quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O NATAL E A RELIGIÃO DAS FESTAS

Dezembro de 2010 – Na Internet, circula uma bem produzida peça promocional a cores e com música, na qual uma voz, que seria a de Jesus, convida para a festa do seu aniversário e diz ter comparecido a ela sem ser convidado, tendo encontrado pessoas a comer e beber em volta da figura de um velho barbudo a distribuir presentes. Estranhou Jesus, que sendo aquela a reunião comemorativa do seu nascimento na Terra, ninguém estivesse falando dele, pronunciando o seu nome ou sua palavra.


A verdade é que a festa de Jesus é no DIA DE NATAL, 25 de dezembro, que, diga-se de passagem, não seria a do seu nascimento em Belém, em ano ainda não determinado com precisão, mas seguramente não o ano zero da era cristã. Quando JESUS nasceu, sabem todos, o 25 de dezembro era o dia do nascimento do deus MITRA, que era o próprio Sol na Índia e na Pérsia. Mitra foi absorvido pelos gregos e finalmente pelos romanos no início da era cristã. Aquela data correspondia, então, ao dia do solstício de inverno no Hemisfério Norte, isto é, o início de um novo ano do Sol.
O recém nascido Cristianismo, depois da crucificação de Jesus, o Nazareno, aproveitou-se de templos e datas pagãs, para neles fazer suas festas e foi assim que Jesus, nascido provavelmente na primavera ou no verão teve o seu natalício comemorado no primeiro dia do inverno. Ninguém estava querendo conhecimento, mas apenas aproveitar as arenas e as festas pagãs para conquistar novos adeptos para o Cristianismo. A proposta da nova igreja era a da Fé, mantendo as pessoas na ignorância da crença, sem precisar saber coisa alguma. Como se vê, cada pessoa acredita no que lhe é conveniente e lhe parece realizar os seus sonhos, os seus desejos.


Assim, histórica e científicamente, 25 de Dezembro não é a data do nascimento de Jesus. O dia 6 de janeiro é comemorado como “Dia de Reis”, por causa de reis magos do oriente que teriam ido a Jerusalém (não há prova alguma disso) para presentear o filho de Deus, que nascera, inspirando um velho de nome Nicolau, antes de morrer, a dar presentes às crianças pobres nessa data. Com o tempo, esse hábito foi imitado e surgiram muitos Nicolaus (nos Estados Unidos ele é Santa Claus e no Brasil é Papai Noel), criando-se um mito que a indústria e o comércio propagaram, com o fim de aumentar suas vendas no fim do ano. Assim, determinou-se que no Natal, as crianças colocassem suas meias e sapatos penduradas ou à beira da lareira, para receberem presentes, evidentemente, na véspera do Natal. É importante deixar claro que o dia de Natal é o 25 e a visita de Papai Noel é na noite de 24.


A Igreja Católica fazia uma Missa do Galo à meia noite do dia 24 de Dezembro, assim começando o Dia do Natal. Ora, para esperar a Meia-Noite, era preciso fazer alguma coisa e manter-se acordado. Aí a indústria e o comércio aproveitaram esse tempo vazio e o encheram com propostas de ceias e trocas de presentes à beira da árvore. Não só as crianças deviam receber presentes e assim surgiram atividades, como a do “Amigo Secreto” para encher o tempo até a Meia-Noite.
É evidente, portanto, que esta nunca foi a festa de Jesus. A Igreja continuou se aproveitando de símbolos pagãos como o da árvore cortada no campo e montada na sala de visitas, para enfeitar o Natal, este sim, de Jesus, com missas no dia 25. Estava pronta, assim, a paulatina invasão do Natal pelo Papai Noel e a máquina de fazer sonhos da estrutura econômica do consumo, com a desculpa de criar empregos, apoderou-se de tudo e de todos, para aumentar os lucros das empresas e os impostos arrecadados pelo governo.


A Missa do Galo não existe mais em muitas igrejas, porque já não há segurança nas ruas para se andar por elas à meia-noite e depois disso. Também, ninguém vai sair dos seus “comes e bebes”, da sua conversa alegre com trocas de presentes, para rezar. Assim, só a Igreja convida Jesus para o Aniversário do Nascimento de Cristo. Alguém dirá que se colhe o que se planta.


E o que se plantou? Uma estória na qual se acreditou enquanto se era ignorante e se temia um deus que olhava para cada ser humano, ouvia-o e podia ou não atender seus pedidos individuais, acreditando-se que ele sabia o nome de cada um dos seres do Universo e estava atento aos milhões, bilhões de crentes ajoelhados, acendendo velas e proferindo orações decoradas.
Vamos pensar um pouco. Cada ser humano é um deus para os trilhões de bactérias que vivem em seu corpo. É capaz de matá-las com antibióticos ou premiá-las com nutrientes, mas não sabe o nome de nenhuma, nem sequer imagina se estão ou não a pedir alguma coisa. Como imaginar e aceitar essa história de que um deus ou O Deus do Universo nada mais faz, além de se preocupar e cuidar de cada um dos seres que fazem orações pedindo isto e aquilo?


Em João (3:10-12), teria Jesus respondido uma pergunta de Nicodemos: “Tu és mestre de Israel e não sabes isto? Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos, e testificamos o que vimos; e não aceitais o nosso testemunho. Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?”


Podemos imaginar a ignorância que havia no Oriente há dois mil anos, se ela ainda é enorme, hoje, a ponto de se matar com bombas aos que olham para um mesmo fenômeno, por outro ângulo. Imagine-se uma pequena casa com quatro paredes, com uma janela em cada e uma pessoa a olhar por cada uma delas. Um lado da casa está voltado para o mar, outro para um deserto, outro para uma montanha e o último para uma cidade. Em verdade, em verdade, cada um dos idiotas que só olham por uma janela matam e morrem para provar que o mundo lá fora é inteiramente diferente do que os demais afirmam ser.
Para João, o evangelista aí acima, estas seriam palavras de Jesus.


Jesus, o Nazareno, era uma pessoa que sabia das coisas, provavelmente o maior intelectual da sua época, na Palestina, que sabia não se dever dar conhecimentos especializados (pérolas) aos ignorantes (porcos). Esses ignorantes teriam dito a Pilatos para matar Jesus e salvar o bandido Barrabás. Ainda hoje é assim: os ignorantes perdoam os bandidos e xingam os intelectuais.
Essa figura extraordinária do passado está viva até hoje, no entanto, porque se criou uma estória fantástica sobre ela, na qual os ignorantes poderiam acreditar, sem nada perguntar, sem nada saber, sem que se precise explicar. Esses mesmos ignorantes que O aceitaram por séculos, O estão trocando, agora, por Papai Noel, o deus do Consumismo, a nova religião, cujos templos são conhecidos como shoppings. Nesses novos templos de uma nova religião, não se precisa sequer ter dinheiro para comprar. Basta endividar-se e ter fé em conseguir o dinheiro depois, para pagar as prestações.
Não se precisa, portanto, estudar e saber coisa alguma. É muito fácil acreditar no que parece ser bom para nós. Os porcos não querem pérolas. Querem comida e festa.



HÁ MUITO O QUE SABER E MUITO PEQUENA É A DURAÇÃO DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM NUMA ÚNICA VIDA. O QUE DIZER DAS PESSOAS QUE SÓ QUEREM DIVERSÃO, SEM NENHUMA INFORMAÇÃO?

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

BAÍA DE TODOS OS SANTOS

Quando foi descoberta a Baía de Todos os Santos, em 1º de novembro de 1501, escrevia-se “Bahia”. Bahia de Todos os Santos foi o nome dado, também à capitania hereditária entregue a Francisco Pereira Coutinho em 1534. Ao se fundar a Cidade do Salvador, com a chegada do primeiro governador geral do Brasil, Tomé de Souza, em 1549, falou-se em Cidade da Bahia, para dizer que era a cidade que existia na Bahia de Todos os Santos. Não havia outra, ali. Por isso, até o século XX, quem se dirigia à Salvador, dizia: “Vou pra Bahia”. Ainda há quem o diga. Com a divisão do Brasil em “estados”, a Cidade da Bahia deu nome ao Estado da Bahia, do qual era a capital. Ainda é. Fez-se a confusão? Nunca. De acordo com a conversa, já se sabia ou se sabe se o indivíduo falava ou fala na cidade ou no estado, quando dizia ou diz “Bahia”.

Em 1949, o Governador Octávio Mangabeira, comemorando o quarto centenário da cidade, entre outras obras então inauguradas, entregou aos “bahianos” uma rodovia que tomaria o seu nome, ligando o bairro de Amaralina ao arrabalde de Itapoan, já na direção do Aeroporto de Ipitanga, cujo acesso era uma dita “estrada do aeroporto”, asfaltada pelos americanos durante a 2a Guerra Mundial. Essa Avenida Octávio Mangabeira, também asfaltada, nos seus primórdios, passava pelo aeroclube e povoados de pescadores, sabe-se lá o que mais, naquele deserto à beira da praia, que, de repente, se encheu de gente para conhecer e gozar das paisagens até então desconhecidas para a grande maioria da população e que passou a ser a grande atração da classe média, a começar pelos poucos privilegiados que tinham carros importados. Ainda não se fabricava automóveis no Brasil.

Sem que se percebesse, esse benefício foi tirando os olhares, a atenção e o cuidado de cada um e de todos, da Baía de Todos os Santos. A invasão consentida do subúrbio ferroviário, este banhado pelos seus remansos, aquela formada pelos miseráveis que construiram palafitas entre o Lobato e a Ribeira, criou aterros e neles, novos bairros ditos “populares”, que ano após ano contribuiram para tirar das praias da Cidade Baixa (Bogari, na Penha, principalmente) os moradores tradicionais, entregando aquela área a uma quantidade enorme de bares e restaurantes. Na outra extremidade da baía, no Porto da Barra, o advento das linhas diretas de ônibus entre bairros permitiu que a população de outros bairros também ditos “populares”, estes centrais, tivesse acesso fácil e barato à melhor praia da cidade, para quem gosta de nadar. A classe média alta correu para a orla oceânica, não só para os banhos de mar dominicais, mas para morar ali. O primeiro grande efeito disso foi o nascimento do bairro da Pituba e daí por diante, até hoje, surgiram outros grandes empreendimentos imobiliários.

Para a Baía de Todos os Santos, nada. Nem um olhar preguiçoso.

Em face a este abandono, que se estende por todo o Recôncavo, onde estão cidades históricas e recantos paisagísticos belíssimos, com águas mansas ideais para a natação, o remo, a vela e outras atividades sociais e desportivas, temos de perguntar: até quando? Nossa baía está pedindo socorro e ninguém a ouve. Falta estudá-la, conhecê-la e vivê-la, mas tudo isso precisa, no mínimo, de atenção, de um olhar curioso, de um sentimento de amor por ela. Não, para transformá-la em mais um palco de eventos saracoteantes (a juventude baiana parece só gostar disso e não ser capaz de mais nada, além de balançar-se). É necessário a baía no seu potencial turístico cultural, intelectual, primeiro atraindo os que usam o cérebro, depois os que gostam das atividades físicas. Nada se fará, no entanto, se não se promover a implantação de estruturas viárias e planejamento urbanístico compatível com as necessidades turísticas, que exigem níveis elevados de segurança e prazer.

