sexta-feira, 30 de agosto de 2013

BRASIL: DUZENTOS MILHÕES DE...


Crônica científica

É incontável, o número de blogs, como este, informativos e opinativos, que existem em todo o mundo, pelos mais diversos motivos, com as mais diversas propostas, altruístas e egoístas, disputando um mercado de leitura constituído por pessoas que são continuamente bombardeadas por informação e opinião - a mais variada possível - que não conseguem absorver, simplesmente porque  cada uma dessas pessoas tem suas obrigações cotidianas a lhes tomar todo o seu tempo. Isso tem levado cada "blogueiro" consciente da sua função a tentar estreitar sua faixa de leitores, procurando atender o melhor possível aqueles indivíduos que estão sendo desprezados pela mídia em geral a ainda não encontraram na Internet uma alternativa confiável. Estamos tratando, evidentemente, das minorias desprezadas, porque aos veículos da mídia que vivem de anúncios pagos pelo governo e por grandes empresas, só interessa a pauta que serve à massa dos consumidores.

Este blog tem primado pela busca do que não costuma ser oferecido a essa massa, porque só interessa a quem tem fome de informação nova e está preparado psicologicamente para recebe-la como aquela pedra que está faltando no seu "quebra-cabeças" (puzzle). Um novo dado. Uma nova abordagem. Um novo ângulo de observação. Enfim, tudo aquilo que um jovem curioso ou um velho descuidado ainda não teve tempo de descobrir e que já é do conhecimento de quem estuda e pesquisa há muitas décadas. Em outras palavras: tudo aquilo que não se encontra no supermercado dos repórteres, mas precisa ser procurado nos laboratórios científicos, sejam estes físicos ou psíquicos, com endereço certo, porque o tempo é demasiadamente curto para ser perdido em andanças infrutíferas. Ninguém procure aqui, portanto, o que pode ser encontrado em qualquer noticiário sócio-político-econômico. Temos trazido para cá alguns temas sociais, políticos ou empresariais, mas sua abordagem é sempre científica, com a introdução de um novo dado que ilumine um ângulo ainda não abordado, seja porque isso destrói antigas crenças ou porque a luz costuma incomodar aos que vivem na e da escuridão.

Um bom exemplo de tudo isso é a divulgação de que nesta data, a população brasileira chegou aos duzentos milhões de habitantes. Entre tantas abordagens sociais, políticas e econômicas, há uma que não se fará na mídia, porque é contrária aos chamados "interesses nacionais", que, em verdade, são apenas "interesses políticos de exploração social". É assim necessário manter estruturas econômicas que sustentem políticos que legislam e executam procedimentos de exploração de seres humanos ignorantes incapazes de disputar o mercado, assim sustentando a pobreza. Embora haja inegavelmente uma superpopulação no mundo, com seus atuais sete bilhões de habitantes, os duzentos milhões de brasileiros não significam que temos uma superpopulação, porque nosso território é suficiente para absorver bem toda essa gente. Esse número de pessoas só é demasiado porque essa população está abandonada e enganada com uma esmola que se chama "bolsa-família", entre outras ilusões, como a de que somos felizes por estarmos cantando, dançando e jogando futebol durante todo o ano e em todos os anos. Os brasileiros estão sendo mantidos propositadamente ignorantes para que sejam pobres e dependentes dos poderosos políticos e ainda assim devolvam o pouco que ganham como impostos cobrados em tudo o que compram. São meras ovelhas exploradas por pastores que enchem suas burras de dinheiro a ser gasto em farras milionárias no país e no exterior. Esta informação é científica, observável experimentalmente no laboratório da vida que nos cerca.

