segunda-feira, 26 de abril de 2010

DESORDEM E REGRESSO 08

Política não é profissão.
É representação, para a gestão temporária de recursos e interesses públicos.
É a “ciência dos fenômenos referentes ao Estado”, na definição do dicionário do Aurélio.
Há outras coisas que se pode dizer da política, mas são todas derivadas disso aí.
O político, portanto, não é um profissional, mas apenas o indivíduo “que trata ou cuida da política”. Qualquer pessoa pode ser um político, bastando que se interesse pelas ações relativas ao exercício do poder no Estado ou à administração pública, de interesse do Estado.

Em um regime democrático, evidentemente, quem determina quais pessoas ocuparão o poder ou administrarão a estrutura estatal, é o povo, através do seu voto individual.
Na medida, no entanto, em que não se sabe em quem votar, essa escolha não é feita pelo povo, mas por quem manipula “politicamente” esse povo, seja através de falsas verdades, seja por imposição da força, seja pelo medo de represálias, seja pela simples compra do voto.
Evidentemente, nesses casos, não há democracia.

Assim, não raramente, o “político” torna-se um profissional, isto é, uma pessoa que atua para servir e representar quem está no poder, recebendo um salário com a única finalidade de trabalhar para manter outras pessoas e quadros partidários nos cargos administrativos.
Elege-se pessoas, assim, não para tratar ou cuidar dos interesses do Estado, mas dos interesses de quem está nesses quadros partidários, mantendo-os ali.
A máquina política é assim azeitada para não ser substituída, jamais e tudo o que e faz é nesse sentido.
Qualquer um de nós, do povo, pode observar num ano de eleições, que os candidatos aos diversos postos executivos e legislativos, continuam sendo os mesmos que se candidataram e se elegeram em eleições anteriores, mantendo-se “na política” até morrer.

Como ocorre no absolutismo das monarquias que foram substituídas pelas democracias.

Mudou-se o que? O processo, apenas. Os objetivos são os mesmos de sempre. Os dos pastores a explorar suas ovelhas.
Promove-se a desordem, sempre que se quer o regresso.
Costuma-se colocar o necessitado contra o remediado, para que se pense que os empresários são contra os trabalhadores e os exploram em troca de salário.
Aí, o político estabelece a esmola que compra o voto, porque o desempregado vai para a dependência dessa esmola, que se diz ser do Estado, quando é apenas do “político” a ocupar um cargo na administração pública.
Quanto mais ignorância, mais doença e mais miséria houver, melhor será para esses “políticos que se tornam profissionais”, afogando as empresas e os indivíduos produtivos com impostos para sustentar a corrupção, que os mantém no poder.

A grande pergunta é: por que as classes produtoras que sustentam o Estado (este não produz nada) aceitam tudo isso e colaboram com essa desordem e esse regresso?
Os políticos profissionais fazem assistencialismo com os recursos da iniciativa privada que paga impostos.
O injusto é que esses políticos profissionais costumam colocar os pobres contra os ricos, negando educação de boa qualidade e saúde para quem mais precisa.

POVO IGNORANTE E DOENTE É POVO DEPENDENTE.