Assim, com o apoio do Gabinete Português de Leitura e do Yacht Clube da Bahia (cultura histórica e desporto náutico), foi lançada neste ano a Semana da Baía de Todos os Santos (28 de outubro a 05 de novembro). Um passo inicial, com eventos realizados nas duas instituições. Em 2011, a baía estará completando 510 anos de descoberta. Temos um ano pela frente, para criar eventos, programar atividades, realizar estudos e pesquisas e fazer convergir para essa semana todos os resultados dos esforços de quantos comungam com essa idéia de promovê-la em Salvador e no Recôncavo, com repercussão em todo o Estado, em todo o País e no Exterior. Sim, resultados, porque há que se trabalhar sempre e continuamente com esse objetivo. A Semana é de comemoração e divulgação de resultados do que se fez durante todo o ano. Fica, aqui, portanto, a convocação e o desafio: você gosta da Baía de Todos os Santos? O que pode fazer por ela? Que tal começar por conhecê-la melhor, estudando sua história e sua geografia, mas também buscando os seus lugares, a sua gente, os seus cantinhos de mistérios e prazeres?

domingo, 10 de outubro de 2010

UMA ESQUINA DA HISTÓRIA

Este é um momento especial. Uma das esquinas da História, aquela na qual se dobra a rota para se tomar uma outra direção, porque o homem intelectual descobre estar evoluindo para uma estrutura de consciência mais complexa. A velha Física, de Newton e de Einstein, com fenômenos da matéria e da energia limitados pela velocidade da luz, recebe a companhia da Psíquica, cujas manifestações ocorrem em velocidades maiores que esta.
Sobre este assunto, pode-se encontrar algum conteúdo nos textos de 28 de agosto e 16 de setembro, entre outros, deste blog.
A evolução das espécies começa realmente com a matéria mineral, que ganha vida e vira vegetal, daí surgindo o animal, que cresce em complexidade e torna-se homem. Homem animal. Ainda encontramos muitos destes, pelas ruas e até em nossas casas, como encontramos inúmeros animais que ainda não são homens, assim como vegetais e minerais os mais diversos.
Já existe, contudo, o homem intelectual, com uma estrutura de consciência um tanto mais complexa e um comportamento mais voltado para o seu interior, digamos, neural, buscando mais conhecimento (informação) e dando pouco valor à emoção, à paixão.
Muitos conflitos têm ocorrido porque a grande maioria que ainda se encontra em estádios anteriores da evolução (mas continua evoluindo), não reconhece os que já atingiram os degraus posteriores, justamente porque aquela maioria recusa informação, mantendo-se na animalidade ou em graus anteriores da intelectualidade, agredindo quem já avançou nesta.
Este processo vem sacrificando muitos intelectuais onde e quando os animais estão em maioria.
Um exemplo disso é o do encontro do homem dito civilizado, com o homem selvagem.
Muitos historiadores têm mostrado esse conflito, ao longo dos milênios atravessados por diversas civilizações, algumas desaparecidas, às quais só chegamos através da arqueologia, com peças em museus e ruínas em cidades surgidas de escavações.
À pergunta "Por que tal civilização desapareceu?" podemos dar uma resposta muito simples e certamente verdadeira: porque ali os animais venceram os intelectuais.
A História nos mostra, no entanto, o caso oposto, onde e quando os civilizados venceram os selvagens, mas não foram sempre tão civilizados e acabaram com estes, fazendo uma escada sem os degraus inferiores, talvez para impedir o retorno, a volta a tais estádios inferiores.

Para enfrentar essa evolução da consciência em direção a estruturas psíquicas mais complexas, tenho trabalhado muito nos últimos cinquenta anos, mais precisamente, deste 1957. Aposentei-me em 1997 para escrever um livro que se tornou uma trilogia. São três romances (vejam o texto de 15 de julho neste blog) que atravessam dois mil anos de história desde a peregrinação dos judeus chamados de "nazarenos" (conduzidos por Jesus de Nazaré), até a peregrinação de gente de todo o mundo que faz os muitos caminhos para Santiago de Compostela. Esses romances têm os seguintes títulos: "A Cruz dos Mares do Mundo", "A Noite dos Livros do Mundo" e "A Trilha dos Santos do Mundo".

O primeiro desses livros será lançado neste ano, dentro da I Semana da Baía de Todos os Santos, numa efeméride aprovada pelo Gabinete Português de Leitura da Bahia para comemorar com três eventos, a partir deste ano, a descoberta da Baía de Todos os Santos, feita em 1º de novembro de 1501, pelos portuguêses já então em relativo nível de civilização, que nela encontraram homens selvagens. Estes tinham, para essa baía, o nome Kirimurê. Integrando-se nessa comemoração, o Yacht Clube da Bahia, que vive os seus 75 anos de existência neste 2010, realizará um evento social dentro da mesma semana, lançando então o livro "A Cruz dos Mares do Mundo", que narra uma aventura fundamentada na história de 1501-1503, com um personagem civilizado e outros, selvagens, na ilha de Itaparica , além de investigação a partir do desaparecimento da imagem de Nossa Senhora das Maravilhas no Museu de Arte Sacra, em Salvador, com repercussão naquele mesmo cenário da Baía de Todos os Santos, em 1997.

Mais que simplesmente lançar esse livro, contudo, o evento do Yacht Clube estará lançando o Selo AMME, com o qual será publicado. Por seu lado, esse selo tem características inovadoras, introduzindo o livro como mais um veículo de mídia. Uma dessas características é ter ele, nas páginas de rosto de cada capítulo e na sua última capa, mensagens publicitárias, que cobrirão todos os custos de produção e permitirão o livro ser distribuído gratuitamente com um público para o qual é dirigido. Ninguém, portanto, o encontrará nas livrarias. Quem não o receber, nesta primeira impressão ou nas seguintes, terá de procurá-lo entre amigos e parentes que o possuam, para ler a sua história. Outra característica deste e dos demais livros que sairem com esse selo será a sua divisão em duas partes, a primeira das quais com o romance propriamente dito - uma aventura de mistério e suspense - enquanto a segunda terá apêndices nos quais o leitor encontrará, através de personagens ficcionais, respostas proto-científicas para assuntos polêmicos como o verdadeiro tamanho da Baía de Todos os Santos, o mistério do "estalo" do Padre Vieira e do seu judaísmo, a questão do ego interno do homem (no cérebro) ser muito parecido com o disco rígido dos computadores e do seu ego externo (Inconsciente) ser uma espécie de dono do computador, além de muitos outros, que conduzem à necessidade de termos uma nova ciência: a Psíquica. Para os fenômenos que se manifestam com velocidade superior à da luz.

Com esse selo, a ser oferecido a todas as editoras, sem exclusividade de publicação da obra por qualquer delas, surge um novo veículo na mídia impressa: o livro. Ao invés, contudo de ter uma periodicidade, tem ele uma perenidade, na medida em que muitas impressões sejam feitas, aumentando continuamente sua tiragem por meio de um novo e revolucionário processo industrial: a impressão digital por demanda. Processo que está sendo introduzido no Brasil pela Singular, um braço do Grupo Ediouro, que garante ao livro, a alta qualidade (conteúdo e projeto gráfico) dos best-sellers e a gratuidade que esgota todas as edições no lançamento, garantindo, também, aos anunciantes, que suas mensagens serão lidas pelo número de leitores prometidos, ainda aumentados pelos outros que o lerem por empréstimo ou receberem a obra por
doação sucessiva.

Já há um certo consenso mundial de que a impressão por demanda salvará o livro impresso de entretenimento, que está sendo ameaçado pela praticidade e menor preço do livro eletrônico, que depois de lido não precisa ser guardado. Igualmente, por ser gratuito, o livro impresso com o selo AMME tem as mesmas propostas dos best-sellers e pode ser descartado depois de lido, por empréstimo ou doação, sem perda para o primeiro leitor. Este primeiro e outros selos que surjam com a mesma proposta, seguramente, farão uma revolução que evitará o desaparecimento do livro impresso de entretenimento, que, assim, mantém autores, editores e gráficas em atividade.

Últimas palavras neste texto anunciador, vão para os anunciantes, isto é, as pessoas físicas e jurídicas que vivem no mundo da publicidade e poderão encaixar essa nova mídia em suas campanhas ou simplesmente encaminhar para ela anúncios isolados, como o fazem com os que enviam para revistas, jornais e emissoras de televisão. Não deverão estes, contudo, ser anúncios de liquidação em lojas ou de lançamentos de imóveis e automóveis, mas sobretudo os que precisam de perenidade, porque, ao contrário de jornais e revistas que são jogados fora depois de lidos no dia ou na semana, o livro é perene, dura muitos anos, passando de mão em mão, mantendo o leitor em contato com a marca ou produto anunciado, sempre que o abre para leitura ou releitura. Uma mensagem que está ali e pode ser consultada sempre que o leitor a quiser ver.
Para saber mais sobre o selo AMME, leia os textos dos dias 21 e 26 de setembro, neste blog.

Passe esta notícia para seus amigos, não só os leitores de obras de ficção, mas também os empresários que podem querer mostrar sua empresa e seus produtos e serviços aos muitos leitores que buscam entretenimento com conhecimento, isto é, homens intelectuais. Outras informações sobre tais anúncios podem ser pedidas à PROPAGARE PUBLICIDADE (www.propagareonline.com.br - Tel 71.3331.1322).

domingo, 26 de setembro de 2010

O SELO AMME - O LIVRO IMPRESSO É MÍDIA

Passei os anos 9o (século XX) como convidado e trabalhando na Feira do Livro de Frankfurt. Vi surgir, ali e assim, mundialmente, o e-book, o livro eletrônico feito para ser lido nos monitores dos computadores pessoais. Nestes dez primeiros anos do século XXI, criou-se e produziu-se o aparelho digital para a leitura desses e-books, que assim ganharam corpo próprio, com a proposta de substituir o livro impresso.

Costuma-se tranquilizar os gráficos, afirmando-se que a televisão não acabou com o cinema e o rádio, porque estes se adaptaram e desenvolveram outras vocações. É verdade, mas o rádio perdeu a novela, os programas de auditório e até os humorísticos, encontrando sua subsistência nos noticiários e coberturas jornalísticas ao vivo (principalmente as desportivas) não feitas pela TV.

Assim, o livro impresso continuará necessário em algumas aplicações e nichos onde é mais vantajoso, mas certamente perderá o mercado dos best-sellers para o entretenimento e a auto-ajuda, nas livrarias, porque estes textos costumam ser descartados após a primeira leitura e aí a sua forma digital é mais prática e barata, com recursos de imagem e memória inigualáveis.

Seria inevitável a migração imediata e total dos autores de ficção de aventura, mistério e suspense - por exemplo - para o formato eletrônico. Um dos muitos efeitos da mudança. Foi assim pensando, que me ocorreu uma idéia salvadora: a inclusão do livro entre as mídias impressas, angariando anúncios, como na televisão aberta, suficientes para manter os custos de produção impressa e distribuição das obras (como nos programas de TV).

A distribuição dirigida e gratuita é a tábua de salvação para o romance impresso que se tornava best-seller e a partir de agora não precisa ser mais vendido, assim concorrendo com a leitura digital, mais barata, mas não mais prática, porque exige a compra e manutenção do aparelho leitor, entre outras incomodidades.

Recebido gratuitamente, o livro impresso pode ser imediatamente descartado por doação ou empréstimo, o que aumenta sua circulação e seu poder de mídia entre o produtor de bens e serviços e o seu mercado, além do que a sua perenidade é maior, muito maior, que a da revista (uma semana ou um mês antes de ser jogada fora), o jornal (um ou dois dias sobre os móveis da casa) e a televisão ou o rádio, onde o anúncio é visto ou ouvido por não mais que um minuto, só sendo percebido com a sua repetição.

Assim vantajoso para o anunciante, também funcionando ao lado de outras mídias, em campanhas publicitárias, o livro impresso gratuito só cumpre esse papel, no entanto, se houver um critério rigoroso na seleção do seu conteúdo, que tem de se mostrar indispensável para a leitura, sendo inadmissível a mediocridade na linguagem ou no conteúdo, assim como a vanguarda artística ou o excesso de erudição. Esta, como a arte, no livro que deve ser popular, muito procurado, é desejável apenas como decoração. Um vaso de flores num corredor de paredes duras e frias cuja função é melhorar a circulação.

Da teoria à prática, sentí-me na obrigação de realizar a experiência com essa proposta e assim criei o selo AMME (Adinoel Motta Maia Editor). Fui à Bienal do Livro de São Paulo, em agosto último e me encantei com a proposta de impressão digital por demanda, que conheci no estande da Singular (Grupo Ediouro), onde fui muito bem recebido pelo seu E-Publisher, Cláudio Soares.
Naquele universo editorial brasileiro, destacava-se como o caminho da salvação.

Coordenando um projeto no Gabinete Português de Leitura de Salvador, para se comemorar neste ano, pela primeira vez, a descoberta da Baía de Todos os Santos (semana de 29/setembro a 05/outubro), estou correndo contra os prazos para fechar um patrocínio (ou vários) que me permita(m) cobrir os custos de uma primeira impressão, de uma primeira edição, do meu romance inédito A Cruz dos Mares do Mundo, de aventura, mistério e especulação filosófica e científica - ficção policial e científica - que abre a trilogia Nortada (ver matéria neste blog sobre 2000 anos de história em três romances) para ser lançado gratuitamente durante aquele evento, como amostra pioneira, talvez histórica, que testará a teoria. Um livro perene, com folhas de rosto dos capítulos dedicadas ao informe publicitário e com sucessivas reimpressões por demanda dos anunciantes, à disposição das agências de publicidade, das empresas e até das pessoas físicas, com tiragens ao gosto do cliente.

