quinta-feira, 29 de julho de 2010

A EVOLUÇÃO DAS ESTRUTURAS PSÍQUICAS E FÍSICAS



SEGUNDA PARTE
(VER PRIMEIRA PARTE NESTE BLOG, EM 22 DE JULHO DE 2010)

Com as evidências já apresentadas, podemos afirmar que o Universo – espaço infinito em suas três direções ortogonais e uma duração – é um conjunto de infinitas posições pontuais conscientes de si próprias e das demais, que começaria sua evolução em um conjunto matemáticamente vazio, um estado de campo[1].
Teríamos assim o Nada, quando o espaço apenas “era”. Existiria somente com a consciência do ser (O VERBO). Sem esta, não existiria.
Não se pergunte de onde, quando ou como surgiu essa consciência. Como já vimos, é evidente que sempre existiu, pelo simples fato de que o SER é a única condição de EXISTIR. Se há um espaço, ainda que vazio, ele É e se é, EXISTE. E se existe, é consciente de sua existência. Por mais condicionamento que tenhamos da existência física, por ser esta nossa realidade cotidiana, no nosso cérebro, é necessário abrir a mente para a existência meramente psíquica, a da atualidade, sem duração[2], como um campo preparado para o cultivo.

Posso imaginar a dificuldade normal de todas as pessoas que estão recebendo estes novos dados pela primeira vez, propondo uma nova estrutura não apenas paralela à Física (não se trata de metafísica), mas promotora desta, no sentido de que são as estruturas psíquicas que formam as estruturas físicas, estas, na realidade, estruturas também psíquicas, mais complexas. Felizmente, não estou acenando com alterações ou morte da Física, mas apenas explicando de onde e como esta surgiu, abrindo o caminho para a Teoria Unificada do Universo, com leis únicas para todo ele.

A esta consciência de todo o conjunto, nesse conjunto e em cada uma das suas infinitas posições pontuais (cada uma delas uma pontualidade) nas três direções, vamos chamar de eternidade, porque todo esse espaço é consciente de si mesmo numa duração infinita constituída também por uma infinidade de posições atuais (uma infinita sucessão de agoras, cada um destes uma atualidade) na sua única duração.

Está claro para quem lê (e se necessário, relê algumas vezes), que o espaço infinito é constituído por uma infinidade de pontualidades (sucessivas posições marcadas em três direções ortogonais) e de atualidades (sucessivas posições marcadas numa única duração). Também está claro que todas essas pontualidades e atualidades são conscientes, individualmente, porque estão separadas por intervalos infinitamente pequenos, que, assim, têm dimensões infinitesimais, lineares.

Temo que pessoas ainda não matematicamente treinadas[3] sintam alguma dificuldade para compreender e aceitar isso, mas evidentemente as já iniciadas não terão qualquer dificuldade em acompanhar o raciocínio que nos leva a uma consciência capaz de situar-se simultânea ou sucessivamente em quaisquer dessas pontualidades e atualidades, formando pequenos conjuntos infinitesimais – extremamente pequenos, portanto – mudando-os de posição em distância e duração maiores que zero e formando assim o que chamamos de realidade, isto é, formas geométricas com dimensões em três direções (tridimensionais) e com uma duração de consciência (percepção), maiores do que zero.
Dizendo isto com outras palavras: quatro pontos juntos, por exemplo, no espaço tridimensional (sem a duração), como vértices de um tetraedro, estando conscientes de sua existência individual, formam a consciência coletiva do tetraedro, estático, na atualidade. Acrescentando-se uma duração qualquer (maior do que zero) à consciência, esta pode alterar ou não a posição desse mesmo tetraedro para outros quatro pontos, passando-se à realidade. Pode também unir vários tetraedros em quantidade suficiente para formar uma esfera. Pode mover essa esfera de lugar, simplesmente deixando de considerá-la numa posição e passando a considerá-la em outra, no espaço.

É na realidade, que a consciência universal (a do espaço infinito) cria, realiza e opera toda a sua obra, constituída por ondas (energia), partículas livres sub-atômicas (quase-matéria) e corpos formados por átomos (matéria), simplesmente com estruturas de consciência, das mais simples às mais complexas, numa trajetória evolutiva que começou com o segmento de reta, depois as figuras planas e finalmente os sólidos geométricos infinitamente pequenos, juntando estes em aglomerados, sempre em busca de maior complexidade. No exemplo acima, a consciência de umas poucas centenas de pontos organiza-se em algumas dezenas de tetraedros infinitesimais formados por apenas quatro posições de consciência (quatro vértices), para construir uma esfera consciente de todas as suas posições pontuais. Essa esfera de consciência pode mudar-se para outra posição no espaço, sem alterar a estrutura da consciência deste, ou seja, quem muda de posição é a estrutura psíquica da esfera (sua consciência) e não os pontos em si, que permanecem nas mesmas posições.

Já percebemos aí, estruturas psíquicas que evoluem do ponto para um segmento de reta (um lado de qualquer dos triângulos do tetraedro), assim como deste para o próprio triângulo, seguindo-se a do triângulo para o tetraedro e finalmente deste para a esfera, com sucessivos aumentos de complexidade.

