segunda-feira, 31 de maio de 2010

PAUSA PARA ESTUDO E REFLEXÃO



O Universo é apenas ESPAÇO, isto é, CONSCIÊNCIA (posições e dimensões) que se estrutura para criar energia e matéria e se manifesta em fenômenos, formando egos que recebem, processam e emitem informação, conhecimento, em todas as direções.

Com o propósito de divulgar a teoria que parte da afirmação acima para explicar todas as leis e fenômenos, este blog foi iniciado em 7 de março de 2010, teve doze primeiras semanas de apresentação e anúncio das suas propostas, obtendo respostas de algumas das muitas pessoas que foram informadas por e-mail, da sua existência, justamente com o propósito de provocá-las. Essas respostas contribuíram para a formatação do blog em etapas sucessivas. Assim, os seus textos se apresentaram nas sete linhas temáticas abaixo, em séries de doze capítulos numerados, estando todos eles à disposição de quem os quiser ler e estudar, bastando clicar aí ao lado.
2a.feira - DESORDEM E REGRESSO (evolução e involução da vida e do homem)
3a.feira - ACHADOS E PERDIDOS (provocação e sugestões de pauta para a mídia)
4a.feira - LETRA E MÚSICA (abordagem provocativa atual da literatura e das artes)
5a.feira - ONDE E QUANDO (todos os fatos têm posição na geografia e na história)
6a.feira - AVES E NAVES (olhar Bartholomeu Lourenço como exemplo de inovador)
sábado - FÍSICA E PSÍQUICA (teoria unificada do universo como filosofia e ciência)
domingo - PROPOSTA E RESPOSTA (a dialética do dia a dia nas propostas do blog)
A partir de amanhã e durante todo o mês de junho, os mesmos temas terão novas abordagens e novos formatos, com propostas mais avançadas, provocativas e motivadoras, afunilando para o lançamento da PSÍQUICA como ciência a dialogar com a FÍSICA, na explicação de todo o Universo, infinito, atual e real.

domingo, 30 de maio de 2010

PROPOSTA E RESPOSTA 12

Só há uma forma de se chegar ao conhecimento novo, à inovação, à invenção.
Com leis conhecidas e obedecidas, buscando-se novas leis.
Foi o que Isaac Newton fez, para criar a Física.
É o que temos de fazer para criar a Psíquica.
Antes de qualquer descoberta, é necessário estudar muito, em busca do conhecimento velho, ou seja, tudo o que já se sabe. Quem não faz isso, está arriscando trabalhar numa pesquisa e anunciar algo que todos já conhecem. Pura perda de tempo.
Como descobrir uma nova lei?
Newton o fez, observando os fenômenos de natureza física, relativas ao equilíbrio, ao movimento e à força.
Da mesma maneira, a observação dos fenômenos de natureza psíquica nos leva às leis que até já conhecemos, mas não consideramos como tal, relativas à consciência, à evolução e à atração.
Tudo isso se repete por anos a fio, até que num determinado momento, sente-se o estalo da revelação, no cérebro de um indivíduo.
Só um.

Há grupos que pesquisam, mas a descoberta é de apenas um dos seus membros.
Os outros contribuem com dados para ela, mas a idéia surge repentinamente em um único cérebro, fruto do processamento de seus neurônios.
Não necessariamente no cérebro do chefe do grupo, embora seja ele quem dá as entrevistas e leva a fama.
O que se chama de genialidade costuma não ser mais do que muita paciência, muito trabalho, muita teimosia, individual, errando-se muito também e corrigindo-se rotas continuamente.
Por isso se demora tanto, até se chegar aos resultados perseguidos.
Infelizmente se demora ainda mais para colocá-los à serviço da humanidade, porque são muitas as resistências, as reações e os medos dos que ignoram as propostas, por recebê-las prontas.

Este blog tem o privilégio de lançar, hoje, a Psíquica, ciência cujo objeto é completar a bipolaridade com a Física e assim explicar todas as leis da Natureza e os fenômenos por elas gerados.

Já a tinha proposto num artigo escrito há três anos e publicado pela Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, em sua edição de 2007.
Além da pequena tiragem e circulação restrita da revista, o texto do artigo era bastante inusitado para ser negligenciado. Não creio que alguém o tenha compreendido em sua totalidade, não por ser difícil ou estar acima da intelectualidade do leitor, mas por haver uma recusa natural ao novo, ao que derruba estruturas consolidadas.

Não se destrói o degrau de uma escada, após passar por ele, subindo-a.
Quem o faz, destrói a escada e pára de subir.

Este blog terminou ontem sua primeira proposta. Todos terão um mês para estudá-la, relendo e estudando seus 84 textos, diários, em 12 semanas.
Até lá, serão colocados, nele, em junho, quatro temas para análise, meramente provocativos sobre as primeiras leis da Psíquica, que cada um poderá testar em sua mente e em seu laboratório, cientificamente.

A partir de 1º de julho, o blog anunciará a trilogia NORTADA, com três romances de mistério e apêndices para quem quiser saber mais sobre “A Cruz dos Mares do Mundo”, “A Noite dos Livros do Mundo” e “A Trilha dos Santos do Mundo”, com a ficção a serviço da realidade.

Boa colheita para todos, no mês de junho, o das festas no campo.

sábado, 29 de maio de 2010

FÍSICA E PSÍQUICA 12

Com este texto, finaliza-se uma série de doze capítulos que anunciam a fundação da PSÍQUICA, ciência necessária e indispensável para o lançamento da Teoria Unificada do Universo, aquela que explica todas as leis e todos os fenômenos da Natureza, ou seja, do espaço cósmico infinito em suas três direções e em sua única duração.

No capítulo passado (FÍSICA E PSÍQUICA 11), chegamos ao sólido como manifestação geométrica, matemática, lógica, da consciência de quatro pontos em três dimensões, na atualidade, num agora de duração zero.

Basta que essa consciência tenha uma duração maior do que zero (não se pode considerar consciência de duração menor do que zero), para se sair da atualidade da essência do agora para a realidade da existência física em quatro dimensões.

Aquele sólido mais simples, um tetraedro de dimensões infinitesimais (as quatro), formado por quatro pontos vizinhos quaisquer no espaço (seus vértices), consciente de sua existência como um “ego”, associado a outros sólidos iguais e igualmente conscientes de si próprios e dos demais, poderão ser arrumados em blocos ou em linha.

Em blocos formarão ESFERAS conscientes, com um “ego” compatível com sua estrutura, bem mais complexa do que a de um simples tetraedro.
Esses blocos esféricos constituem CORPÚSCULOS, maiores ou menores, conforme o número de tetraedros que os componham.

Por outro lado, os tetraedros podem juntar-se não em blocos, mas em linhas também conjuntos mais complexos que um único tetraedro.
Conforme a posição desses tetraedros que formam essas linhas, elas serão retas ou curvas. Mais que isso, podem ONDULAR na medida em que os tetraedros mudem de posição, sem mudar de lugar no conjunto linear.
Podemos considerá-las, portanto, ONDAS.

CORPÚSCULOS E ONDAS DE CONSCIÊNCIA, NA ATUALIDADE PSÍQUICA, NO AGORA, TÊM DURAÇÃO ZERO, ESTÃO EM REPOUSO, MAS NA REALIDADE FÍSICA, COM DURAÇÃO MAIOR DO QUE ZERO, PODEM ESTAR EM REPOUSO OU MOVER-SE.

Os pontos do espaço infinito não mudam de lugar, porque são apenas posições tão próximas umas das outras, que, se fossem mais próximas seriam uma só.
Como já visto no início desta série, uma posição jamais muda.
O que muda é a consciência que se tem dela.
Se temos dez pontos em linha, numerados de 1 a 10, eles estarão sempre ali, mas nossa consciência poderá trocar o número 3 da sua posição com a do número 5, por exemplo. Igualmente o número 4 ou outro qualquer, pode sair da sua posição para a posição 8 ou outra qualquer. Os pontos continuam no mesmo lugar. O que muda é a posição do número, isto é, a consciência da posição desse número e não do ponto.
Se os pontos do tetraedro não se mexem, o que se mexe é a consciência do tetraedro.

ELA SE MOVE E PORTANTO, TEM UMA VELOCIDADE!

MUITO, MUITO, MUITO... MAIOR QUE A DA LUZ!

É A VELOCIDADE DO PENSAMENTO, QUE QUASE PODE ESTAR EM DOIS LUGARES AO MESMO TEMPO!

UMA LEI DA PSÍQUICA: Quanto maior o número de tetraedros num corpúsculo ou numa linha, maior a sua estrutura de consciência (MASSA) e menor a sua velocidade.

Quantos bilhões, trilhões, quintilhões de tetraedros são necessários para se ter um corpúsculo que poderíamos chamar de PARTÍCULA?

Uma partícula livre, no espaço, muito menor que um fóton, teria uma velocidade maior do que a dele.

Uma quantidade infinita de partículas livres a mover-se no espaço, em desordem, seria o caos povoado de colisões destruidoras de estruturas de consciência (egos).
Qual a duração desse caos, até que suas consciências (egos) evoluam e promovam algum sistema e ordem, FORMANDO ONDAS E PARTÍCULAS CUJOS “COMPORTAMENTOS” AS FAÇAM CIRCULAR COMO RADIAÇÃO OU EM VOLTA DE OUTRAS, nascendo assim universos (com U minúsculo) limitados, que conhecemos como ÁTOMOS?

À estrutura de consciência com aquelas partículas livres, consideramos como “quase matéria” (quamas).
A estrutura de consciência composta por radiação (ondas), já chamamos de “energia”.
A estrutura de consciência composta por partículas contidas, confinadas (átomos), já chamamos de “matéria”.

COM A MATÉRIA, A CONSCIÊNCIA GANHA QUANTIDADE, QUE CHAMAMOS DE MASSA.
.
Feito este anúncio, temos agora de trabalhar muito para mostrar forma e conteúdo dessa teoria.

Esta proposta será feita amanhã neste blog.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

AVES E NAVES 12

Este blog finaliza agora uma seqüência de doze textos aqui publicados às sextas-feiras, que mostram e provam ser o jovem santista, brasileiro, português Bartholomeu Lourenço, não só o primeiro inventor nascido (em 1685) nas Américas, mas o homem que pela primeira vez realizou a obra de elevar água em forma de vapor, não para separá-la de outro líquido, como já se fazia, mas para transportá-la sem qualquer bomba, assim descobrindo que poderia utilizar o ar quente para promover o vôo com aparelho que mais tarde seria chamado de aeróstato e de balão.

Além do documento real de 19 de abril de 1709, fornecido pelo próprio D. João V, de Portugal, concedendo-lhe o privilégio de explorar o seu invento, há um outro, ainda mais importante, porque é o testemunho pessoal e escrito de um homem que sendo Cardeal Michelangelo Conti e Núncio Apostólico em Lisboa, naquele 1709; viria a ser em 1721 o novo Papa Inocêncio XIII.
Escreveu ele e enviou para o Vaticano um depoimento hoje disponível, por ter visto subir o pequeno globo esférico de papel pardo e grosso com uma fonte ígnea a aquecer o ar em seu interior, no dia 5 de agosto daquele ano, na Sala das Embaixadas da Casa da Índia, que era o palácio real.

ESTE FOI O PRIMEIRO ARTEFATO FEITO POR UM HOMEM EM TEMPOS HISTÓRICOS E HOJE CONHECIDO, QUE SUBIU AO CÉU. INVENTADO PELO PADRE BARTHOLOMEU LOURENÇO DE GUSMÃO.

Em 2009, no terceiro centenário dessa ascensão, além de solenidades e belíssima revoada de balonistas em Santos, São Paulo, foram proferidas por mim uma conferência na Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia e quatro palestras (Igreja de Belém da Cachoeira, Gabinete Português de Leitura, Museu de Ciência e Tecnologia da Universidade do Estado da Bahia e Rotary Club da Bahia). Também escrevi um artigo que a Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia publicou naquele ano. Outros artigos foram feitos no Brasil e jornais de Santos e de Salvador publicaram amplas reportagens. A escritora santista Laurete Godoy escreveu o livro infanto-juvenil “O Santista Voador”. Vários trabalhos e notícias foram publicados na Internet sobre o tricentenário.

O GOVERNO FEDERAL E A MÍDIA NACIONAL, NO ENTANTO,IGNORARAM BARTHOLOMEU, O AERÓSTATO POR ELE INVENTADO E O TRICENTENÁRIO DESTE EM 2009. O GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA (SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO) PUBLICOU UM FOLDER. NOS DEMAIS ESTADOS DA UNIÃO, NADA SE FEZ, NADA SE FALOU.

Fecho, portanto, esta série de doze textos AVES E NAVES com a certeza de que nós, os estudiosos, os pesquisadores, os inventores, nada valemos num Brasil que esquece e menospreza todos os nossos esforços.

