sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

QUEM TEM MEDO DE PERGUNTAR



Crônica científica

A crônica da semana passada, aqui, suscitou alguns comentários, um deles referindo-se ao "medo dos cientistas em ver seu trabalho ligado à religião", assim recusando-se a investigar objetos, fatos e pessoas associados de alguma forma aos temas religiosos. Evidentemente, logo de início, temos de dizer que não se deve acreditar em cientistas que têm medo de investigar, seja o que for. Podem não fazê-lo por direcionamento do seu trabalho - não se pode desviar do foco de uma determinada pesquisa - mas daí a se recusar abordar uma questão por preconceito, vai enorme distância. Tenho considerado Ciência com C maiúsculo aquela que aceita os dois lados da moeda: a Física e a Psíquica.

Um dos pontos mais nítidos de contato entre estas duas disciplinas é o que se tem chamado de Mecânica Quântica, no limite da velocidade da luz, justamente porque o campo da Física é o dos fenômenos cujas velocidades são inferiores ou igual à da luz, enquanto o da Psíquica é o dos que superam essa velocidade (mais detalhes sobre isso em "Teoria Unificada do Universo", no Google). Assim, o que se considera "campo da religião" pode e deve ser científicamente investigado fora da realidade, mas dentro da atualidade - segundo essa teoria - quando o tempo, que é a duração da consciência, toma valores a partir de zero (inclusive).

Dentro desse contexto, cabe examinar científicamente a questão vaticana atual no quadro histórico (História é Ciência apoiada por disciplinas como a Arqueologia, a Antropologia, a Geografia, a Biologia e a própria Física), considerando que a palavra profeta significa mensageiro de Deus, com a conotação de que a mensagem levada não é uma simples comunicação, mas uma ordem a ser cumprida. Assim, o "profeta" Jesus - entre muitos que estão registrados na Bíblia - teria vindo do Reino de Deus com instruções sobre a evolução dos seres humanos e o que estes teriam de fazer nos dois mil anos (exatos 2 160 anos) seguintes para que intelectuais aumentassem sua capacidade de memória e velocidade de processamento neurais, ajustando geneticamente seus cérebros para se tornarem sapienciais (ver o que é "sapiência" nos dicionários), sendo este o próximo passo da humanidade na Terra, em direção ao Reino de Deus.

Científicamente - repito - já é hora de afirmar que aquele Jesus que está nos evangelhos bíblicos e morreu há dois milênios, jamais voltará ao seio da humanidade, como Jesus. Jesus, filho do construtor José e da (ainda) virgem Maria, cientificamente, foi um dos inúmeros meninos que tomaram esse nome ao nascer, então, porque em hebraico o seu nome era Yoshua, que também se traduz como Josué, figura honrada do velho testamento. Tão comum quanto José e Maria, Jesus, ao morrer, deixou de existir física e juridicamente, mantendo-se apenas na História. A ciência materialista até aceita isso, por não "crer" em algo mais que o corpo no homem. Há cientistas, no entanto, que são religiosos e conseguem sobreviver "acreditando" em "alma" ou "espírito", que entraria no corpo no nascimento e sairia dele com a morte, indo para algum lugar ainda não conhecido. De fato, a alma (anima, movimento) é uma força (energia) que entra no corpo, quando este aspira o ar pela primeira vez, saindo dele quando expira pela última vez, assim perdendo seu movimento animal. O espírito é apenas a força aglutinadora de todas as unidades de consciência que se estruturam para evoluir em formas mais complexas e naturalmente maiores, como a do ser humano. Esse espírito manifesta-se, por exemplo, como as forças nucleares, fraca e forte.

