e janela apenas para uma delas. Esse procedimento limita o ingresso de dados no sistema neural e empena o processamento ali realizado pelos neurônios, estabelecendo uma verdade que está longe de ser absoluta, completa, iluminada, do Universo, que é o todo e não apenas uma parte.
Quando foi publicado o meu primeiro livro, em 1981 (Humanidade: Uma Colônia no Corpo de Deus, Edições Melhoramentos), eu realizava o processamento dos dados então disponíveis, trabalhando com as evidências e recusando os dogmas da religião e da ciência. Uma dessas evidências era não haver origem para o Universo, mas ser este infinito e composto por universos inúmeros, como se viu neste blog na semana passada (08 de junho), cada um deles um ser vivo que nasce, cresce e morre. Um macróbio.
Os físicos, hoje, mostram-se confusos porque a expansão do universo conhecido (o corpo do nosso “deus”), com suas galáxias, ocorre acelerada, afastando-se uma das outras. Nenhum fisiologista, contudo, se espanta com o fato do corpo humano, de um recém-nascido, com suas moléculas, expandir-se aceleradamente, afastando-se uma das outras.
O “corpo de deus”, evidentemente, é muito maior e deve ser muito mais complexo do que o corpo humano. Por algum processo, os “deuses” se reproduzem, nascem, crescem e morrem. Esse nascimento poderia ser o tal do Big Bang?
Os físicos partidários dessa grande explosão como origem do Universo, todo ele (não apenas de um universo, o nosso), estão tentando provar suas teorias com experiências em aceleradores de partículas e o máximo que conseguem é descobrir que há partículas menores do que as já conhecidas.
Os processos da Natureza têm se mostrado repetitivos, alterando-se apenas a escala. Desde que uma molécula mineral evoluiu para uma hélice que se divide em duas, surgiu na Terra a reprodução. Por que só na Terra? Não vamos aceitar que haja uma lei para cada planeta, estrela, galáxia, etc. no Universo. Podemos ser ignorantes, mas não devemos ser ingênuos. Sempre que descobrimos uma estrutura física (material ou energética) ou psíquica, ela obedece a um padrão já conhecido, a uma lei geral, ainda que tenha suas próprias leis particulares, também repetitivas. A filosofia oriental antiga já tinha descoberto isso, ao dizer que “assim como é embaixo, é em cima”.
O big bang humano é o momento da mitose da primeira célula gerada no útero materno. É possível até que tal separação produza um ruído, que nós não ouvimos, na escala dos seres humanos, mas talvez seja percebido na escala das células. O que se tem, é uma expansão aparentemente desenfreada com a duplicação sucessiva de cada célula, aumentando o tamanho do “corpo” que se torna um embrião até este chegar a feto e logo depois, com o crescimento da criança até uma idade em que o processo para, o homem amadurece e cumpre sua missão evolutiva, para chegar o momento de morrer e desintegrar-se.
O que a nossa Física chama de Universo, provavelmente, é uma célula em formação, crescendo, do corpo de nosso “deus”, nosso universo, que vive ao lado de muitos outros, similares.
No meu livro acima citado, depois de falar de partículas de quase matéria (ver a série FÍSICA E PSÍQUICA, neste blog, aos sábados, em março, abril e maio deste ano), digo que tais quamas enchem todo o Universo, como estruturas ainda primitivas, de consciência, que se unem para formar partículas de matéria. O Universo é espaço, é consciência, é espírito (os antigos místicos orientais deram esse nome a uma espécie de atração que forma estruturas sucessivamente mais complexas).
Ainda em 1980, escrevi nesse livro, o seguinte parágrafo:
“Com humildade, mas com coragem, vejo-me forçado a propor que se considere o quama como a célula do espírito. Para isso devemos admitir a existência de um outro Universo, não material, composto apenas por partícula de pensamento e constituído, no seu conjunto, por complexos de pensamento. Cada um desses complexos seria um espírito e cada “quama” sua célula. Adiante, veremos que se reproduz segundo um programa pré-estabelecido, do mesmo modo como a célula viva da matéria se reproduz segundo uma programação genética. Dentro desta proposta, digo que no início existia uma célula-ovo, um quama que se reproduziu para formar a matéria que deu origem ao universo. Sucessiva e simultaneamente, os quamas assim formados se agruparam para formar leptons e quarks, que se constituíram em átomos componentes das moléculas, que se organizaram em nuvens formadoras de planetas, estrelas e galáxias...”
Trinta anos depois, com mais dados e mais processamento, já tenho uma ciência da consciência – a Psíquica - para receber essa questão. A referida “partícula de pensamento” e os “complexos de pensamento” por ela formados nada mais são do que as estruturas de consciência tratadas neste blog (série FÍSICA E PSÍQUICA), que se organizam em “egos” (partículas conscientes que evoluem em complexidade até se tornarem corpos), pela atração ou espírito, que faz deles autênticas células de consciência (pensamento), de modo que a primeira das quais em uma estrutura material pode ser considerada “célula-ovo” que se reproduz, obedecendo leis da Psíquica (falaremos delas neste blog),na formação dessa partícula material.
Com este exercício intelectual, aqui e agora sinteticamente colocado, trago uma outra alternativa para o beco sem-saída do Big-Bang, que se orienta apenas pela Física e para onde esta não pode mais progredir. Antes da matéria e da energia, há muita coisa, que só a Psíquica explica.
EM JUNHO, O BLOG SUPLEMENTA A SÉRIE FÍSICA E PSÍQUICA PARA QUE SE TENHA TEMPO PARA RELEITURA, REFLEXÃO E ESTUDO DELA. O PRÓXIMO TEXTO SERÁ COLOCADO AQUI EM 28 DE JUNHO.

