sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

MIDIA: PASSANDO A PENEIRA


Crônica

É lamentável o que está acontecendo com a mídia impressa neste país. Dias atrás, procurei o  ESTADO DE S.PAULO numa banca do Campo Grande - as outras só o vendem no domingo - e me foi dito que só recebeu um exemplar, já vendido, naquele dia. Motivo: há dias em que ninguém compra e o distribuidor, no dia seguinte, só manda um exemplar. Os jornais de Salvador também dormem em pilhas nas bancas e em pilhas voltam para casa. Todo mundo diz que o problema é a concorrência da televisão e da Internet. Pode ser, mas quando compro jornal, costumo passar suas folhas e separar, para ler, aquelas em que há algo que me interesse. Ao fim desse rápido exercício, tenho apenas duas ou três páginas, das quais recorto uma coluna ou uma reportagem, para ler depois, jogndo o resto (quase todo ele) na cesta. Em cinco a dez minutos, eu vejo o jornal.

Fora as páginas, às vezes cadernos, de anúncios de supermermercados, automóveis, espetáculos, propaganda do governo, imóveis e outros produtos que não me interessam, ainda há as de moda, de novelas, de produtores de som, de decoração, de gastronomia, de futebol (sempre a mesma coisa), de noticiário político (uma tristeza!), de notícias nacionais e internacionais que já vi na véspera, na televisão... O que se salva? Uma crônica, uma única notícia numa coluna inteira, uma reportagem bem elaborada sobre um assunto que me interessa (coisa rara). Artigo sério e profundo? Nem sonhar...

Não é só o jornal, contudo, que está em crise. Televisão de canal aberto, já nem me lembro se existe. Além de toda aquela propaganda ruidosa (o volume do som aumenta quando ela entra), a programação é voltada para donas de casa que fazem bolo, artesanato e coisas tais ou precisam de conselhos médicos, consultoria de advogados, contadores que ensinam cálculo de juros, coisas assim, além das novelas e música baiana de carnaval ou são joão (no ano inteiro). Há anos, assino o canal fechado, que está ficando igual ao canal aberto. Seriados horríveis, filmes de péssima qualidade, documentários repetidos até não se ter mais nada para ver, exploradores que ensinam como andar na lama, subir montanhas e atravessar rios caudalosos, entrevistas com os mesmos especialistas em tráfego, drogas, assaltos e incêndios, e assim por diante.

Há mais de um ano, somos atacados por um assédio massivo de programas sobre o fim do mundo, desde as eternas profecias de Nostradamus que servem até para curar dor-de-cabeça, tratados sobre meteoros e terremotos, gente que constroi abrigos subterrâneos no quintal, especialistas (outros) que sabem tudo sobre ataques de extra terrestres, uma paranóia religiosa centrada em juizo final, tudo só de ouvi dizer, sem uma pesquisa séria nos manuscritos, na arqueologia, na geologia ou mesmo na estatística. Muito jornalismo e pouca ciência. Todos os canais de televisão deram um depoimento de ignorância profunda, associando um calendário astronômico (dos maias) ao livro do apocalipse, que, como se sabe, é uma profecia cristã. Fizeram um clima de assustar crianças e velhinhas e no dia de hoje, nada acontecendo, evidentemente, entraram em gozação como se a culpa fosse dos telespectadores que os viram e ouviram sentados.

Não há dúvida: nossa mídia está em crise. Generalizada. Não é difícil fazer uma profecia.


Adinoel Motta Maia

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

REVELAÇÃO É VERDADE


Crônica

Estamos novamente sob o clima de Natal. Perguntei à síndica do prédio onde moro, por que ela estava fixando no vidro do play-ground uma cara de Papai Noel. Ela respondeu que já é Natal. E o que é o Natal? - insistí. É o nascimento de Cristo - respondeu. Tudo errado. As pessoas repetem coisas erradas durante séculos e como são a maioria da população, o certo vira errado e não é aceito por elas. Todo mundo sabe isso - respondem. Todas essa gente não sabe nada - digo eu.

Para início de conversa, o nascimento que se pretende comemorar - em data errada - é o de Jesus e não o de Cristo. Jesus nunca foi chamado de Cristo, enquanto viveu. Era o Nazareno. Este nome era dado aos judeus essênios ou aos estrangeiros, isto é, os não judeus. Simão (mais tarde Pedro) era quem o via e queria como o Messias a substituir o Messias João Batista, com a morte deste. Jesus era o Nazareno, porque seu pai José era essênio e Maria, sua mãe, era columba no templo dos essênios, no Monte Carmelo. A columba era obrigatoriamente uma virgem, ao contrário das meninas de doze e treze anos, na mesma idade dela, que viviam na rua. Por isso, ela era a virgem Maria, porque as outras já não o eram. Cristo é o nome grego, com o mesmo significado de Messias, em hebraico. Jesus nunca foi uma coisa nem outra, porque não tinha a missão política de João Batista, nem nunca a aceitou. Conclui-se que o Natal que se comemora não é o de Cristo porque este nunca nasceu. Este foi um título que Paulo de Tarso atribuiu a Jesus depois que ele foi retirado da cruz e já não atuava. O Cristianismo não é a religião de Jesus, portanto. É a religião de Paulo de Tarso, que tomou a figura de Jesus e deu-lhe o título de Cristo, criando este num dia que não foi o 25 de dezembro. Foi logo depois da Páscoa dos judeus. Por que então, o aceitou nascendo fora da data de sua criação por ele?