Em verdade, nossa proposta científica é que se abra investigação para considerar o cérebro humano como um computador biológico, que se tomou como modelo para inventar o computador eletrônico. Em seguida, que, cada um de nós, "Senhor" do seu computador eletrônico, tenha introduzido nele um HD (disco rígido) que é substituído quando "morre" e ganha versões melhores, com mais memória, enquanto sua CPU também é substituída, ganhando maiores velocidades de processamento (ver mais detalhes no livro "A Cruz dos Mares do Mundo", nas livrarias). Ainda científicamente, sem medo de bruxas e duendes, que se considere a consciência universal segmentada em ALGUM PROCESSO EVOLUTIVO FORA DO CORPO HUMANO E EM ALGUM LUGAR, como "inventor" do computador biológico, ao qual se liga cotidianamente, para viver experiências em corpo físico, coletando dados e processando-os de modo a promover a evolução dos seres físicos, desde o vegetal ao animal, sendo este agora intelectual e depois sapiencial, na medida em que aumenta sua capacidade de memória e velocidade de processamento (isto pode ser visto também em "A Noite dos Livros do Mundo", que está chegando às livrarias).

Precisamos fazer essas propostas com humildade, mas com coragem para receber as mesmas pedradas que, por exemplo Nicolau Copérnico - entre muitos outros - recebeu, dos "donos da verdade", em sua época . Propostas de investigação, por enquanto. Quem tem medo de perguntar?

Adinoel Motta Maia

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

BENEDITO, BENEDITO, BENEDITO


Crônica científica

A reportagem do Jornal da Cidade, de Aracaju, ouviu-me, ontem, quando deixava o Hotel San Manuel, em Aracaju - passei o Carnaval ali  na praia de Atalaia - sobre o meu livro A Noite dos Livros do Mundo, que deverá chegar às livrarias já na próxima semana. Publicada hoje, a matéria, contudo, abre com uma declaração minha sobre meu temor sobre um possível assassinato de Bento XVI, antes de sua renúncia se efetivar, justamente para que ela não ocorra e assim, não se tenha dois papas, um cisma na Igreja e outras coisas explícitas no livro As Profecias do Papa João XXIII, do jornalista italiano Pier Carpi, publicado em 1976 e nunca negado pela Igreja. Teriam sido escritas quando João XXIII ainda era o Cardeal Ângelo Roncali, servindo na Turquia.

Fazendo Ciência com C maiúsculo, sou obrigado, neste momento a dizer algumas coisas sobre esse livro e o atual momento da Igreja Católica. As profecias estão no livro em sequência que se refere à sequência dos papas antes e após João XXIII, sem referir-se ao nome deles. Sobre sua própria eleição, suas encíclicas e o Concílio Vaticano, escreveu: "Suas cartas permanecerão. (...) Suas cartas serão escondidas. Suas cartas serão furtadas. Dele pouco será dito.(...) Para ele peço perdão."

Em sequência, fala sobre Paulo VI: "Viajando te deixarás no trono a ti mesmo" (uma clara referência às viagens que faria, o primeiro papa a fazê-lo)."A Igreja treme e tuas cartas abalam-na inutilmente. Os melhores filhos vão-se, fazem-se servos do mal a que chamamos bem".

O seguinte seria João Paulo I, aquele que só durou um mês, morrendo inexplicávelmente sob a suspeita de assassinato, mas o texto imediato se ajusta a Bento XVI:  "Bendito, bendito, bendito. Serão os jovens a aclamar-te, novo Pai de uma Mãe que sorri. (...) Será difícil o início da estrada, caminhar para Roma em dias de sangue. (...) Anjo serás dito, bendito. (>>>) Dois irmãos e nenhum será pai verdadeiro. A mãe será viúva. Os irmãos do Oriente e do Ocidente se matarão e no assalto matarão os seus filhos. Então descerá da montanha o santo descalço e abalará o reino, diante do túmulo do descalço...". Nesses textos, a Mãe é a Igreja, o Pai é o Papa. Quem é o santo descalço, senão aquele que perde as sandálias do pescador, o papa que morre?

Agora, uma referência direta: "Será grande e breve o teu reino. Pai, será breve mas te levará distante, na distante terra em que nasceste e em que serás sepultado". Será Joseph Ratzinger, deixando de ser Bento XVI, sepultado na Alemanha?

Com tudo isso, quero dizer que se pode aceitar científicamente a profecia, quer por se conhecer e calcular o futuro de um projétil, conhecendo-se sua potência, sua direção e seu ângulo de lançamento; quer por ser essa profecia não uma advinhação, mas uma instrução a ser cumprida. Pode-se prever o futuro de quem realizará uma missão, programada passo-a-passo.