Outra, das muitas informações científicas que se pode colher, para resolver esse problema, é a de que a indústria que emprega muitos trabalhadores não precisa nem deve estar na periferia das capitais de estado, atraindo continuamente para estas  os habitantes das pequenas cidades. Ao contrário, deve-se melhor distribuir a população brasileira, levando as grandes empresas a mudar-se para centros industriais no Interior dos estados, planejando-se as novas comunidades para que nelas não hajam periferias de pobres e miseráveis, mas apenas bairros com boas escolas e equipamentos sócio culturais. Evidentemente, isso contraria muitos interesses dos que não querem dividir a riqueza nacional, mas gasta-la, desperdiça-la, em eventos e vícios sociais. Na Bahia, agora, por exemplo, ao invés de levar as indústrias para longe de Salvador, assim melhor distribuindo a população no estado, o que se planeja é uma ponte para a ilha de Itaparica com o único objetivo de aumentar a periferia da Capital, repetindo o mesmo erro iniciado em São Paulo, transformando cidades em metrópoles e estas, já, em megalópoles. Não temos de temer uma população de duzentos milhões de habitantes, mas tão somente  sua concentração em poucas grandes cidades. Um grande esforço nacional deve ser realizado para fazer o caminho de volta, construindo grandes centros empresariais fora das capitais de estado e substituindo políticos analfabetos do Interior dos estados por pessoas educadas e honestas. Como fazer isso com eleitores ignorantes que vendem seus votos? Se são os eleitores que se candidatam aos cargos políticos, para acabar com a corrupção na política é necessário acabar com a corrupção entre os eleitores. Sem educação, não há salvação. Por isso, talvez, não surpreenda o dado de que a Bahia é o estado onde é maior a emigração. Este é outro dado científico...

Adinoel Motta Maia



sexta-feira, 23 de agosto de 2013

ESTAMOS NAS MÃOS DE CUBA?


Crônica científica

Passei, ontem, o dia na ilha de Itaparica, que percorri em carro, desde o terminal de Bom Despacho até Cacha-Prego e na volta, até a cidade de Itaparica, mostrando-a à prima portuguesa que nos visita.
Almoçamos na praia de Ponta de Areia, onde estavam, também, uns outros e poucos estrangeiros. O próprio restaurante onde comemos é de um argentino. Já há estrangeiros também vendendo artesanato, na areia. Nestes outros dias, nas duas últimas semanas, estivemos  em igrejas e museus de Salvador. Os que pertencem a entidades como a Universidade Federal da Bahia - o de Arte Sacra - ou a Santa Casa de Misericórdia, muito bem montados, limpos e conservados, os funcionários são solícitos e competentes, monitores, mas estávamos sós, dentro deles. Onde estão os turistas nesta terra? Nas piscinas dos hotéis, nas praias, nos interiores da vida noturna? O Pelourinho estava vazio, inclusive à noite. Não pudemos entrar para ver um espetáculo folclórico, porque na bilheteria não se aceita o cartão de crédito. Nenhum. Quem é que anda com dinheiro no bolso, numa terra onde se assalta, rouba, mata, em qualquer lugar, a qualquer momento? O que interessa aos governantes, agora, é apenas a Copa do Mundo de 2014. Serão turistas ou apenas torcedores de futebol, que nos visitarão para encher os bolsos da Fifa? Esses governantes se interessam apenas pelo dinheiro que recebem com seus gordos salários e outras vantagens, inclusive as viagens turísticas que fazem ao Exterior, alegando participar de feiras onde investem para atrair turistas que não chegam e promover produtos que não conseguimos vender.

Tudo vemos, lemos, ouvimos e ficamos calados. Os que vão ordeiramente para as ruas são absorvidos com o silêncio, até que se cansem. Os que quebram coisas, revoltados, são chamados de baderneiros e anarquistas, inclusive pela mídia que é sustentada pela publicidade do governo e das empresas que vendem automóveis e ganham os juros dos que têm dinheiro fácil. Somos a democracia dos que só têm candidatos que não escolhemos, para votar. Partidos políticos cujos quadros não se renovam e que corrompem os fracos que a eles se associam. Não nos filiamos a esses partidos porque não temos chance de ser eleitos. Não temos dinheiro para comprar votos de eleitores ignorantes, isto é, as ovelhas que apenas querem comer. Gente sem ciência. Gente sem consciência. Vivemos na democracia das ovelhas...

Neste quadro, não interessa ao governo educar nem dar saúde. Finge-se que se quer resolver o problema, acusando nossos médicos de não querer trabalhar onde não há a menor condição sequer de se fazer uma intervenção de emergência, onde os postos médicos municipais são imundos, precários e o improviso substitui a ciência. Contrata-se médicos estrangeiros que não se submetem aos exames que são exigidos aos médicos brasileiros e ainda assim apenas para fazer assistencialismo social. Agora se divulga...

PASMEM!

... que os médicos cubanos, além de não serem competentes, não estão sendo contratados individualmente, porque queiram vir para o Brasil.  Ao contrário, são funcionários assalariados do governo cubano e enviados por este para nos espionar e atuar em nosso País, contra a segurança nacional, porque não obedecem a ordens do governo brasileiro e sim, do governo cubano. Nada impede que atuem contra a saúde do povo brasileiro, porque não podemos puni-los por seus atos e seus erros. Eles são empregados do governo cubano e recebem salário deste, que os escolhe ideologicamente e nos envia, sem que possamos recusa-los. Por falar nisso, uma pergunta que se tem de fazer: quem é responsável pela segurança nacional?