Ainda assim é preciso registrar, fazer memória e este blog tem também esta proposta, provocando a quantos o leiam no sentido de pesquisar e estudar também os muitos outros inventores e descobridores brasileiros, que seguiram os passos de Bartholomeu Lourenço (de Gusmão).
Façamos todos, um sussurro que se amplie no sentido de tornar o dia 5 de agosto uma data na qual se fale de Bartholomeu e do balão (aeróstato) nas escolas, na mídia e nas instituições culturais e científicas de todo o Brasil.
Que esse nosso primeiro cientista e inventor seja o paradigma de todos nós que buscamos a verdade, o conhecimento, a sabedoria, isoladamente, como indivíduos em busca de sua própria evolução e conseqüentemente da evolução de suas comunidades e nações, assim como de toda a humanidade.

Passem todos essa mensagem e recomendem a leitura deste texto aos seus amigos.

Amanhã, sábado, este blog fechará a série FÍSICA E PSÍQUICA e no domingo será exposta a proposta da nova ciência cujo objeto é o estudo da teoria que unifica todas as leis e fenômenos do universo infinito.

Peço desculpas à minha universidade e todas as outras por esse conhecimento novo estar sendo divulgado diretamente ao público, através da Internet, sem o “imprimatus” da Academia. A Academia QUE NÃO DÁ IMPORTÂNCIA a Bartholomeu Lourenço e muitos outros inovadores não merece ser considerada neste momento.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

ONDE E QUANDO 12

Fechando o ciclo de doze semanas introdutórias deste blog, há que perguntar se esta seqüência mereceu atenção e concentração de quem o acessou e leu.
“Onde e Quando” é espaço com suas três dimensões em três direções e a quarta em uma duração.

Einstein chamou isso de “espaço-tempo”, considerando como “espaço” apenas as dimensões nas três direções (comprimento, largura e altura) e “tempo” como a quarta dimensão formadora de um outro espaço, que chamou de “espaço-tempo”.
Conseguiu ele ver que o “tempo” altera o “espaço” tridimensional, tornando a realidade física relativa.
Daí, sua Teoria da Relatividade.

Como ele não explicou o que é o “tempo” (apenas o considerou como mais uma dimensão), ficou essa teoria a sobrevoar o desconhecido.

Neste blog, aos sábados (FÍSICA E PSÍQUICA), aprende-se que o tempo é a duração da consciência (uma dimensão) e que as outras três dimensões do espaço são marcadas em três direções ortogonais.
Entra-se, portanto, com o conceito de consciência, que tem duração e direções, com suas quatro dimensões, sem necessidade de se falar em “espaço-tempo”.

Para mostrar claramente como as pessoas precisam ter consciência para conhecer o espaço, este blog fez uma armadilha e trocou os títulos nos seus últimos dois dias (terça e quarta feiras), ontem e antes de ontem.
Assim foi que na terça-feira, dia 25, o texto semanalmente dedicado nesse dia a assuntos relacionados com a mídia, saiu com o título da quarta-feira (LETRA E MÚSICA 12) e no dia 26, seguinte, quarta-feira, o texto semanalmente dedicado às letras e artes, saiu com o título da terça-feira (ACHADOS E PERDIDOS 12).
Essa armadilha foi montada para se fazer um teste.
Quem percebeu essa troca?

O espaço tem uma variável “quando” e três variáveis “onde”, que se mede em duração e direção, respectivamente, obtendo-se quatro dimensões.
Se considerarmos os dias da semana como “quando” e os temas abordados como “onde”, podemos escrever: nas terças-feiras andamos pela mídia e nas quartas-feiras pelas letras e artes.

TEMOS CONSCIÊNCIA DISSO!

Ao fazermos a troca acima referida, SE ESTAMOS CONSCIENTES, perceberemos que a variável “quando” estava fora de lugar, alterando a DIREÇÃO do “onde” e conseqüentemente o significado do texto, feito para artistas e lido por jornalistas (ou o contrário), cada um com sua consciência, sua visão e sua interpretação particulares.

Assim se altera a realidade, em função do observador.
Einstein mostrou isso muito bem, com sua teoria.
Esqueceu-se ou ignorou, contudo, (d)o fator CONSCIÊNCIA, que o impediu de situar sua teoria da relatividade no quadro geral e absoluto do universo, fracassando na tentativa de encontrar uma teoria única para todas as leis e fenômenos.

A proposta deste blog é corrigir esta falha, fundamental.
É indispensável dar à matemática e à lógica o “status” de ciência da mente, com o nome de PSÍQUICA e com o objeto de estudar a CONSCIÊNCIA em todas as suas posições, dimensões e manifestações fenomenológicas, criadoras das estruturas mais complexas que conhecemos como energia e matéria, objeto da FÍSICA.

É SIMPLES ASSIM, MAS PRECISEI DE CINQÜENTA ANOS PARA CONCLUIR ESSA ESTRUTURA DE PENSAMENTO.
QUE É... CONSCIÊNCIA.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

ACHADOS E PERDIDOS 12

A CRÍTICA costuma fazer discurso contra o proselitismo na literatura e na arte, isto é, utilizar-se de um texto ou peça de ciência ou arte com fins sectários, partidários.

Rigorosamente, no entanto, o prosélito é o indivíduo que troca sua religião (ou falta dela) por outra.
É natural que procure divulgar sua nova verdade, ainda que também provisória, como a anterior.

O que para muitos parece uma traição, uma infidelidade, nada mais é do que uma mudança de (de)grau, subindo-se a escada em busca de um horizonte mais amplo.
Assim foi que se deu originalmente o nome de prosélito ao pagão que optou pelo judaísmo ou uma de suas derivações: o cristrianismo ou o islamismo.
Quanto mais informação (conhecimento)se recebe, melhor fica a própria religião ou filosofia, que, por sua vez, faz a ciência avançar com novas propostas e conseqüentes descobertas, numa dialética interminável.

Ao contrário do que se faz, portanto, ao invés da recusa, deve-se incentivar o proselitismo, porque isso nos traz a possibilidade de conhecer a escada e subir os seus degraus, em busca de mais conhecimento, de um cenário mais amplo, de um alcance maior para nossa visão.

Não se faz proselitismo para baixo.
Nenhum judeu, cristão ou muçulmano deixa sua religião para propagar o paganismo dos sacrifícios humanos ou animais.
Nenhum filósofo ou cientista que vê nos 360 graus do círculo faz proselitismo para defender um único e pequeno ângulo de qualquer seita ou partido.

Vamos continuar fazendo o jogo dos que param em um degrau e impedem todos os que estão abaixo de subir até ele, ou sair deste para o de cima?
Esta tem sido a atitude dos que combatem o proselitismo.

Vamos mantê-la ou estimular a quantos, com uma visão mais ampla, nos atraiam para sua posição superior na escada?

Queremos subir ou parar para sempre, enquanto outros pedem licença e nos ultrapassam?

Ninguém se sente traidor ou infiel, se muda de um apartamento no primeiro andar para outro no vigésimo.
Ninguém se sente traidor ou infiel, se sai da pobreza para a classe média ou a riqueza.
Ninguém se sente traidor ou infiel se deixa de ser analfabeto para usufruir da leitura de jornais e desta para a de livros de arte ou ciência e assim por diante.

O homem tem neurônios que utilizam dados (informação) de sua observação e experiência de vida para obter novos conhecimentos, novas idéias e nova arte.
Não se deve considerá-lo traidor ou infiel, por divulgar suas descobertas e propor aos demais que visitem o umbral do seu novo templo.
O velho templo continúa necessário para os que estão subindo, mas AINDA SE ENCONTRAM abaixo dele.

Nenhum degrau é destruído ou perde utilidade pelo fato natural de ser ultrapassado. Continuará servindo aos que estão abaixo e ainda sobem.
Aos senhores da verdade, portanto, temos de lembrar que esta é relativa e temporária, até que outra maior e melhor a substitúa.
A escada não tem fim e temos todas as vidas que precisarmos para subí-la.
Com calma e determinação.

terça-feira, 25 de maio de 2010

LETRA E MÚSICA 12

Este blog está chegando ao fim de uma etapa de 12 semanas, durante a qual apenas mostrou presença, divulgando endereço e apresentando propostas que agora se afunilam e convergem para uma única a ser colocada aqui no dia 1º de Julho próximo.
Às terças-feiras, direcionou seus textos para a mídia, mais diretamente para os pauteiros e os colunistas, não para que divulguem o blog, mas para que o utilizem na sugestão dos temas que cotidianamente são colocados nos jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão.
Evidentemente, essas doze abordagens não pretendem esgotar o universo infinito dos temas possíveis, mas apenas estimular a busca dos demais, apresentando exatamente isso: o universo.

A mídia, em todo o mundo, está presa aos cânones, aos dogmas, aos interesses diversos das mais diversas instituições estatais e privadas, inclusive e principalmente aos daquelas que a sustentam com seus anúncios ou verbas, sem os quais não sobrevive.
O termo “mídia” já diz tudo.

Ela não faz pesquisa para descobrir e inventar coisa alguma.
Faz pesquisa para investigar e buscar informação, dados que são processados e viram opinião.
Quem descobre e inventa somos nós, os filósofos e cientistas que dedicam sua vida a debruçar-se na busca do conhecimento novo, seja isoladamente, seja em equipes, algumas destas contratadas para obter resultados que dêem retorno político-social ou econômico-financeiro.

Muitos de nós, no entanto, optando pelo isolamento, para não sofrermos a influência dos interesses particulares (públicos ou privados), trabalhamos longe dos refletores que tornam as pessoas famosas e por isso permanecemos desconhecidos.

ESSE TRABALHO NÃO É DIVULGADO.

Assim, quando resulta em descoberta e invento, torna-se inútil, porque ninguém o aproveita, porque ninguém sabe da sua existência.

Por outro lado, há uma forte resistência a mostrar o fruto desse esforço, porque se pensa que assim se fazendo, se está promovendo (gratuitamente) a pessoa que o realiza e não raramente, essa pessoa, ao bater à porta da mídia é encaminhada ao seu departamento comercial, onde encontra uma tabela de preços para anúncios.

Ainda por um terceiro lado, há toda uma estrutura não só bem montada, como dominante, há séculos e milênios, na sociedade dos homens, que impede qualquer pensamento ou ação pretendendo alterá-la ou substituí-la.

Há que se apelar para a arrogância, portanto, colocando os pratos e talheres na mesa e convidando quem quiser sentar-se para apreciar o banquete, advertindo-os de que ficará para trás, com fome, quem não se aproximar e comer.

É o que este blog está fazendo, com toda a segurança de sua proposta.

Ao fim desta semana, os poucos ou muitos que o visitam e lêem, são os convidados, que poderão convidar outras pessoas, que, a qualquer momento encontrarão aqui, todos os textos já publicados: algumas sementes da grande lavoura que só está começando.

Repito Flaubert: a paciência não é o gênio, mas pode sempre substituí-lo.

Estou, nesta etapa da minha existência, há cinquenta e três anos, numa senda sem fim.

O planeta Terra se renova há quase cinco bilhões de anos e ainda não está pronto.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

DESORDEM E REGRESSO 12

A construção de um edifício, seja o mais baixo ou o mais alto do mundo, exige uma necessidade, depois um projeto e em seguida uma obra que pode ser rápida ou demorada.
Enquanto nela trabalham os operários, pode ser vista por muitos, que farão perguntas ou simplesmente passarão sem lhe dar maior atenção.

SOMENTE DEPOIS DO EDIFÍCIO PRONTO, ocupado e funcionando, saberão todos o que é ele, para que serve e a quem traz benefícios.
Um dia, esse edifício será demolido para que em seu lugar seja construído outro, melhor, mais complexo... mais evoluído.
Assim é tudo o que se idealiza, se projeta e se faz.

Por séculos, milênios até, a humanidade construiu edifícios que foram substituídos por outros. O atual ficou pronto há cerca de dois mil anos e agora se torna necessário um projeto para um maior e melhor, no mesmo lugar. Há, portanto, que se destruir o atual. Assim é a evolução.

Este blog foi idealizado, teve um projeto e nesta semana termina o anúncio de sua obra, numa série de 12 semanas, cada uma com 7 dias. Não se trata de numerologia, mas de matemática, que é a linguagem – psíquica – com a qual se escreve as leis da Natureza.
Nessas doze semanas, as segundas-feiras foram dedicadas à série DESORDEM E REGRESSO, que é o inverso de ORDEM E PROGRESSO, que é um “slogan” derivado de SISTEMA E ORDEM, que é uma síntese da estrutura universal.

A desordem sempre leva ao regresso.
É contra a evolução.
Nada se constrói com a desordem, de modo que só os ignorantes a usam para buscar direitos e vantagens.
Muitos vêem nas guerras, nas revoluções, nos movimentos políticos com baderna e nas greves desestruturantes, uma resposta à desordem já instalada por uma ou mais nações agressoras, um ou mais partidos no poder, uma ou mais empresas exploradoras de mão de obra.
Certamente são respostas, como são respostas as explosões de estrelas, os choques de cometas com planetas, os terremotos, os vulcões, as inundações, os deslizamentos de terra, as doenças.