O selo AMME, como já dito em matéria anterior neste blog, estará à disposição também de outras editoras que quiserem publicar as obras patrocinadas e gratuitas do catálogo AMME, sem misturá-las com as obras vendidas, do seu próprio catálogo, com seu próprio selo.

Neste momento, estou colocando os dados para inclusão nos debates que tentam elucidar o enredo, o cenário e os personagens envolvidos nesta empolgante aventura em que se lança o mundo editorial. Não vejo conflito entre o impresso e o digital. Vejo uma riqueza de possibilidades a serem trabalhadas por cada pessoa física ou jurídica, conforme suas propostas, potencialidades e competências.

Mantenham-se ligados aqui, para acompanhar os passos que já estão sendo dados nesta experiência. O próximo deles será a definição do parceiro que cuidará do projeto e produção gráficos da obra primeira a sair com o selo AMME. Uma editora ou uma agência de publicidade?
Já conversamos com alguns empresários do ramo. A decisão por um deles não elimina os outros, porque este selo não é exclusivo de uma empresa. Uma das características desta proposta é que, ao invés de uma editora com vários selos, este é um selo que pode ser absorvido por várias editoras. Sucessiva ou simultâneamente.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O SELO AMME

PUBLICO AQUI, HOJE, A SEGUIR, UM "RELEASE" A SER ENVIADO À MÍDIA E A TODOS OS EDITORES DE LIVROS DO BRASIL, ASSIM COMO A AGÊNCIAS DE PUBLICIDADE QUE DESEJEM SER PARCEIRAS DE EDIÇÕES COM O SELO AMME



Ação em prol do livro impresso


As editoras de livros costumam ter um selo para marcar suas edições, reproduzindo o nome da própria empresa na capa de todos os exemplares publicados. Casos há em que uma delas tem vários selos, além deste, derivado do próprio nome, para caracterizar cada um dos produtos oferecidos ao público. Assim, por exemplo, seus romances de aventura receberiam o selo AÇÃO impresso na capa. Os de sexo, ERÓTICA. E assim por diante...

Não se sabe, ainda, da existência de um mesmo selo utilizado por diferentes editoras, isto é, um tipo de livro com as mesmas características, que teria um selo próprio, para identificá-lo, podendo ser publicado por várias delas. Seria o caso de uma obra, por exemplo, de ficção científica, intitulada “Águas de Marte”, podendo ser publicada por duas ou mais empresas editoriais, mas em todas elas com o selo FICCI, para aproveitar esta marca, indicativa das várias características próprias dessa obra. Isto é possível? Não só o é, como está sendo realizado, como proposta do escritor Adinoel Motta Maia (cinco livros publicados por diversas editoras [1]), que assim se veste com a pele de editor não apenas para publicar seus próprios livros, mas para fazê-lo em parceria com empresas diversas, inclusive editoras com catálogo próprio e que desejem ter mais esta obra, nele.

Surge, assim, o selo AMME (Adinoel Motta Maia Editor) para designar um tipo de livro selecionado por este ou de sua própria autoria, com a principal característica de ser obra de entretenimento como suporte para transmissão do conhecimento, com informação derivada de estudo e pesquisa científicos, quer como ficção, quer como realidade. Se ficção, de aventura, mistério e suspense. Se realidade, para a orientação turística, a divulgação científica ou a reportagem jornalística, por exemplo, sempre com textos leves, em linguagem acessível a todos os leitores. A obra que todos os editores querem ter, sem os custos de procurá-la e os riscos de não encontrá-la.

Outra característica dos livros com o selo AMME será a sua gratuidade para o leitor, com distribuição dirigida e conseqüente garantia de esgotar a edição no lançamento, com evidente sustentabilidade para as mensagens publicitárias inseridas em suas páginas, com as quais se remunera o editor e o autor e se paga os custos de produção.

Pretende, com isso, Adinoel, garantir a permanência do livro impresso no mercado, enfrentando a concorrência do livro eletrônico que o ameaça não só nas livrarias como em lojas de eletrodomésticos e logo até em feiras ao ar livre, assim como na Internet, oferecendo, nesse mar agitado, uma bóia aos autores, assim como aos empresários e profissionais gráficos em crescente perigo de inanição.

Por outro lado, oferece parceria a editoras que têm selo próprio e poderão anexar este AMME ao seu elenco de produtos sempre que precisar uma obra com tais características e suporte financeiro para distribuí-la gratuitamente, sendo o selo AMME, para o leitor, uma garantia de bom entretenimento, boa informação e boa qualidade gráfica, gratuitos.

Para lançar o seu selo, o escritor e a partir de então também editor Adinoel Motta Maia está disponibilizando o seu livro inédito “A Cruz dos Mares do Mundo”, primeiro de uma trilogia na qual trabalha há 13 anos e que resumirá 2000 anos de história e geografia globais [2], para mostrar a busca do chamado Reino de Deus pelo homem, dentro de uma ficção policial e científica de mistério, com cenários visitados pelo autor na Ásia, Europa e América.

Além de seus próprios livros, Adinoel se dispõe a colocar seu selo de recomendação em obras de outros autores que as escrevam para o entretenimento, com informação científica, fruto de pesquisas geográficas, históricas, físicas e psíquicas.

O selo AMME será lançado na I Semana da Descoberta da Baia de Todos os Santos, por ele coordenada, marcada para 28 de outubro a 05 de novembro de 2010 e que será envolvida pela exposição “Todos os Barcos do Mundo”, a se realizar no Gabinete Português de Leitura de Salvador, entre os dia 28 de setembro e 28 de novembro deste ano, abrindo-se agenda de visitação para grupos escolares de Salvador e demais municípios do Recôncavo da Baía de Todos os Santos.



ATENÇÃO!
A partir de hoje, até 30 de novembro, acompanhe neste blog “Reflexos no Espelho” (http://adinoel-adinoelmottamaia-adinoel.blogspot.com) as notícias da Semana da Baía de Todos os Santos e dos eventos paralelos que serão realizados nela, como o lançamento do Selo AMME.


NOTAS

[1] “Humanidade – Uma Colônia no Corpo de Deus”, Edições Melhoramentos, São Paulo, 1981; “Morte na Politécnica”, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1990; “O Alienígena Telúrico” – Editora do Brasil na Bahia, Salvador, 1993; “Iate Clube da Bahia – 60 Anos de História”, YCB, 1995; “A Era Ford”, Casa da Qualidade, Salvador, 2002.
[2] Ver neste blog, o texto “2000 Anos de Evolução em Três Romances” (julho de 2010).

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O MISTÉRIO DO INÍCIO

O Nascimento do Universo

No início era o Nada, diz a Bíblia, mas nunca houve um espaço que fosse NADA, porque o espaço é consciência. A consciência não surgiu no espaço NADA. Não foi o espaço quem criou a consciência, mas esta quem criou o espaço. Foi a consciência do SOU e em seguida a do ESTOU, que determinou as três direções e a duração do espaço, como já vimos em outros textos deste blog.
Agora, temos de enfrentar a questão maior, que, uma vez respondida, fecha todo o assunto: quando e como foi o início de tudo.
Não há como fugir da evidência de que o ESPAÇO que constitui o Universo Infinito SEMPRE existiu, mas esse SEMPRE significa exatamente isso: desde que tudo começou. Como aceitar que num espaço NADA, que nunca teve início nem jamais terá fim, houve um começo, um início de um espaço TUDO? Ainda evidentemente, só há uma explicação: o espaço, seja o NADA, seja o TUDO, é uma criação da consciência, porque é ela própria.
Se quisermos, podemos dizer que esse início foi um nascimento. O nascimento da consciência.

Um nascimento explosivo.

Não a explosão de algo que já existia e portanto não era início de coisa alguma, como se fala do Big Bang, como um processo de detonação de toda a matéria e energia concentradas num minúsculo corpo de massa extremamente densa.
Dizemos “explosivo” porque extremamente rápido, mas não necessariamente “de dentro para fora”, como sugere a etimologia da palavra. Temos a tendência de associar um processo a um ser ou objeto que o realiza ou onde se realiza e com isso acreditar que é sempre algo, o que explode, a partir do que cresce em velocidade extrema, instantâneamente no início. Isso tem levado a Física a acreditar na explosão inicial como explosão de alguma coisa extremamente pequena e densa, que vem crescendo continuamente e se espalhando por “um” espaço que também está crescendo, ao qual se chama Universo. Com Einstein, esse espaço incorporou o “tempo” como sua quarta dimensão, indispensável para a ilusão da relatividade, fundamental para o pólo da realidade, da Física.
Um Universo relativo, de ilusão, portanto.
Não podemos considerar um início, jamais, em processo algum, contudo, sem introduzir o outro pólo até hoje desprezado: a atualidade. Todo início ocorre num agora. Um agora em todo o espaço infinito que só existe porque há consciência nele, em todo ele, como já vimos em outros textos deste blog.
O que é explosivo, instantâneo, é o processo de velocidade extrema, da evolução dessa consciência para estruturas sucessivamente mais complexas, em sucessivos agoras, como também já vimos, aqui. O processo e não o ser ou o objeto, porque essa consciência não cresceu nem cresce de dentro para fora. Essa consciência está em todo o espaço sem dentro e sem fora, sempre esteve e sempre estará ali, mas evolui em estruturas cada vez mais complexas em todo ele. Essa evolução de todo o espaço infinito – não apenas de um “átomo primordial” – é que foi inicialmente explosiva, a partir de então existindo o SEMPRE em velocidade decrescente e complexidade/estabilidade crescente.
Tudo é, portanto, uma questão de velocidade. Essa consciência surgiu e evoluiu a partir de uma velocidade instantânea, tudo acontecendo ao mesmo tempo, daí se poder falar em “explosão”. Repetimos para que não se esqueça. A explosão é uma ocorrência em velocidade extrema. Uma queima lenta é uma queima, uma queima ultra-rápica é uma explosão. Uma população que cresce lentamente é um aumento populacional, mas esse processo muito rápido é uma explosão populacional. Assim, no início, foi uma explosão de consciência que ocorreu simultaneamente em todos os pontos do espaço infinito e a velocidade desse processo, no domínio da PSÍQUICA, foi diminuindo até que a consciência com a velocidade do pensamento evoluiu para estruturas mais complexas e estáveis, com menores velocidades, até se criar a energia (velocidade da radiação) e finalmente a matéria (velocidade dos corpos), ambos no domínio da FÍSICA, onde o limite superior de velocidade é o da luz.
Na base de tudo isso está a duração da consciência, que os físicos têm chamado de “tempo”. Além dessa duração, a consciência tem três direções ortogonais básicas, a partir das quais, uma infinidade de outras, intermediárias, que constituem o “espaço matemático ou geométrico”, psíquico, absoluto, atual (duração zero). A consciência com essas três direções fundamentais e uma duração maior que zero, forma o “espaço físico”, que é o da ilusão, o da relatividade, que depende da natureza e posição do observador.
A estrutura psíquica com velocidades (do pensamento) decrescentes desde a atualidade até a velocidade da luz, criou a realidade da energia e da matéria, onde a duração crescente de consciência determina maior estabilidade, até se ter estruturas como a das nebulosas (nuvens de gases no espaço cósmico), onde nascem as estrelas, que formam planetas, onde surgem os líquidos e sólidos, como minerais básicos mais estáveis e menos velozes.
A estrutura psíquica de uma pedra é estável por milhões de anos, enquanto um gás se expande e se esgota rapidamente. Antes deste, as partículas que compõem a matéria movem-se com maior velocidade e são menos estáveis. Assim por diante, as partículas livres da quase-matéria e as estruturas ondulatórias ainda são mais velozes e menos estáveis até se chegar à velocidade da luz. Acima desta, só há pensamento, estruturas de consciência da atualidade, do agora, de duração infinitamente próxima de zero, que se sucedem em transformações instantâneas, digamos, explosivas.
Pode-se dizer que o Universo é um campo de explosões, o dos macróbios, os seres que nascem, crescem e morrem, de dimensões macrocósmicas. Um desses seres é o nosso limitado “universo”, este sim, nascendo há cerca de 13 bilhões de anos com o que se chama de “Big Bang”.