Seja pelas profecias que falam em "Mãe viúva", isto é, Igreja sem Papa; seja pelo próprio fato de que a renúncia de um Papa e a eleição de seu sucessor deixam a igreja com Dois Papas vivos (o anterior e o atual), o fato é que caminhamos para mais um cisma na Igreja e isso em exatos dois mil anos após o anúncio do Reino de Deus por Jesus. Parece que veremos dias agitados no cenário religioso mundial e Bento XVI deverá reforçar sua segurança pessoal... Não é difícil matar um papa velho e doente e são muitos os fanáticos que gostariam de ter essa chance.

Adinoel Motta Maia

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

CARNAVAL COM CIDADANIA


Crônica científica

Esta crônica, das sextas-feiras, é antecipada, nesta semana, porque dentro de algumas horas estarei na estrada, fugindo da animalidade - isto é, do inferno - em que se transformou o Carnaval, em Salvador, quando e onde gado humano conduzido por vaqueiros eletrônicos, pode descontrolar-se como num estouro de boiada, comprimindo-se em avalanche horizontal, fomentando tudo o que é proibido para a saúde física e psíquica, sob o estímulo da música, do álcool e de outras coisas... deixando uma sujeira no chão e no ar, que se mistura aos virus importados de todo o mundo, que aqui chegam em aviões de carreira. Minha experiência é a de que, ano após ano, quando volto na quarta-feira de cinzas, a cidade está fedendo.
 
Deixo-a, assim, aos que ainda curtem - como já curti - a animação. Não é esta que me afasta, mas, sim, o seu descontrole, a sua banalização, a sua agressão. Em síntese, a queda da intelectualidade que lhe dava sabor em outra época. Em crônica anterior, referí-me à dança nesse contexto animal e recebi pelo Facebook uma oportuna intervenção, à qual respondi com uma necessária explicação: a dança pode ser puramente animal, sem o componente intelectual que lhe enriquece e a transforma em arte. A dança, no animal, é um poderoso agente promotor da reprodução. Não é por outro motivo que os animais dançam antes do coito e assim seduzem seus parceiros, apenas mostrando o quanto de prazer podem proporcionar com aqueles movimentos. A mãe Natureza determina que a reprodução é função básica de todos os seres, indispensável à evolução das espécies. O Universo, como entidade, tem apenas duas leis gerais - a da atração (amor, gravidade) e a da evolução - causa e efeito que promovem o aumento da complexidade das estruturas de consciência.
 
Desde a luz, partículas evoluem em estruturas de consciência que as organizam em matéria, inicialmente plasma (fogo), depois gases, depois minerais líquidos e sólidos, depois vegetais, depois animais, que conquistaram a inteligência e agora evoluem para a sapiência.  Precisamos de Escola para mostrar como isso é a base de toda a consciência humana. Escola que ensinará também como se brinca no Carnaval, na medida em que apresenta os valores reais da vida. Escola que não prepara o indivíduo apenas para ganhar dinheiro, mas que além de lhe dar cidadania, lhe ensina a ser feliz

Ainda podemos salvar o nosso Carnaval, portanto, se o fizermos com ciência, com informação e raciocínio lógico, com discussão e análise de resultados, como intelectuais. O intelectual é o animal que tem uma estrutura neural - um sistema nervoso - que o capacita a perceber e criar símbolos, como os literários e os matemáticos. Há seres humanos intelectualmente tão pobres, que os podemos nivelar com os seres puramente animais, isto é, apenas com anima - palavra latina que se traduz como alma e que as religiões utilizam para referir-se ao ego eterno que todos os seres têem, mas que, em verdade, é apenas a força produtora do movimento, cujo valor, como nos mostrou Isaac Newton, é função direta da massa e da aceleração nesse movimento (sua segunda lei da dinâmica). Podemos encontrar essa pobreza de intelecto em homens que apesar de terem uma máquina complexa como o cérebro, ninguém os ensina como usá-lo. Por falta de educação, pode-se ter uma Ferrari enferrujando no quintal, sem que se saiba sequer como abrir as portas do carro. Sim, Carnaval também se ensina na Escola.
 
