sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

BENEDITO, BENEDITO, BENEDITO


Crônica científica

A reportagem do Jornal da Cidade, de Aracaju, ouviu-me, ontem, quando deixava o Hotel San Manuel, em Aracaju - passei o Carnaval ali  na praia de Atalaia - sobre o meu livro A Noite dos Livros do Mundo, que deverá chegar às livrarias já na próxima semana. Publicada hoje, a matéria, contudo, abre com uma declaração minha sobre meu temor sobre um possível assassinato de Bento XVI, antes de sua renúncia se efetivar, justamente para que ela não ocorra e assim, não se tenha dois papas, um cisma na Igreja e outras coisas explícitas no livro As Profecias do Papa João XXIII, do jornalista italiano Pier Carpi, publicado em 1976 e nunca negado pela Igreja. Teriam sido escritas quando João XXIII ainda era o Cardeal Ângelo Roncali, servindo na Turquia.

Fazendo Ciência com C maiúsculo, sou obrigado, neste momento a dizer algumas coisas sobre esse livro e o atual momento da Igreja Católica. As profecias estão no livro em sequência que se refere à sequência dos papas antes e após João XXIII, sem referir-se ao nome deles. Sobre sua própria eleição, suas encíclicas e o Concílio Vaticano, escreveu: "Suas cartas permanecerão. (...) Suas cartas serão escondidas. Suas cartas serão furtadas. Dele pouco será dito.(...) Para ele peço perdão."

Em sequência, fala sobre Paulo VI: "Viajando te deixarás no trono a ti mesmo" (uma clara referência às viagens que faria, o primeiro papa a fazê-lo)."A Igreja treme e tuas cartas abalam-na inutilmente. Os melhores filhos vão-se, fazem-se servos do mal a que chamamos bem".

O seguinte seria João Paulo I, aquele que só durou um mês, morrendo inexplicávelmente sob a suspeita de assassinato, mas o texto imediato se ajusta a Bento XVI:  "Bendito, bendito, bendito. Serão os jovens a aclamar-te, novo Pai de uma Mãe que sorri. (...) Será difícil o início da estrada, caminhar para Roma em dias de sangue. (...) Anjo serás dito, bendito. (>>>) Dois irmãos e nenhum será pai verdadeiro. A mãe será viúva. Os irmãos do Oriente e do Ocidente se matarão e no assalto matarão os seus filhos. Então descerá da montanha o santo descalço e abalará o reino, diante do túmulo do descalço...". Nesses textos, a Mãe é a Igreja, o Pai é o Papa. Quem é o santo descalço, senão aquele que perde as sandálias do pescador, o papa que morre?

Agora, uma referência direta: "Será grande e breve o teu reino. Pai, será breve mas te levará distante, na distante terra em que nasceste e em que serás sepultado". Será Joseph Ratzinger, deixando de ser Bento XVI, sepultado na Alemanha?

Com tudo isso, quero dizer que se pode aceitar científicamente a profecia, quer por se conhecer e calcular o futuro de um projétil, conhecendo-se sua potência, sua direção e seu ângulo de lançamento; quer por ser essa profecia não uma advinhação, mas uma instrução a ser cumprida. Pode-se prever o futuro de quem realizará uma missão, programada passo-a-passo.

Seja pelas profecias que falam em "Mãe viúva", isto é, Igreja sem Papa; seja pelo próprio fato de que a renúncia de um Papa e a eleição de seu sucessor deixam a igreja com Dois Papas vivos (o anterior e o atual), o fato é que caminhamos para mais um cisma na Igreja e isso em exatos dois mil anos após o anúncio do Reino de Deus por Jesus. Parece que veremos dias agitados no cenário religioso mundial e Bento XVI deverá reforçar sua segurança pessoal... Não é difícil matar um papa velho e doente e são muitos os fanáticos que gostariam de ter essa chance.

Adinoel Motta Maia