Onde e quando a Lei é contrariada, seja esta a da Justiça (da Natureza) ou a do Direito (do Homem), a ORDEM exige punição (pela Natureza ou pelo Homem), que é educativa.
Quando falta essa punição, surge a DESORDEM.
Vimos, aqui, nestas doze semanas, alguns exemplos disso.

Com esse conjunto anunciador, o blog mostra para que veio.
É o resultado de 50 anos de observação, estudo, experiências, análises e conclusões para o enunciado de uma teoria que explique todos os fenômenos físicos e psíquicos do Universo.
Einstein tentou chegar a essa teoria e confessou o seu fracasso.
Hawkings tentou, talvez ainda tente, mas já declarou que a Física é insuficiente para encontrá-la.
O mais influente físico brasileiro, Marcelo Gleiser (cientista da universidade americana Darthmouth College), em seu último livro (“Criação Imperfeita”) entrega o jogo e questiona se é realmente necessário chegar a essa “Teoria do Tudo”, achando que ela seria mais um dogma a ser evitado. Desistência é fracasso.

Meu esforço isolado, desde uma juventude mergulhada em filosofia, ciência e tecnologia, formando-me em Engenharia Civil na Politécnica da Bahia e levando-me ao magistério superior por trinta anos nessa escola, no entanto, contracenou com minha atividade jornalística desde a puberdade, num amálgama de pesquisa e divulgação, que incluiu uma outra escola (a Ordem Rosacruz), inspiradora de grandes cientistas, desde Francis Bacon.
Assim, batalhei, sofri e aprendi que a desordem leva ao regresso. A ordem, contudo, é fruto do sistema e este deve estar alinhado com as leis universais, sob pena de provocar desordem.
Algumas dessas leis são conhecidas, outras ainda não.
Este blog pretende ir e VAI ao encontro da teoria que unifica todas as leis, as físicas e as psíquicas, buscando o sistema que promove a ordem.
Mostrará que já a encontrou.

Esta semana é a do anúncio do novo edifício – o novo blog – que divulgará essa teoria.

Até amanhã.

domingo, 23 de maio de 2010

PROPOSTA E RESPOSTA 11

Amanhã, estaremos entrando da décima segunda semana deste blog.
O número 12 é um dos mais importantes da Natureza, que tem leis matemáticas, geométricas, psíquicas, formadoras de todas as estruturas físicas e do funcionamento destas, aí incluídas as biológicas.

Não nos enganemos com a aparência da matéria e mesmo com a potência da energia que emana de todos os corpos, porque, afinal, matéria e energia são apenas manifestações de um único fenômeno de natureza psíquica.

Este blog foi criado para mostrar um novo degrau da evolução, que a humanidade está vivendo neste momento, quando será revelado o grande segredo da essência e da existência do espaço universal.

Há muitas pessoas em todo o mundo em estádio intelectual compatível com as necessidades cósmicas na Terra, para assistir este processo em andamento.

Agora!

Algumas dessas pessoas são assessoras, outras condutoras, outras assistentes, outras pequenos auxiliares executores, todas engajadas num único projeto: realizar a passagem de um (de)grau para outro, com profundas modificações.

Você pode ser uma delas, sem saber disso, porque não há encontros, não se tem uma sede, não se faz reuniões, não se assume compromissos nem obrigações, mas apenas surgem vocações oriundas do processo evolutivo de cada ego.

A grande maioria de toda a gente, contudo, será como sempre foi, mera espectadora, massa informe, mas igualmente importante, porque é dela que surgirão os líderes da etapa seguinte, os que irão evoluir mais rápida e intensamente para construir o futuro.

Nessa massa, há os egos atentos e informados, num estádio evolutivo superior.
Há, contudo, também, os indivíduos ainda muito primitivos, que precisam ser conduzidos coletivamente, em contínuo treinamento.
Para estas ovelhas, são necessários muitos pastores realmente preparados para essa missão e não apenas para lhes tirar a lã, o leite, o couro e a carne, explorando o rebanho.

Assim, hoje, este blog anuncia uma nova etapa da sua própria existência, da sua proposta, que deve ser revelada aos poucos, refletindo a luz recebida com muita coragem e humildade.

Científicamente!

A boa notícia é que, aconteça o que acontecer, o ego do nosso cérebro é mortal, mas está ligado a um ego fora de nosso corpo, que é eterno e acumula a memória de cada ego mortal no seu acervo evolutivo.

A semana 12 deste blog será, portanto, inteiramente dedicada ao anúncio de sua nova etapa, a se iniciar em 31 de maio e o mês de junho será preparatório do que virá a partir de 1º de julho.

Convidem seus amigos para o banquete.

sábado, 22 de maio de 2010

FÍSICA E PSÍQUICA 11

Este blog está trazendo um conhecimento novo, original, jamais apresentado ou abordado e que mexe com toda a estrutura de pensamento da humanidade, fazendo isso com bastante luz, coragem e humildade.

Até agora, a humanidade tem trabalhado apenas com a existência da realidade, que é o domínio da FÍSICA.
Aqui se tenta mostrar e demonstrar que a essência da atualidade é a base da PSÍQUICA, sem a qual não se completa o quadro do Universo nem se pode ter uma Teoria Unificada para ele.
Uma teoria que explique TUDO.

Eu precisei de cinqüenta anos para buscar essa teoria, trabalhando isoladamente e chegando paulatinamente a seus elementos e finalmente completando o seu quadro.
Sua novidade e complexidade exige muito tempo para a absorção, estudo e análise desta proposta.
O artigo com o qual a lancei, escrito em junho de 2007 e publicado em dezembro do mesmo ano pela Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, encontra-se na Internet (pesquisa Google), com o título “Teoria Unificada do Universo” (entrar com esse título, o nome Adinoel Motta Maia e a palavra “consciência” para acessá-lo).

Enquanto se prosseguir na leitura deste blog, aos sábados (FÍSICA E PSÍQUICA), deve-se reler muitas vezes os textos dos sábados anteriores, refletindo-os, absorvendo os conceitos e testando as estruturas formadas com eles, não apenas filosóficamente, mas CIENTIFICAMENTE.
No sábado passado (FÍSICA E PSÍQUICA 10), mostrei que o triângulo nada mais é que a consciência de três pontos a determinar sua forma, em um plano, como uma estrutura psíquica mais complexa do que o “segmento de reta” (dois pontos) e ainda mais do que o “ponto” único, prometendo para hoje, tratar de uma quarta posição, que, colocada fora do referido plano nos dá uma nova distância (dimensão), entre aquele triângulo e este ponto.

Desaa forma se chega a um “sólido” – um corpo geométrico tridimensional – que costumamos chamar de TETRAEDRO, formado por quatro pontos (vértices).
Enquanto apenas geométrico (psíquico, matemático), sem duração da consciência, na atualidade, esse tetraedro é evidentemente uma estrutura mais complexa que o triângulo, com a consciência da posição desses quatro vértices, que nos dão a mais simples e menor consciência de um CORPO, dito sólido.

Vamos voltar àquela idéia original de uma consciência universal que chamamos ESPAÇO, constituído por TODOS os pontos do universo infinito, tão próximos uns dos outros que se estivessem mais próximos seriam um só.
Vamos lembrar que, como essência ou existência, esses pontos só são ou estão “pontos” se forem individualizados, separados por intervalos tão pequenos que, se fôssem menores não seriam considerados e assim seriam eles um só.

ESTA VISÃO DO UNIVERSO COMO ESPAÇO CONSTITUÍDO POR UMA INFINIDADE DE PONTOS DISTRIBUIDOS UNIFORMEMENTE EM TRÊS DIREÇÕES ORTOGONAIS É MATEMÁTICAMENTE (PSÍQUICAMENTE) PERFEITA, ENQUANTO CIÊNCIA.

Para irmos em frente, temos de lembrar que além das três direções, há contudo uma outra dimensão no espaço (na consciência): sua duração.
Sem esta, nenhum daqueles pontos existiria e conseqüentemente não haveria espaço nem universo algum.
É evidente, portanto, que o espaço é consciência composta, por sua vez, pela consciência de posição de cada um de seus pontos e dos conjuntos formados por eles.

NADA É MAIS SIMPLES DO QUE ISSO E NO ENTANTO, NADA É MAIS DIFÍCIL DE SER ABSORVIDO DO QUE ESSE ENTENDIMENTO, GRAÇAS AO CONDICIONAMENTO QUE NOS TEM SIDO IMPOSTO HÁ MILÊNIOS POR UM CONCEITO ERRADO DE ESPAÇO, QUE É APENAS CONSCIÊNCIA DE POSIÇÃO, DIREÇÃO E DURAÇÃO.

O tetraedro infinitesimal, aquele tão pequeno que, se fosse menor seria apenas um ponto, como já visto aqui, é, portanto, o menor conjunto (corpo), o menor tijolo com o qual tudo é feito no universo.

Como é um conjunto de consciência, é consciente de si próprio, é um EGO.

A Psicologia tem colocado o EGO como um atributo ou função apenas do cérebro, que seria a sede da "consciência". Na verdade, o cérebro é a sede do "conhecimento", que não é a mesma coisa. A consciência é a natureza, a essência, do espaço.

Com ele se explica toda a Psíquica e toda a Física. Todo o Universo. Tudo o que conhecemos e não conhecemos. Tudo o que foi criado e o próprio Criador, a mente universal que nunca foi criada porque sempre existiu, por ser a essência, numa eterna atualidade.

Com esse “tijolo” hoje e aqui re-apresentado (já está no artigo acima referido), pode-se construir partículas (matéria) e ondas (energia), mas também os mais complexos pensamentos e suas estruturas realizadoras.

MASSA É, PORTANTO, APENAS QUANTIDADE DE CONSCIÊNCIA.

Veremos isso melhor no próximo sábado.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

AVES E NAVES 11

O texto da petição encaminhada por Bartholomeu Lourenço ao rei D. João V (ver AVES E NAVES 10) merece exame, nos seus termos, para compreensão de ocorrências posteriores.
Diz ele que descobriu “um instrumento para andar pelo ar, da mesma sorte do que pela terra e pelo mar e com muito mais brevidade”.
Esta frase não corresponde ao “instrumento” apresentado em demonstração pública, por Bartholomeu, naquele ano de 1709. Era um pequeno aparelho voador, sem serventia em terra ou na água.
Ele não disse “sobre a terra” nem “sobre o mar”, indicando um sobrevôo.
Foi claro no andar “pela terra” e “pelo mar”.
Seria um anfíbio, que também voaria.
Por que o teria dito, dessa forma?
Parece-me claro, que, descobrindo ele o modo de fazer subir no ar uma esfera, enchendo-a com ar quente, poderia fazê-la suspender uma “barca” que anda no mar ou um “carro” que anda na terra.
Evidentemente, como a resistência do ar ao deslocamento de um objeto, é menor do que o oferecido pela água ou pelo solo, seria esse aparelho aéreo muito mais veloz.

Está explicado?
O raciocínio, sim.
A origem dele, ainda não. Vamos, portanto, a esta.
Quem fez esse raciocínio, pela primeira vez, foi o padre jesuíta italiano Francesco Lana Terzi, que publicou um livro em 1670 com suas idéias para vários inventos, inclusive uma nave voadora, que seria uma barca, com seu aparelho vélico completo, pronta para navegar na água, mas podendo ser suspensa por esferas nas quais se faria o vácuo.
Essa proposta se comprovou irrealizável porque a pressão atmosférica amassaria cada esfera, se feita de pano ou papel e por outro lado, ela não se elevaria se fosse feita de material resistente a essa pressão, tal seria o seu peso, maior do que o do ar retirado do seu interior.

Parece-me claro, que, estudando num seminário jesuíta, essa proposta chegou a Bartholomeu e tão logo este descobriu o poder do ar quente, deve ter concluído ser esta a solução para a “barca” voadora do italiano.
Assim, nada mais natural do que pedir ao rei o registro e privilégio do invento, bastando para comprová-lo, apresentar os desenhos de Francesco Lana Terzi e fazer a demonstração do vôo da sua esfera.

SUBINDO A ESFERA, SUBIRIA A BARCA, COM UMA, DUAS OU MAIS DELAS.

Pode-se desse modo explicar ter ele pedido o privilégio de explorar um invento constituído por “instrumento” para andar no ar (do mesmo feitio dos que andam) pelo mar ou pela terra.