terça-feira, 8 de junho de 2010

O NASCIMENTO DO UNIVERSO

Não é fácil abrir a mente para o pensamento inovador, em busca do conhecimento das estruturas eternas, mas ainda subterrâneas, quando se tem a obrigação, no cotidiano, de aceitar como certo o pensamento sedimentado que nos encaixota no conhecimento limitado e dirigido para os objetivos pragmáticos.
No início do ano de 1957, prestei exame vestibular para a Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, onde pretendia fazer o curso de Arquitetura, basicamente uma atividade criadora.
Apesar das minhas excelentes notas em Matemática, Português, Desenho Geométrico e Desenho Artístico, que me aprovariam nos primeiros lugares, fui examinado em Física por alguém que era um físico, mas apenas um engenheiro civil, professor de Pontes. Assim, enquanto me preparei para o vestibular com aulas de cálculo vetorial ministradas pelo extraordinário professor Guilherme Ávila, os exames escrito e oral foram realizado com base no compêndio de autoria de Aníbal Freitas, adotado no curso secundário. Basta dizer que na prova oral, que constava de cinco perguntas, cada uma valendo dois pontos, minha resposta em uma delas (o que é lente?) foi considerada errada porque não era a que se encontrava no referido livro.
É um absurdo que vinte por cento da avaliação de todo o programa de Física seja feita apenas com uma pergunta dessa qualidade, que só avalia se o candidato decorou ou não as definições encontradas no livro.
Essa estrutura tacanha, onde o professor mais valia pela sua empáfia do que pela sua capacitação e ousadia intelectual (no caso, científica), foi dominante no ensino universitário da Bahia até a década de 1960 e responsável pela minha desistência da Arquitetura, levando-me para a Engenharia, cujo vestibular, embora incluísse também Química, não tinha prova oral, de modo que assim livre de questões simplórias, logrei ser aprovado, ingressando na Escola Politécnica da mesma universidade, dirigida – podem todos acreditar – pelo mesmo professor que me impedira de ser arquiteto, do qual viria a ser aluno e que mais tarde seria meu colega, porque passei em concurso para ser professor dessa escola, participando do Colegiado de Curso por ele coordenado.
Narro essa minha experiência para dizer que sempre desafiei as estruturas sedimentadas e nunca temi ser prejudicado, na defesa de conceitos inovadores buscados na pesquisa individual, sem me submeter a “autoridades” praticantes do conhecimento inalterável e dogmático, fechado em cânones e mantido em estado de verdade absoluta, fora da qual tudo é especulação.
Assim foi que estudei simultaneamente os ensinamentos rosacruzes e os universitários, não raramente interrompendo aqueles para poder avançar nestes e obter o meu diploma de graduação, enquanto praticava o jornalismo no Jornal da Bahia, onde ingressei em 1959 como colunista e repórter, seguindo uma carreira na qual fiz de tudo, inclusive como editor de caderno dominical, até 1996.