Se unimos tais conceitos e propostas numa nova ciência – a Psíquica – já podemos pensar imediatamente em duas primeiras leis. A primeira delas, que chamaríamos DA ATRAÇÃO, determinaria que há uma atração permanente, contínua e abrangente em todas as posições do espaço no limite de suas individualidades e sem limite para sua expansibilidade, significando que a consciência é a atração que une todos os pontos do espaço. Estudiosos na Antiguidade chamaram essa atração de ESPÍRITO[4].

Todos os esforços que a Física faz com seus aceleradores de partículas para quebrar aquelas que constituem a matéria, um dia chegarão a um resultado hoje já perfeitamente previsível: a descoberta de que toda a realidade das ondas e dos corpúsculos é formada por consciência pura. É a consciência que nos dá as posições, dimensões e movimentos de tudo o que existe, em velocidades tanto maiores quão menores são as estruturas de “pensamento” consciente. É a consciência que nos dá a massa dos corpos, sendo massa, ao fim, quantidade de consciência.

Essas estruturas estão situadas em dois campos de estudo, separados pela velocidade da luz. As super-luzenses (velocidades maiores que a da luz) constituem o campo da Psíquica, cujo objeto é o pensamento. As sub-luzenses (velocidades iguais ou menores que a da luz), constituem o campo da Física, cujo objeto é a energia/matéria, com leis próprias, mas derivadas das da Psíquica, como a da EVOLUÇÃO, que determina haver em tudo (e todos) um processo de transformação na busca de estruturas mais complexas de consciência, para a realização de funções mais complexas.

Quando nos detemos na Física, verificamos que energia e matéria são parte de uma mesma realidade e por isso, podem se transformar, uma em outra, sempre com o objetivo de aumentar a complexidade das estruturas, desde as mais simples, meramente ondulatórias às mais complexas, corpusculares. Assim átomos se juntam para formar moléculas, estas se transformam e uma delas se reproduz, gerando a vida, que também cresce em complexidade, desde a célula até o homem. Evidentemente, a evolução não para no homem e se não se manifesta na Terra, certamente já está em outros planetas, os do Sol e de outras estrelas.

Estou observando ao fim de cinqüenta anos de muita observação, muita pesquisa, muito estudo, muita experimentação e muita reflexão, que há um “ego” em cada estrutura viva, desde a da célula, que é uma estrutura psíquica não em um cérebro, que ela não tem, mas em todo o seu corpo. Todas as observações e experiências de cada partícula desse corpo contribui para o crescimento da consciência nele, fazendo evoluir tal “ego”, que passa a precisar de uma outra estrutura física, no qual possa realizar funções mais complexas. Não existindo ainda essa estrutura física, assim já necessária, é preciso criá-la. É justamente essa pressão que promove a evolução das espécies.

Este artigo não pretende ser um tratado e se satisfaz em mostrar fundamentos para estudo e pesquisa. A Psíquica já está aí, cientificamente proposta e fundada. Precisamos agora desenvolvê-la, como ciência. Com ela, podemos ter uma Teoria Unificada para todo o Universo.

NOTAS

[1] O estado de campo é caracterizado pelo conjunto vazio apenas consciente de sua existência, correspondendo a uma infinidade de pontos tão próximos que se fossem mais próximos seriam um só, separados por intervalos infinitesimais cuja soma determina as dimensões nas três direções ortogonais e na duração da consciência no espaço infinito assim tetradimensional. Este estado de consciência ocupa todo o espaço infinito na duração zero, o que significa matematicamente estar simultâneamente em todos os lugares. Isto caracteriza a atualidade. Em segmentos finitos (desse espaço infinito), com duração da consciência acima de zero, estabelece-se a realidade, na qual a velocidade substitui a simultaneidade. Na equação s(segmento de espaço)=v(velocidade).d(duração da consciência), sendo s infinito e d zero, o valor de v é uma indeterminação geradora de contingência que nos leva a um estado de velocidade extrema da consciência em sua capacidade (potencialidade) de estar simultaneamente em dois pontos distantes quaisquer. Passando da atualidade para a realidade, com duração acima de zero, sai-se da indeterminação e estabelece-se que tanto menor será essa velocidade, quanto maior for a duração da consciência, desde o infinitamente pequeno. Assim, partículas que se manifestam com menor duração de consciência (“vivem menos”), apresentam-se em velocidades maiores do que os corpos que têm maior duração (“vivem mais”). A velocidade da luz separa a realidade das partículas e corpos de estrutura física (energia e matéria), da atualidade das estruturas psíquicas, estas super-luzenses.