O Natal também não é o nascimento de Papai Noel, porque este é uma figura baseada em São Nicolau, o bom velhinho que, ainda vivo, no Dia dos Reis Magos - 6 de Janeiro - imitava-os, distribuindo presentes para as crianças pobres. A cultura norte-americana importou-o com o nome de Santa Claus e o capitalismo tomou essa figura para fazer grandes negócios, criando uma festa de dar presentes na data que se considerava ser  a do nascimento de Jesus. Então, Papai Noel é apenas uma imagem de propaganda e marketing, baseada na figura de São Nicolau, que também não nasceu em 25 de dezembro.

Para aumentar a contradição, a crônica bíblica que descreve o nascimento de Jesus, mostra um cenário em que à noite havia pastores com suas ovelhas ao relento, o que seria impossível, porque 25 de dezembro é inverno no Hemisfério Norte e então os campos costumam estar nevados. Para que o texto da Bíblia esteja certo, Jesus deve ter nascido na primavera ou no verão, talvez até mesmo no outono, mas jamais no inverno asiático setentrional. Se assim é, por que se comemora o nascimento de Jesus no inverno, com neve?

Porque quem criou Cristo e o Cristianismo foi um soldado romano a serviço do rei Heródes, que perseguia os nazarenos, isto é, Jesus e seus seguidores. Chamava-se  Saulo de Tarso, que trocou seu nome para Paulo e mudou tudo na história de Jesus, copiando as datas e os rituais do Mitraismo, a religião maior dos romanos, ou seja, a religião do deus Mitra, chamado de Sol Invicto, porque era o próprio Sol, o mesmo Aton do Faraó Amenhotep IV, que os romanos cooptaram. Agora vem a explicação da data de 25 de dezembro, que então era a do solstício de inverno, no Hemisfério Norte (hoje, o solstício é em 21 de dezembro). Como se tratava do Sol, sabe-se que ele nasce todos os anos no solistício de inverno, quando a Terra está na posição mais distante dele, para fazer uma volta completa e ele nascer de novo no ano seguinte. Assim, 25 de dezembro era a data em que o Sol nascia todos os anos. Evidentemente, Mitra também nascia nessa data. Como Mitra era o deus de Paulo de Tarso e este criou uma nova religião, ele chamou Mitra de Cristo, transformou os templos de Mitra em igrejas de Cristo e ali implantou os velhos rituais do Mitraismo, assim nascendo o Cristianismo, que adotou os mesmos templos e rituais do Mitraismo com a história de Jesus. Paulo de Tarso, que não foi apóstolo nem discípulo de Jesus, deu a si próprio o título de apóstolo dos gentios, isto é dos não judeus. Jesus era judeu, essênio, o Nazareno, assim considerado entre os gnósticos comandados por seu irmão Iago (Tiago Menor), que se manteve em Jerusalém.

Querem saber mais? Entrem no meu BLOGART (http://adinoel-blogart.blogspot.com.br) no dia 21 de dezembro deste ano, o dia do solistício de verão no Hemisfério Sul. Assim, neste ano, quando desejarem FELIZ NATAL a alguém, escolham antes qual Natal. Natalício de quem?

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

PARA ONDE VAI A HUMANIDADE


Crônica

Temos, no Brasil, uma riqueza intelectual infelizmente pouco reconhecida e divulgada no próprio país e completamente desconhecida no Exterior, salvo casos pontuais de interesse realmente internacional, pela presença da obra de uns poucos, em outros países - caso do agora falecido Oscar Niemeyer. As gerações novas não conhecem, por exemplo, Millor Fernandes, uma figura intelectual de grande porte, em amplitude e profundidade que beiravam a filosofia e penetravam até na ciência, se não como conhecedor, ao menos como provocador. Sou do tempo em que ele publicava suas observações na revista semanal "O Cruzeiro", com o pseudônimo Vão Gôgo. Recentemente, colaborou com a "Veja", onde publicou há cinco anos (edição de 19/12/2007) uma observação digna de sua capacidade de ver por dentro o que se costuma perceber apenas por fora. Escreveu ele: "O tempo não existe. Só existe o passar do tempo". O brasileiro não guardou nem comentou essa assertiva de grande profundidade, porque o lia como humorista, fazendo-o superficial e apressadamente. O que parece uma simples e oportuna gozação é, de fato, a base do conhecimento do Universo desde sua fundação. As mais antigas escolas místicas mundiais já sabiam que o tempo é a duração da consciência, ou seja, a passagem dessa consciência. É justamente a ojeriza dos cientistas aos místicos, que os tem limitado à Física, ignorando a existência e natureza da consciência, como fundamentos desta.