Naquele jornal, tive uma página aos domingos, por muitos e muitos anos, intitulada Ficção e Realidade, para a qual escrevi contos de ficção científica e policial e textos investigativos de temas que atravessavam a religião, o misticismo, a filosofia e a ciência, sem temer os assuntos controvertidos e sem medo de ser maculado por enfrentar pesquisa séria em áreas recusadas pela ciência, como a dos apelidados discos voadores e a dos ditos espíritos desencarnados.
Com humildade e coragem, escrevi o meu primeiro livro, para apresentar o fruto do que meus neurônios juntaram e processaram, sobre o Universo, durante todos aqueles anos. Ao ler o original da obra, o editor da série “Enigmas do Universo”, das Edições Melhoramentos, imediatamente o aceitou, colocando-o entre títulos de autores como o físico francês Jean Charon. Esse meu livro – Humanidade: Uma Colônia no Corpo de Deus – foi o único de autor brasileiro, nessa série, publicado em 1981. Esgotado, só é encontrado nos sebos.
Está ali, uma primeira visão, minha, da estrutura do Universo. Nada menos do que o Corpo de Deus. Ousei dar ao termo “macróbio”, apresentado no dicionário como uma pessoa muito velha (os donos da verdade não admitem a existência do macróbio como um ser muito grande, na mesma escala em que micróbio é muito pequeno), um significado etimológico oposto ao de “micróbio”. Naquela oportunidade, me pareceu lógico comparar o átomo (elétrons em torno do núcleo) no corpo humano a um “átomo” (planetas em volta de estrela) no corpo de Deus.
Com o desenvolvimento da idéia, ainda teoricamente, imaginei que alguma coisa na “superfície” de um elétron num átomo de carbono num corpo animal olharia para outros elétrons e para outros átomos, com a mesma percepção que nós humanos temos de um céu com planetas e estrelas.
Assim, analogamente, podemos nós, ao olharmos um céu de planetas, estrelas, galáxias, estar vendo “elétrons”, “átomos”, “moléculas” de um corpo vivo, macróbio, que nasceu e cresce, com dimensões tais que constituiriam um universo (não o Universo) de dimensões para nós imensuráveis, mas realmente limitadas.
Ainda podemos admitir muitos desses “universos” co-habitando o espaço cósmico, como nós co-habitamos na Terra. Para nós, cada um deles seria um deus, com tantos poderes sobre nós como teríamos poderes sobre habitantes de um elétron, se estes existissem.
Se tal quadro fosse real, certamente esse deus não saberia da nossa existência, como não sabemos da existência de seres quaisquer em elétrons quaisquer, de qualquer átomo de nosso corpo.
Esta é apenas uma das muitas propostas de reflexão nesse livro.
Uma reflexão que precisa ser feita, porque implica na origem de nosso universo (corpo de um deus), cujo nascimento não seria uma explosão, mas algo parecido com uma mitose seguida de outras divisões e o conseqüente crescimento do corpo, com as moléculas se afastando uma das outras como nossas galáxias o fazem.
Essa proposta já é científica, quando estudamos o nosso céu, cada vez com melhores equipamentos para detectar e compreender os seus fenômenos, sua composição e suas leis.
Esse livro de 1981 vendeu completamente sua única edição (pela Internet, pode ser encontrado em alguns sebos) e nunca achei tempo para fazer sua revisão e ampliação para uma segunda, na qual, no entanto, trabalho muito lentamente.