A idéia deste texto, agora publicado, ocorreu-me no dia 10 de setembro de 2010, na janela da sala do meu apartamento, às 5:30hs, em frente ao Sol que nascia, quando tive o insight definitivo que completa a visão do ato da auto-criação do Universo Infinito.
Este fenômeno inicial, portanto, que estabeleceu e determinou a existência do espaço em uma duração e três direções infinitas, constituído por uma infinidade de pontos infinitesimais conscientes de sua existência, com intervalos tão pequenos que se fossem menores não existiriam, teve uma duração também infinitesimal (este, o insight acima referido), numa atualidade, um agora tão pequeno que se fosse menor não teria ocorrido, assim saindo do nada – conjunto vazio – para um espaço infinito apenas consciente de suas infinitas posições infinitesimais. A partir daquele primeiro “agora” criador, em sucessivos “agoras” tão próximos um dos outros que se fossem mais próximos não existiriam, as consciências puntuais se uniram em estruturas de consciência de posição na reta (uma direção), no plano (duas direções) e no sólido (três direções), em sucessivos “agoras” de duração infinitesimal, sempre no sentido de formar estruturas de consciência cada vez mais complexas, a partir da consciência do tetraedro infinitesimal constituído por quatro vértices (pontos) tão próximos que se fossem mais próximos seriam um só ponto. Tetraedros conscientes, que se ligariam em linha por seus vértices formando ondas conscientes ou em aglomerados quase esféricos, por seus lados justapostos, formando corpúsculos conscientes livres, inicialmente instáveis e posteriormente estáveis, sendo tais ligações resultantes também de consciência própria. Este seria um universo apenas de pensamento – psíquico – que em velocidades instantâneas formavam estruturas de consciência SOU em todo o espaço infinito, logo seguidas de consciência ESTOU em “agoras” sucessivos de consciência do outro. Tão complexos se tornaram esses aglomerados de consciência, que se tornaram “pesados”, com massa, que assim é quantidade de pensamento, de tal modo que uma sucessão de agoras ganhou dimensão e com isso surgiu a estrutura física. Com esta, apareceu a realidade em quatro dimensões (uma duração e três direções), mas uma realidade livre, de ondas e corpúsculos (partículas) infinitesimais a se moverem em velocidades quase instantâneas. Tornando-se mais volumosas e complexas, as ondas e partículas perderam velocidade, passando de valores psíquicos para outros, bem menores, físicos, isto é, da atualidade para a realidade. A atração da consciência que ligava pontos, linhas, planos e sólidos geométricos do universo puramente matemático passou a ter estado de força e assim surgiu aquela que fez a massa (quantidade de consciência) atrair outra massa, submetendo-a ao seu campo e criando a energia e a matéria, em “quantuns” ainda muito pequenos. Das partículas livres de quase-matéria (quamas) para as que se submeteram a tal força, formando o átomo, ocorreu um processo contínuo de criação que ainda não terminou, obedecendo uma lei de atração e outra, de evolução, na formação de estruturas cada vez mais complexas e mais estáveis de consciência, cujo ápice, para nós, animais humanos intelectuais, é a matéria física – apenas um produto dessa consciência – que também evolui para outros estados de consciência provavelmente já existentes, mas ainda não conhecidos ou sequer percebidos por nossos egos em evolução. Com esta perspectiva, é evidente que há um crescente acúmulo de massa em todo o processo, que tende para um limite: o total de toda a consciência universal, infinitamente grande. Nessa evolução do ego, em massa e complexidade, uma estrutura humana, por exemplo, formada por átomos, seria algo desprezível, se comparada a uma outra formada por galáxias ou conjuntos destas. O ego maior, de toda a consciência assim aglomerada no universo infinito, consciente de toda a existência, seria aquilo ou aquele a quem damos o nome de Deus, que certamente não tem conhecimento especifico de cada um de nós ou de nossa galáxia, do mesmo modo como não temos conhecimento específico de cada átomo de nosso corpo ou muito menos ainda do ser que possa habitar um elétron desse átomo.
Já é muito, portanto, que sejamos iluminados para ver o que está exposto assim objetivamente neste texto, cujo propósito, neste momento, é mostrar que esse Deus existe, sim, porque se o negássemos, negaríamos a existência de todo o Universo. Parece evidente, também, que ele criou o Universo, porque Ele é o Universo e assim, criou a si próprio, num processo instantâneo, saindo do Nada para o Tudo com a velocidade explosiva do pensamento, isto é, da consciência que sempre existiu em cada ponto, sem início e sem fim, mas em permanente e contínua evolução do Todo e de cada uma de suas partes individualizadas em egos tão primários quanto a consciência do ponto e tão definitivos quanto a consciência total do espaço. Podemos dizer, assim, que, como nosso Ego, eterno, em contínua evolução, também o Ego de Deus evolui, desde o Nada que foi até onde puder ir o Tudo, em complexidade de consciência.

OBSERVAÇÃO BIBLIOGRÁFICA: Meus primeiros textos sobre este assunto surgiram no Jornal da Bahia, a partir da década de 70, a cada domingo. Em 1981, pela Edições Melhoramentos (São Paulo), foi publicado meu livro “Humanidade – Uma Colônia no Corpo de Deus”. Seguiram-se artigos também no jornal A Tarde, de Salvador (décadas de 80 e 90). Em 2009, publiquei o artigo “Teoria Unificada do Universo” na Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (disponível no Google, bastando pesquisar com seu título, o nome do autor e a palavra “consciência”). Finalmente, neste blog, aos sábados, desde março até maio/2010 e em textos que foram publicados em seguida, até hoje, aqui. Tudo isso será reestruturado num único livro.

sábado, 28 de agosto de 2010

A ALMA DO COMPUTADOR NÃO É SEU DISCO RÍGIDO

Cresci na minha juventude, lendo e ouvindo a frase “Todas as estradas levam a Roma”, no sentido de que há muitos caminhos para se chegar a um mesmo lugar. A origem desse ditado está no Império Romano, que construiu a primeira e maior rede mundial de estradas da humanidade, necessárias para o deslocamento de tropas e para o comércio. Depois, o Rei do Mundo na superfície da Terra deixou de ser o Imperador de Roma e passou a ser o Papa em Roma (no Vaticano) e aí, então, muita gente andou por essas estradas e outras, vicinais, para ir até lá. Essa grande quantidade de peregrinos foi tão massiva que a Igreja aproveitou a mesma frase para retratar esse fenômeno religioso.
Para todos nós, humanos, que vivemos na superfície da Terra, se o mundo tem um rei, com um rico palácio e poder para influenciar todos os povos civilizados, não só os cristãos, esse rei ainda é o Papa. Um homem, não um deus, que circula por todo o planeta, porque não há país onde não haja cristãos, por menor que seja sua população, ainda que como missionários. Mesmo onde estes não são admitidos, no mundo islâmico, por exemplo, o próprio Papa tem entrado para dialogar com autoridades políticas e religiosas.

São muitos os intelectuais, orientais e ocidentais, no entanto, que têm dito e escrito haver um outro Rei do Mundo, vivendo no núcleo do planeta, este sim, governando não só os homens, mas todos e tudo. Realidade? Fantasia? Ficção introdutória da Realidade?

Não é ainda neste texto que iremos abordar o assunto, neste blog. Já escrevi uma história para adolescentes, publicada em 1993 pela Editora do Brasil na Bahia, que narra uma aventura no interior da Terra. O livro tem por título “O Alienígena Telúrico”. Também não vou, agora e aqui, falar sobre este, mas quero chamar a atenção para a reação do planeta, à ação do homem que se reproduz descontroladamente e agride todas as estruturas da Natureza, psíquicas e físicas, deliberadamente.

A Terra não está morta. Ao contrário, é muito viva e relativamente jovem. O homem apenas arranha sua superfície, ocupando o que se chama de biosfera porque se ignora haver vida em todo o planeta, desde sua atmosfera até o seu núcleo. Ainda não é disso, também, que falarei neste texto.
Quem ainda não leu os últimos artigos publicados aqui em julho, deverá fazê-lo, porque ali estão os fundamentos da existência no Universo e conseqüentemente na Terra. São conceitos necessários à conclusão de que há uma contínua evolução da consciência em estruturas psíquicas e físicas. Uma evolução que não para no homem, como gostariam que fosse, os vaidosos e poderosos agentes da ignorância e da estupidez, apresentando como “prova científica” a negação de seres na Terra, que sejam superiores ao ser humano. É o mesmo que negar a existência de vida microscópica no interior do corpo animal, por se conhecer apenas os micróbios que habitam a pele e são varridos por um simples germicida ali, como acabará ocorrendo com tais vaidosos ignorantes a incomodar o planeta, se e quando tal for necessário.

Ainda por enquanto, estou trazendo a notícia apenas de que o ego que muitos chamam de alma – a personalidade eterna de cada ser – não se encontra dentro do corpo humano desde o nascimento e até sua morte. Ela não entra nem está dentro do corpo (não há razão para isso), do mesmo modo como nossa mente não entra nem está dentro do HD, o disco rígido do computador, mas apenas se liga a ele, MANTENDO-SE FORA DELE até que este não seja mais útil, quando se desliga e o substitui por outro, mantendo-se ativa. Disso trata o primeiro livro (“A Cruz dos Mares do Mundo”) da minha trilogia, que escrevo desde 1997.

O que me proponho revelar agora é que esse ego eterno – qualquer um deles – é fruto de uma evolução desde as espécies minerais até as intelectuais, na Terra. Nenhum é igual a outro, individualmente, porque depende das observações feitas e experiência vividas em cada ciclo de existência material e energética, dentro da realidade, religação após religação.
Os que se ligam pela primeira vez num corpo humano animal, deixando sua realidade animal não humana para aprender numa etapa posterior do seu curso, iniciam um processo que termina quando passam do estágio animal para o intelectual.
Aí, se religam a corpos humanos intelectuais, sucessivamente, até que estejam prontos para enfrentar estádios mais altos da intelectualidade, chamados de “iluminação”.
Não podem, então, permanecer na superfície do planeta. Um dos que tentaram fazer isso, há dois mil anos, foi crucificado, pelo mesmo motivo que um homem é morto na floresta, tudo sempre em harmonia com as leis da Natureza, as únicas que fazem Justiça e punem sem perdão, para o bem de quem precisa aprender para crescer, para evoluir, para atingir os mais altos degraus da escada que nos é oferecida sem imposição.

Assim, hoje, aqui, passo uma síntese de tudo isso, numa única frase que sugiro copiar e divulgar, para que todos tenham a oportunidade de buscar a luz que leva à ciência, nada mais que o conhecimento da consciência da existência do Universo Infinito em três direções e uma duração.

SÍNTESE

Há muitos caminhos para um só lugar. Cada ego acumula informação e experiência e os processa, gerando o próprio caminho para a luz da consciência que evolui sempre na direção das estruturas psíquicas mais complexas, que formam estruturas físicas mais complexas, para a realização de funções mais complexas. Adinoel Motta Maia.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

A EVOLUÇÃO DAS ESTRUTURAS PSÍQUICAS E FÍSICAS



SEGUNDA PARTE
(VER PRIMEIRA PARTE NESTE BLOG, EM 22 DE JULHO DE 2010)

Com as evidências já apresentadas, podemos afirmar que o Universo – espaço infinito em suas três direções ortogonais e uma duração – é um conjunto de infinitas posições pontuais conscientes de si próprias e das demais, que começaria sua evolução em um conjunto matemáticamente vazio, um estado de campo[1].
Teríamos assim o Nada, quando o espaço apenas “era”. Existiria somente com a consciência do ser (O VERBO). Sem esta, não existiria.
Não se pergunte de onde, quando ou como surgiu essa consciência. Como já vimos, é evidente que sempre existiu, pelo simples fato de que o SER é a única condição de EXISTIR. Se há um espaço, ainda que vazio, ele É e se é, EXISTE. E se existe, é consciente de sua existência. Por mais condicionamento que tenhamos da existência física, por ser esta nossa realidade cotidiana, no nosso cérebro, é necessário abrir a mente para a existência meramente psíquica, a da atualidade, sem duração[2], como um campo preparado para o cultivo.

Posso imaginar a dificuldade normal de todas as pessoas que estão recebendo estes novos dados pela primeira vez, propondo uma nova estrutura não apenas paralela à Física (não se trata de metafísica), mas promotora desta, no sentido de que são as estruturas psíquicas que formam as estruturas físicas, estas, na realidade, estruturas também psíquicas, mais complexas. Felizmente, não estou acenando com alterações ou morte da Física, mas apenas explicando de onde e como esta surgiu, abrindo o caminho para a Teoria Unificada do Universo, com leis únicas para todo ele.

A esta consciência de todo o conjunto, nesse conjunto e em cada uma das suas infinitas posições pontuais (cada uma delas uma pontualidade) nas três direções, vamos chamar de eternidade, porque todo esse espaço é consciente de si mesmo numa duração infinita constituída também por uma infinidade de posições atuais (uma infinita sucessão de agoras, cada um destes uma atualidade) na sua única duração.