[2] Neste artigo, não empregamos o termo TEMPO, preferindo a sua qualificação, como DURAÇÃO da consciência, sendo esta a quarta dimensão do espaço. Costuma-se falar em espaço e tempo, separadamente, ou espaço-tempo, como se o tempo pudesse estar fora do espaço. Na realidade, o que assim se considera erradamente ESPAÇO, são apenas suas três direções ortogonais e o que se considera TEMPO, sua única duração. Nessas direções e duração são medidas as dimensões do espaço, assim tetradimensional. Pode existir espaço sem duração (na atualidade puramente geométrica, por exemplo), mas não há duração fora do espaço. É ela quem determina sua realidade física. Por outro lado, o termo CONSCIÊNCIA tem sido empregado apenas como função do cérebro, pela Psicologia, que está para a Psíquica, como a Fisiologia está para a Física. Efetivamente, a consciência não é um atributo exclusivo do cérebro, mas do espaço no seu todo e em cada uma de suas partes. Quem escreveu o Gênesis bíblico, chamou-a, em hebraico, Elohim, palavra não existente e que tem sido tradicionalmente traduzida por “Deus” e mais recentemente por “Atributo de Deus”.
[3] Pessoas não matematicamente treinadas podem obter algum resultado, fazendo um esforço com leituras sucessivas do texto, buscando o significado preciso de cada palavra e sua aplicação correta no contexto. Assim começou a Ciência, com a Alquimia, repetindo-se dezenas, centenas e até milhares de vezes uma experiência, para se chegar a uma descoberta.
[4] Com o passar dos séculos, firmou-se a idéia de que o espírito é a consciência responsável por toda a existência dos conjuntos e sendo ele oriundo de Deus, seria um Espírito Santo. Na verdade, a Consciência de Deus que tudo cria e realiza, dando forma e volume (massa) às coisas e seres. Mais tarde, essa idéia desceu para uma visão mais particular, do espírito em cada ser sendo a consciência total desse ser, não a do seu cérebro, mas a de todas as células, moléculas e átomos do ser. No homem, deu-se a esse espírito o nome de alma, que teria de sair do corpo, quando este se desagrega com a sua morte.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

A EVOLUÇÃO DAS ESTRUTURAS PSÍQUICAS E FÍSICAS


A CONFIRMAÇÃO CIENTÍFICA DE QUE A EVOLUÇÃO DAS ESTRUTURAS PSÍQUICAS É A CAUSA DA EVOLUÇÃO FÍSICA DAS ESPÉCIES MINERAIS, VEGETAIS, ANIMAIS E INTELECTUAIS

PRIMEIRA PARTE

Vamos começar com um assunto que costuma provocar muita discussão: o que é e o que não é científico. Vamos ver o que é “ciência”. Tenhamos paciência. Quem não a tem não chega ao reino de Deus. Vejamos o que diz um dos mais conceituados dicionários da língua portuguesa, o de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira:

CIÊNCIA. 1. Conhecimento. 2. Saber que se adquire pela leitura e meditação; instrução, erudição, sabedoria. 3. Conjunto organizado de conhecimentos relativos a um determinado objeto, especialmente os obtidos mediante a observação, a experiência dos fatos e um método próprio (ciências históricas; ciências físicas). 5. A soma dos conhecimentos humanos, considerados em conjunto. 6 (Filosofia) Processo pelo qual o homem se relaciona com a natureza visando a dominação dela em seu próprio benefício. [Atualmente este processo se configura na determinação segundo um método e na expressão em linguagem matemática de leis em que se podem ordenar os fenômenos naturais, do que resulta a possibilidade de, com rigor, classificá-los e controlá-los].

Agora, vamos ver o que é “evidência”, nas palavras do mesmo Aurélio:

EVIDÊNCIA. 1. Qualidade ou caráter do evidente (que não oferece dúvida; que se compreende prontamente, dispensando demonstração; claro, manifesto, patente); certeza manifesta. 2 (Filosofia) Caráter de objeto de conhecimento que não comporta nenhuma dúvida quanto à sua verdade ou falsidade.

Os demais dicionários dirão a mesma coisa, com estas ou outras palavras. Estamos, assim, armados para enfrentar a discussão sobre este assunto, acima proposto.

Comecemos com uma frase fundamental: todo conhecimento é “ciência”, sim, mas pode não ser um conhecimento “científico”. Este termo é reservado para aquele conhecimento obtido mediante a observação, a experiência dos fatos e um método próprio, por isto mesmo dito “método científico”, que exige rigor na sua formulação, execução (controle) e interpretação dos resultados obtidos com aquela observação e aquela experimentação. Há quem fale em “rigor acadêmico”, porque a Academia (as universidades, por exemplo), costumam considerá-lo como condição sem a qual os resultados não devem ser aceitos.

O maior objetivo da pesquisa “científica” é a busca do conhecimento novo, isto é, aquele que ainda não existe mas é considerado necessário para a compreensão ou definição de um objeto ou um fenômeno natural. Nesta busca, parte-se de uma idéia, uma conjetura, uma hipótese, uma teoria, progredindo-se em complexidade de estruturas racionais de pensamento, que são colocadas à prova, em laboratórios na própria natureza ou construídos pelo homem. A pesquisa científica termina com a chegada a uma ou mais evidências, conhecida(s) como “prova(s) científica(s)”.

É sempre uma prova “científica” (ou mais) que comprova uma teoria, tornando-a aceita, pelo menos, até que outra a contrarie e substitua. Assim, é sempre desejável que já se parta de evidências para formular uma teoria qualquer, porque dessa forma se chega a esta teoria, sem qualquer dúvida, quanto à verdade ou falsidade do que se quer afirmar ou negar.

Em Filosofia, ainda nas palavras de Aurélio, EPISTEMOLOGIA é o “estudo crítico dos princípios, hipóteses e resultados das ciências já constituídas, e que visa a determinar os fundamentos lógicos, o valor e o alcance objetivo delas. É a teoria da ciência”. Tem sido, contudo, essa epistemologia usada nefastamente para impedir que teorias estabilizadas por interesses meramente acadêmicos de autores, professores e pesquisadores preguiçosos satisfeitos com as coisas como elas estão, sejam substituídas por outras mais próximas da verdade, constituindo um freio na progressão do conhecimento novo. Costumam, tais “senhores feudais” do território científico, barrar novas idéias, negando evidências que surgem do processamento neural de acumuladores de novos dados, no cérebro humano, acusando-os de “meros especuladores”, com medo de que estruturas clássicas ou modernas do mundo científico sejam destruídas e obriguem os já acomodados a voltar a estudar.