AGORA EM JUNHO, ESTE BLOG TRAZ A ORIGEM DO PENSAMENTO QUE ESTRUTUROU A TEORIA UNIFICADA DO UNIVERSO A PARTIR DA IDÉIA DE QUE ESPAÇO É CONSCIÊNCIA. CONTINUA NO DIA 18 DO MÊS.

terça-feira, 1 de junho de 2010

A BUSCA DA ETERNIDADE

Nasci em 1937 e vinte anos depois, exatamente no dia do meu aniversário, recebi e li a primeira monografia da AMORC – Ordem Rosacruz – à qual acabara de me filiar, atraído por um anúncio que falava de sua origem no Antigo Egito. Eu era estudante, preparava-me para o vestibular universitário e já colaborava com revistas e jornais, tendo lido “Deuses, Túmulos e Sábios”, o romance da arqueologia de C. W. Ceram, publicado no Brasil pela editora Melhoramentos.
Leitor assíduo de ficção policial de mistério, contos fantásticos, ficção científica, romances de aventura – depois de anos de relação com super-heróis das histórias em quadrinhos – já publicara meus primeiros contos na revista nacional “Vida Juvenil” (textos e quadrinhos).
Migrava aos poucos para os livros especulativos sobre mistérios arqueológicos, tais como os das pirâmides egípcias e maias, da Atlântida, dos discos voadores na antiguidade e das escrituras sagradas, desde a Bíblia até os poemas hindus da literatura védica.
Eu era um jovem normal, que ia aos jogos de futebol do Bahia, via todos os filmes lançados na semana, freqüentava clubes sociais e associações culturais, era folião no Carnaval, tinha amigos e amigas (naquela época só se fazia sexo normalmente com prostitutas e esposas), relacionando-me bem com os colegas, mas não encontrava tempo para namoro fixo e outros compromissos que tirassem minha liberdade como indivíduo sem qualquer sectarismo ou partidarismo.
A Ordem Rosacruz, ao contrário da Igreja, com seus ensinamentos, jamais exigiu crença ou fé, fornecendo meios para que se pudesse experimentar e provar mística ou cientificamente suas afirmações, permitindo a divergência e a divulgação de seus conhecimentos, até estimulando essa postura.
Foi nos seus textos que aprendi ser o tempo, a duração da consciência.

O bom professor é o que mostra tudo aquilo que podemos ver à nossa frente e nunca o fizemos por falta de atenção ou por olhar sempre para outro lado.
Fazendo os exercícios, provava com a minha própria experiência, que, com os olhos fechados e os ouvidos tampados, sem usar qualquer dos sentidos, eu estava consciente de mim mesmo e podia medir a duração dessa consciência, em unidades de tempo.
ERA EVIDENTE QUE SEM UMA DURAÇÃO, POR MENOR QUE FOSSE, DA CONSCIÊNCIA, NÃO HAVIA O TEMPO.
SUA DIMENSÃO ERA ZERO.

Essa informação, assim isolada, contudo, fora insuficiente para me levar a qualquer lugar, de modo que precisei de cinqüenta anos para ver, bastante iluminado, todo o Universo, a partir da consciência como essência e sinônimo do próprio espaço, aí já incluída essa sua dimensão: a duração.
Tive de inverter até conceitos rosacruzes, para chegar a essa descoberta.
Eu aprendera por anos seguidos, que a atualidade se refere às nossas experiências atuais, na vida atual; enquanto a realidade está na vida eterna, aquela que só conhecemos com a plena consciência de nossa personalidade-alma.
Essa estrutura semântica rosacruz, contudo, nos conduz para o lado oposto e nos afasta de nossa busca, porque a REALIDADE, ao contrário, é exatamente a estrutura na qual a consciência tem uma duração e isso nos remete para as leis da FÍSICA, esteja a nossa consciência limitada à percepção neural nesta vida que experimentamos como ego em um corpo material, ou esteja amplificada numa existência eterna como ego em uma estrutura energética que acumula todas as vidas materiais.
NÃO! Não estou fazendo proselitismo espírita, falando de reencarnação ou reincorporação de um espírito ou alma em vários corpos, sucessivamente.
O que estou a dizer é algo mais sutil, baseado numa frase bíblica:

DEUS FEZ O HOMEM Á SUA IMAGEM.
Não proponho qualquer conceito para Deus ou falo de sua capacidade criadora e neste momento, sequer afirmo que exista.
Proponho outra frase:
O HOMEM FEZ O COMPUTADOR E O ROBÔ À SUA IMAGEM.

