terça-feira, 13 de abril de 2010

ACHADOS E PERDIDOS 06

Há dois tipos de descoberta. A que complementa ou altera levemente o que todo mundo já sabe, caso, por exemplo, do raio laser, que apenas concentra mais a luz já conhecida por todos; e a que substitui estruturas bastante sólidas (científicas, econômicas, sociais, religiosas) com um perigo para pessoas (poucas ou muitas), que, por isso, fazem tudo para não revelá-la abertamente.

Exemplo: enquanto uma empresa industrial não fatura com um produto o suficiente para pagar todos os seus custos de pesquisa e produção, não lança no mercado outro produto (já inventado), que o substitúa.
Guarda o segredo a sete chaves e faz o possível para não permitir que outros tenham a mesma idéia e saiam na frente.

A mídia (imprensa, televisão e rádio) costuma aceitar esse jogo e ainda que “fure” o sistema de proteção da informação, publicando alguma notícia, esta acaba caindo no vazio ou é desmentida.
Talvez por isso, tenha tanto receio de divulgar algo que não esteja ainda consagrado pelo uso ou pela declaração de alguém já consagrado pela fama.
Essa mídia “medrosa” está coerente com o princípio de que “gato escaldado tem medo de água fria”. Em outras palavras: tem medo da “barriga”, que é o oposto do “furo”. Se este revela uma notícia em primeira mão, antes dos demais; ela é sinônimo de notícia falsa. O autor do “furo de reportagem” pode ser promovido. O jornalista que produz uma “barriga” pode ser demitido.

Imaginem vocês uma primeira página de jornal ou capa de revista com a manchete: “PESQUISADOR AFIRMA QUE O INCONSCIENTE DO HOMEM ESTÁ FORA DO SEU CORPO”.
Ainda mais, no texto: “Ao nascer, o ser humano tem uma consciência neural, um ego no próprio cérebro, formado no útero materno, com memória e processamento próprios. Com a primeira inspiração, recebe a energia que liga este cérebro a um ego fora do corpo, que tem caráter próprio, evoluído em sucessivas re-ligações como essa, com corpos que nascem e morrem. Assim, ao morrer cada corpo de um ser humano, com a última expiração, desliga-se o ego fora do corpo, enriquecido com as experiências sofridas por aquele, durante aquela vida. Esse ego fora do corpo, eterno, é o Inconsciente que comanda cada ser humano, ao qual muitos oram, pedindo favores e às vezes os recebendo. Há quem o chame de Senhor”.

Só há um ponto ainda desconhecido, nesta notícia: a de que o Ego Inconsciente (há quem o chame de Alma ou Espírito) não entra no corpo com o nascimento e sai dele com a morte, mas permanece onde sempre está, fora do corpo, ao qual apenas se liga no nascimento e do qual se desliga na morte, mantendo contato direto com o Ego Consciente, que morre com o cérebro.

Vou fazer uma experiência. Publico esta notícia, hoje, neste blog e começo a mandá-la para a mídia impressa (jornais e revistas brasileiros). Vamos ver se alguém me pede detalhes sobre o assunto. Ninguém o fará, porque tem medo de publicar uma “barriga”.

O que é uma pena, porque seria um “furo”.

Continuem lendo este blog, que não tem medo e lhes dá esse “fu(tu)ro” hoje.