sexta-feira, 30 de agosto de 2013

BRASIL: DUZENTOS MILHÕES DE...


Crônica científica

É incontável, o número de blogs, como este, informativos e opinativos, que existem em todo o mundo, pelos mais diversos motivos, com as mais diversas propostas, altruístas e egoístas, disputando um mercado de leitura constituído por pessoas que são continuamente bombardeadas por informação e opinião - a mais variada possível - que não conseguem absorver, simplesmente porque  cada uma dessas pessoas tem suas obrigações cotidianas a lhes tomar todo o seu tempo. Isso tem levado cada "blogueiro" consciente da sua função a tentar estreitar sua faixa de leitores, procurando atender o melhor possível aqueles indivíduos que estão sendo desprezados pela mídia em geral a ainda não encontraram na Internet uma alternativa confiável. Estamos tratando, evidentemente, das minorias desprezadas, porque aos veículos da mídia que vivem de anúncios pagos pelo governo e por grandes empresas, só interessa a pauta que serve à massa dos consumidores.

Este blog tem primado pela busca do que não costuma ser oferecido a essa massa, porque só interessa a quem tem fome de informação nova e está preparado psicologicamente para recebe-la como aquela pedra que está faltando no seu "quebra-cabeças" (puzzle). Um novo dado. Uma nova abordagem. Um novo ângulo de observação. Enfim, tudo aquilo que um jovem curioso ou um velho descuidado ainda não teve tempo de descobrir e que já é do conhecimento de quem estuda e pesquisa há muitas décadas. Em outras palavras: tudo aquilo que não se encontra no supermercado dos repórteres, mas precisa ser procurado nos laboratórios científicos, sejam estes físicos ou psíquicos, com endereço certo, porque o tempo é demasiadamente curto para ser perdido em andanças infrutíferas. Ninguém procure aqui, portanto, o que pode ser encontrado em qualquer noticiário sócio-político-econômico. Temos trazido para cá alguns temas sociais, políticos ou empresariais, mas sua abordagem é sempre científica, com a introdução de um novo dado que ilumine um ângulo ainda não abordado, seja porque isso destrói antigas crenças ou porque a luz costuma incomodar aos que vivem na e da escuridão.

Um bom exemplo de tudo isso é a divulgação de que nesta data, a população brasileira chegou aos duzentos milhões de habitantes. Entre tantas abordagens sociais, políticas e econômicas, há uma que não se fará na mídia, porque é contrária aos chamados "interesses nacionais", que, em verdade, são apenas "interesses políticos de exploração social". É assim necessário manter estruturas econômicas que sustentem políticos que legislam e executam procedimentos de exploração de seres humanos ignorantes incapazes de disputar o mercado, assim sustentando a pobreza. Embora haja inegavelmente uma superpopulação no mundo, com seus atuais sete bilhões de habitantes, os duzentos milhões de brasileiros não significam que temos uma superpopulação, porque nosso território é suficiente para absorver bem toda essa gente. Esse número de pessoas só é demasiado porque essa população está abandonada e enganada com uma esmola que se chama "bolsa-família", entre outras ilusões, como a de que somos felizes por estarmos cantando, dançando e jogando futebol durante todo o ano e em todos os anos. Os brasileiros estão sendo mantidos propositadamente ignorantes para que sejam pobres e dependentes dos poderosos políticos e ainda assim devolvam o pouco que ganham como impostos cobrados em tudo o que compram. São meras ovelhas exploradas por pastores que enchem suas burras de dinheiro a ser gasto em farras milionárias no país e no exterior. Esta informação é científica, observável experimentalmente no laboratório da vida que nos cerca.

Outra, das muitas informações científicas que se pode colher, para resolver esse problema, é a de que a indústria que emprega muitos trabalhadores não precisa nem deve estar na periferia das capitais de estado, atraindo continuamente para estas  os habitantes das pequenas cidades. Ao contrário, deve-se melhor distribuir a população brasileira, levando as grandes empresas a mudar-se para centros industriais no Interior dos estados, planejando-se as novas comunidades para que nelas não hajam periferias de pobres e miseráveis, mas apenas bairros com boas escolas e equipamentos sócio culturais. Evidentemente, isso contraria muitos interesses dos que não querem dividir a riqueza nacional, mas gasta-la, desperdiça-la, em eventos e vícios sociais. Na Bahia, agora, por exemplo, ao invés de levar as indústrias para longe de Salvador, assim melhor distribuindo a população no estado, o que se planeja é uma ponte para a ilha de Itaparica com o único objetivo de aumentar a periferia da Capital, repetindo o mesmo erro iniciado em São Paulo, transformando cidades em metrópoles e estas, já, em megalópoles. Não temos de temer uma população de duzentos milhões de habitantes, mas tão somente  sua concentração em poucas grandes cidades. Um grande esforço nacional deve ser realizado para fazer o caminho de volta, construindo grandes centros empresariais fora das capitais de estado e substituindo políticos analfabetos do Interior dos estados por pessoas educadas e honestas. Como fazer isso com eleitores ignorantes que vendem seus votos? Se são os eleitores que se candidatam aos cargos políticos, para acabar com a corrupção na política é necessário acabar com a corrupção entre os eleitores. Sem educação, não há salvação. Por isso, talvez, não surpreenda o dado de que a Bahia é o estado onde é maior a emigração. Este é outro dado científico...

Adinoel Motta Maia