NESTE BLOG, SEMPRE ESTAREMOS TRABALHANDO COM NOVAS EVIDÊNCIAS, AINDA QUE ISTO DESTRUA ALGUMA TEORIA OU PROPOSTA CONSAGRADA, DITA CIENTÍFICA, MAS PROVISÓRIA.

EVIDÊNCIA 1
É evidente que há um único espaço infinito, que devemos chamar de O ESPAÇO, constituído por inúmeros espaços limitados, conhecidos por suas dimensões e preenchidos por estruturas as mais diversas, psíquicas e físicas. Isto é evidente porque NÃO PODE SER DE OUTRA FORMA OU NATUREZA.
Qualquer que seja o nível intelectual do ser humano, pode este compreender que há sempre espaço além de qualquer objeto ou ambiente, em qualquer direção ou com qualquer duração, de modo que, por maior que seja, não pode deixar de haver algo depois, ainda que vazio, ainda que se chame de “nada”. O que limita o espaço é a mente limitada, dos seres menos ou não intelectuais. Um cão ou um inseto, por exemplo, não pode compreender isso, porque sua estrutura mental é insuficente para tal, só aceitando o espaço que podem perceber à sua volta. Há seres humanos, primitivos, que embora tendo cérebro para atingir novos e maiores horizontes, não está, este, suficientemente treinado para tal, limitando-se a encarar e aceitar o próprio ambiente, apenas.
NÃO É FÁCIL FAZER NO CÉREBRO, A IMAGEM DO ESPAÇO INFINITO, MAS É EVIDENTE QUE SÓ ESTE, O TOTAL, AINDA QUE FOSSE VAZIO, É
O UNIVERSO
“O CONJUNTO DE TUDO QUANTO EXISTE NO ESPAÇO” SEM FIM.
EVIDÊNCIA 2
É evidente que há consciência em todo o espaço infinito, pelo simples fato de que não há espaço se este não É espaço. Não há homem se este não É homem. Não há árvore se esta não É árvore. Não há micróbio se este não É micróbio. E assim por diante ou para trás ou para os lados, ou para cima e para baixo. Por isso, os iluminados que escreveram os textos ditos sagrados, disseram que NO INÍCIO ERA O NADA e que NO INÍCIO ERA O VERBO, ou que NO INÍCIO OS ATRIBUTOS DE DEUS CRIARAM O CÉU E A TERRA. Porque não é preciso ser cientista para conhecer as evidências e por isso, são evidências que podem ser vistas por todos, sem deixar dúvidas, desde que o campo de estudo esteja iluminado.

Foi dito acima que o conceito de infinito significa que não há fim em qualquer direção nem em duração. Se não há fim, não há início, porque o início nada mais é do que o fim no sentido inverso. Nos textos antigos, onde se escreveu “no início”, leia-se portanto “no início da criação de todas as estruturas, era o nada” ou “era o verbo” ou “os atributos de Deus criaram o céu e a terra”. É este o início de que falam os textos antigos. O início, não do ESPAÇO ou do UNIVERSO, mas das coisas criadas nele.

Hoje, escreveríamos:
“No início, quando apenas havia o verbo SER e o NADA (nenhuma estrutura), o ESPAÇO era apenas consciente de si mesmo. Sendo infinito e não havendo nada, que não fosse ele, não haveria quem tivesse consciência dele e só ele tinha consciência de si próprio. Se não a tivesse, não existiria”
.
É evidente, portanto, que O ESPAÇO sempre É (este é o verbo), nunca teve início e jamais terá fim, porque, assim como não foi criado, não será destruído. O que determina sua existência é tão somente a consciência de que É. Eternamente. Nessa existência, só havia ele, O ESPAÇO, não havendo nada nele, NO ESPAÇO. Por isso, era o NADA. O que eram, então, os ATRIBUTOS DE DEUS (o Elohim do texto hebraico bíblico, traduzido como Deus)? Nada mais eram do que A CONSCIÊNCIA DO ESPAÇO. Foi essa consciência (atributos) quem criou o céu e a Terra. A essa consciência, chamamos até hoje: DEUS.

EVIDÊNCIA 3
O espaço infinito nada mais é do que uma infinidade de pontos tão próximos um do outro, que, se fossem mais próximos seriam um só. Não há matemático ou geômetra que não concorde com isto.
Todas as pessoas que exercitem o cérebro reconhecem esta evidência, desde que saiba que um ponto é apenas uma posição no espaço, sem qualquer dimensão. Um ponto não é aquele desenho que se coloca num papel com a ponta da caneta. Esse “ponto”, assim marcado no papel é um círculo com diâmetro de um milímetro ou menos. Não se pode desenhar ou marcar um ponto. Conhece-se sua posição no papel por suas coordenadas, tomando-se uma escala qualquer nas margens desse papel. Assim sem dimensão, apenas posição, cada ponto pode estar tão próximo de outro, que entre eles há um intervalo tão pequeno, que, se fosse menor, não existiria. Ninguém tente imaginar quão pequeno seria este, pois passaria toda a vida sem jamais determiná-lo.