Na próxima sexta-feira este blog continuará a análise da petição de Bartholomeu Lourenço.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

ONDE E QUANDO 11

Estive ontem na Biblioteca Pública da Bahia, que é posto da Biblioteca Nacional para registro de direitos autorais, em nossa cidade.
A Dona Sônia, que está desde 1997 nessa função e atende a todos com paciência e esmero – escritores e compositores (na Bahia, estes são maioria) – já me viu por lá algumas vezes.
Ontem ali fui para averbar alterações no registro de um livro concluído em 2007 e ainda não publicado, “A Cruz dos Mares do Mundo”, parte de uma trilogia na qual estou trabalhando, coincidentemente, desde 1997, tendo então me aposentado do magistério e do jornalismo para me dedicar às pesquisas, à criação e à redação dos textos desses três romances.
Trago este assunto, aqui e hoje, porque também estou escrevendo para o Yacht Clube da Bahia o livro comemorativo dos 75 anos de sua história (há 15 anos, escrevi o referente aos 60 anos) e essas duas obras se tangenciam.
No próximo domingo, dia 23, o YCB estará completando esses 75 anos de sua fundação, mas numa sábia decisão de sua diretoria, as comemorações estão sendo feitas não em apenas um dia, mas ao longo dos dois anos de sua gestão, com uma série de eventos inovadores e inaugurações.
O ponto de tangente entre as duas obras é o dia 1º de novembro, Dia de Todos os Santos, razão porque nossa Baia de Todos os Santos tem esse nome, dado pelo florentino Amerigo Vespucci, capitão de uma das três embarcações da expedição exploratória de Gonçalo Coelho, que a descobriu naquela data, em 1501.
O romance “A Cruz dos Mares do Mundo” tem uma estrutura inovadora.
Dado como pronto, por mim, em 2007, quando foi registrado, tomei o cuidado de tirar cópias e deixá-las com algumas pessoas, inclusive uma agente literária de São Paulo, que me deram um retorno unânime: a narrativa era interessante para o entretenimento, com propostas científicas (inclusive geográficas e históricas) ousadas, mas também demasiadamente denso.
Talvez uma forma de dizer que o livro era chato.
Em outras palavras: havia informação demais no meio da ficção.
Sabem todos, que não se deve misturar ficção com ensaio, mas nesse caso – dentro do projeto da trilogia – tal é absolutamente necessário.
Criei, então, uma estrutura para a obra, com dois livros em um volume só: no "livro um", o romance policial de mistério “Morte no Museu de Arte Sacra” e no "livro dois", ainda como ficção, os “Apêndices” com o grosso da informação, estes de leitura opcional apenas para o leitor mais exigente que quer ver o pau que matou a cobra.
Agora, portanto, “A Cruz dos Mares do Mundo” já está pronto para publicação.
Como o romance é centrado na descoberta da Baia de Todos os Santos e o Yacht Clube da Bahia é um dos umbrais da porta dessa baía, com 75 anos de atividades nela, sendo eu sócio do clube desde minha adolescência, é inevitável que ambos se tangenciem, com cenário comum.
Acho bom dar esta notícia, no momento em que o YCB completa seus 75 anos de fundação, parabenizando todos os que comandaram esse barco desde 1935, assim como suas tripulações renovadas a cada dois anos, para a alegria de seus muitos milhares de passageiros e de toda a gente que o vê navegar, belo e elegante.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

LETRA E MÚSICA 11

Alguém tem idéia de quantas pessoas, neste imenso país, compram telas, tintas e pincéis, aventurando-se em técnicas aprendidas ou inventadas e pintando quadros que são devidamente emoldurados?
Quadros que são apenas dados aos filhos, parentes e amigos ou acabam em alguma exposição, na vitrina de uma loja, numa escola ou centro cultural ou, com mais felicidade, numa galeria de arte.
Quantas dessas pessoas podem ser chamadas de “artista plástico”?
Pergunta conseqüente: amador ou profissional?
Todas as pessoas são artistas em potencial. Não só na pintura ou na escultura, como no desenho, na fotografia, na música, na literatura...
Quem compõe é “compositor”, quem escreve é “escritor”.
Já tentaram sindicalizar o artista e não faltou quem criticasse o “escritor de carteirinha”, sem maior consideração pelo público, que já consagrou a forma de dar “diploma” a esse profissional: o sucesso.

Quem é escritor? Aquela pessoa cujos livros são publicados com direitos autorais contratados por alguma editora que os vende bem, em grandes quantidades.
Sem o público que o lê, ninguém é escritor.
Sem o público que ouve suas músicas, ninguém é compositor.
Vá, no entanto, dizer a um mero escrevedor, que ele não é escritor.

Certa vez, vi numa casa, um quadro muito bonito, muito bem pintado, parecia uma fotografia.
Quem o pintou?
O dono da casa não sabia.
A assinatura era ilegível, ele o comprara numa loja de molduras.
O pintor era cliente da loja.
É isto o que chamamos CULTURA. Cabe ao Estado estimulá-la, educando e criando condições de desenvolvimento das manifestações da mente, abrigando os AMADORES e os estimulando com concursos para escolha de trabalhos a serem expostos, publicados e até guardados, a depender do mérito de cada obra.

Assim, se descobre talentos para que se profissionalizem.

Aí, no entanto, acaba a obrigação do Estado.
Promover o profissional no Exterior, para que artistas brasileiros ganhem mercado lá fora, é salutar, do mesmo modo como se promove em feiras, produtos industriais e comerciais, visando a exportação.
Não cabe, contudo, ao Estado promover o profissional na sua cidade, onde mora.
Não porque ele não o mereça, mas porque os recursos devem ser dirigidos para a revelação de outros profissionais e aquele já revelado está capacitado a buscar e ampliar seu mercado, com o patrocínio da iniciativa privada.

É importante cumprir esse processo, sob pena de se fazer “chover no molhado”, isto é, manter um certo grupo cultural – sempre os mesmos – como se mantém grupos políticos no poder – sempre os mesmos – sem chance para mais ninguém.

Não basta pensar nisso. É necessário fazer acontecer.

terça-feira, 18 de maio de 2010

ACHADOS E PERDIDOS 11

Estamos cercados pelas estatísticas. A mídia não vive mais sem elas.
Uma de suas formas mais polêmicas é a das pesquisas eleitorais, feitas por institutos, empresas especializadas e pelos próprios órgãos de imprensa.
Dessa mesma família, é a dos livros mais vendidos, com listas semanais nos principais jornais e revistas do país.

Esse tipo de pesquisa (estatística) pretende revelar preferências, mas acaba induzindo os indecisos e os ignorantes a optar pelos já preferidos por outras pessoas.
Assim, quem está na frente tende a permanecer aí até o fim, porque a quantidade dos que não são suficientemente informados para escolher por si mesmo costuma ser muito maior do que os conscientes, os informados, os estudiosos.

Há países em que se faz estatística para tudo. Dizem que os norte-americanos, sem elas, não saem de casa. Com elas, se determina os riscos de contrair uma doença, ser assaltado numa esquina ou noutra, sofrer um atropelo, ser traído no casamento, ganhar na loteria e assim por diante.
Há muitas, no entanto, ainda por fazer.
Nunca ouvi falar que já se tenha pesquisado os prejuízos oriundos da falta de cumprimento de horário, determinando-se quem não o cumpre, quantas vezes por dia, por semana ou por mês.

Esta é a proposta do blog para os pauteiros, nesta terça-feira.

Passei dois meses na Alemanha, em 1990, onde o horário é cumprido rigorosamente.
Dou um exemplo.
Fui comprar passagem de trem numa estação ferroviária, para uma viagem longa, com antecedência. Havia uma bilheteria específica para esses casos e no seu balcão, uma tabuleta FECHADO e um aviso de que o serviço seria iniciado às 14 horas. Eram 13 horas e 42 minutos. Já havia um homem a espera e eu fui o segundo. A funcionária, sentada numa mesa a datilografar, de frente para a parede e de costas para nós, sequer nos olhava. Nessa parede, um relógio redondo, dos milhares iguais que existiam em todas as estações ferroviárias do país (contei quatro deles numa única plataforma de embarque), marcava as horas, minuto a minuto. Depois de mim, chegaram outras pessoas a se posicionarem em ordem, mas sem fila. Ninguém falou coisa alguma, nem vi cara feia, nem sinal de impaciência. Eu olhava muito para o relógio. O ponteiro das horas já estava quase no 2 e eu o acompanhei até que também chegou ao outro e ambos montaram no 2. A mulher parou de bater na máquina de escrever, voltou-se para o balcão, substituiu a placa por outra – ABERTO – e atendeu ao primeiro homem.

Poderia escrever um livro inteiro com exemplos como este, em todos os setores da vida dos alemães. E não só dos alemães. Os povos mais informados e conseqüentemente mais desenvolvidos sabem que é mais fácil viver assim.

Minha proposta hoje, aqui, é que colunistas escrevam por conta própria e pauteiros programem reportagens sobre o assunto, ouvindo advogados e médicos que raramente atendem clientes e pacientes na hora marcada, emissoras de televisão que não cumprem horários de início e fim de seus programas (a Rede Globo sempre os anuncia para depois do anterior, sem dizer a hora), motoristas dos ônibus que estão sempre atrasados ou adiantados, etc... etc...

Por que não fazer uma estatística, para sabermos qual a categoria profissional que menos cumpre o horário? Talvez assim se chegue à causa do problema.

OBJETIVO: chamar cada um à sua responsabilidade e ao prazer de estar no horário, sem roubar parte, por menor que seja, da vida de ninguém.

Até a próxima terça-feira.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

DESORDEM E REGRESSO 11

Vi e ouvi, na televisão, que se o Brasil quisesse fazer a Copa do Mundo hoje, já poderia, porque para quem organiza e realiza o campeonato brasileiro (séries A e B) e a Copa do Brasil, ao mesmo tempo, o campeonato mundial da FIFA é apenas um pequeno torneio.
Quem disse isso, no entanto, acrescentou que o problema não estaria nos estádios, mas nas cidades que recebessem os jogos, sem meios, vias e terminais de transportes nas dimensões e condições exigidas pelos torcedores que viriam de todo o mundo.

A COMEÇAR PELOS AEROPORTOS.

Quando se fala nos terminais aéreos, pensa-se em pistas de pouso e de rolamento, assim como em prédios. Na reportagem especial “Entre o Céu e o Inferno”, dos repórteres Carolina Romanini, Alexandre Salvador e Ronaldo Soares (VEJA, 7 de abril de 2010), mostra-se que os aeroportos brasileiros estão com terminal de passageiros, pátios de estacionamento de aeronaves e pistas de pouso SATURADOS.
Este não é um problema apenas brasileiro, contudo, mas aqui é mais grave e será muito maior durante uma Copa do Mundo ou uma Olimpíada, porque as obras são feitas para inauguração eventualmente, quando deveriam ser feitas periodicamente.
Pode-se até imaginar que os recursos são insuficientes, mas o fato é que o são porque não há planejamento e há muito desperdício e corrupção nos processos de licitação, construção e compras, segundo denúncias mostradas na imprensa.

Repercussão maior, no entanto, não se deve a esse trio da infra-estrutura pesada, mas em pequenas coisas que fazem a diferença e irritam os passageiros, principalmente os estrangeiros acostumados a não ver o descaso e sofrer por causa dele em seus países.
A mesma citada reportagem dá exemplos, como o das esteiras que danificam as malas nos aeroportos de Curitiba e Salvador. Isto irrita mais um passageiro do que deixá-lo no pátio por meia hora, a espera de autorização para seu avião encostar no terminal, apesar do custo de substituição da esteira ser desprezível, comparado ao da construção de mais uma pista.

A soma dos pequenos (e muitos) problemas em terra transformam o que seria uma viagem dos sonhos num martírio agora gravado nos celulares e mostrado aos familiares e amigos, em todo o planeta, quando fazemos algo que atrai gente de muitos países.

Atestam, esses incômodos e prejuízos, a nossa barbárie, a nossa desordem, o nosso regresso como civilização que produz aviões a jato e não sabe cuidar de aeroportos, estradas, avenidas, ruas, quase todos sem conforto e segurança, nos níveis aceitáveis.

Não devemos esquecer que somos os inventores dos aparelhos de voar.

Começava o século XVIII, quando Bartholomeu Lourenço inventava na Bahia o aeróstato, o aparelho que seria aumentado pelos irmãos Montgolfier sete décadas depois para proporcionar o primeiro vôo do homem, em balão.
Dois séculos depois, era o brasileiro Alberto Santos Dumont, quem dava dirigibilidade a esse balão e construía o primeiro avião a decolar com recursos próprios, em Paris.
Temos, portanto, obrigação moral de mostrar para o mundo que progredimos e não, que estamos regredindo.

É, portanto, urgente, preparar nossos aeroportos para nós próprios e assim recebermos bem nossos visitantes, aproveitando para mostrar aos que voam, quem foram esses dois nossos inventores, com grandes murais nas paredes e réplicas de seus aparelhos no saguão de cada terminal aéreo do Brasil.

PRECISAMOS, TODOS, PRESSIONAR AS AUTORIDADES NESSE SENTIDO.

AGORA!

domingo, 16 de maio de 2010

PROPOSTA E RESPOSTA 10

Vivemos mergulhados num mar de propostas e respostas.
A cada momento, estamos fazendo as nossas e recebendo as das outras pessoas com as quais convivemos.
Há propostas construtivas e destrutivas, algumas feitas com interesses egoístas, outras altruístas, assim como as respostas também são dadas com objetivos de educar ou de enganar.
No fundo, tudo depende de quem propõe ou responde, porque mesmo uma resposta destrutiva pode ser de interesse altruísta, como acontece, quando queremos por abaixo um governo corrupto, em benefício de toda a sociedade.