Está claro para quem lê (e se necessário, relê algumas vezes), que o espaço infinito é constituído por uma infinidade de pontualidades (sucessivas posições marcadas em três direções ortogonais) e de atualidades (sucessivas posições marcadas numa única duração). Também está claro que todas essas pontualidades e atualidades são conscientes, individualmente, porque estão separadas por intervalos infinitamente pequenos, que, assim, têm dimensões infinitesimais, lineares.

Temo que pessoas ainda não matematicamente treinadas[3] sintam alguma dificuldade para compreender e aceitar isso, mas evidentemente as já iniciadas não terão qualquer dificuldade em acompanhar o raciocínio que nos leva a uma consciência capaz de situar-se simultânea ou sucessivamente em quaisquer dessas pontualidades e atualidades, formando pequenos conjuntos infinitesimais – extremamente pequenos, portanto – mudando-os de posição em distância e duração maiores que zero e formando assim o que chamamos de realidade, isto é, formas geométricas com dimensões em três direções (tridimensionais) e com uma duração de consciência (percepção), maiores do que zero.
Dizendo isto com outras palavras: quatro pontos juntos, por exemplo, no espaço tridimensional (sem a duração), como vértices de um tetraedro, estando conscientes de sua existência individual, formam a consciência coletiva do tetraedro, estático, na atualidade. Acrescentando-se uma duração qualquer (maior do que zero) à consciência, esta pode alterar ou não a posição desse mesmo tetraedro para outros quatro pontos, passando-se à realidade. Pode também unir vários tetraedros em quantidade suficiente para formar uma esfera. Pode mover essa esfera de lugar, simplesmente deixando de considerá-la numa posição e passando a considerá-la em outra, no espaço.

É na realidade, que a consciência universal (a do espaço infinito) cria, realiza e opera toda a sua obra, constituída por ondas (energia), partículas livres sub-atômicas (quase-matéria) e corpos formados por átomos (matéria), simplesmente com estruturas de consciência, das mais simples às mais complexas, numa trajetória evolutiva que começou com o segmento de reta, depois as figuras planas e finalmente os sólidos geométricos infinitamente pequenos, juntando estes em aglomerados, sempre em busca de maior complexidade. No exemplo acima, a consciência de umas poucas centenas de pontos organiza-se em algumas dezenas de tetraedros infinitesimais formados por apenas quatro posições de consciência (quatro vértices), para construir uma esfera consciente de todas as suas posições pontuais. Essa esfera de consciência pode mudar-se para outra posição no espaço, sem alterar a estrutura da consciência deste, ou seja, quem muda de posição é a estrutura psíquica da esfera (sua consciência) e não os pontos em si, que permanecem nas mesmas posições.

Já percebemos aí, estruturas psíquicas que evoluem do ponto para um segmento de reta (um lado de qualquer dos triângulos do tetraedro), assim como deste para o próprio triângulo, seguindo-se a do triângulo para o tetraedro e finalmente deste para a esfera, com sucessivos aumentos de complexidade.

Se unimos tais conceitos e propostas numa nova ciência – a Psíquica – já podemos pensar imediatamente em duas primeiras leis. A primeira delas, que chamaríamos DA ATRAÇÃO, determinaria que há uma atração permanente, contínua e abrangente em todas as posições do espaço no limite de suas individualidades e sem limite para sua expansibilidade, significando que a consciência é a atração que une todos os pontos do espaço. Estudiosos na Antiguidade chamaram essa atração de ESPÍRITO[4].

Todos os esforços que a Física faz com seus aceleradores de partículas para quebrar aquelas que constituem a matéria, um dia chegarão a um resultado hoje já perfeitamente previsível: a descoberta de que toda a realidade das ondas e dos corpúsculos é formada por consciência pura. É a consciência que nos dá as posições, dimensões e movimentos de tudo o que existe, em velocidades tanto maiores quão menores são as estruturas de “pensamento” consciente. É a consciência que nos dá a massa dos corpos, sendo massa, ao fim, quantidade de consciência.

Essas estruturas estão situadas em dois campos de estudo, separados pela velocidade da luz. As super-luzenses (velocidades maiores que a da luz) constituem o campo da Psíquica, cujo objeto é o pensamento. As sub-luzenses (velocidades iguais ou menores que a da luz), constituem o campo da Física, cujo objeto é a energia/matéria, com leis próprias, mas derivadas das da Psíquica, como a da EVOLUÇÃO, que determina haver em tudo (e todos) um processo de transformação na busca de estruturas mais complexas de consciência, para a realização de funções mais complexas.

Quando nos detemos na Física, verificamos que energia e matéria são parte de uma mesma realidade e por isso, podem se transformar, uma em outra, sempre com o objetivo de aumentar a complexidade das estruturas, desde as mais simples, meramente ondulatórias às mais complexas, corpusculares. Assim átomos se juntam para formar moléculas, estas se transformam e uma delas se reproduz, gerando a vida, que também cresce em complexidade, desde a célula até o homem. Evidentemente, a evolução não para no homem e se não se manifesta na Terra, certamente já está em outros planetas, os do Sol e de outras estrelas.

Estou observando ao fim de cinqüenta anos de muita observação, muita pesquisa, muito estudo, muita experimentação e muita reflexão, que há um “ego” em cada estrutura viva, desde a da célula, que é uma estrutura psíquica não em um cérebro, que ela não tem, mas em todo o seu corpo. Todas as observações e experiências de cada partícula desse corpo contribui para o crescimento da consciência nele, fazendo evoluir tal “ego”, que passa a precisar de uma outra estrutura física, no qual possa realizar funções mais complexas. Não existindo ainda essa estrutura física, assim já necessária, é preciso criá-la. É justamente essa pressão que promove a evolução das espécies.

Este artigo não pretende ser um tratado e se satisfaz em mostrar fundamentos para estudo e pesquisa. A Psíquica já está aí, cientificamente proposta e fundada. Precisamos agora desenvolvê-la, como ciência. Com ela, podemos ter uma Teoria Unificada para todo o Universo.

NOTAS

[1] O estado de campo é caracterizado pelo conjunto vazio apenas consciente de sua existência, correspondendo a uma infinidade de pontos tão próximos que se fossem mais próximos seriam um só, separados por intervalos infinitesimais cuja soma determina as dimensões nas três direções ortogonais e na duração da consciência no espaço infinito assim tetradimensional. Este estado de consciência ocupa todo o espaço infinito na duração zero, o que significa matematicamente estar simultâneamente em todos os lugares. Isto caracteriza a atualidade. Em segmentos finitos (desse espaço infinito), com duração da consciência acima de zero, estabelece-se a realidade, na qual a velocidade substitui a simultaneidade. Na equação s(segmento de espaço)=v(velocidade).d(duração da consciência), sendo s infinito e d zero, o valor de v é uma indeterminação geradora de contingência que nos leva a um estado de velocidade extrema da consciência em sua capacidade (potencialidade) de estar simultaneamente em dois pontos distantes quaisquer. Passando da atualidade para a realidade, com duração acima de zero, sai-se da indeterminação e estabelece-se que tanto menor será essa velocidade, quanto maior for a duração da consciência, desde o infinitamente pequeno. Assim, partículas que se manifestam com menor duração de consciência (“vivem menos”), apresentam-se em velocidades maiores do que os corpos que têm maior duração (“vivem mais”). A velocidade da luz separa a realidade das partículas e corpos de estrutura física (energia e matéria), da atualidade das estruturas psíquicas, estas super-luzenses.

[2] Neste artigo, não empregamos o termo TEMPO, preferindo a sua qualificação, como DURAÇÃO da consciência, sendo esta a quarta dimensão do espaço. Costuma-se falar em espaço e tempo, separadamente, ou espaço-tempo, como se o tempo pudesse estar fora do espaço. Na realidade, o que assim se considera erradamente ESPAÇO, são apenas suas três direções ortogonais e o que se considera TEMPO, sua única duração. Nessas direções e duração são medidas as dimensões do espaço, assim tetradimensional. Pode existir espaço sem duração (na atualidade puramente geométrica, por exemplo), mas não há duração fora do espaço. É ela quem determina sua realidade física. Por outro lado, o termo CONSCIÊNCIA tem sido empregado apenas como função do cérebro, pela Psicologia, que está para a Psíquica, como a Fisiologia está para a Física. Efetivamente, a consciência não é um atributo exclusivo do cérebro, mas do espaço no seu todo e em cada uma de suas partes. Quem escreveu o Gênesis bíblico, chamou-a, em hebraico, Elohim, palavra não existente e que tem sido tradicionalmente traduzida por “Deus” e mais recentemente por “Atributo de Deus”.
[3] Pessoas não matematicamente treinadas podem obter algum resultado, fazendo um esforço com leituras sucessivas do texto, buscando o significado preciso de cada palavra e sua aplicação correta no contexto. Assim começou a Ciência, com a Alquimia, repetindo-se dezenas, centenas e até milhares de vezes uma experiência, para se chegar a uma descoberta.
[4] Com o passar dos séculos, firmou-se a idéia de que o espírito é a consciência responsável por toda a existência dos conjuntos e sendo ele oriundo de Deus, seria um Espírito Santo. Na verdade, a Consciência de Deus que tudo cria e realiza, dando forma e volume (massa) às coisas e seres. Mais tarde, essa idéia desceu para uma visão mais particular, do espírito em cada ser sendo a consciência total desse ser, não a do seu cérebro, mas a de todas as células, moléculas e átomos do ser. No homem, deu-se a esse espírito o nome de alma, que teria de sair do corpo, quando este se desagrega com a sua morte.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

A EVOLUÇÃO DAS ESTRUTURAS PSÍQUICAS E FÍSICAS


A CONFIRMAÇÃO CIENTÍFICA DE QUE A EVOLUÇÃO DAS ESTRUTURAS PSÍQUICAS É A CAUSA DA EVOLUÇÃO FÍSICA DAS ESPÉCIES MINERAIS, VEGETAIS, ANIMAIS E INTELECTUAIS

PRIMEIRA PARTE

Vamos começar com um assunto que costuma provocar muita discussão: o que é e o que não é científico. Vamos ver o que é “ciência”. Tenhamos paciência. Quem não a tem não chega ao reino de Deus. Vejamos o que diz um dos mais conceituados dicionários da língua portuguesa, o de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira:

CIÊNCIA. 1. Conhecimento. 2. Saber que se adquire pela leitura e meditação; instrução, erudição, sabedoria. 3. Conjunto organizado de conhecimentos relativos a um determinado objeto, especialmente os obtidos mediante a observação, a experiência dos fatos e um método próprio (ciências históricas; ciências físicas). 5. A soma dos conhecimentos humanos, considerados em conjunto. 6 (Filosofia) Processo pelo qual o homem se relaciona com a natureza visando a dominação dela em seu próprio benefício. [Atualmente este processo se configura na determinação segundo um método e na expressão em linguagem matemática de leis em que se podem ordenar os fenômenos naturais, do que resulta a possibilidade de, com rigor, classificá-los e controlá-los].

Agora, vamos ver o que é “evidência”, nas palavras do mesmo Aurélio:

EVIDÊNCIA. 1. Qualidade ou caráter do evidente (que não oferece dúvida; que se compreende prontamente, dispensando demonstração; claro, manifesto, patente); certeza manifesta. 2 (Filosofia) Caráter de objeto de conhecimento que não comporta nenhuma dúvida quanto à sua verdade ou falsidade.

Os demais dicionários dirão a mesma coisa, com estas ou outras palavras. Estamos, assim, armados para enfrentar a discussão sobre este assunto, acima proposto.

Comecemos com uma frase fundamental: todo conhecimento é “ciência”, sim, mas pode não ser um conhecimento “científico”. Este termo é reservado para aquele conhecimento obtido mediante a observação, a experiência dos fatos e um método próprio, por isto mesmo dito “método científico”, que exige rigor na sua formulação, execução (controle) e interpretação dos resultados obtidos com aquela observação e aquela experimentação. Há quem fale em “rigor acadêmico”, porque a Academia (as universidades, por exemplo), costumam considerá-lo como condição sem a qual os resultados não devem ser aceitos.

O maior objetivo da pesquisa “científica” é a busca do conhecimento novo, isto é, aquele que ainda não existe mas é considerado necessário para a compreensão ou definição de um objeto ou um fenômeno natural. Nesta busca, parte-se de uma idéia, uma conjetura, uma hipótese, uma teoria, progredindo-se em complexidade de estruturas racionais de pensamento, que são colocadas à prova, em laboratórios na própria natureza ou construídos pelo homem. A pesquisa científica termina com a chegada a uma ou mais evidências, conhecida(s) como “prova(s) científica(s)”.