É evidente que a consciência do ESPAÇO INFINITO é o conjunto das consciências de posição em todos os seu pontos, que SÃO pontos separados por intervalos de dimensão infinitesimal, responsáveis pelas dimensões a serem estabelecidas nas direções do ESPAÇO INFINITO. Essas posições, assim relativas, criam um novo verbo: ESTAR. Pode-se dizer, portanto, que o ESPAÇO INFINITO É e OS PONTOS ESTÃO NELE com a consciência de suas posições.

Isto é evidente, porque NÃO PODE SER DIFERENTE. Se o fosse, toda a geometria e até mesmo a matemática não existiriam, como as conhecemos, conscientemente.

EVIDÊNCIA 4
Note-se que não estamos falando de consciência do ponto, mas de consciência no ponto. O ponto é apenas uma posição. Não é coisa alguma. O que É, é a consciência dessa posição, isolada, no conjunto de toda a consciência do ESPAÇO INFINITO. Compreender isso é fundamental porque é daí que se tira a conclusão de haver uma razão para toda a consciência se distribuir em todo o ESPAÇO INFINITO e não se concentrar apenas num único ponto. Essa razão é a própria evidência já mostrada de que não pode haver apenas um ponto sem um espaço infinito em volta dele e havendo espaço ele tem de ser constituído por uma infinidade de pontos. Assim, temos de aceitar como evidência que havendo consciência em cada ponto, ela contudo é uma só, consciente de todas as suas inúmeras (infinitas) posições, podendo se agrupar conforme as proximidades destas posições, de modo que formariam conjuntos conscientes com uma, duas ou três dimensões em estruturas geométricas, pela simples necessidade de criar formas mais complexas. Assim, uma consciência em quatro pontos relacionaria as posições deles para formar a consciência em um tetraedro, que se poderia multiplicar em tetraedros vizinhos em tal quantidade que, juntos, formariam a consciência de uma esfera, evidentemente mais complexa que a de um só tetraedro, por sua vez mais complexa que a de um triângulo.

EVIDÊNCIA 5
Quanto dura essa consciência? Uma eternidade, que é constituída por uma infinidade de agoras, de duração zero, que se repetem infinitamente com intervalos tão pequenos que se fossem menores não existiriam, responsáveis pelas dimensões a serem estabelecidas nas durações do ESPAÇO INFINITO.

É evidente que a consciência de cada agora (duração zero) em cada ponto é uma atualidade, mas a sucessão de agoras, nele, determina a duração maior do que zero da consciência e a sua saída de uma atualidade para uma realidade, dando-lhe uma nova dimensão que cria os processos e os fenômenos, a permanência e o movimento.

Assim, aquele tetraedro ou aquela esfera, acima exemplificados, teriam uma consciência com duração zero numa atualidade (um agora) ou maior que zero numa realidade, ainda estática, isto é, sem mudança de posição.

Ainda evidentemente, contudo, a consciência naquele tetraedro poderia durar suficientemente para trocar daquelas posições para as de outros pontos, assim se deslocando (a consciência e não os pontos), numa ação típica de movimento, em velocidade (quase) instantânea, praticamente desaparecendo em um lugar e aparecendo em outro. Demonstra-se essa evidência com o nosso próprio pensamento, quando nos vemos num lugar no Brasil e em fração de segundo transferimos nossa consciência para nos vermos em outro lugar, em Portugal. Nosso corpo não saiu de um lugar para o outro. Apenas nossa consciência o fez. Assim faria a consciência daquele tetraedro. Estamos falando de consciência e não, ainda, de energia ou matéria.

NA SEGUNDA PARTE DESTE ARTIGO, A SER PUBLICADA EM 29 DE JULHO, NESTE BLOG, VEREMOS COMO A CONSCIÊNCIA EVOLUI EM ESTRUTURAS PSÍQUICAS PARA FORMAR ESTRUTURAS FÍSICAS CADA VEZ MAIS COMPLEXAS, ATÉ A CRIAÇÃO DO HOMEM, NA TERRA.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

2000 ANOS DE EVOLUÇÃO EM TRÊS ROMANCES

Há quem acredite que o ambiente é bastante para influenciar as pessoas e até alterar sua personalidade. Muito já se escreveu sobre a vocação ser fruto da estrutura sócio-cultural em que se vive. Comigo, isso não foi assim. Não sei, portanto, se isto é verdade.
Quando estudei no Colégio Estadual da Bahia (o Central) em anos da década de 1950, convivi com artistas e poetas, assim como desportistas, que se tornaram famosos na Bahia, no Brasil e até no mundo (caso de Glauber Rocha), mas nunca me senti atraído para fazer o que eles faziam, embora gostasse de ler e escrever e não recusasse convite para tirar o blusão cáqui e a gravata preta, arregaçando as calças e as mangas compridas da camisa, para jogar futebol com bola improvisada numa área coberta por pó de pedra, quando algum professor faltava e tínhamos uma aula vaga.
Ao contrário, fui para a ciência e a tecnologia. Meus livros de lazer eram os romances policiais e de ficção científica e os ensaios de história, geografia e arqueologia. Assim, Platão foi importante para mim enquanto falou da Atlântida e isso acabou levando-me a outros filósofos, porque descobri que sem filosofia não há hipótese científica. Alguma coisa em mim sempre me empurrou para a necessidade de enfrentar o mistério e encontrar solução para ele. Logo me convenci que a informação é a base de todo o progresso, seja numa trilha no meio do mato, seja numa profissão, seja na busca de uma resposta qualquer.

