domingo, 12 de fevereiro de 2012

A questão fundamental da vida

A EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES E DOS INDIVÍDUOS


Este texto detalha um tema já abordado para registro e arquivo datados, no blog http://adinoel-blogart.blogspot.com, onde o autor coloca seus estudos e pesquisas em primeira mão, refletindo posteriormente aqui, neste “espelho”, para difundi-los com mais detalhes e alguma didática, de modo a estimular a circulação de ideias e conhecimento novo, que se costuma recusar por motivos diversos, um dos quais justamente a dificuldade em absorvê-los. Justamente por isso, cabe esta abertura, porque, ainda que esteja muito bem informado, o leitor pode encontrar alguma dúvida pelo que o tema contraria não só opiniões mas conceitos formados, estruturados, cientificamente, mas ainda passíveis de revisão perante novas descobertas.
Evidentemente, não é um texto para o entretenimento, mas para o conhecimento que todos precisamos adquirir na busca da explicação para a nossa própria existência, com uma posição no contexto do Universo (e de Deus) e uma prospectiva num cenário a ser construído. O autor precisou de 54 anos de estudo, pesquisa e experimentação para se sentir encorajado a divulgar sua proposta e assim, compreende que é quase impossível a absorção, por outro leitor, deste conteúdo em apenas uma ou duas leituras. Tenham todos, portanto, algumas boas leituras... repetidas, se necessário, com um pouco de trabalho, naturalmente.



O Universo é um único espaço infinito formado por posições em quatro dimensões, de consciência pura, que alguém já designou como O NADA. Essas posições de consciência “SOU” (“EXISTO”) se relacionam com posições vizinhas e formam estruturas de consciência (psíquicas, portanto) que evoluem do ponto (posição) para a linha (uma dimensão), o plano (duas dimensões) e o sólido (três dimensões). Essa consciência do SER e do EXISTIR, se junta à posição do ponto – AQUI – para formar a consciência do ESTAR.

Cada uma dessas três dimensões é marcada numa das três direções ortogonais do espaço dito geométrico, numa atualidade psíquica (um “AGORA”, sem o tempo, isto é, sem duração ou com duração zero da consciência). Para que o espaço em quatro dimensões seja infinito, evidentemente, tem de ser infinito em suas quatro dimensões referentes às três direções e uma duração. Cada dimensão é dada por um segmento determinado por duas posições numa direção ou na duração da consciência. Assim, como há um “aqui” em cada posição da direção, há um “agora” em cada posição da duração.

A combinação dessas quatro dimensões em três direções e uma duração forma estruturas individuais de consciência (“eos”, “eons”, “egos”) que também se combinam para formar ondas e corpos, a começar por um ponto “aqui e agora” que se associa a outros três pontos “aqui e agora” formando um triângulo num plano fora do primeiro ponto, de modo que esses quatro pontos são os vértices de um tetraedro fundamental e infinitesimal – tão pequeno, que, se fosse menor, não existiria – instantâneo, de duração zero, isto é, sem qualquer medida ou dimensão no tempo.

Pode-se imaginar facilmente esse tetraedro cujos vértices estão tão próximos um do outro, que entre eles existe apenas um intervalo tão pequeno, que, se fosse menor não existiria, assim, portanto, infinitesimal.

Ainda geometricamente, isto é, sem o tempo (a duração da consciência igual a zero), se juntarmos a esse tetraedro, outro, unindo-os por um de seus lados triangulares, teremos um “sólido” com seis lados – um hexaedro – que, unido a outro igual nos daria um dodecaedro, com suas doze faces triangulares. Assim por diante, sempre acrescentando tetraedros unidos por suas faces, chegaremos a um corpúsculo quase perfeitamente esférico se ainda for infinitesimal em seu tamanho. Juntando desse modo milhões, bilhões, quintilhões... etc, deles, podemos falar em corpúsculo perfeitamente esférico, ainda no espaço tridimensional, sem duração da consciência que nos permita percebê-lo, isto é, existindo mas sem sabermos disso, porque não temos consciência em duração qualquer para tal. Estamos apenas, portanto, na geometria, sem o tempo. Em um “agora”.