Gente! O que está acontecendo? O que somos? Idiotas?

Somos o povo sem ciência, que não encara a realidade como ela é, mas que aceita o que os ignorantes no Poder, que só pensam em dinheiro, dizem e fazem contra o conhecimento, a consciência, a moralidade, a dignidade de nossos jovens, nossos empresários honestos e nossos trabalhadores violentados. Um povo sem ciência é um povo sem consciência, apático e inútil, que só serve para a manipulação de dados estatísticos mascarados na comparação com os dados estatísticos de outros países onde a Ciência está no Poder.

Adinoel Motta Maia

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

IGNORÂNCIA É MORTE!


Crônica científica

Na minha adolescência, fui um cinéfilo que tanto visitava as sessões matinais dominicais do Clube de Cinema da Bahia, "bebendo" os comentários do crítico Walter da Silveira, como frequentava o Cine Jandaia, o Aliança e o Pax, na Baixa dos Sapateiros, onde havia sessões triplas (dois filmes e um seriado) e via os famosos filmes de faroeste, com seus cowboys, índios, diligências, xerifes e bandos de salteadores. Neles, inevitavelmente, mostrava-se a comunicação por meio de fumaça, entre aldeias indígenas. Acendia-se uma fogueira, sobre a qual se colocava uma manta grossa de couro, aprisionando a fumaça provocada pelo depósito de alguma planta ou pó sobre as brasas. Levantava-se e abaixava-se a manta, liberando bolas de fumaça - como o "ponto" e "traço" do Código Morse - cuja combinação formava as palavras e frases da mensagem que normalmente era enviada de um cacique para outro a dezenas de quilômetros de distância. Muito antes disso, Esquilo já escrevia sobre como os gregos utilizavam fogos para se comunicar. Na evolução humana, com a invenção do alfabeto e a cultura dos sinais, surgiram as mensagens escritas, que circulavam de mão em mão. Heródoto já se referia aos mensageiros a cavalo, dos persas, que levaram essa prática para toda a Europa.  Matava-se cavalos na tentativa de fazer chegar as mensagens urgentes, sem lhes permitir o descanso. Foram os romanos, os primeiros a adotar esse descanso, não só fazendo as estradas, como implantando estações de descanso (manso posita) para os cavalos e em seguida, para não se perder tempo em esperar estes descansarem, as estações de muda de animais (mutatio posita) em todo o Império. Os cavalos passaram, então, a descansar, mas não o cavaleiro, que saltava de um cavalo para outro, num serviço eficiente para as urgências militares.

Quem poderia imaginar, então, o milagre de se escrever uma mensagem em algum lugar e alguns segundos depois ela ser lida em qualquer outro lugar do planeta? Não perderemos tempo, aqui, em narrar a evolução das máquinas de transporte e comunicação até chegarmos ao computador e à Internet. Queremos apenas, com esse assunto, mostrar o privilégio do homem atual em obter e transmitir conhecimento - qualquer conhecimento - instantaneamente, para qualquer pessoa, em qualquer lugar. Privilégio que, no entanto, a grande maioria dos seres humanos recusa por pensar que não precisa desse conhecimento. Por preguiça em recebe-lo. O que é pior: por obediência aos "pastores" que os querem como "ovelhas" em seus rebanhos e lhes dizem que a ciência deve ser afastada porque é coisa do diabo, citando a cena de Adão e Eva no Paraíso, que só é um paraíso porque ambos comem o fruto da árvore da vida e recusam o fruto da árvore da ciência. Em outras palavras: o homem só é feliz apenas vivendo, sem querer saber de coisa alguma, exatamente como vivem os animais ainda não intelectuais. Políticos ou religiosos, esses "pastores" de "ovelhas humanas" plantam a ignorância como sustentação de suas posições de poder e riqueza e fomentam uma "democracia" que decide quem deve ser votado ou não, para as funções públicas, de Estado.