Com a prática do aeromodelismo (este era o meu esporte), fui levado a passar essa informação (das competições) para todos e ainda na escola secundária, eu já era jornalista, penetrando pela redação dos jornais e começando a trabalhar regular e profissionalmente numa delas (Jornal da Bahia) no mesmo ano em que iniciei meu curso de Engenharia Civil na Universidade (Federal) da Bahia (1959). Já tinha contos publicados na revista Vida Juvenil (Editora Vida Doméstica, Rio de Janeiro), nos anos 50, mas foi nos 70 que ganhei página inteira (Ficção e Realidade) naquele jornal, aos domingos, ali colocando minhas estórias curtas de ficção policial e científica, surgindo assim, o investigador particular Nelson Giles Torres, em várias delas.

Formei-me em engenheiro sem deixar o jornalismo e a literatura, logo me tornando professor da Escola Politécnica, onde fizera o meu curso. Meu primeiro livro, um ensaio cosmológico, "Humanidade – Uma Colônia no Corpo de Deus", publicado em 1981 pela Melhoramentos (São Paulo) na sua coleção “Enigmas do Universo” foi bem recebido intelectualmente, mas teve apenas uma edição. Resolvi entrar na área do romance policial e apesar do interesse das editoras Ática e Brasiliense, ambas de São Paulo, pela minha primeira obra (Morte na Politécnica), foi a editora da Universidade Federal da Bahia que a publicou em 1990, uma estória que surgiu no meu Departamento de Transportes, naquela escola, tendo como investigador dos crimes um professor fictício inspirado no engenheiro e matemático, meu mestre, Pedro Tavares Filho, um homem que se gabava de possuir todos os livros de ficção policial editados no Brasil e que saía do cinema antes do fim da projeção do filme, para tentar descobrir sozinho, em casa, quem era o autor dos assassinatos, na fita. Dei-lhe o nome de Washington Mello de Sousa, em homenagem ao presidente (do Brasil) e governador (de São Paulo) Washington Luís Pereira de Sousa, que construiu as primeiras grandes estradas e inaugurou as primeiras linhas aéreas comerciais do País, implantando o serviço de identificação civil na polícia paulista; assim como ao matemático Malba Tahan (Julio César de Mello e Sousa), que valorizou o método dedutivo em sua obra maior, "O Homem Que Calculava".

Naquele mesmo ano, passei dois meses na Alemanha, a convite do Goethe Institut. Escrevi sobre aquela experiência e fui pela primeira vez à Feira do Livro de Frankfurt. Foi o primeiro passo para o caminho que se abriu, levando-me de volta a esse evento em 1994 (ano em que o Brasil era o País convidado), a convite do governo alemão, que nos proporcionou (cinco jornalistas-escritores brasileiros) uma visão completa da Alemanha, oportunidade em que tivemos uma reunião com o Diretor da Feira, a quem prometi levar para o evento um primeiro estande de editora da Bahia. Em 1997, eu cumpria a promessa, assessorando a Fundação Cultural do Estado da Bahia e cobrindo o evento (meu último trabalho como jornalista).

Foi então que tive a idéia de escrever um segundo romance policial de mistério, que seria intitulado "A Noite dos Livros do Mundo". Quando terminei esse livro, já me aposentara das duas atividades, do magistério superior e do jornalismo. A obra ficou tão complexa, que resolvi desmembrá-la e me dedicar ao projeto que chamei de “Nortada”, escrevendo uma trilogia com o investigador particular Nelson Giles Torres como protagonista.
Treze anos depois, o primeiro volume (A Cruz dos Mares do Mundo) está pronto; o segundo, que foi o primeiro a ser escrito (A Noite dos Livros do Mundo), recebe apenas uma pequena reestruturação e acabo de voltar da Turquia e de Portugal, pesquisando para o terceiro livro (A Trilha dos Santos do Mundo).

Quando me perguntam o que é a trilogia, embaraço-me pela dificuldade de dar uma resposta breve, tal a complexidade e amplitude do tema, que abrange todo o período cristão da humanidade e vai buscar no Reino de Deus anunciado por Jesus, o Nazareno, uma denominação para o espaço cósmico já bastante estudado pela realidade da Física e nunca abordado na sua essência pela Psíquica, uma ciência que tive de criar para o estudo desse ESPAÇO COMO CONSCIÊNCIA, sem a qual não há Deus e muito menos sua criação, o Universo.

A verdade é que não tem sido fácil encaixar essa temática, tão ampla e complexa, em três romances que pretendem servir ao entretenimento e abrir as mentes humanas para a sua própria natureza e evolução, como personalidades, egos. Como não é da minha prática e da minha proposta escrever sobre o que não conheço cientificamente, tenho viajado muito e pesquisado bastante, vivendo aventuras como a de andar sozinho por campos e montanhas entre a Cidade do Porto e Santiago de Compostela, por duas semanas e entrando em lugares como uma pequena casa reconstruída numa montanha próxima a Éfeso (na atual Turquia), onde teria morado Maria, a mãe de Jesus., após a crucifixão deste, levada para lá por João, o autor do Livro da Revelação (Apocalipse).