É sempre uma prova “científica” (ou mais) que comprova uma teoria, tornando-a aceita, pelo menos, até que outra a contrarie e substitua. Assim, é sempre desejável que já se parta de evidências para formular uma teoria qualquer, porque dessa forma se chega a esta teoria, sem qualquer dúvida, quanto à verdade ou falsidade do que se quer afirmar ou negar.

Em Filosofia, ainda nas palavras de Aurélio, EPISTEMOLOGIA é o “estudo crítico dos princípios, hipóteses e resultados das ciências já constituídas, e que visa a determinar os fundamentos lógicos, o valor e o alcance objetivo delas. É a teoria da ciência”. Tem sido, contudo, essa epistemologia usada nefastamente para impedir que teorias estabilizadas por interesses meramente acadêmicos de autores, professores e pesquisadores preguiçosos satisfeitos com as coisas como elas estão, sejam substituídas por outras mais próximas da verdade, constituindo um freio na progressão do conhecimento novo. Costumam, tais “senhores feudais” do território científico, barrar novas idéias, negando evidências que surgem do processamento neural de acumuladores de novos dados, no cérebro humano, acusando-os de “meros especuladores”, com medo de que estruturas clássicas ou modernas do mundo científico sejam destruídas e obriguem os já acomodados a voltar a estudar.

NESTE BLOG, SEMPRE ESTAREMOS TRABALHANDO COM NOVAS EVIDÊNCIAS, AINDA QUE ISTO DESTRUA ALGUMA TEORIA OU PROPOSTA CONSAGRADA, DITA CIENTÍFICA, MAS PROVISÓRIA.

EVIDÊNCIA 1
É evidente que há um único espaço infinito, que devemos chamar de O ESPAÇO, constituído por inúmeros espaços limitados, conhecidos por suas dimensões e preenchidos por estruturas as mais diversas, psíquicas e físicas. Isto é evidente porque NÃO PODE SER DE OUTRA FORMA OU NATUREZA.
Qualquer que seja o nível intelectual do ser humano, pode este compreender que há sempre espaço além de qualquer objeto ou ambiente, em qualquer direção ou com qualquer duração, de modo que, por maior que seja, não pode deixar de haver algo depois, ainda que vazio, ainda que se chame de “nada”. O que limita o espaço é a mente limitada, dos seres menos ou não intelectuais. Um cão ou um inseto, por exemplo, não pode compreender isso, porque sua estrutura mental é insuficente para tal, só aceitando o espaço que podem perceber à sua volta. Há seres humanos, primitivos, que embora tendo cérebro para atingir novos e maiores horizontes, não está, este, suficientemente treinado para tal, limitando-se a encarar e aceitar o próprio ambiente, apenas.
NÃO É FÁCIL FAZER NO CÉREBRO, A IMAGEM DO ESPAÇO INFINITO, MAS É EVIDENTE QUE SÓ ESTE, O TOTAL, AINDA QUE FOSSE VAZIO, É
O UNIVERSO
“O CONJUNTO DE TUDO QUANTO EXISTE NO ESPAÇO” SEM FIM.
EVIDÊNCIA 2
É evidente que há consciência em todo o espaço infinito, pelo simples fato de que não há espaço se este não É espaço. Não há homem se este não É homem. Não há árvore se esta não É árvore. Não há micróbio se este não É micróbio. E assim por diante ou para trás ou para os lados, ou para cima e para baixo. Por isso, os iluminados que escreveram os textos ditos sagrados, disseram que NO INÍCIO ERA O NADA e que NO INÍCIO ERA O VERBO, ou que NO INÍCIO OS ATRIBUTOS DE DEUS CRIARAM O CÉU E A TERRA. Porque não é preciso ser cientista para conhecer as evidências e por isso, são evidências que podem ser vistas por todos, sem deixar dúvidas, desde que o campo de estudo esteja iluminado.

Foi dito acima que o conceito de infinito significa que não há fim em qualquer direção nem em duração. Se não há fim, não há início, porque o início nada mais é do que o fim no sentido inverso. Nos textos antigos, onde se escreveu “no início”, leia-se portanto “no início da criação de todas as estruturas, era o nada” ou “era o verbo” ou “os atributos de Deus criaram o céu e a terra”. É este o início de que falam os textos antigos. O início, não do ESPAÇO ou do UNIVERSO, mas das coisas criadas nele.

Hoje, escreveríamos:
“No início, quando apenas havia o verbo SER e o NADA (nenhuma estrutura), o ESPAÇO era apenas consciente de si mesmo. Sendo infinito e não havendo nada, que não fosse ele, não haveria quem tivesse consciência dele e só ele tinha consciência de si próprio. Se não a tivesse, não existiria”
.
É evidente, portanto, que O ESPAÇO sempre É (este é o verbo), nunca teve início e jamais terá fim, porque, assim como não foi criado, não será destruído. O que determina sua existência é tão somente a consciência de que É. Eternamente. Nessa existência, só havia ele, O ESPAÇO, não havendo nada nele, NO ESPAÇO. Por isso, era o NADA. O que eram, então, os ATRIBUTOS DE DEUS (o Elohim do texto hebraico bíblico, traduzido como Deus)? Nada mais eram do que A CONSCIÊNCIA DO ESPAÇO. Foi essa consciência (atributos) quem criou o céu e a Terra. A essa consciência, chamamos até hoje: DEUS.

EVIDÊNCIA 3
O espaço infinito nada mais é do que uma infinidade de pontos tão próximos um do outro, que, se fossem mais próximos seriam um só. Não há matemático ou geômetra que não concorde com isto.
Todas as pessoas que exercitem o cérebro reconhecem esta evidência, desde que saiba que um ponto é apenas uma posição no espaço, sem qualquer dimensão. Um ponto não é aquele desenho que se coloca num papel com a ponta da caneta. Esse “ponto”, assim marcado no papel é um círculo com diâmetro de um milímetro ou menos. Não se pode desenhar ou marcar um ponto. Conhece-se sua posição no papel por suas coordenadas, tomando-se uma escala qualquer nas margens desse papel. Assim sem dimensão, apenas posição, cada ponto pode estar tão próximo de outro, que entre eles há um intervalo tão pequeno, que, se fosse menor, não existiria. Ninguém tente imaginar quão pequeno seria este, pois passaria toda a vida sem jamais determiná-lo.

É evidente que a consciência do ESPAÇO INFINITO é o conjunto das consciências de posição em todos os seu pontos, que SÃO pontos separados por intervalos de dimensão infinitesimal, responsáveis pelas dimensões a serem estabelecidas nas direções do ESPAÇO INFINITO. Essas posições, assim relativas, criam um novo verbo: ESTAR. Pode-se dizer, portanto, que o ESPAÇO INFINITO É e OS PONTOS ESTÃO NELE com a consciência de suas posições.

Isto é evidente, porque NÃO PODE SER DIFERENTE. Se o fosse, toda a geometria e até mesmo a matemática não existiriam, como as conhecemos, conscientemente.

EVIDÊNCIA 4
Note-se que não estamos falando de consciência do ponto, mas de consciência no ponto. O ponto é apenas uma posição. Não é coisa alguma. O que É, é a consciência dessa posição, isolada, no conjunto de toda a consciência do ESPAÇO INFINITO. Compreender isso é fundamental porque é daí que se tira a conclusão de haver uma razão para toda a consciência se distribuir em todo o ESPAÇO INFINITO e não se concentrar apenas num único ponto. Essa razão é a própria evidência já mostrada de que não pode haver apenas um ponto sem um espaço infinito em volta dele e havendo espaço ele tem de ser constituído por uma infinidade de pontos. Assim, temos de aceitar como evidência que havendo consciência em cada ponto, ela contudo é uma só, consciente de todas as suas inúmeras (infinitas) posições, podendo se agrupar conforme as proximidades destas posições, de modo que formariam conjuntos conscientes com uma, duas ou três dimensões em estruturas geométricas, pela simples necessidade de criar formas mais complexas. Assim, uma consciência em quatro pontos relacionaria as posições deles para formar a consciência em um tetraedro, que se poderia multiplicar em tetraedros vizinhos em tal quantidade que, juntos, formariam a consciência de uma esfera, evidentemente mais complexa que a de um só tetraedro, por sua vez mais complexa que a de um triângulo.

EVIDÊNCIA 5
Quanto dura essa consciência? Uma eternidade, que é constituída por uma infinidade de agoras, de duração zero, que se repetem infinitamente com intervalos tão pequenos que se fossem menores não existiriam, responsáveis pelas dimensões a serem estabelecidas nas durações do ESPAÇO INFINITO.

É evidente que a consciência de cada agora (duração zero) em cada ponto é uma atualidade, mas a sucessão de agoras, nele, determina a duração maior do que zero da consciência e a sua saída de uma atualidade para uma realidade, dando-lhe uma nova dimensão que cria os processos e os fenômenos, a permanência e o movimento.

Assim, aquele tetraedro ou aquela esfera, acima exemplificados, teriam uma consciência com duração zero numa atualidade (um agora) ou maior que zero numa realidade, ainda estática, isto é, sem mudança de posição.

Ainda evidentemente, contudo, a consciência naquele tetraedro poderia durar suficientemente para trocar daquelas posições para as de outros pontos, assim se deslocando (a consciência e não os pontos), numa ação típica de movimento, em velocidade (quase) instantânea, praticamente desaparecendo em um lugar e aparecendo em outro. Demonstra-se essa evidência com o nosso próprio pensamento, quando nos vemos num lugar no Brasil e em fração de segundo transferimos nossa consciência para nos vermos em outro lugar, em Portugal. Nosso corpo não saiu de um lugar para o outro. Apenas nossa consciência o fez. Assim faria a consciência daquele tetraedro. Estamos falando de consciência e não, ainda, de energia ou matéria.

NA SEGUNDA PARTE DESTE ARTIGO, A SER PUBLICADA EM 29 DE JULHO, NESTE BLOG, VEREMOS COMO A CONSCIÊNCIA EVOLUI EM ESTRUTURAS PSÍQUICAS PARA FORMAR ESTRUTURAS FÍSICAS CADA VEZ MAIS COMPLEXAS, ATÉ A CRIAÇÃO DO HOMEM, NA TERRA.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

2000 ANOS DE EVOLUÇÃO EM TRÊS ROMANCES

Há quem acredite que o ambiente é bastante para influenciar as pessoas e até alterar sua personalidade. Muito já se escreveu sobre a vocação ser fruto da estrutura sócio-cultural em que se vive. Comigo, isso não foi assim. Não sei, portanto, se isto é verdade.
Quando estudei no Colégio Estadual da Bahia (o Central) em anos da década de 1950, convivi com artistas e poetas, assim como desportistas, que se tornaram famosos na Bahia, no Brasil e até no mundo (caso de Glauber Rocha), mas nunca me senti atraído para fazer o que eles faziam, embora gostasse de ler e escrever e não recusasse convite para tirar o blusão cáqui e a gravata preta, arregaçando as calças e as mangas compridas da camisa, para jogar futebol com bola improvisada numa área coberta por pó de pedra, quando algum professor faltava e tínhamos uma aula vaga.
Ao contrário, fui para a ciência e a tecnologia. Meus livros de lazer eram os romances policiais e de ficção científica e os ensaios de história, geografia e arqueologia. Assim, Platão foi importante para mim enquanto falou da Atlântida e isso acabou levando-me a outros filósofos, porque descobri que sem filosofia não há hipótese científica. Alguma coisa em mim sempre me empurrou para a necessidade de enfrentar o mistério e encontrar solução para ele. Logo me convenci que a informação é a base de todo o progresso, seja numa trilha no meio do mato, seja numa profissão, seja na busca de uma resposta qualquer.

Com a prática do aeromodelismo (este era o meu esporte), fui levado a passar essa informação (das competições) para todos e ainda na escola secundária, eu já era jornalista, penetrando pela redação dos jornais e começando a trabalhar regular e profissionalmente numa delas (Jornal da Bahia) no mesmo ano em que iniciei meu curso de Engenharia Civil na Universidade (Federal) da Bahia (1959). Já tinha contos publicados na revista Vida Juvenil (Editora Vida Doméstica, Rio de Janeiro), nos anos 50, mas foi nos 70 que ganhei página inteira (Ficção e Realidade) naquele jornal, aos domingos, ali colocando minhas estórias curtas de ficção policial e científica, surgindo assim, o investigador particular Nelson Giles Torres, em várias delas.