 
Adinoel Motta Maia
 

 
 
 
 
 


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

IGNORÂNCIA TAMBÉM MATA!


Crônica científica

Ainda estamos, no Brasil, traumatizados pela tragédia em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Jovens que se preparavam para assumir posições de liderança no País, foram colhidos enquanto sorriam, cantavam, dançavam, conscientes de que tinham tudo o que queriam da vida, confiando nas estruturas e na capacidade das pessoas à sua volta. Pagaram, no entanto, o alto preço de quem ignora onde e como está, confiando em quem não conhece... e infelizmente, também em quem conhece muito bem.

O mundo é assim, sempre foi e sempre será, porque assim foi criado, por leis rígidas, eternas, sem exceção para amigos, parentes ou corruptores. Há quem as chamem de Leis da Natureza. Há quem diga que são Leis de Deus. Sempre aplicadas, dôe em quem doer. Leis que sequer respeitaram o nome da cidade. Ninguém, seja inseto, seja cão ou seja homem, tem o direito de ignorá-las, sem pagar o preço correspondente ao seu erro, ao seu vacilo, ao seu esquecimento, à sua ignorância. Aprendi com a minha avó: "Quem tolamente peca, tolamente vai para o Inferno". Hoje digo: o Inferno é aqui, na Terra, para onde sempre voltamos, para aprender mais, sofrendo como em qualquer escola, até se formar e ser promovido para viver no Paraíso, o Reino de Deus".

Estou a falar, hoje, de Religião? Não. Falo de Ciência. A Anti-Ignorância! Os físicos, que trabalham apenas com a realidade dos fenômenos da energia e da matéria, não aceitam como Ciência outra coisa que não passe pelos instrumentos de seus laboratórios. Não nos esqueçamos, nunca, que a Psicologia é a disciplina que estuda os fenômenos da mente, no cérebro. Só no cérebro, que é parte do sistema neural, nos animais, inclusive os humanos. Os psicólogos e neurologistas, portanto, trabalham com energia e matéria, dentro da Física. Ainda não há ninguém trabalhando sistematicamente, científicamente, com estruturas mais velozes do que a da luz, apenas com pensamento, com consciência, sem suporte energético ou material. Estamos propondo uma nova disciplina científica para estudar essas estruturas - a Psíquica - sem a qual não podemos chegar científicamente ao Reino de Deus (ver "Teoria Unificada do Universo", no Google), o domínio das velocidades acima da velocidade da luz, onde a Física não chega, mas tenta, inventando uma Mecânica Quântica, para colocar o que é da Psíquica, na Física.

Enquanto isso, a nossa juventude é educada sem as leis da Natureza, isto é, pensando que as leis dos homens - o Direito - é suficiente para gerir o planeta, seus habitantes e seus fenômenos sociais. O que ocorreu em Santa Maria foi um fenômeno social resultante da má educação de pais e professores omissos ou mal informados, assim total ou parcialmente ignorantes. Se o dono da buate é culpado, se a banda é irresponsável, se os órgãos municipais são lerdos, cada qual assuma sua culpa, mas esta não elimina o dever do indivíduo de informar-se sobre o local onde vive e as leis naturais e cósmicas que geram e gerem os fenômenos naturais e artificiais. O simples "não querer saber" é sintoma claro dessa postura irresponsável de curtição do que é gostoso e de abandono do que toma tempo, dá trabalho e é chato de fazer. Como ler esta crônica, por exemplo.

Cada um de nós é o único responsável pelos próprios atos e pelas próprias omissões, uma das quais, a de não se informar de tudo o que nos cerca e de todos que agem em nossa volta.  Não, não é fácil viver e isso deve ser dito a todos os jovens no processo da educação, que exige grande aplicação e permite apenas um pouco de diversão. As leis cósmicas, da Natureza, de Deus, são tão perfeitas, que não tiram de qualquer indivíduo o seu direito de ser e fazer o que quer, porque, ao fim, cada um aprenderá com a própria experiência, o próprio sofrimento. Não é necessário acreditar nisso. Basta viver... quantas vidas forem necessárias... uma depois da outra... até aprender, aqui mesmo, no Inferno, para sair dele.

Adinoel Motta Maia