Nesta semana, que passou, li alguma coisa relativa a arrogância de alguém que se colocava como dono da verdade, isto é, como se só a sua verdade fosse digna de consideração, não se devendo ouvir o que outros teriam a dizer. Ao fim, a informação de que o "arrogante" dizia ser problema do leitor acatar aquela opinião ou não.

Ora!
Não foi esta a primeira vez em que li ou ouvi comentários negativos contra a arrogância, mas foi a primeira que me levou ao dicionário do Aurélio. Eu próprio já havia escrito contra ela.
Só encontrei lá, no entanto, coisas boas: altivez, amor-próprio, brio, nobreza, orgulho e coisas assim.
Evidentemente, há que se considerar que tais coisas devem estar bem dosadas. Como tudo. O excesso sempre é negativo, prejudicial.

O comentário acima citado nos leva à idéia de que não devemos deixar que as pessoas se mantenham em erro, cabendo-nos estar atentos para que não se prejudiquem. Assim, deixá-las errar, sugerindo-se ser problema apenas delas aceitar ou não uma idéia ou um conhecimento novo, seria uma atitude menor, um indicativo de mau caráter, de alguém que não se preocupa com os outros.

Em verdade, a arrogância é uma característica positiva, no sentido de que só a deve assumir quem tem consciência de estar certo. Negativo, seria fazê-lo sem essa certeza, sem essa consciência, induzindo outras pessoas ao erro.
Não nos esqueçamos, que Deus é arrogante, quando nos impõe suas leis e não as negocia, nem perdoa quem as contraria.
Imaginem um de nós a se lançar da janela num décimo andar, sem asas nem pára-quedas, com o objetivo de voar, contrariando a lei da gravidade.
Essa lei ou qualquer outra sequer foi comunicada por Deus, que nos deixou descobri-la com nossa própria experiência. Para isso vivemos: para experimentar, sofrer e aprender.

O problema, realmente, é só nosso. Ele não interfere, não nos protege. É evidente que Deus é arrogante. Pode e deve sê-lo.
Quem critica alguém por ser arrogante, sem verificar se essa pessoa pode e deve ser arrogante, é apenas um leviano, um irresponsável, talvez um invejoso intelectual a vilipendiar indevidamente.
A arrogância é portanto uma característica positiva. Como ser rico ou bonito, o é.
O negativo é parecer arrogante sem o ser, como é negativo fingir que se é rico, virtuoso ou belo.

Atenção, portanto, para quem acusa alguém de arrogância, como coisa pejorativa.
Pode ser resultado de um interesse mesquinho, uma proposta de destruição, que merece a melhor resposta: a denúncia.

Uma boa semana para todos.

sábado, 15 de maio de 2010

FÍSICA E PSIQUICA 10

Não há ciência sem filosofia, como não há tecnologia sem ciência.
Tecnologia é ciência aplicada.
Ciência é filosofia aplicada.
Não há, portanto, cientista que também não seja filósofo, na elaboração de suas conjecturas, hipóteses e teorias, a partir das quais orienta suas experiências.
No sábado passado, deixei-os com uma promessa, que hoje apenas começO a cumprir:
“O que se tem é a consciência do passado, na memória dos EGOS, podendo cada um destes projetar seu futuro e tentar realizá-lo, na medida em que pode projetar sua realidade, inserida numa atualidade mais ampla (nas direções), sem duração. Fica esta observação agora, para explicação posterior.”

Também disse:
“Seja eu um elétron ou o próprio Deus (todo o Universo), sem a duração, apenas sinto minha existência na atualidade, como INDIVÍDUO ou EGO porque não há o outro e não havendo o outro não há dimensão entre dois, numa direção qualquer.”

Meu EGO, para mim, “sou eu”. Seu EGO, para mim, “é você”.

Volto a dizer:
“Falando de ESPAÇO em quatro dimensões, qualquer distância pode ser entre “eu” e “você”, mas também pode ser entre “eu” e “eu”. Será entre “eu” e “você”, se a dimensão for marcada em uma das três DIREÇÕES do espaço. Será entre “eu” e “eu”, se for marcada apenas na DURAÇÃO do espaço.”

Já está muito claro, portanto, que, entre “eu” e “eu” não há direção, mas PODE haver duração. Isto significa que na ATUALIDADE (sentimento “sou”, sem duração da consciência e portanto sem conhecimento), “eu” sou apenas um ponto, apenas com posição; mas na REALIDADE (conhecimento “estou”, com duração da consciência) “eu” sou uma distância entre duas posições: ANTES e DEPOIS.

Minha “essência” vira “existência”. Diz-se que “eu” existo ENTRE duas posições da consciência, com uma duração desta.

Podemos, agora, grafar que EXISTÊNCIA É CONHECIMENTO, A CONSCIÊNCIA COM DURAÇÃO.

A consciência do “eu”, do “você” e do “ele”.
Estamos introduzindo um terceiro ponto, que não está na DIREÇÃO entre “eu e “você”, isto é, na mesma LINHA reta.
Evidentemente, há assim uma distância entre “eu” e “você” numa reta e outra distância entre essa reta e “ele”, numa outra reta perpendicular à primeira.

Atenção!
Qualquer que seja a posição de “ele” (um ponto no espaço), essas duas retas assim perpendiculares, com quaisquer distâncias marcadas nelas, nos dão um PLANO.

Esses três EGOS (três posições no espaço), cada um deles com o sentimento (na atualidade) de si próprio e o conhecimento (na realidade) de si próprio e dos demais, sendo ligados entre si, formam um TRIÂNGULO, com duas dimensões (cada uma em uma direção perpendicular à outra), que no caso particular do triângulo chamamos de “base” e “altura”.

Mais atenção!
Esse TRIÂNGULO formado por três pontos (três egos) É UM EGO MAIS COMPLEXO DO QUE CADA UM DOS OUTROS TRÊS, separadamente, porque tem uma consciência mais complexa (três posições e duas direções) do que o SEGMENTO DE RETA formado por dois apenas (duas posições e uma direção) e por cada um deles, PONTO (apenas uma posição.

E se tivermos um quarto ponto, um “alguém” fora desse triângulo, fora desse plano?
É o que veremos no próximo sábado.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

AVES E NAVES 10

Está claro que Bartholomeu Lourenço demitiu-se ou foi demitido do seminário da Companhia de Jesus em Belém da Cachoeira, em 1701.
Também está documentado que então foi a Lisboa, onde causou rebuliço pela sua precocidade intelectual.
Não se sabe exatamente quando regressou ao Brasil, mas se tem prova, aqui já mostrada, de que recebeu o privilégio como inventor, da Câmara da Bahia, em 12 de dezembro de 1705.
Até aí, não se falava em esferas de ar quente.
Ordenado padre, em 1708, na Bahia, Bartholomeu viajou para Lisboa, matriculando-se na Universidade de Coimbra ainda nesse ano.
Aí, de repente, surgiu a notícia de suas experiências com esferas de ar quente que se elevam ao céu e imediatamente, em 1709, tem-se a notícia de que encaminhou ao Rei D. João V, uma petição nos termos abaixo:

"Senhor,
Diz o licenciado Bartholomeu Lourenço, que elle tem discuberto hum instrumento para andar pello ar, da mesma Sorte do que pella terra, e pello mar, e Com muito mais brevidade, fazendo se muitas Vezes duzentas, e mais leguas por dia nos quaes instrumentos, Se poderão levar os avvizos de mais importância aos exercitos, e as terras mais Remotas, quazi no mesmo tempo em que se resolverem, por que enteressa a Vossa Magestade muito mais do que nenhum dos outros Príncipes, pella Mayor distancia dos Seus domínios, evitandose desta Sorte, os desgovernos das Conquistas que provem em grande parte de chegar muito tarde as noticias dellas.
Além do que poderá Vossa Magestade mandar Vir o precioso dellas, muito mais brevemente e mais Seguro poderão os homens de negocio passar letras, e Cabedaes e todas as praças Citiadas poderão ser Soccorridas, tanto de Gente, como de munições, e viveres a todo o tempo e tirarem se dellas, todas as pessoas que quizerem. Sem que o inimigo o possa impedir; Discubrir Se hão as Regiões que ficarão mais vizinhas aos Pollos do Mundo.
Sendo da Nação Portugueza a gloria deste descobrimento além de infinitas Convivencias que Mostrará o tempo. E porque deste invento tão Vtil Se podem Seguir Muytas desordens commettendo se com seu uso muitos crimes e facilitandosse Muitos na confiança de Se poder passar a outro reino o que se evita estando reduzido o dito Vso a huma Só pessoa, a quem se mandem a todo o tempo as ordens que forem Convenientes, a Respeito do dito transporte, a prohibindo a todas as mais, sob graves penas e he bem se Remunere ao Supplicante um invento de tanta importancia.
Pede a Vossa Magestade Seja Servido Conceder ao Supplicante o privilegio de que pondo por obra o dito invento, nenhuma pessoa de qualquer qualidade que for possa Vzar delle em nenhum tempo neste Reyno, e Suas Conquistas, Sem licença do Supplicante ou de Seus Herdeiros Sob pena de perdimento de todos Seus bens."

Este documento é transcrito aí acima, conforme copiado pelo Cônego Freire de Carvalho na Torre do Tombo (Lisboa), referente à chancelaria d’El-Rei D. João V (ofícios e mercês, livro 3, fol. 202 v).

O Rei agilmente respondeu em 19 de abril de 1709, concedendo-lhe o privilégio pelo invento. Isto, por si só, já é suficiente para marcar sua prioridade, porque as datas estão muito claras.

O que não está claro é o objeto inventado, referido apenas como um “instrumento de andar pelo ar”, mas logo depois, em 5 de agosto, fez, o já então padre Bartholomeu Lourenço, uma demonstração do vôo desse instrumento para a Corte de Lisboa e o Núncio Apostólico, que enviou “bilhete de aviso” para o Vaticano, do qual se tem cópia documental, descrevendo o aparelho esférico, seu funcionamento e a altura do vôo, dentro do Salão das Embaixadas da Casa das Índias, o palácio real.

Assim se comprovando ser, realmente, Bartholomeu Lourenço o primeiro inventor das Américas, pode, este blog, agora, concentrar-se no invento, o primeiro momento do vôo do homem, ainda que sem o homem a bordo, por uma questão de tamanho.

Ainda hoje, na aviação, inventa-se novas aeronaves, experimentando-se em túneis do vento com modelos reduzidos. Uma coisa é o invento do aparelho. Outra coisa, o primeiro vôo do homem, nele.

Voltem na próxima sexta-feira.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

ONDE E QUANDO 10

Quando eu era menino, até minha adolescência, 13 de maio era feriado, para se comemorar a Abolição da Escravatura.
Vem de longe, portanto, essa coisa de guardar na memória da população aquela prática terrível de manter seres humanos presos e torturados para a realização de trabalhos forçados.
Os europeus, que tiveram seus escravos de todas as cores, já esqueceram isso há séculos.
Um dia, não sei em que futuro, estaremos comemorando o fim da prática abominável de manter seres humanos presos em fábricas, lojas e escritórios durante oito horas por dia para a realização de trabalhos forçados, como empregados, assalariados, com carteira assinada.
É verdade que muitos já se alforriaram, tornando-se autônomos ou “empresários” (vendedores ambulantes registrados para pagar impostos) e certamente, um dia, estarão todos livres para trabalhar onde e quando quiserem.
Mas isto é o futuro, dizem, que só Deus sabe!

Justamente neste 13 de maio, nasceu há 116 anos, o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, conhecido na cidade do Salvador simplesmente como “Instituto Histórico” e mantido em pé graças ao idealismo de uns poucos, Profa. Consuelo Pondé de Sena à frente, presidindo sua diretoria há mais de uma década.
Como é tradição, lá estaremos às 18 horas para ouvir o orador oficial homenagear os sócios falecidos, ver novos sócios tomarem posse e ao fim saborear os doces e salgadinhos obrigatórios em tais ocasiões.

São alguns, não sei quantos, os institutos históricos em vários estados. Há até um que é “Brasileiro”. Publica-se revistas, que são feitas com muito esforço e o pouco dinheiro disponível – a do IGHB é anual – com o propósito de registrar o onde geográfico e o quando histórico dos fenômenos naturais e dos fatos provocados pelo homem.
Na realidade, são poucos os textos geográficos.
Há uma preferência por homenagear seres humanos que fazem história, com suas ações.

Permito-me, contudo, extrapolar a realidade e sonhar com nossos institutos geográficos e históricos com bastante dinheiro não só para fazer suas revistas e publicar seus livros, como para promover expedições exploratórias, realizar pesquisas históricas e montar museus, mantendo equipe científica permanente, competente e atuante.
Como acontece em todo país civilizado, educado e preocupado com seu território e sua gente, onde governos e empresas contribuem com recursos suficientes para os custeios e os investimentos em inteligência.