Como ocorre com a junção de “aquís” geométricos (posições a intervalos infinitesimais em cada uma das três direções), também ocorre a sucessão de “agoras” (posições a intervalos infinitesimais numa única duração). É a soma desses intervalos, que nos dá uma dimensão, pois esta não existe no ponto, que tem apenas consciência da sua posição. Não houvesse essa consciência, ele não existiria. Assim, podemos dizer que cada tetraedro “pulsa” numa sequência de “existo” (em cada intervalo “agora”) e “não existo” (em cada posição puramente geométrica, sem o tempo).

É aconselhável reler algumas vezes o texto até aqui, para fixar na mente uma imagem desse conjunto matemático (sem o tempo) e físico (com o tempo), em forma de esfera, reunindo, digamos, quintilhões de quintilhões de tetraedros formados apenas pela consciência deles próprios ou de cada um de seus vértices (pontos) em posição fixa no espaço. Essa pequenina “bola” de consciência dela própria só pode ser percebida, portanto, se houver duração dessa consciência diferente de zero, isto é, se houver um “tempo” decorrido e medido entre os momentos inicial e final da observação do conjunto matemático que assim se torna físico e consideramos um “corpúsculo” ainda estático. Se já podemos visualizar isso com a imaginação (consciência), devemos prosseguir no estudo que é mais do que simples leitura.

Neste momento, já podemos falar nas duas leis fundamentais da Psíquica, uma nova disciplina que estamos introduzindo para estudar esse campo do conhecimento. São elas:

Lei da atração: a consciência atrai a consciência na razão direta da sua quantidade de posições e na razão inversa da distância entre estas(esta lei tem enunciado similar ao de uma das leis de Newton, que é particular para o caso da atração gravitacional, que, como veremos em outro texto, aqui, também é consciência).

Lei da evolução: a consciência se estrutura de modo a aumentar sua complexidade na razão direta de seu volume e na razão inversa da duração entre as solicitações das suas necessidades ontológicas.

Assim, a evolução da consciência ocorre com o aumento da complexidade de sua estrutura psíquica, passando do ponto para o tetraedro, para a esfera (corpúsculo ou partícula livre de quase matéria) e finalmente para as mais diversas formas de matéria estruturadas em corpos de inúmeros tamanhos, todos reduzíveis a ondas, que nada mais são do que resultado da transformação estrutural da matéria formada por partículas (tetraedros em esfera) em energia formada por ondas (tetraedros unidos em linha).

Nesta sequência surge a consciência do FAZER (após a do SER e a do ESTAR), quando as estruturas mais complexas mudam de posição (já com o tempo, com o qual surge a velocidade, fundando-se a cinemática) e em seguida promovem a ação da força que cria a dinâmica. Fiat lux. Surge o fóton, com o qual nasce a realidade Física da matéria e da energia, ainda com a Psíquica nas suas entranhas, porque tudo é consciência. A luz surge numa explosão, que foi ridicularizada com o nome de Big Bang, por um grande autor de ficção científica.

As partículas livres de quase matéria se atraem e giram, umas (elétrons) capturadas pela atração de outras (quarks), formando átomos, moléculas, substâncias... matéria inicialmente em estrelas, depois planetas, depois seres nas superfícies destes, que evoluem em corpos gasosos, líquidos e sólidos, na seguinte sequência, na Terra:

1. Seres minerais = rochas (surge a reação química)
2. Seres vegetais = plantas (surge a vida)
3. Seres animais = bichos (surge o movimento, anima, alma)
4. Seres intelectuais = homens (surge a capacidade de interpretar e criar)

Sabemos que cada um desses conjuntos se distribui em diversas espécies, que também evoluem numa diversidade ilimitada, sempre atendendo a “segunda lei fundamental”, conforme a necessidade e a oportunidade de realização ontológica e adaptação ao ambiente, nesta ordem. Assim, há uma graduação evolutiva dentro de cada conjunto ontológico, de modo que, no humano, por exemplo, temos uma linha que começa com os selvagens (ainda quase apenas animais com baixa intelectualidade) e prossegue numa sequência de evolução da intelectualidade que cresce com a aquisição de mais conhecimento, preparando a passagem do ser intelectual para o ser sapiencial, isto é, aquele que já não tem mais o que aprender na escola infernal da Terra onde também se purga para corrigir os próprios erros e renasce no Reino do Céu, que as religiões consideram o Paraíso.