Formei-me em engenheiro sem deixar o jornalismo e a literatura, logo me tornando professor da Escola Politécnica, onde fizera o meu curso. Meu primeiro livro, um ensaio cosmológico, "Humanidade – Uma Colônia no Corpo de Deus", publicado em 1981 pela Melhoramentos (São Paulo) na sua coleção “Enigmas do Universo” foi bem recebido intelectualmente, mas teve apenas uma edição. Resolvi entrar na área do romance policial e apesar do interesse das editoras Ática e Brasiliense, ambas de São Paulo, pela minha primeira obra (Morte na Politécnica), foi a editora da Universidade Federal da Bahia que a publicou em 1990, uma estória que surgiu no meu Departamento de Transportes, naquela escola, tendo como investigador dos crimes um professor fictício inspirado no engenheiro e matemático, meu mestre, Pedro Tavares Filho, um homem que se gabava de possuir todos os livros de ficção policial editados no Brasil e que saía do cinema antes do fim da projeção do filme, para tentar descobrir sozinho, em casa, quem era o autor dos assassinatos, na fita. Dei-lhe o nome de Washington Mello de Sousa, em homenagem ao presidente (do Brasil) e governador (de São Paulo) Washington Luís Pereira de Sousa, que construiu as primeiras grandes estradas e inaugurou as primeiras linhas aéreas comerciais do País, implantando o serviço de identificação civil na polícia paulista; assim como ao matemático Malba Tahan (Julio César de Mello e Sousa), que valorizou o método dedutivo em sua obra maior, "O Homem Que Calculava".

Naquele mesmo ano, passei dois meses na Alemanha, a convite do Goethe Institut. Escrevi sobre aquela experiência e fui pela primeira vez à Feira do Livro de Frankfurt. Foi o primeiro passo para o caminho que se abriu, levando-me de volta a esse evento em 1994 (ano em que o Brasil era o País convidado), a convite do governo alemão, que nos proporcionou (cinco jornalistas-escritores brasileiros) uma visão completa da Alemanha, oportunidade em que tivemos uma reunião com o Diretor da Feira, a quem prometi levar para o evento um primeiro estande de editora da Bahia. Em 1997, eu cumpria a promessa, assessorando a Fundação Cultural do Estado da Bahia e cobrindo o evento (meu último trabalho como jornalista).

Foi então que tive a idéia de escrever um segundo romance policial de mistério, que seria intitulado "A Noite dos Livros do Mundo". Quando terminei esse livro, já me aposentara das duas atividades, do magistério superior e do jornalismo. A obra ficou tão complexa, que resolvi desmembrá-la e me dedicar ao projeto que chamei de “Nortada”, escrevendo uma trilogia com o investigador particular Nelson Giles Torres como protagonista.
Treze anos depois, o primeiro volume (A Cruz dos Mares do Mundo) está pronto; o segundo, que foi o primeiro a ser escrito (A Noite dos Livros do Mundo), recebe apenas uma pequena reestruturação e acabo de voltar da Turquia e de Portugal, pesquisando para o terceiro livro (A Trilha dos Santos do Mundo).

Quando me perguntam o que é a trilogia, embaraço-me pela dificuldade de dar uma resposta breve, tal a complexidade e amplitude do tema, que abrange todo o período cristão da humanidade e vai buscar no Reino de Deus anunciado por Jesus, o Nazareno, uma denominação para o espaço cósmico já bastante estudado pela realidade da Física e nunca abordado na sua essência pela Psíquica, uma ciência que tive de criar para o estudo desse ESPAÇO COMO CONSCIÊNCIA, sem a qual não há Deus e muito menos sua criação, o Universo.

A verdade é que não tem sido fácil encaixar essa temática, tão ampla e complexa, em três romances que pretendem servir ao entretenimento e abrir as mentes humanas para a sua própria natureza e evolução, como personalidades, egos. Como não é da minha prática e da minha proposta escrever sobre o que não conheço cientificamente, tenho viajado muito e pesquisado bastante, vivendo aventuras como a de andar sozinho por campos e montanhas entre a Cidade do Porto e Santiago de Compostela, por duas semanas e entrando em lugares como uma pequena casa reconstruída numa montanha próxima a Éfeso (na atual Turquia), onde teria morado Maria, a mãe de Jesus., após a crucifixão deste, levada para lá por João, o autor do Livro da Revelação (Apocalipse).

Nesses três livros, todos os cenários são autênticos e vistos por mim, assim como todos os personagens são inspirados em pessoas reais, encontradas por mim, tendo eu falado com elas, por mais estranhas que pareçam. Por exemplo, para construir um personagem assassino que atua na cidade do Porto no início de "A Trilha dos Santos do Mundo", precisei ir a Aveiro, uma cidade a uma hora de trem do Porto, em Portugal, procurando-o entre os peixeiros e o encontrando no mercado do peixe a tirar vísceras de enguias (mantidas vivas após essa operação) com habilidade e destreza extraordinárias. Esse personagem aparecerá apenas no primeiro capítulo do livro, mas tomou-me um dia de pesquisa no local, no mês passado (junho/2010) e tomará muitos dias mais para a sua criação. Assim, já se passaram treze anos, estando prontos apenas os dois primeiros livros da trilogia.

Por outro lado, a narrativa, embora ficcional, fruto da imaginação do autor no que se refere às ações, situações, procedimentos e comportamentos, todas elas estão fundamentadas teoricamente e são verossímeis, fazendo ou propondo experimentação que comprove sua exeqüibilidade. Com esta postura, quero dar um exemplo do que considero ficção realmente científica, não justificando essa denominação para a peça literária que, de científico, tem apenas o cenário do laboratório, seja em um prédio qualquer, seja em pleno espaço cósmico, servindo tão somente de suporte para a criação artística fantástica.

Esta notícia, hoje colocada neste blog, visa situar os interessados no espaço tetradimensional desta proposta literária e científica, que pretende inovar na Literatura, como o fez Victor Hugo, em 1827, conforme seu prefácio no livro "Cromwell", propondo substituir a estética clássica pelo drama romântico que daria mais liberdade ao texto poético, em prosa. Minha inovação é justamente a valorização do conhecimento científico na base da ficção, contra a visão crítica de dar à “ficção científica” um enfoque mais fantástico, imaginário, artístico, do que real, experimental, científico.
É impressionante como teóricos da Cultura tendem a apoiar contradições em benefício da liberdade de criação, sem respeitar os conceitos e a liberdade de se pensar o contrário, agredindo até a fidelidade etimológica.
Tenho consciência de que estou fazendo algo importante para o hábito de ler ficção e para uma visão mais consciente da existência, atendendo aos anseios dos que buscam os resultados da Fé com os conhecimentos da Ciência e a cultura da Razão.

ESTE BLOG TERÁ UM NOVO TEXTO NO DIA 22 DE JULHO PRÓXIMO:
“A CONFIRMAÇÃO CIENTÍFICA DE QUE A EVOLUÇÃO DAS ESTRUTURAS PSÍQUICAS É A CAUSA DA EVOLUÇÃO FÍSICA DAS ESPÉCIES MINERAIS, VEGETAIS, ANIMAIS E INTELECTUAIS”

quinta-feira, 8 de julho de 2010

A DICOTOMIA DE DEUS: FÍSICA E PSÍQUICA

Ao se olhar uma parede da fachada de um prédio, a dez centímetros dela, não se tem a menor idéia do edifício, como e quão grande ele é. O mesmo ocorre com as pessoas. É difícil vê-las por inteiro, se convivemos com elas. Daí o ditado: “Santo de casa não faz milagre”.
A maior preocupação neste blog é justamente afastar o conhecimento nele exposto, da sua fonte, isto é, do ambiente em que é estruturado, onde as pessoas não estão suficientemente distantes para perceber seu conjunto e assim compreender onde e como se inserem seus detalhes.
Esse ambiente não é apenas o geográfico, mas, sobretudo o intelectual. Por isso, o seu conteúdo é exposto fora do meio acadêmico, universitário, fechado, endógeno e ao invés de se manter nas publicações científicas indexadas e não raramente censuradas, se abre a toda a intelectualidade pela Internet, cabendo aos interessados e atingidos fazerem suas manifestações particulares com liberdade e independência nos seus próprios ambientes filosóficos, científicos, jornalísticos ou literários.
O que estou mostrando aqui, com coragem, humildade e paciência, jamais será percebido por quem não se afastar bastante de suas estruturas de pensamento já consolidadas, para ver estas e as outras à mesma distância, fazendo que estejam num mesmo conjunto.
Quem está numa laranja e olha para uma banana, mantendo-se muito próximo desta, jamais aceitará que o mundo é uma banana ou tem uma banana, porque conhece bem e apenas sua laranja, mas basta afastar-se desta e da banana para ver ambas, assim verificando que o mundo não é apenas sua laranja, mas um conjunto formado por esta e pela banana.
É o que acontece com os físicos que recusam afastar-se suficientemente da Física para olhá-la juntamente com a Psíquica, detendo-se apenas na porta do prédio, sem a necessária distância para perceber a existência das janelas.
Por outro lado, não se pode passar em um mês, para outra pessoa, o que se precisou de cinqüenta anos para receber. Pode-se, no entanto, passar logo para qualquer indivíduo, não o caminho, mas o seu mapa, com as informações sobre o destino a ser alcançado, provocando-o a fazer as necessárias incursões e excursões por aquele trajeto.

Chegar a Deus não é difícil justamente porque Ele nos fez à sua imagem. O mapa de Deus é semelhante ao mapa do Homem.
Como nós, Ele É, Ele ESTÁ e Ele FAZ.
Na atualidade psíquica, Deus apenas “É”. Deus é consciência, ou seja, é espaço em quatro dimensões, isto é, em três direções e uma duração. Na atualidade, essa duração é de valor zero, mas se pode apresentar uma seqüência de tantas atualidades quantas necessárias para constituir uma realidade (duração maior do que zero).
Nessa realidade, Deus “ESTÁ” e “FAZ”.
A CONSCIÊNCIA de Deus, o Universo, como a de cada um dos universos (“deuses”) macróbios ou a de uma galáxia, a de uma estrela, a de um planeta, a de um ser vivo nesse planeta, a de uma célula nesse ser vivo, a de uma molécula nessa célula, a de um átomo nessa molécula, a de uma partícula atômica, sub-atômica ou não atômica – esta livre, quase matéria – ou a de uma onda, sempre é ESPAÇO com três dimensões na atualidade (duração zero) ou quatro na realidade (duração maior que zero).
Nesse espaço tetradimensional, o da realidade, é a duração quem determina todos os processos, quantitativa e qualitativamente. Por exemplo: a velocidade é a realidade processada e relacionada com uma direção ou mais e com a duração.
Quando dizemos que a VELOCIDADE de um corpo, corpúsculo, partícula ou mesmo onda é linear, estamos relacionando a mudança de posição dele ou dela numa linha (uma direção) com uma DURAÇÃO de consciência desse processo. Dizemos, por exemplo, que uma bola corre numa pista de boliche a 3,6 quilômetros por hora. Isso significa que o observador tem a consciência, DURANTE 10 segundos, do movimento dessa bola em 10 metros de pista.
Matematicamente, se diz que a velocidade é a dimensão naquela direção (10 metros de pista) dividido pela sua duração (10 segundos), isto é, um metro por segundo ou 3 600 metros por hora. A Física já conhece velocidades até aquelas realizadas por partículas livres e ondas, como as de quamas (partículas de quase-matéria) e de luz (300 mil quilômetros por segundo), entendendo que este é o limite, acima do qual nada poderia se mover no Universo.
Essa limitação, contudo, é apenas a da realidade, da Física.
Em outro campo, da Psíquica, com a duração zero ou muito próxima de zero, poder-se-ia ter velocidades muitos maiores, não dessas partículas ou ondas, mas de consciência estruturada em conjuntos ainda menos complexos que estas, na atualidade instantânea, quando seria possível “estar” em muitos lugares ao mesmo tempo, tal seria essa velocidade.
Pode-se falar, assim, em velocidade do pensamento.
Mais que falar, trabalhar com ela.
Um Universo inteiramente novo nasce assim para o intelecto humano, que não precisa ter medo de crescer, de avançar, de evoluir.
Não o fará, contudo, subordinado a dogmas, sejam estes da religião, sejam da ciência.
Vai ser difícil fazer chegar esta notícia a todo o mundo, a partir deste meu computador, num modesto apartamento de um bairro classe média, numa cidade que vive em festa e é mais conhecida por seu Carnaval, com pouco espaço na mídia para a ciência e quase nenhum para a filosofia, num país de políticos corruptos, cujo único objetivo é manter-se no poder, comprando votos de um povo que majoritária e democraticamente os elege, justamente por ser um conjunto, em sua maioria, de ignorantes a se contentarem com festas, onde nadam com bastante esforço os intelectuais de todas as cores e valores, como embriões ainda sob a terra, rompendo-a para chegar à superfície ensolarada.
É necessário espalhar esta semente por todo o planeta, buscando solo e condições climáticas favoráveis para que medre e se reproduza a partir de boas raízes, com caules resistentes, folhas abundantes, flores atraentes e frutos nutritivos.
Esta notícia, nova e boa, traz a Psíquica, com a qual o Homem descobrirá que é um deus para os micróbios em seu corpo e é um micróbio no corpo de Deus, com vida eterna na sua individualidade (ego, personalidade, alma) que evolui na medida em que observa, experimenta e processa informação (conhecimento), promovendo alterações em sua estrutura de consciência, tornando-a mais complexa em corpo e mente, para a realização de funções mais complexas na Terra, em outros planetas, em outros sistemas estelares, em outras galáxias, até que se candidate a ser um macróbio, durante sua eternidade.
Com esta notícia, deve ser iniciada uma nova era, na qual, o Homem assim consciente torna-se um outro Ser, que se ilumina e elimina as partes (partidos) e setores (seitas), não mais havendo sofrimento nem conflitos, porque todos vêem tudo esfericamente e não por um único e pequeno ângulo plano.
Com a Psíquica, a Física compreenderá a si mesma, na sua origem e na sua estrutura universal, única, assim unificando suas leis, bastando partir do conhecimento fundamental de que ESPAÇO É CONSCIÊNCIA.