Talvez possamos apressar a realização desse sonho, lutando pelo estádio da meritocracia, em nossa democracia. Este é um ano de eleições e a ordem deve ser escolher pelo mérito, eleger os mais capazes e que valorizam o mérito no serviço público. Seja qual for o seu partido, votando no indivíduo que se compromete com a evolução... e a História!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

LETRA E MÚSICA 10

Seria engraçado, se não fosse triste e preocupante, saber que alguém raspou o texto de um livro qualquer para aproveitar o papel e escrever nele outro texto, seu.
Imaginem, agora, se esse livro fosse um manuscrito único, um texto filosófico ou científico da Antiguidade Clássica.
Pois isso é verdadeiro e os livros assim reaproveitados são chamados de “palimpsestos”.
Apagava-se obras originais sobre novos conhecimentos, escrevendo-se nos pergaminhos assim recuperados orações, procedimentos litúrgicos, coisas da religião.
Um exemplo disso foi um conjunto de sete textos de Arquimedes (dois séculos antes de Cristo), escritos em 170 páginas de fino couro de carneiro. Todas apagadas. Perdidas.

Não tenho dúvida de que muita gente ainda hoje ache boa essa prática de substituir conhecimento por religião.
Ainda existe quem acredite ser o conhecimento coisa do diabo. Afinal, está na Bíblia que Lúcifer levou Eva a tirar o fruto da árvore da ciência e comê-lo, com Adão, constituindo-se, isso, no pecado original.
Quem escreveu isso sequer se preocupou em dar outro nome ao diabo, acusando-o de ter, fazer ou trazer a luz (este é o significado do nome Lúcifer), dessa forma dizendo que Deus prefere os homens cegos, ignorantes, sendo PROIBÍDO (“pecado” significa “o que é proibido”) receber a luz, isto é, saber das coisas, saber o que se é e para onde se vai, ou deve ir.

É evidente que o Deus Único, Senhor do Universo, Consciência Universal, não autorizou homem algum a falar em Seu nome para propagar a ignorância. Para isso, bastaria não permitir a evolução do cérebro.

Não foi por outro motivo, contudo, que os cristãos levados para Roma por Paulo de Tarso e a Igreja que nasceu desse movimento romano, tenha combatido, matado (sobretudo na fogueira), os “hereges” gnósticos oriundos dos apóstolos que optaram por chamar Jesus de Nazareno e não de Cristo, mantendo-se em Jerusalém e saindo para o Egito (Alexandria), de onde se espalharam pelo norte da África, atravessando o Mar Mediterrêno em Gilbratar e penetrando na Europa pela província romana da Hispânia, na região hoje Portugal e Galícia.

A independência de muitos professores e pesquisadores universitários, em todo o mundo, está trazendo “à luz” uma série de livros, às vezes combatidos, outras vezes ignorados, não raramente considerados especulativos, que contrariam a proposta de que só através dos sacerdotes e pastores se pode chegar a Deus.
As editoras brasileiras, finalmente, estão vencendo a auto-censura e traduzindo obras que há décadas povoam as livrarias da Europa e dos Estados Unidos, agora também disponíveis nos balcões das nossas lojas de livros.

Além da luz, temos de pedir ao Senhor, diariamente, coragem para refleti-la e humildade para fazê-lo sem ofender, sem agredir, sem prejudicar seja o que for ou a quem.
Sim, diretamente ao Senhor, sem intermediários, porque Ele não tem culpa dos que falam e agem impropriamente em Seu nome.

Isto, contudo, é um outro assunto. Aqui, às quartas feiras, falamos de livros e outros meios de comunicação.

terça-feira, 11 de maio de 2010

ACHADOS E PERDIDOS 10

O sexo aflora em todas as conversas, todos os filmes, todas as novelas, todos os programas de televisão (inclusive os noticiários), enfim, respira-se sexo, neste momento, em todo o mundo.
Nestas últimas semanas, despertei para o fato de que o tema está também COTIDIANAMENTE na imprensa. Jornais e revistas escancaram capas e manchetes, fazendo abordagens nunca antes ousadas. Fala-se e escreve-se sobre relações sexuais como se faz sobre compras no “shopping”, no supermercado ou na feira.
Aí se estranha que meninas e meninos estejam falando de sexo e fazendo sexo nas escolas, livre e despudoradamente.

Por que?

Atenção pauteiros!!!

Porque a ordem é aumentar a população. Inacreditável!
Não é para diminuir? O mundo já não agüenta tanta gente sem educação, sem saúde, sem habitação, sem emprego, sem nutrição...
Errado! É para aumentar, mesmo. Quanto mais gente, mais consumidor, maior o mercado interno, a gente não precisa depender da exportação...
Mas... E o dinheiro pra comprar?
Aumenta-se os impostos e o emprego público, paga-se bolsa família, divide-se o preço das coisas em 60 meses, tira-se o IPI por um tempo, faz-se vista grossa para furtos e roubos, também assaltos a bancos e tráfico de drogas. O importante é que o comércio venda, pague imposto e bote um pouquinho na caixinha da campanha eleitoral...
A indústria também.

Fica todo mundo feliz e vai fazer sexo para aumentar a população. Mais gente, mais consumo. Presidente e ministro mandam fazer sexo.

Na minha juventude, homens exibiam-se a falar de sexo, não raramente sem o conhecer por experiência própria, porque era difícil ou impossível o acesso às mulheres que não o praticavam.
Tínhamos a antiga opção das prostitutas nas transversais entre o Terreiro de Jesus e a Ladeira da Praça ou nas ladeiras da Montanha, da Conceição e da Gameleira.
Quem não queria pagar, mas tinha um carro, podia encostar ao meio-fio da Rua Chile, na hora de fechar as lojas, arrumando-se com uma balconista que aceitasse convite para jantar e depois brincar um pouco dentro do carro estacionado na orla oceânica.
Em último caso, quando nada dava certo, depois das 10 da noite, o jeito era rodar pelo Campo Grande e adjacências e embarcar alguma empregada doméstica que por ali passeava, com a mesma proposta e sem o jantar.

Verdade verdadeira, está na história, ninguém tira.

Já as “moças” de família, jovens ou não, inibidas pela educação doméstica, jamais falavam nisso, nas conversas com rapazes. Namoro era coisa de pegar na mão e beijinho na face. Raras eram as “programistas”, as que aceitavam algo mais, mas eram conhecidas e rejeitadas para coisas mais sérias, como casamento...

Acho que tem muito assunto aí para os pauteiros. Os que põem perguntas na boca dos repórteres. Tem muita coisa perdida que merece ser achada.

A ABERTURA DA IMPRENSA PARA O SEXO JÁ É NOTÍCIA.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

DESORDEM E REGRESSO10

Este blog não tem filiação partidária nem sectária, porque sua opção é o todo, jamais a parte ou o setor. Só as mentes menores contentam-se com um pedaço do bolo intelectual, porque não conhecem o bolo inteiro.
A militância ideológica, seja ela política ou religiosa, deve ser feita sempre no sentido de abrir o cenário até completá-lo. O único ângulo aceitável é o de 360 graus.
Quem me respeita não me pede para olhar apenas por um ângulo e assim, como respeito a todos, também não os peço para fazer isso.
A democracia é, portanto, o modo político ao qual todos devem ter acesso para apresentar suas idéias, suas propostas e suas candidaturas a cargos no Estado, seja este municipal, estadual ou federal.
A democracia é ampla, geral e irrestrita. Onde não o é, não é democracia, por mais que se queira acreditar que o seja. Por isso, ela sempre representa a vontade e os interesses de todo o povo (demo).
Evidentemente, há povos mais e menos educados, mais e menos preparados para conhecer as necessidades coletivas e as individuais. Tudo depende do nível de educação de cada pessoa ou de todo o povo que vota.

Com sistema e com ordem, temos, no Brasil, evoluído politicamente e já atingimos um elevado estádio democrático.
Aqui, o grande problema não é o eleitor, mas os partidos políticos que escolhem seus candidatos aos diversos cargos, deixando, não raramente, os eleitores, sem ter em quem votar.
A desordem costuma ser resultante da inconformidade com o quadro que se apresenta para alguns, para muitos ou para todos.
Onde há desordem, há regresso.
Como ninguém quer isso, o processo indicado é sempre o da informação e da opinião livres, mas antes disso, o da participação em todos os passos da escolha, desde a capacitação para uma candidatura ajustada às necessidades de todos e de cada um dos habitantes de uma comunidade, de uma cidade, de um estado ou de um país.

É isto o que acontece no Brasil?
NÃO!

Aqui, são sempre os mesmos políticos apresentados como candidatos, autênticos donos do poder, não havendo como votar em outros.

Isto é democracia?
NÃO!

A democracia começa quando há votação geral para escolher também os candidatos.
Há muitos modos de fazer isso.
Basta copiar o que se faz nos Estados Unidos da América, na Alemanha, na Inglaterra, na França... em qualquer dos países sérios, ainda que lá também haja homens corruptos, indecentes e imorais.

PARA COMEÇAR, O VOTO SÓ DEVE SER OBRIGATÓRIO ONDE O ELEITOR É OBRIGADO A FILIAR-SE A UM PARTIDO E PARTICIPAR DA CONVENÇÃO QUE ESCOLHE OS CANDIDATOS AOS DIVERSOS CARGOS NO PODER EXECUTIVO E NO LEGISLATIVO.

Só assim, se pode começar a fazer democracia.

Pensem nisso, mas façam mais do que pensar, apenas!

domingo, 9 de maio de 2010

PROPOSTA E RESPOSTA 09

Qual a proposta, para este dia das mães, hoje?
Reunião em família, almoço no clube ou em restaurante, ir à tarde a um “shopping” para ela escolher um presente? Muitas começarão o dia numa igreja, para agradecer a Deus, a Jesus ou a sua mãe, Maria, Nossa Senhora.
O dia das mães é em maio, porque este é o Mês de Maria.
Na realidade é um dia inventado pelos comerciantes para ganhar mais dinheiro com a segunda maior venda do ano (a primeira é no mês do Natal).
Todos aceitam, porque todos gostam de comprar, seja o que for, para si ou para qualquer pessoa. Há famílias onde a despesa mensal de cada membro com presentes é maior do que a que se tem com objetos pessoais, para si próprio.

Mas não é disso que quero falar.
Domingo, aqui, é dia de proposta e resposta. A de hoje é falarmos de Maria, Mãe de Jesus, Nossa Senhora, num momento em que muito se mostra na televisão sobre o Apocalipse, que significa Revelação e é o nome do livro de João, o presbítero de Éfeso, na atual Turquia, escrito no fim do século I.
Respeitáveis estudiosos têm considerado essa obra como uma resposta às perseguições romanas contra os cristãos. Uma mensagem reveladora de que o futuro pertence aos que crêem em Jesus. Ninguém pode dizer conhecer a proposta da Igreja Cristã, sem ler – além dos textos de Paulo de Tarso – o Livro do Apocalipse.
Este blog, hoje, propõe a leitura da segunda parte do livro, que começa no capítulo 4, referente ao “Futuro”, constituindo uma visão de um trono, onde se sentava “Alguém” com poder supremo, rodeado por vinte e quatro outros tronos, todos ocupados.

Levo o leitor para o capítulo 12. Num momento em que a Igreja ainda não adorava a Nossa Senhora e esta sequer existia, assim caracterizada, João criava uma imagem que seria adotada no futuro para a mãe de Jesus no céu.

“Uma mulher revestida do sol, com a lua debaixo dos pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas. Grávida, gritava dores de parto e com ânsias de dar à luz”.

Não há espaço, aqui, para mostrar o que escreveu João, o presbítero de Éfeso , mas chamo a atenção para o fato de que foi escrito em Éfeso e este é um dado fundamental. Era em Éfeso que se situava o templo da deusa Ártemis, uma das sete maravilhas do mundo antigo, hoje em total ruína, mas visitado por turistas que compram estatuetas com a sua imagem, de deusa da fertilidade, mãe suprema.
João, de Éfeso, concebeu a imagem original de Nossa Senhora, fazendo-a grávida, já em trabalho de parto, seguindo o modelo das deusas da fertilidade, entre as quais Inana, da Suméria; Ishtar, da Babilônia, Isis do Egito e Ártemis, então da Grécia.

Minha proposta, hoje, Dia das Mães, é que se estude mais estas mães poderosas, sem esquecer que o grande mistério do nascimento de um novo homem a sair de uma mulher sempre foi encarado pelos povos primitivos como um milagre dos deuses, entre os quais, a Lua, deusa da fertilidade, porque aparece cheia, no céu, após período de 28 dias, o mesmo da menstruação nas mulheres, ligado à gravidez.

Não preciso, entretanto, dizer coisa alguma, aqui.
Cada um pode pesquisar, inclusive no Google. Busquem os dados e os joguem nos próprios neurônios. Serão estes a dar as respostas. Deixem que mostrem a verdade de cada um. Quanto mais dados, melhor essa verdade.