Não se trata de uma imagem material, corporal.
O computador é muito diferente do homem, como matéria, mas é muito parecido, talvez igual, como mente.
Do mesmo modo, o homem deve ser muito diferente de Deus, como estrutura física, mas também muito parecido, talvez igual, como estrutura psíquica.
Em ambos os casos, o que temos é um processo idêntico, em que um SENHOR comanda sua MÁQUINA, fornecendo-lhe dados para que ela processe e retorne com resultados, nela inserindo um programa que a orienta em seu processamento eletrônico ou neural.
Se o computador está associado a um robô, ele próprio pode ir buscar os dados que precisa, como o homem o faz.
Assim, aquele SENHOR substitui a MÁQUINA, quando ela quebra.
Quando essa máquina é eletrônica, basta substituir o HD (disco rígido), por exemplo. Mas também se pode substituí-la por inteiro.
Quando é biológica, substitui o cérebro, ou seja, todo o corpo.
Em ambos os casos, guarda-se num back-up a memória de todas as vidas (eletrônica ou biológica), o que vale dizer, mantém-se o mesmo ego.
Morre a máquina. O ego nunca morre.
Tudo isso é aceitável filosofica e até misticamente, mas há resistências quando se diz ser aceitável cientificamente, por uma razão muito simples.
Só se considera como CIÊNCIA, a FÍSICA, aí se incluindo a Biologia e a Psicologia, esta quase exclusiva do ser humano.
Para se aceitar o acima exposto como ciência, falta a PSÍQUICA, da qual a Psicologia é apenas uma técnica, como a Fisiologia é uma técnica da Física.
Aí voltamos à questão da Realidade e da Atualidade, cujo conceito rosacruz considero apenas semântico, propondo invertê-lo para mostrar que a ATUALIDADE é o campo da Psíquica, no qual a consciência não tem duração (seu valor é zero), o que significa um eterno AGORA.
Não é difícil entender isso.
A matemática e mais particularmente a geometria é assim.
Não há necessidade da duração da consciência para existir uma linha, um plano, um sólido.
Podemos desenhar uma pirâmide ou simplesmente imaginá-la, durante um minuto ou menos, ou mais e aí estaremos na realidade com quatro dimensões para ela.
Sua existência, contudo, sem que a percebamos, num AGORA, é tridimensional e isso a põe na atualidade da Psíquica.
O que falta dizer é que a realidade com sua duração nada mais é do que uma sucessão de agoras atuais.
Isso já está explicado na série FÍSICA E PSÍQUICA deste blog, que deve ser lida, relida e estudada até se chegar à compreensão dessa estrutura de pensamento.
Pode-se exemplificar com o cinema.
O que nos dá a consciência de pessoas em movimento na tela é a sucessão de cenas em que elas estão paradas, no filme, trazendo-nos a consciência do movimento.
Assim, a realidade física nada mais é do que a sucessão (consciência com duração) de atualidades psíquicas.
Este conhecimento é fundamental para se comprovar cientificamente a eternidade das estruturas de consciência conforme já exposto na série acima citada deste blog.
Trate-se da estrutura física do elétron ou do fóton, trate-se da estrutura psíquica do ego, que tanto pode ser o desse elétron ou desse fóton como o do homem, cada um com seu nível de complexidade. Todos eternos.
NESTE MÊS DE JUNHO, O BLOG É ALIMENTADO SEMANALMENTE, PARA QUE SE TENHA ALGUM TEMPO PARA RELEITURA, REFLEXÃO E ESTUDO.
O PRÓXIMO TEXTO SERÁ COLOCADO AQUI EM 8 DE JUNHO.