Nós, outros, que optamos pela consciência, pelo conhecimento, somos minoria e não elegemos sequer um vereador, muito menos um presidente da República. Esta é a razão da falência do nosso País, que não tem recursos para a educação, a saúde e o transporte das pessoas. O balanço financeiro apresentado pelos governantes é falso porque estes não estão tendo despesas que deveriam ter e falta tudo para toda a população, que não reclama, porque não sabe nada, sequer do que precisa.  Quem ganha uns poucos reais por mês pode dizer que lhe sobra dinheiro, se não compra comida alguma. Os governos no Brasil podem apresentar suas contas e saldo financeiro positivos no fim do ano, se não gasta com o fundamental para a vida civilizada dos brasileiros, dirigindo os recursos para o bem estar apenas dos governantes. Tudo isso está aí à vista de todos, mas são poucos os que vêm, porque os ignorantes são cegos. Mantê-los fora da educação e sem saúde é mantê-los cegos e absurdamente contentes, porque podem ir à igreja, à praia e ao futebol nos domingos, vendo novelas de televisão nos outros dias, ainda com direito a festas ditas "populares", como o Carnaval e o São João, pagando-se aos trios elétricos para fazê-los pular à vontade e namorar nos intervalos para descanso.

Não sei quantas pessoas lerão esta crônica. Minha obrigação é escrevê-la e publicá-la. Alguns dirão que não precisam lê-la, porque já sabem de tudo o que está escrito nela. Acontece que não basta lê-la. Os intelectuais não conseguirão mudar esse quadro, se não tiverem consciência de que são minoria e precisarão fazer maioria, passando conhecimento para quem é ignorante, dando luz para quem está no escuro. O Brasil vive hoje um período pré-revolucionário. A mídia está chamando de arruaceiros, os jovens que estão vendo tudo e sabem que precisam quebrar coisas para chamar a atenção de todos nós para o recado que querem dar e não é outro, senão o de que não podemos ficar assistindo o circo pegar fogo. Temos de atuar. Eles estão nas ruas, chamando-nos para atuarmos na educação, transformando as ovelhas em homens, antes que se tornem lobos ferozes. Não podemos permitir que os intelectuais conscientes sejam minoria. A democracia só funciona se a maioria é educada e consciente. Se não é, o único jeito de mudar para melhor é a revolução. Como já aconteceu, séculos atrás, em toda a Europa.

Adinoel Motta Maia

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

INTELECTUAIS QUE SE ISOLAM


Crônica científica

   As pressões sociais sobre o homem que se individualiza são terríveis. As evidências - sem as quais não há Ciência - estão aí, no cotidiano. O primeiro carimbo que se coloca na testa de uma pessoa que cultiva os seus próprios valores - aqueles norteados pela sua própria consciência - é o do egoísmo. O ser humano que se informa e se forma com independência, sem atender as pressões da família, dos parentes, dos colegas de escola e de trabalho, dos vizinhos, da comunidade, que o querem numa seita religiosa qualquer, num partido político conveniente ou num movimento cultural com alguma cor ideológica, ou ainda - o que pior - na preguiça e na ignorância, apenas na diversão, nas praias e nas festas com comidas e bebidas; é considerado um alienado, um doente, um maluco, isto é, alguém fora de contexto, que tem "um parafuso a menos" ou, na melhor das hipóteses, um egoísta que menospreza a sociedade, quando, em verdade, é a sociedade que não o respeita, valoriza ou aceita. Para os pastores que vivem dos seus rebanhos, tais indivíduos são "ovelhas negras" que devem ser descartadas, porque não servem para dar lã nem leite, mas apenas carne.

   Às vezes ocorre nascer numa família intelectualmente mediana ou primária, uma criança que ao crescer demonstra essa tendência e começa a ser vista como "diferente", logo passa a ser "preocupante" e não raramente é levada na adolescência ao padre ou a um psiquiatra. Evidentemente, há os casos em que esse é o procedimento correto, porque há doenças psíquicas que devem ser diagnosticadas e tratadas. Estamos falando, aqui e agora, no entanto, dos outros, quando o jovem troca uma praia por um livro, por um jogo eletrônico ou até mesmo uma revista de quadrinhos ou a televisão; quando se perde em pensamentos no campo ou no próprio quarto; quando se associa a um clube de cinema ou de enxadrismo; ou pratica uma atividade solitária, como as longas caminhadas, a coleção de selos ou a pesquisa bibliográfica.  Estes são apenas alguns exemplos de uma grande variedade de comportamentos que denotam haver no indivíduo jovem, já, uma nítida manifestação de desenvolvimento intelectual, seja por formação genética, seja por evolução psíquica de um ego, que já se encontra numa senda muitas vezes milenar, em sucessivas ressurreições, na transformação da inteligência em sapiência.