As mães merecem ser felizes em todos os seus dias. Não apenas hoje. Que pesquisem, leiam e estudem, portanto.

sábado, 8 de maio de 2010

FÍSICA E PSÍQUICA 09

Cada um de nós, agora, tem uma posição. “Agora” significa tempo zero, momento instantâneo, consciência sem duração ou inconsciência. Sentimos nossa existência, mas não a conhecemos, não sabemos dela.

SOU!

Eu e você estamos em posições diferentes, no espaço, mas se a duração da consciência é zero, não sabemos disso, porque cada um SENTE apenas a si mesmo. Não tem conhecimento (SABE) do outro, porque sequer tem conhecimento (SABE) de si mesmo.
Ter consciência do outro significa ter consciência da posição do outro, diferente da sua própria.
Se a posição do outro é a mesma sua, NÃO HÁ OUTRO.
Se eu e você existimos, ocupamos posições diferentes, entre as quais há uma DIMENSÃO.
Se eu tenho consciência de você, tenho consciência da dimensão que nos separa, numa linha reta.
A linha reta nos dá a menor dimensão entre dois pontos e a isso costumamos chamar de DISTÂNCIA.

Falando de ESPAÇO em quatro dimensões, essa distância pode ser entre “eu” e “você”, mas também pode ser entre “eu” e “eu”. Será entre “eu” e “você”, se a dimensão for marcada em uma das três DIREÇÕES do espaço. Será entre “eu” e “eu”, se for marcada apenas na DURAÇÃO do espaço.
Deve estar claro, que, se a dimensão é marcada numa direção entre a minha e a sua posição, sem qualquer duração (sem o tempo), a consciência está na atualidade do sentimento e não na realidade do conhecimento
Se a duração da consciência (espaço) é maior do que zero, essa dimensão (entre a minha e a sua posição) é dupla, marcada numa direção e na duração e assim, já estamos na realidade do conhecimento de nossas existências.
Aí, cada um de nós pode dizer:

ESTOU!

Seja eu um elétron ou o próprio Deus (todo o Universo), sem a duração, apenas sinto minha existência na atualidade, como INDIVÍDUO ou EGO porque não há o outro e não havendo o outro não há dimensão entre dois, numa direção qualquer.
Se, contudo, tenho a consciência do outro, sejam quais forem nossas posições no espaço, há uma dimensão entre nós, numa direção qualquer. Essa direção define uma linha reta (a menor distância entre dois pontos), que será na atualidade, se a duração da consciência for zero; mas estará na realidade, se a duração for maior do que zero.

Cabe fazer logo uma pergunta que incomoda toda a humanidade,
PORQUE HÁ QUEM PENSE NA VIAGEM NO TEMPO E EM VOLTAR AO PASSADO:
- E se a duração for menor do que zero (negativa)?

É evidente que não há duração negativa, porque isso significaria que há um momento antes do início de tudo, isto é, antes da atualidade.
Se o Universo é infinito em suas três direções e em sua duração, nenhuma delas teve início e nem terá fim.
Assim,

NÃO HÁ UM MOMENTO ANTES DO INÍCIO, NEM HAVERÁ UM DEPOIS DO FIM.

O que se tem é a consciência do passado, na memória dos EGOS, podendo cada um destes projetar seu futuro e tentar realizá-lo, na medida em que pode projetar sua realidade, inserida numa atualidade mais ampla (nas direções), sem duração. Fica esta observação agora, para explicação posterior.

Ao fim desta exposição, peço substituir “eu” e “você” por dois pontos.
Dois daqueles pontos que tenho mostrado aqui, tão próximos um do outro, que se estivessem mais próximos seriam um só.

No próximo sábado, será mostrado o que acontece quando temos três pontos e duas direções diferentes.
Chamem seus amigos para conversar sobre esta descoberta.
Que leiam o que já está aqui publicado.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

AVES E NAVES 09

Para Aurélio Buarque de Holanda, em seu dicionário, “inventar” é “ser o primeiro a ter a idéia de”, mas também, “descobrir, achar”. Quem inventa, é inventor.
O simples documento apresentado neste blog na sexta-feira passada (AVES E NAVES 08), uma certidão assinada pelo padre Alexandre de Gusmão, já é suficiente para provar ter sido, Bartholomeu Lourenço, o primeiro a ter a idéia de usar um cano para transportar vapor d’água, naturalmente se elevando até ser resfriado num anteparo, transformando-se ali em gotas, que se se acumulavam e precipitavam num tanque para posterior utilização no seminário jesuíta de Belém da Cachoeira.

Não inventou o processo, já conhecido milenarmente para a destilação de líquidos que se queria separar, mas teve a idéia, pela primeira vez, de utilizá-lo para o transporte vertical, ascendente, de um líquido.
Só isso já o faria o primeiro inventor das Américas, com patente do seu invento dado em reunião oficial da Câmara da Bahia, em 12 de dezembro de 1705, da qual se tem ata manuscrita e publicada pela Prefeitura Municipal de Salvador (ver “Documentos Históricos do Arquivo Municipal – Atas da Câmara” – 1700/1718 – 7º volume – Bahia/1984).

Não se conhece outro documento, de qualquer invento realizado nas Américas, antes desta data.

Como será aqui mostrado na próxima sexta-feira, há um outro documento, de 1709, que comprova um segundo invento, com patente (privilégio) fornecido pelo próprio Rei D. João V, de Portugal, referente à esfera de ar quente cuja ascensão seria demonstrada em Lisboa – gerando outros documentos testemunhais – em 5 de agosto daquele ano.
Também este é anterior a qualquer outro, nas Américas, confirmando ser, portanto o santista, brasileiro e português Bartholomeu Lourenço (depois acrescentando “de Gusmão”) o primeiro inventor americano (sul-americano).
Embora esta demonstração tenha sido feita na Europa, o invento realizou-se, conforme foi mostrado aqui na sexta-feira passada, em Belém da Cachoeira, na Bahia, Brasil.

Não há documento conhecido que trate dos fatos e feitos entre 1701 (quando o noviço Bartholomeu demitiu-se ou foi demitido do seminário) e 1705, ou entre este ano e 1709.
Sabe-se, por documentação conhecida, que ele esteve em Portugal em 1701, mas essa papelada não fala da esfera de ar quente, apenas enaltecendo o jovem brasileiro que criava uma certa agitação na corte e na própria cidade de Lisboa.
Ainda temos de examinar acuradamente esses papéis em busca de uma indicação segura de que já então estava inventado o aeróstato.

No ano passado, comemorou-se o tricentenário do balão de ar quente, assim inventado, mas é preciso dizer que essa data ainda é provisória porque certamente não é a do invento e sim da primeira ascensão pública após a concessão do privilégio.
Temos de procurar o momento da descoberta do efeito do ar quente a elevar uma esfera oca, ainda que esta tenha sido apenas um saco com a boca para baixo.
Qualquer dúvida, contudo, não tira o privilégio de Bartholomeu Lourenço como inventor e nem o de ser o primeiro das Américas, isto é, o primeiro americano a ter um invento patenteado e reconhecido em sua utilidade prática, por quantos testemunharam sua performance, com os necessários documentos.

Comprovada essa primazia, temos agora de divulgá-la, o mais amplamente possível, convocando os educadores a tratar do assunto em sala de aula e realizar os eventos comemorativos necessários, seja da primeira ascensão pública comprovada (5 de agosto de 1709), seja a do nascimento de Bartholomeu (nascido e batizado em dezembro de 1685).
Que se marque, portanto, para este ano de 2010, os seus 325 anos de nascimento, não só na cidade de Santos, onde nasceu, mas em todo o Brasil e até mesmo em Portugal.

Voltem na próxima sexta-feira.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

ONDE E QUANDO 09

Há dois dias, ou melhor, na noite de antes de ontem, os astrônomos amadores buscaram Marte no céu por um motivo especial: o fechamento do laço retrógrado que vinha desenhando na constelação de Câncer desde 12 de outubro do ano passado.
Nada de complicado para o homem comum, que nada entende de astronomia.
Vou explicar isso, aqui e agora, passo a passo.

Olhar para o céu à noite é cada vez mais frustrante nas grandes cidades, por causa das luzes desta que iluminam também a atmosfera e assim eliminam a principal condição para o aparecimento das estrelas: a escuridão.
Conta-se que um habitante que nasceu numa grande cidade e nunca saiu dela, em uma noite, sendo atingido, pela primeira vez, por um “black-out”, entre surpreso e amedrontado pela falta de luz, chegou à janela e olhou para o céu, enfrentando um momento de terror. Correu para o telefone e avisou à Polícia: “Estamos sendo invadidos por milhares de naves extraterrenas!”
Era a sua primeira visão das estrelas.

Em verdade, o homem urbano não olha mais para o céu à noite, salvo para ver a Lua Cheia, sempre gloriosa e dominante na paisagem.
Só nos lugares mais escuros, como os bosques ou as praias não iluminadas, ainda se pode observar as constelações, que são aqueles conjuntos de estrelas que formam quase figuras, por se ver apenas as mais brilhantes (diz-se “de maior magnitude”).
Entre tantas constelações, há uma que se chama “Câncer”, não por causa da doença, mas pela sua forma semelhante a um caranguejo.
Na astrologia, é o quarto signo do zodíaco, das pessoas que nascem entre 21 de junho e 22 de julho.
Neste momento, por volta das 22 horas, pode ser vista pouco acima do horizonte oeste.

Pois bem! Marte está ali, um pouco acima das suas principais estrelas. Parece uma estrela amarelada, mas com sua luz firme (as estrelas piscam).
Os planetas mudam de posição no céu, noite após noite, fazendo o seu caminho, sempre junto ou sobre a linha da eclíptica (a trajetória do Sol no céu). Passeiam assim pelas constelações do zodíaco.
Há casos e momentos, no entanto, em que param e voltam até um certo ponto, de onde retomam sua rota normal, realizando uma figura arredondada, como se fosse um laço, que se pode acompanhar noite após noite, olhando-se para sua posição em relação às estrelas ao fundo.
Percebe-se isso muito bem no campo, onde se vê muito mais estrelas no céu do que nas cidades.
Esse fenômeno ocorre porque os planetas têm órbitas em volta do Sol e uns passam pelos outros, por estarem mais próximos deste.
Assim, ao passar por Marte, a Terra o observa como se ele parasse e ficasse para trás, fazendo o caminho de volta no céu, até novamente parar e retomar sua rota aparente na eclíptica.
A isso, os astrônomos chamam de “laço retrógrado”.
Na noite de 4 de maio, esse laço se fechou e hoje Marte já está no seu caminho habitual, novamente.
Quando se obtém o conhecimento, se ganha mais consciência e o ego evolui mais um pouco.
É fundamental saber onde e quando tudo acontece.

Voltem na próxima quinta-feira.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

LETRA E MÚSICA 09

Estamos nós, seres humanos, aproveitando todo o potencial de nossos equipamentos físicos?
Falo de coisas conhecidas, mas pouco divulgadas e ainda menos, discutidas.
Além das funções motoras, que nos permitem ir a todos os lugares desejados, temos as reprodutoras e outras tantas, mas em especial, cinco sentidos para perceber o ambiente que nos cerca, com todas as suas maravilhas.
Abrimos os olhos e temos as formas e cores em milhares de combinações.
Fechamos os olhos e ouvimos os ruídos e os sons que nos cercam, desagradáveis e agradáveis.
Deixamos estes dois de lado e sentimos os odores das pessoas suadas, das rosas num canteiro ou da comida que se faz numa esquina.
Resolvemos ir até essa esquina e colocar na boca aquilo que está sendo feito, para logo esquecer de tudo e nos concentrarmos na excitação que as substâncias trazem à nossa língua, fazendo-nos salivar de prazer.
Aí, encontramos uma pessoa amiga, tocamos em sua mão e em seu rosto, até mesmo abraçando-a, antes de pegar no talher e fazer a refeição, também assim percebendo o outro, pelo tato.
Se os cegos e os surdos valorizam demais estes três últimos sentidos, a grande maioria da população cultiva apenas a leitura e a música.

A vida agitada, o cotidiano dos compromissos, a agenda entupida, a necessidade de ganhar dinheiro para pagar as contas, tudo contribui para que nos esqueçamos de olhar, ouvir e sentir o que existe ou acontece em volta de nós.
Aí, passamos numa livraria e levamos um livro novo para casa, de um autor que profissionalmente vê, ouve e sente. Lemos o seu texto porque não temos tempo para fazer o que ele fez, experimentando a vida e anotando o que sua sensibilidade percebeu, não só com a visão e a audição, mas igualmente com o olfato, o paladar e o tato.

Mas as coisas estão mudando.

Com as novas tecnologias eletrônicas, a audição se associa à visão de imagens para narrar, informar e explicar, melhor do que o fazem os textos literários.
Prescindirá, o homem, da leitura, um dia?
O conforto intelectual traz a preguiça mental.
Quão mais confortável for a obtenção da informação, mais superficial será ela.
Com toda a mais avançada tecnologia, esta tende a substituir a leitura pelo som (musical ou informativo) associado à imagem pronta (sem necessidade de criá-la na mente) e é aí que mora o perigo.