Em setembro de 2007, encaminhei ao Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, para publicação em sua revista anual, um artigo com o qual lançava minha "Teoria Unificada do Universo", que está desde então conhecida e pode ser lida no "Google". Albert Einstein fracassou na sua teoria dos campos unificados e Stephen Hawking ainda não conseguiu concluir a sua própria, apenas por causa desse preconceito contra tudo que saia da Física, isto é, da realidade da matéria e da energia. Humildemente, silenciosamente, longe dos olofotes, publiquei o artigo que dá à consciência o seu papel no espaço, que tem três direções (ortogonais) e uma duração. Dessa consciência, depende o espaço - o Universo - com suas extensões e o seu tempo, isto é, suas dimensões. Esse artigo propõe uma disciplina científica para estudar exatamente o campo da consciência em velocidades maiores do que a da luz, não aceitas pelos físicos. Essa disciplina, evidentemente, é a Psíquica, que aparece inicialmente no primeiro volume de uma trilogia, no corpo de uma obra de ficção - A Cruz dos Mares do Mundo - publicada em 2011.

Estou trazendo este assunto, hoje, à minha crônica semanal, como um convite a ser passado para todo o Brasil, porque no próximo dia 12/12/12, propositadamente, estarei fazendo no meu outro blog - http://adinoel-blogart.blogspot.com.br - o anúncio da REVELAÇÃO que todos encontrarão nele em 21/12/12 e que estará chegando então às livrarias, com o segundo volume da trilogia "Nortada": A Noite dos Livros do Mundo.  Esta obra nasceu em 1997, na Feira do Livro de Frankfurt. Sendo professor de uma disciplina por mim criada na Universidade Federal da Bahia - Fundamentos de Astronomia e Astronáutica - já havia publicado a cosmologia Humanidade - Uma Colônia no Corpo de Deus (1981. Edições Melhoramentos. São Paulo), que escrevi em três meses, reunindo anotações feitas desde 1957, para atender o pedido do editor da série "Enigmas do Universo" daquela editora. Que me perdôem os abnegados cultores da Academia, sempre preocupada com o necessário rigor científico, protegido por procedimentos acautelatórios indispensáveis, se avanço desmesuradamente e ultrapasso as medidas cautelares recomendáveis para fazer esse anúncio, unilateralmente. Neste caso, a urgência justifica os meios. Mesmo porque as provas estão atropelando a teoria e porque a soma das evidências acaba prescindindo do laboratório.

Pelas datas acima postas, podem os leitores deste blog associar o anúncio a ser feito com o calendário maia que, em verdade, só determina o fim de um ciclo astronômico importante mas está sendo visto erradamente como o fim do mundo. Não me aproveito de estarmos na Cidade do Salvador, na Baía de Todos os Santos e de ter um sobrenome "Maia" para fazer associações indevidas. Ao contrário, estou certo de que estas e outras convergências sejam talvez e apenas parâmetros do Inconsciente para me trazer, desde os 20 anos de idade - tenho 75 - essas questões e estudá-las. Nada mais do que isso. É natural, por exemplo, que alguém cujo sobrenome seja Oliveira tenha um certo gosto pelas azeitonas e pelo chamado azeite doce. Ou que, uma pessoa nascida no 7 de setembro apaixone-se pelo estudo da História do Brasil. Nada mais do que isso, repito. Com essa ressalva, sem querer parecer estar a cuidar de qualquer coisa, devo dizer que tenho, sim, nesta altura do terceiro milênio, já, uma revelação a fazer, não sobre o fim do mundo em si, mas sobre o atual momento da humanidade, à luz dessa nova disciplina que estamos propondo, para explicar o que é o Universo, o que é (não quem é) Deus e como a consciência se estrutura evolutivamente.  Há seguramente milhares de pessoas em todo o mundo estudiosas e preocupadas com essa progressão, mas é possível que a nossa visão tenha um tempero essencial e adequado à realidade atual.  Convido-os a todos, portanto, para o banquete dos dias 12 e 21 deste mês, no meu outro blog acima citado. Podem também já ler "A Cruz dos Mares do Mundo" e procurar a partir do dia 15 nas livrarias "A Noite dos Livros do Mundo". Ambos podem ser adquiridos pelo site da distribuidora no Rio de Janeiro (www.lojasingular.com.br).

Adinoel Motta Maia