   A leitura, o estudo, a pesquisa, com proposta científica - não para fins sócio-políticos - dos textos antigos, mostram que a ressurreição do ego, isto é, da personalidade, está em todos os povos e que o texto bíblico judaico, que influiu na redação dos evangelhos, contrariou o próprio Jesus, que nos veio dar a notícia de estarem os judeus errados em afirmar uma única passagem do ego humano pela Terra, impondo uma moral que condenava os errados ao Inferno eterno e premiava os justos ao Paraíso também eterno. Jesus quis mostrar a imortalidade do ego, que sobrevive à sua hospedagem em um corpo material e que após a morte deste, retorna a outro corpo que nasce, em sucessivas ressurreições. Chamou a isso, Reino de Deus. Os judeus que redigiram os evangelhos, no entanto, modificaram essa mensagem, dizendo que Jesus morreu na cruz e ressuscitou dos mortos - apenas ele - quando, em verdade, ele foi para a cruz, mas não morreu nela e pregou que a ressurreição era corrente em todos os homens, vida após vida, de um mesmo ego eterno. Liderados pelo judeu Saulo (Paulo) de Tarso, os evangelistas criaram um Cristo (palavra grega que corresponde a Messias em hebraico), atribuindo esse título a Jesus, que nunca aceitou as pressões de Pedro para que fosse um líder político - o Messias esperado pelos judeus para livrá-los dos romanos - , porque era outra a sua proposta.

   Assim, com independência, como indivíduo, qualquer um de nós pode desenvolver o próprio ego e não perder o seu trabalho, de toda uma vida, ao fim desta, voltando a outro corpo, ligando-se a outro cérebro, com uma bagagem intelectual adquirida em vidas anteriores. Evidentemente, quando mais vidas tem um ego, mais experiência e observação levou para formar essa bagagem intelectual, de modo que há homens com egos mais evoluídos que outros, por terem bagagem maior. Os políticos, sejam ideológicos ou religiosos, impõem leis que consideram todos os homens iguais, quando deveriam legislar com a imposição apenas de direitos e deveres iguais para todos, vivendo em sociedade. A boa notícia - evangelho - é que só depende de cada ser (humano ou não) evoluir em função de suas observações e experiências, aprendendo com o sofrimento, vida após vida, de modo que em algum momento, pode-se estar num corpo humano com o único propósito de pensar, estudar e pesquisar para substituir a inteligência pela sapiência e deixar definitivamente a Terra para viver no Reino de Deus. Assim, tende a isolar-se.
  
   Jesus prometeu voltar, não com esse nome, evidentemente, que era apenas o do ser humano ao qual se ligou há dois milênios. Ditou pessoalmente ao seu apóstolo João, em Patmos, muitos anos depois de ter descido da cruz, uma revelação (Apocalipse) sobre sua volta - do seu ego, a se ligar em um novo corpo. Em desacordo com o que fez Saulo (Paulo) de Tarso, sob influência de Pedro que queria um Messias (Cristo), assim acoplado ao nome e vida de Jesus, este prometeu voltar como o Anticristo, para restabelecer a verdade. A pergunta que temos de fazer com muita coragem é: a Igreja Católica vai reconhecer o seu erro histórico e finalmente servir a Jesus e seu sucessor, no anúncio do Reino de Deus, agora cientificamente? Ou vai manter-se em erro, politicamente, sustentando o Cristo e perseguindo os que anunciam e se preparam para receber esse sucessor, quando ele se revelar, seja qual for o seu nome, seja qual for o corpo ao qual se ligue, nesta nova ressurreição?

   Fui um jovem "normal" nas décadas de 50 e 60, com amigos e companheiros em praias, festas, carnaval de rua, sempre heterossexual, mas sempre, também, grande leitor, estudioso, pesquisador e escritor. Em 1957, comecei a perseguir a verdade absoluta, para encontrar cientificamente a consciência divina. Chegando finalmente a ela, aos 75 anos, comecei a publicar uma trilogia, de ficção e realidade, para anunciar minhas descobertas, que matam a cobra e mostram o pau. Dois romances já estão publicados: "A Cruz dos Mares do Mundo", que lança a Psíquica ao lado da Física; e "A Noite dos Livros do Mundo", que trata da origem do universo e do reino de Deus.
Até o fim deste ano, será publicado "A Trilha dos Santos do Mundo", que fechará com provas documentais e científicas o quadro da consciência cósmica no qual nós, os humanos, estamos inseridos. Esses livros podem ser procurados nas livrarias, mas seguramente também podem ser pedidos à distribuidora Singular, no Rio de Janeiro, pelo site www.lojasingular.com.br.