SEM A LEITURA, TODA CULTURA SE SIMPLIFICA. VIRA FOLCLORE. ELETRÔNICO.

Ainda mais: a leitura nos desperta para o detalhe. Eu passo diariamente por uma esquina e não dou importância a ela, não me detenho para ver, apenas olhando-a como um referencial para o meu movimento, a pé.
Aí, alguém escreve sobre ela e eu leio que há ali um vendedor de pamonhas, milho cozido e amendoim.

“As pessoas param para comprar. O odor inconfundível do milho me provoca e a mulher que o pega com a mão, levando-o à boca faz-me salivar. O homem usa luvas para tirar do carrinho duas pamonhas de carimã, que logo são colocadas num pequeno saco plástico incolor e transparente. O velho as toma com a mão esquerda e paga com duas moedas de um real, deixando aberta a mão direita para receber o troco. Rápida e lépida, a mãe puxa o menino que fala: “Eu quero amendoim!” Antes de terminar a frase, já havia dobrado a esquina com a cabeça voltada para os pacotes expostos, substituídos no seu campo visual, pelo muro da casa. Sentiu o gostinho da guloseima, como se a tivesse comido. Fez uma careta de choro e continuou andando. Puxado pela mão. Olhando para trás. Em silêncio.”
A vida é assim. Tem cheiro, tem gosto, tem tato, tem paisagens e ruídos.
Todos maravilhosos, se temos tempo para perceber.
Como não o temos, compramos livros e lemos sobre as experiências de seus autores.

Até a próxima quarta-feira.

terça-feira, 4 de maio de 2010

ACHADOS E PERDIDOS 09

Ontem foi a data limite determinada pela FIFA para o início das obras nos estádios brasileiros que receberão jogos da Copa do Mundo de 2014.
Para mostrar que cumpre o cronograma, na Bahia, o governo estadual mandou colocar tapumes em volta do Estádio da Fonte Nova.
Fui lá, para conferir.
Encontrei alguns atletas máster de natação, saindo da área da piscina e queixando-se de que foram expulsos na hora em que os operários iniciavam o fechamento, sem que houvesse aviso prévio algum.
Parece que foi uma decisão abrupta, só para mostrar cumprimento do prazo, quando se sabe que o Ministério Público não permite a implosão do velho estádio, sem que seja feito um estudo de sua repercussão nos prédios vizinhos. É claro que vai demorar muito para que as obras ali sejam “iniciadas”.
A FIFA já ameaça entregar a realização da Copa do Mundo de 2014 para os Estados Unidos, se os governantes brasileiros continuarem "enrolando" e fazendo seu próprio cronograma.

Por outro lado, a pouco mais de um mês do início da décima nona Copa do Mundo de Futebol, na África do Sul, já dá para sentir a diferença enorme do que ocorria quando a competição aconteceu nos países da Europa.

Está aí uma sugestão para pauteiros da mídia de todo o Brasil: por que quase não se está falando na seleção brasileira e na competição que se realizará em junho?
Terminados os campeonatos estaduais no domingo passado, nesta semana ainda se disputam as quartas de final da Copa do Brasil com grandes clássicos interestaduais e já começarão os jogos do campeonato brasileiro de 2010.
Quem vai ter mais mídia de agora em diante: a Copa do Mundo ou as do Brasil?

Não é preciso fazer grandes exercícios intelectuais para se chegar a um primeiro dado: tem menos propaganda na televisão sobre os jogos da África do Sul, do que tinha, um mês e meio antes da competição na Alemanha em 2006.
Falta de confiança dos anunciantes?
Parece que os estádios africanos vão receber quase apenas torcedores africanos, tal o desinteresse, por exemplo, dos europeus, em ir até lá. E não só deles.
A propaganda sul-africana é muito pobre, não promete muito ao turista e nem ao torcedor. Há uma centralização na política e nos políticos de lá.
Fala-se mais neles do que nos jogadores.

Dizem que, quem vê a barba do vizinho arder, põe a sua de molho.
A próxima Copa, depois desta, será no Brasil. Não devemos cometer os mesmos erros. O presidente do país-sede deve aparecer apenas no momento de abrir os jogos (sem receber vaias).
Faturar ideologias através do esporte sempre derruba os políticos que o fazem.

Quais são as chances da seleção brasileira, em 2010 e em 2014?
Sugestão de pauta: matéria bem pesquisada e documentada sobre nossas possibilidades reais, sem ufanismo, para evitar decepções como as ocorridas com a eliminação pela França nas quartas de final da última Copa, ou aquela outra pela Argentina, nas oitavas, em 1990 (na Itália). Sem falar na final perdida para os italianos em 1982 (aquela foi a melhor seleção brasileira)e na eliminação,invicta, na Argentina em 1978.

Atenção, pauteiros! Vamos perguntar aos brasileiros que sofreram e ainda se lembram da derrota em 1950 no Maracanã, na final:

O BRASIL TEM OBRIGAÇÃO DE VENCER A COPA DE 2014?
SE O BRASIL FOR CAMPEÃO EM 2010, NA ÁFRICA DO SUL, VAI TER DE SER BI-CAMPEÃO EM 2014, NO BRASIL? OS TÉCNICOS E ATLETAS DOS DEMAIS PAÍSES VÃO DEIXAR QUE ISSO OCORRA?

Voltem na próxima terça-feira. Achem aqui as pautas que outros pauteiros perderão, por não lerem este blog.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

DESORDEM E REGRESSO 09

A televisão, no Brasil, está dividida em canais para o povão ignorante e canais para o povo educado.
O povão ignorante só tem dinheiro para a sobrevivência da família e assim, não paga para ver televisão. Acessa os canais ditos “abertos”, investindo apenas na compra do televisor, para ver novela, futebol, noticiários populares (crimes e acidentes de trânsito locais, política nacional e desastres em outros países).
O povo educado exige mais e quer informação privilegiada, que lhe permite produzir mais e melhor e ganhar mais dinheiro, com o qual paga para ter acesso aos chamados canais “fechados”, alguns dos quais desprezíveis (com programas do tipo "Big Brother") e outros que são os mesmos canais abertos; mas também outros, que oferecem apenas filmes (os melhores nos horários em que o público menos exigente está dormindo ou trabalhando) ou somente notícias, além dos canais de documentários geográficos, históricos, científicos, com a discussão mais recente sobre os temas mais polêmicos, de abrangência mundial, para pessoas realmente intelectuais, que não só se informam como pensam, isto é, analisam essa informação.

São justamente essas pessoas privilegiadas (bem informadas), que estão tomando conhecimento de que os homens já dominam o processo reprodutivo e logo, logo, não se precisará mais fazer sexo para a reprodução, podendo-se assim escolher seus descendentes na quantidade e com a qualidade desejada, sem doenças genéticas, por exemplo.

Os amantes (e viciados) do sexo ainda não perceberam que a Natureza, com suas leis, implantou comandos no cérebro para criar a vontade e a necessidade de copular continuamente, porque o primeiro e fundamental objetivo da vida é a reprodução.
Assim, tem muita gente que vai para a cama com algum tipo de parceria, exclusivamente para fazer sexo, pelo prazer do sexo, sem sequer desconfiar de que está obedecendo comandos cerebrais com o único objetivo de aumentar a população.
A Natureza engana as pessoas, convidando-as para uma sessão de prazer extremo, da mesma forma como o faz com os animais mais primitivos, dos tubarões e crocodilos até os insetos.
Esta é a razão porque as igrejas, apesar de condenar a prática sexual como prazer, a aceita para a procriação e obriga o casal a ter e manter os filhos que são gerados, proibindo o aborto: porque Deus (a Natureza) assim o quer.

Acontece que, quando os homens eram todos ainda animais ou pouco melhores que estes, as mortes ocorriam em quantidade pouco menor que os nascimentos. Os seres humanos lutavam entre si, contra as feras e os micróbios, assim como contra as intempéries.
Com a evolução do ego ligado a cada indivíduo, vida após vida, chegou-se hoje a um homem que vive mais e morre pouco, graças a procedimentos que combatem a mortalidade infantil, previnem as doenças (vacinas) e controlam a violência (punição para os assassinatos e negociação para evitar as guerras), resultando tudo num aumento já inaceitável da população.
Inaceitável por quem?
Pela Natureza, é claro, que tem leis próprias, mais severas que as nossas, humanas, porque não incluem o perdão. Usa, o Planeta Terra, então, seus recursos para destruir os excessos de contingente humano em sua superfície.

As pessoas cujo ego está em alto nível de evolução, conscientes do perigo, saem das zonas de risco ou criam abrigos seguros na sua vida atual, cuidando esse ego de se religarem, em nascimentos futuros, a embriões que já se encontram em áreas fora de perigo (os egos mais evoluídos são os que melhor escolhem o embrião onde se ligar, como as pessoas mais informadas escolhem o melhor computador).
As de menor consciência, vítimas de sua ignorância, são as que aceitam qualquer condição e ficam onde estão. Ao serem entrevistadas pelos repórteres de televisão, declaram: “Vou ficar aqui porque não tenho para onde ir!”.

Não existe o fim do mundo. Tudo se transforma... e evolui, com experiência e sofrimento. Os mais e melhor informados sofrem menos e evoluem mais rapidamente. É simples, assim!

domingo, 2 de maio de 2010

PROPOSTA E RESPOSTA 08

A educação em todo o mundo é feita com respostas prontas, certezas incontestáveis.
No lar, pai e mãe sabem tudo e têm autoridade para impor suas verdades e suas vontades aos filhos, a começar pelo seu deus, seus conceitos de vida e morte e suas preferências para a profissão deles, determinando até – se possível – o tipo de pessoa com quem devem se casar.
Na escola, os professores também têm certeza de tudo o que ensinam, desde o nome dos acidentes geográficos e as datas históricas, até as descobertas das ciências naturais e as receitas prontas das ideologias políticas, econômicas e sociais.
Ah! Na igreja, seja ela de que religião for, o pastor determina qual a ovelha que vai viver na preguiça do paraíso onde tudo é amor e alegria, sem nenhum trabalho e nenhum sofrimento e qual a que vai para o inferno, onde só há dor e agonia para sempre.
Pequenas ou grandes, são certas as punições e impostos os castigos, sob ameaças, para que não se fique a duvidar ou perguntar demais.

Pais, professores e pastores são pessoas importantes, consideradas infalíveis, que apesar de não saberem todas as respostas, não devem ser pressionadas e constrangidas com perguntas irrespondíveis, para que não percam seus tronos.
Por outro lado, tais certezas mantêm tudo e todos arrumadinhos.
Sem estas, tudo vira uma bagunça e ninguém se sente obrigado a obedecer.
Como vou obedecer a uma pessoa que não sabe responder a minhas dúvidas?
Estabelece-se, então e assim, em todo o mundo, a lei:

É PROIBIDO DUVIDAR!

Este blog tem a proposta inversa.

É NECESSÁRIO DUVIDAR SEMPRE!

Toda verdade deve ser aceita até que se descubra que é mentira, sendo obrigação de cada mente testar cada uma o tempo todo, à frente de novos conhecimentos adquiridos com a observação e a experiência individuais, sem qualquer orientação ou imposição coletiva.

O Estado e cada uma de suas comunidades têm funções meramente organizacionais, para facilitar o convívio, proteger a integridade física dos cidadãos e estruturar os serviços públicos, viabilizando política, social e economicamente a sociedade.

Assim, é função do Estado construir e manter escolas funcionando, mas JAMAIS orientar o pensamento dentro dela, porque este é sempre individual e deve ser livre para duvidar, pesquisar e estudar, seja confirmando, seja derrubando verdades provisórias.
Dir-se-á que isto é utópico, porque dessa forma o poder mudaria de mãos.
Deixaria a dos trogloditas ignorantes que impõem tudo pela força dos seus braços e das suas armas para satisfazer seus interesses materiais e passaria para os pesquisadores e estudiosos, cujos interesses são meramente intelectuais, buscando apenas a evolução do seu ego.
Enquanto, contudo, tais trogloditas ignorantes desperdiçam sua vida em prazeres banais que o atrasam em sua caminhada na eternidade, os estudiosos a aproveitam, uma após outra, para crescer e subir, tornando sua estrutura de consciência mais complexa e assim se capacitando a viver em lugares melhores, ligando-se a corpos evoluídos e capazes, ao invés de se ligar aos corpos deficientes que sobram e ninguém quer, nos lugares da miséria e da doença.

A boa notícia para todos é que cada pessoa, ignorante ou estudiosa, pode escolher o seu caminho, parando na ignorância ou crescendo com o estudo de suas próprias observações e experiências, assim como com a informação sempre disponível do que outros descobrem.

Esta é a proposta. Qual a sua resposta?
Não é preciso enviá-la para ninguém, além de você mesmo. Só você faz o seu destino.

O que pode ser enviada é a proposta.