Nesses três livros, todos os cenários são autênticos e vistos por mim, assim como todos os personagens são inspirados em pessoas reais, encontradas por mim, tendo eu falado com elas, por mais estranhas que pareçam. Por exemplo, para construir um personagem assassino que atua na cidade do Porto no início de "A Trilha dos Santos do Mundo", precisei ir a Aveiro, uma cidade a uma hora de trem do Porto, em Portugal, procurando-o entre os peixeiros e o encontrando no mercado do peixe a tirar vísceras de enguias (mantidas vivas após essa operação) com habilidade e destreza extraordinárias. Esse personagem aparecerá apenas no primeiro capítulo do livro, mas tomou-me um dia de pesquisa no local, no mês passado (junho/2010) e tomará muitos dias mais para a sua criação. Assim, já se passaram treze anos, estando prontos apenas os dois primeiros livros da trilogia.

Por outro lado, a narrativa, embora ficcional, fruto da imaginação do autor no que se refere às ações, situações, procedimentos e comportamentos, todas elas estão fundamentadas teoricamente e são verossímeis, fazendo ou propondo experimentação que comprove sua exeqüibilidade. Com esta postura, quero dar um exemplo do que considero ficção realmente científica, não justificando essa denominação para a peça literária que, de científico, tem apenas o cenário do laboratório, seja em um prédio qualquer, seja em pleno espaço cósmico, servindo tão somente de suporte para a criação artística fantástica.

Esta notícia, hoje colocada neste blog, visa situar os interessados no espaço tetradimensional desta proposta literária e científica, que pretende inovar na Literatura, como o fez Victor Hugo, em 1827, conforme seu prefácio no livro "Cromwell", propondo substituir a estética clássica pelo drama romântico que daria mais liberdade ao texto poético, em prosa. Minha inovação é justamente a valorização do conhecimento científico na base da ficção, contra a visão crítica de dar à “ficção científica” um enfoque mais fantástico, imaginário, artístico, do que real, experimental, científico.
É impressionante como teóricos da Cultura tendem a apoiar contradições em benefício da liberdade de criação, sem respeitar os conceitos e a liberdade de se pensar o contrário, agredindo até a fidelidade etimológica.
Tenho consciência de que estou fazendo algo importante para o hábito de ler ficção e para uma visão mais consciente da existência, atendendo aos anseios dos que buscam os resultados da Fé com os conhecimentos da Ciência e a cultura da Razão.

ESTE BLOG TERÁ UM NOVO TEXTO NO DIA 22 DE JULHO PRÓXIMO:
“A CONFIRMAÇÃO CIENTÍFICA DE QUE A EVOLUÇÃO DAS ESTRUTURAS PSÍQUICAS É A CAUSA DA EVOLUÇÃO FÍSICA DAS ESPÉCIES MINERAIS, VEGETAIS, ANIMAIS E INTELECTUAIS”

quinta-feira, 8 de julho de 2010

A DICOTOMIA DE DEUS: FÍSICA E PSÍQUICA

Ao se olhar uma parede da fachada de um prédio, a dez centímetros dela, não se tem a menor idéia do edifício, como e quão grande ele é. O mesmo ocorre com as pessoas. É difícil vê-las por inteiro, se convivemos com elas. Daí o ditado: “Santo de casa não faz milagre”.
A maior preocupação neste blog é justamente afastar o conhecimento nele exposto, da sua fonte, isto é, do ambiente em que é estruturado, onde as pessoas não estão suficientemente distantes para perceber seu conjunto e assim compreender onde e como se inserem seus detalhes.
Esse ambiente não é apenas o geográfico, mas, sobretudo o intelectual. Por isso, o seu conteúdo é exposto fora do meio acadêmico, universitário, fechado, endógeno e ao invés de se manter nas publicações científicas indexadas e não raramente censuradas, se abre a toda a intelectualidade pela Internet, cabendo aos interessados e atingidos fazerem suas manifestações particulares com liberdade e independência nos seus próprios ambientes filosóficos, científicos, jornalísticos ou literários.
O que estou mostrando aqui, com coragem, humildade e paciência, jamais será percebido por quem não se afastar bastante de suas estruturas de pensamento já consolidadas, para ver estas e as outras à mesma distância, fazendo que estejam num mesmo conjunto.
Quem está numa laranja e olha para uma banana, mantendo-se muito próximo desta, jamais aceitará que o mundo é uma banana ou tem uma banana, porque conhece bem e apenas sua laranja, mas basta afastar-se desta e da banana para ver ambas, assim verificando que o mundo não é apenas sua laranja, mas um conjunto formado por esta e pela banana.
É o que acontece com os físicos que recusam afastar-se suficientemente da Física para olhá-la juntamente com a Psíquica, detendo-se apenas na porta do prédio, sem a necessária distância para perceber a existência das janelas.
Por outro lado, não se pode passar em um mês, para outra pessoa, o que se precisou de cinqüenta anos para receber. Pode-se, no entanto, passar logo para qualquer indivíduo, não o caminho, mas o seu mapa, com as informações sobre o destino a ser alcançado, provocando-o a fazer as necessárias incursões e excursões por aquele trajeto.