Adinoel Motta Maia

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

VERDADE NA EDUCAÇÃO


Crônica científica

As metas educativas para fins políticos, isto é, meramente estatísticos, privilegia o número de assentos ocupados nas escolas, ou seja, o de matrículas. Diz-se que o País está melhorando no item “educação” meramente porque aumenta o número de crianças e jovens matriculados. Não vemos qualquer questionamento que se refira ao que, quanto e como esses brasileiros estão apreendendo, mas os resultados apresentados pelos diversos exames que se realizam no país mostram claramente que não é muito, sequer o satisfatório. Na base de tudo, está a formação e o salário do professor dos cursos fundamental ao médio. Como atrair para o magistério, pessoas qualificadas para educar – não apenas ensinar – se o salário oferecido é menor do que aquele que ganha, num mês, uma simples faxineira diarista ou um encanador que se encontra em porta de casa de materiais de construção, que não precisa saber mais do que a prática do seu ofício? É evidente que o Estado, isto é, os políticos que nele atuam, querem manter a população brasileira ignorante e idiota.

Por outro lado, ainda politicamente, não interessa a prefeitos, governadores, deputados, vereadores e seus secretários ou mesmo ao Presidente da República e seus ministros, que a Escola forme massa crítica, cidadania atenta e competente. O que esses enganadores querem é apenas o voto sem consciência, de ignorantes que acreditam em slogans ou seguem líderes carismáticos semeadores de crenças e emoções, contrários a tudo que desenvolva a razão e promova a verdade. A técnica mais utilizada para manter esse status quo é a do fomento das artes e dos espetáculos que formam apenas espectadores nas escolas, assim como dos jogos recreativos (jamais o do esporte competitivo, que forma líderes). Para completar o quadro, introduziu-se a farsa que dá dinheiro a quem apenas matricula os filhos na escola (sem se exigir que obtenham rendimento com os estudos). E o pior: enche-se a mídia impressa e eletrônica com anúncios de empresas estatais, para que textos como este não sejam impressos em suas páginas ou lidos em quaisquer horários. Uma mídia que privilegia os temas sociais e o noticiário policial para atrair a fatia do público que cultiva apenas emoção, sexo e violência, ou seja, as práticas dos animais.

Com essa base estratégica, os políticos que envergonham a nação que os elege, reelege e eterniza em seus cargos – sobretudo a minoria dos intelectuais que são obrigados a conviver com essa realidade – são os donos do país e de sua população, usufruindo a mais torpe das ditaduras: a da corrupção, que compra tudo e quase todos. Os intelectuais brasileiros, isto é, a parcela da sociedade que usa o cérebro na plenitude de sua capacidade de memória e da sua velocidade de processamento, no topo da educação não apenas universitária e em pleno processo cultural dirigido para a consciência científica e suas preferências artísticas, têm a responsabilidade de liderar uma revolução na educação do povo deste país, sabendo que não se educa as massas, mas cada um dos indivíduos que as compõem. Qualquer tentativa em educar massas, neste mundo, resultou apenas em monstruosidades sócio-políticas que a História mostra como exemplos de sacrifícios não raramente transformados em infernos dantescos.

Nesse contexto, trago o publicitário baiano Nizan Guanaes, que, em um artigo publicado em 14 de maio de 2013, no jornal A Tarde, defendeu “o fim da marca fantasia e o começo da marca verdade” na comunicação, na publicidade, alegando que, “como o mundo está transparente, o consumidor cobra o que você diz que é” e assim, “na época da comunicação total, a verdade tornou-se a maior arma de persuasão em massa”. Não apenas em massa, podemos completar, mas também individual. Principalmente quando individual, porque a massa é mais fácil de enganar do que o indivíduo. Assim, tomando emprestado a competência e a experiência de Guanaes, vamos todos reforçar esta proposta de cultura da verdade também na educação, substituindo as pressões ideológicas partidárias e sectárias na formação de professores por uma universalidade científica até no ensino das artes – onde se trabalha com emoções – trazendo a verdade, doa em quem doer, como solução para a felicidade e a eternidade dos egos de todos nós. Porque, afinal, é o ego que importa porque é ele que evolui e nos transforma, levando-nos, como diria Jesus, para o Reino de Deus.

Adinoel Motta Maia