ESTE BLOG TERÁ UM NOVO TEXTO EM 15 DE JULHO DE 2010, COM A NOTÍCIA DA VIAGEM QUE ACABO DE FAZER À EUROPA E À ÁSIA, EM PESQUISA PARA A TRILOGIA “Nortada” QUE ESTOU ESCREVENDO.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O NASCIMENTO DE DEUS - 3

Um dia, no século XVII, o inglês Isaac Newton escreveu que a matéria atrai a matéria na razão direta das suas massas e na razão inversa do quadrado da distância entre elas. Esta é uma das leis por ele descobertas, com as quais fundou a Física. Leis irrevogáveis...
-- Irrevogáveis?
Num outro dia, no século XX, o alemão Albert Einstein disse que não é assim que as coisas ocorrem. Não se trata de atração – disse ele – mas de empurrão. Não é a Terra que atrai a Lua. É o espaço-tempo que empurra a Lua para a Terra e esta só se equilibra, porque está em movimento que a lança para fora.
Em 1915, Einstein brigava com a matemática para chegar à sua Teoria Geral da Relatividade, só conseguindo a equação procurada quando calculou a órbita do planeta Mercúrio, em volta do Sol. A teoria foi publicada em 1916, mas ainda faltava comprová-la e aí começou uma seqüência de tentativas para fotografar um eclipse, que mediria a deflexão da luz de uma estrela, ao passar pelo Sol, chegando a nós, observadores, na Terra. Verificou-se, assim, que o “espaço-tempo” em volta do Sol “estava encurvado”.
-- Coitado de Newton!
Einstein “viu” que não existe essa tal de força de gravidade. Para ele, é o espaço que se curva e empurra os objetos. Esta é a sua teoria, falando em distorção do espaço-tempo. A luz que vem de uma estrela propaga-se em linha reta, mas se curva ao passar pelo Sol, porque o espaço está distorcido em volta do Sol.
-- O que distorce o espaço?
Newton sorri, lá, onde se encontra, respondendo: a força da gravidade.
Mudou-se apenas o verbo e assim, ao invés de dizer-se que a gravidade atrai, diz-se que a gravidade empurra.
O que importa é: O QUE É A GRAVIDADE?
Em 1981, meu livro Humanidade: Uma Colônia no Corpo de Deus tem um trechinho, assim:

“Essa força quâmica é tanto maior quanto maior é a massa do ser e nela está a origem da ação, que se costuma chamar de gravidade. A gravidade do planeta Terra é resultante das atrações exercidas simultaneamente por todas as partículas pensantes, umas sobre as outras. Como uma ‘partícula’ do macrocosmo, a Terra também exerce sua atração”.

Conforme explicado na série FÍSICA E PSÍQUICA, neste blog, assim como no meu artigo “Teoria Unificada do Universo”, uma das leis fundamentais da nova ciência é:

Todo pensamento pontual atrai outro pensamento pontual de modo a formar linhas, que se atraem para formar superfícies, que se atraem, curvam e dobram para formar corpos, unindo estes em estruturas psíquicas diversas e crescentes.

Quem sabe o que é amor e ódio, sabe que são capazes de atrair e repelir corpos. Nada mais são do que complexos de pensamento a formar corpos, que se atraem ou se repelem. Amor e ódio são a mesma força, com sinais invertidos. Ódio é amor negativo.
Toda a eletricidade é fundamentada nisso. O magnetismo, idem. A natureza como um todo, também, sem a menor dúvida, porque ela é feita apenas de pensamento, ou melhor, ela é consciência. Só consciência, em estruturas formadas de acordo com outra lei da Psíquica:

A Consciência evolui por necessidade de criar estruturas mais complexas para realizar funções mais complexas.

Se os corpos são formados apenas por pensamento (consciência), sua massa nada mais é do que quantidade, volume, de pensamento, consciência estruturada em tantos tetraedros (ver FÍSICA E PSÍQUICA) quantos necessários.
Assim, devemos dizer que também a onda tem massa, porque ela é estruturada a partir de tetraedros de pensamentos pontuais, não em corpúsculos, mas em linhas. Um corpúsculo muito pequeno como o fóton pode transformar-se em onda apenas mudando a posição dos seus tetraedros, conforme sua consciência, isto é: bastando querer. Com isso, a chamada “mecânica quântica” deixa de ser problema para a “mecânica clássica” e só assim se unifica uma teoria para todo o Universo.
Podemos, então dizer que a luz da estrela é encurvada pela gravidade porque a massa que produz a gravidade atrai a massa de luz. Sim: a massa de luz.


ESTE BLOG TERÁ UM NOVO TEXTO EM 08 DE JULHO, PARA FECHAR ESTA QUESTÃO DO CORPO DE DEUS, ISSO É, DA ESTRUTURA DO UNIVERSO E DA CONSCIÊNCIA QUE O FORMA.

sábado, 19 de junho de 2010

Nascimento de Deus 2

Este blog não defende qualquer ângulo de observação. Defende todos. Todos os conflitos intelectuais derivam do fato de que cada pessoa escolhe um ângulo de observação e concentra seus esforços de pesquisa, estudo e análise apenas nessa área, filiando-se a seitas e partidos e recusando tudo o que vem de fora.
Faz-se casas quadradas com quatro paredes, mas abre-se porta e janela apenas para uma delas. Esse procedimento limita o ingresso de dados no sistema neural e empena o processamento ali realizado pelos neurônios, estabelecendo uma verdade que está longe de ser absoluta, completa, iluminada, do Universo, que é o todo e não apenas uma parte.
Quando foi publicado o meu primeiro livro, em 1981 (Humanidade: Uma Colônia no Corpo de Deus, Edições Melhoramentos), eu realizava o processamento dos dados então disponíveis, trabalhando com as evidências e recusando os dogmas da religião e da ciência. Uma dessas evidências era não haver origem para o Universo, mas ser este infinito e composto por universos inúmeros, como se viu neste blog na semana passada (08 de junho), cada um deles um ser vivo que nasce, cresce e morre. Um macróbio.
Os físicos, hoje, mostram-se confusos porque a expansão do universo conhecido (o corpo do nosso “deus”), com suas galáxias, ocorre acelerada, afastando-se uma das outras. Nenhum fisiologista, contudo, se espanta com o fato do corpo humano, de um recém-nascido, com suas moléculas, expandir-se aceleradamente, afastando-se uma das outras.
O “corpo de deus”, evidentemente, é muito maior e deve ser muito mais complexo do que o corpo humano. Por algum processo, os “deuses” se reproduzem, nascem, crescem e morrem. Esse nascimento poderia ser o tal do Big Bang?
Os físicos partidários dessa grande explosão como origem do Universo, todo ele (não apenas de um universo, o nosso), estão tentando provar suas teorias com experiências em aceleradores de partículas e o máximo que conseguem é descobrir que há partículas menores do que as já conhecidas.
Os processos da Natureza têm se mostrado repetitivos, alterando-se apenas a escala. Desde que uma molécula mineral evoluiu para uma hélice que se divide em duas, surgiu na Terra a reprodução. Por que só na Terra? Não vamos aceitar que haja uma lei para cada planeta, estrela, galáxia, etc. no Universo. Podemos ser ignorantes, mas não devemos ser ingênuos. Sempre que descobrimos uma estrutura física (material ou energética) ou psíquica, ela obedece a um padrão já conhecido, a uma lei geral, ainda que tenha suas próprias leis particulares, também repetitivas. A filosofia oriental antiga já tinha descoberto isso, ao dizer que “assim como é embaixo, é em cima”.
O big bang humano é o momento da mitose da primeira célula gerada no útero materno. É possível até que tal separação produza um ruído, que nós não ouvimos, na escala dos seres humanos, mas talvez seja percebido na escala das células. O que se tem, é uma expansão aparentemente desenfreada com a duplicação sucessiva de cada célula, aumentando o tamanho do “corpo” que se torna um embrião até este chegar a feto e logo depois, com o crescimento da criança até uma idade em que o processo para, o homem amadurece e cumpre sua missão evolutiva, para chegar o momento de morrer e desintegrar-se.
O que a nossa Física chama de Universo, provavelmente, é uma célula em formação, crescendo, do corpo de nosso “deus”, nosso universo, que vive ao lado de muitos outros, similares.
No meu livro acima citado, depois de falar de partículas de quase matéria (ver a série FÍSICA E PSÍQUICA, neste blog, aos sábados, em março, abril e maio deste ano), digo que tais quamas enchem todo o Universo, como estruturas ainda primitivas, de consciência, que se unem para formar partículas de matéria. O Universo é espaço, é consciência, é espírito (os antigos místicos orientais deram esse nome a uma espécie de atração que forma estruturas sucessivamente mais complexas).
Ainda em 1980, escrevi nesse livro, o seguinte parágrafo:
“Com humildade, mas com coragem, vejo-me forçado a propor que se considere o quama como a célula do espírito. Para isso devemos admitir a existência de um outro Universo, não material, composto apenas por partícula de pensamento e constituído, no seu conjunto, por complexos de pensamento. Cada um desses complexos seria um espírito e cada “quama” sua célula. Adiante, veremos que se reproduz segundo um programa pré-estabelecido, do mesmo modo como a célula viva da matéria se reproduz segundo uma programação genética. Dentro desta proposta, digo que no início existia uma célula-ovo, um quama que se reproduziu para formar a matéria que deu origem ao universo. Sucessiva e simultaneamente, os quamas assim formados se agruparam para formar leptons e quarks, que se constituíram em átomos componentes das moléculas, que se organizaram em nuvens formadoras de planetas, estrelas e galáxias...”
Trinta anos depois, com mais dados e mais processamento, já tenho uma ciência da consciência – a Psíquica - para receber essa questão. A referida “partícula de pensamento” e os “complexos de pensamento” por ela formados nada mais são do que as estruturas de consciência tratadas neste blog (série FÍSICA E PSÍQUICA), que se organizam em “egos” (partículas conscientes que evoluem em complexidade até se tornarem corpos), pela atração ou espírito, que faz deles autênticas células de consciência (pensamento), de modo que a primeira das quais em uma estrutura material pode ser considerada “célula-ovo” que se reproduz, obedecendo leis da Psíquica (falaremos delas neste blog),na formação dessa partícula material.
Com este exercício intelectual, aqui e agora sinteticamente colocado, trago uma outra alternativa para o beco sem-saída do Big-Bang, que se orienta apenas pela Física e para onde esta não pode mais progredir. Antes da matéria e da energia, há muita coisa, que só a Psíquica explica.
EM JUNHO, O BLOG SUPLEMENTA A SÉRIE FÍSICA E PSÍQUICA PARA QUE SE TENHA TEMPO PARA RELEITURA, REFLEXÃO E ESTUDO DELA. O PRÓXIMO TEXTO SERÁ COLOCADO AQUI EM 28 DE JUNHO.