Cientificamente, portanto, esta é a nossa senda, cabendo a cada um situar-se nela e trabalhar (até lutar) para chegar ao seu fim, aprimorando a consciência. Naturalmente, quanto mais coletivo é o ser, em toda a linha de evolução, mais bruto ele é, mais baixo é o degrau da escada que deve subir e mais longe está da altura em que descortina o horizonte do belo panorama da verdade. Começa-se como uma pedra, que se destrói e reage, porque tem consciência – o minério de ferro reage ao ataque do oxigênio da atmosfera e transforma-se em argila – como foi consciente o surgimento da molécula de ADN que se dividiu em duas, inventando a reprodução, que criou a vida na célula e fundou o reino vegetal. Ainda foi a consciência que implantou a alma, que não é o ego físico ou “espiritual” que se costuma aceitar como elemento eterno do homem, mas tão somente uma força que permite o ser vivo mover-se (“anima” significa “movimento”), passando do vegetal para o animal, que inicialmente era coletivo (desde os micróbios, as formigas, os cupins e as abelhas até os cardumes de peixes e os bandos de aves), evoluindo em direção aos egos mais complexos da intelectualidade, com animais que abandonam os bandos e se isolam, optando pela individualidade, que o permite evoluir psiquicamente com maior velocidade, transformando o corpo conforme suas necessidades para cumprir novas funções, que exigem outros órgãos, outras capacidades, experimentando e sofrendo na escola da vida, que se repete em etapas e eventos de morte e renascimento, pagando em cada etapa pelos erros cometidos na anterior – só assim se aprende e evolui – de modo que a todos é permitido crescer da pedra até o homem.

O que caracteriza o gênio é a paciência e sua disposição em isolar-se para crescer até atingir o que os budistas chamam de Nirvana, ponto culminante do conhecimento do Céu e da Terra, por já haver experimentado o Inferno, o Purgatório e o Paraíso, oferecendo-se ao último degrau da evolução e chegando ao Ser Sapiencial, no Reino do Céu, capaz de voltar à Terra como intelectual, ligado ao cérebro de um homem, como foi Jesus, justamente para falar aos homens e dar-lhes a boa notícia dessa evolução, sem que estes o compreendessem.

Neste ano de 2012, que é apenas o fim de um ciclo astronômico que marcava o calendário maia, há especulações sobre um fictício fim do mundo. Não há, nunca houve e jamais ocorrerá um fim do mundo. Este apenas se transforma, porque tudo evolui, inclusive os planetas, que são seres vivos minerais, sem reprodução, mas com consciência própria, também em evolução. A “morte” é parte da vida, como o fim de um período letivo na escola. A nossa Terra processa períodos, ao fim dos quais morrem muitos seres na sua superfície e no seu interior, para que os erros sejam apagados e os egos que se ligaram em cérebros inadequados, por excesso de população, sejam desligados deles e retornem aos seus lugares – este é um outro assunto – onde ainda têm o que aprender, antes de ocupar degraus superiores.

Na última vez em que esse julgamento ocorreu – antes da última Idade do Gelo – havia uma civilização tecnologicamente avançada na Terra, similar à nossa, atual, com suas máquinas voadoras e seus palácios maravilhosos. Achados arqueológicos recentes, mal interpretados por curiosos do tipo Erich von Daniken, estão levando à crença de que fomos visitados por seres das estrelas além do Sol. Basta dizer que nossas astronaves levariam oitenta mil anos para chegar à estrela mais próxima de nós, para se ter uma ideia do que seria um intercâmbio no espaço cósmico.

Estamos trabalhando para que 2012 seja, sim, o ano do fim da ignorância, pois não há como ser o fim do mundo. Estamos num processo crescente de desrespeito à Natureza, sabendo que esta reage indiscriminadamente, com a morte de culpados e inocentes. Não é inocente, contudo, o alce que vai se alimentar no campo dos leões. A ignorância que leva o homem a fazer casa em encostas e em vales molhados o faz culpado de sua própria morte, num deslizamento ou numa inundação. Há quem prefira passar dias e noites na brincadeira, na festa, nos bares, ao invés de estar lendo ou consultando o Google, em casa. O que se pode fazer? Cada um tem de aprender a andar na senda da evolução, caminhando nela, com os próprios pés e escolhendo onde pisa. Há quem perca um dia a conversar com as flores do campo, que colhe e assim, demora bem mais tempo para chegar ao destino.

Adinoel Motta Maia