Chegar a Deus não é difícil justamente porque Ele nos fez à sua imagem. O mapa de Deus é semelhante ao mapa do Homem.
Como nós, Ele É, Ele ESTÁ e Ele FAZ.
Na atualidade psíquica, Deus apenas “É”. Deus é consciência, ou seja, é espaço em quatro dimensões, isto é, em três direções e uma duração. Na atualidade, essa duração é de valor zero, mas se pode apresentar uma seqüência de tantas atualidades quantas necessárias para constituir uma realidade (duração maior do que zero).
Nessa realidade, Deus “ESTÁ” e “FAZ”.
A CONSCIÊNCIA de Deus, o Universo, como a de cada um dos universos (“deuses”) macróbios ou a de uma galáxia, a de uma estrela, a de um planeta, a de um ser vivo nesse planeta, a de uma célula nesse ser vivo, a de uma molécula nessa célula, a de um átomo nessa molécula, a de uma partícula atômica, sub-atômica ou não atômica – esta livre, quase matéria – ou a de uma onda, sempre é ESPAÇO com três dimensões na atualidade (duração zero) ou quatro na realidade (duração maior que zero).
Nesse espaço tetradimensional, o da realidade, é a duração quem determina todos os processos, quantitativa e qualitativamente. Por exemplo: a velocidade é a realidade processada e relacionada com uma direção ou mais e com a duração.
Quando dizemos que a VELOCIDADE de um corpo, corpúsculo, partícula ou mesmo onda é linear, estamos relacionando a mudança de posição dele ou dela numa linha (uma direção) com uma DURAÇÃO de consciência desse processo. Dizemos, por exemplo, que uma bola corre numa pista de boliche a 3,6 quilômetros por hora. Isso significa que o observador tem a consciência, DURANTE 10 segundos, do movimento dessa bola em 10 metros de pista.
Matematicamente, se diz que a velocidade é a dimensão naquela direção (10 metros de pista) dividido pela sua duração (10 segundos), isto é, um metro por segundo ou 3 600 metros por hora. A Física já conhece velocidades até aquelas realizadas por partículas livres e ondas, como as de quamas (partículas de quase-matéria) e de luz (300 mil quilômetros por segundo), entendendo que este é o limite, acima do qual nada poderia se mover no Universo.
Essa limitação, contudo, é apenas a da realidade, da Física.
Em outro campo, da Psíquica, com a duração zero ou muito próxima de zero, poder-se-ia ter velocidades muitos maiores, não dessas partículas ou ondas, mas de consciência estruturada em conjuntos ainda menos complexos que estas, na atualidade instantânea, quando seria possível “estar” em muitos lugares ao mesmo tempo, tal seria essa velocidade.
Pode-se falar, assim, em velocidade do pensamento.
Mais que falar, trabalhar com ela.
Um Universo inteiramente novo nasce assim para o intelecto humano, que não precisa ter medo de crescer, de avançar, de evoluir.
Não o fará, contudo, subordinado a dogmas, sejam estes da religião, sejam da ciência.
Vai ser difícil fazer chegar esta notícia a todo o mundo, a partir deste meu computador, num modesto apartamento de um bairro classe média, numa cidade que vive em festa e é mais conhecida por seu Carnaval, com pouco espaço na mídia para a ciência e quase nenhum para a filosofia, num país de políticos corruptos, cujo único objetivo é manter-se no poder, comprando votos de um povo que majoritária e democraticamente os elege, justamente por ser um conjunto, em sua maioria, de ignorantes a se contentarem com festas, onde nadam com bastante esforço os intelectuais de todas as cores e valores, como embriões ainda sob a terra, rompendo-a para chegar à superfície ensolarada.
É necessário espalhar esta semente por todo o planeta, buscando solo e condições climáticas favoráveis para que medre e se reproduza a partir de boas raízes, com caules resistentes, folhas abundantes, flores atraentes e frutos nutritivos.
Esta notícia, nova e boa, traz a Psíquica, com a qual o Homem descobrirá que é um deus para os micróbios em seu corpo e é um micróbio no corpo de Deus, com vida eterna na sua individualidade (ego, personalidade, alma) que evolui na medida em que observa, experimenta e processa informação (conhecimento), promovendo alterações em sua estrutura de consciência, tornando-a mais complexa em corpo e mente, para a realização de funções mais complexas na Terra, em outros planetas, em outros sistemas estelares, em outras galáxias, até que se candidate a ser um macróbio, durante sua eternidade.
Com esta notícia, deve ser iniciada uma nova era, na qual, o Homem assim consciente torna-se um outro Ser, que se ilumina e elimina as partes (partidos) e setores (seitas), não mais havendo sofrimento nem conflitos, porque todos vêem tudo esfericamente e não por um único e pequeno ângulo plano.
Com a Psíquica, a Física compreenderá a si mesma, na sua origem e na sua estrutura universal, única, assim unificando suas leis, bastando partir do conhecimento fundamental de que ESPAÇO É CONSCIÊNCIA.

ESTE BLOG TERÁ UM NOVO TEXTO EM 15 DE JULHO DE 2010, COM A NOTÍCIA DA VIAGEM QUE ACABO DE FAZER À EUROPA E À ÁSIA, EM PESQUISA PARA A TRILOGIA “Nortada” QUE ESTOU ESCREVENDO.