sábado, 17 de abril de 2010

FÍSICA E PSÍQUICA 06

No sábado passado (FÍSICA E PSÍQUICA 05), disse aqui ser a REALIDADE relativa e depender da duração da consciência (tempo).
Escrevi que Einstein errou, ao afirmar que o tempo (duração da consciência) altera o espaço, quando deveria dizer que altera a percepção do espaço. Pode-se pensar que é a mesma coisa, mas não é.
O espaço é a consciência em quatro dimensões. Existe, SEMPRE, mesmo quando uma (sua duração) ou mais delas tem valor zero. Matematicamente (psiquicamente, portanto) continua existindo.
Se a duração, contudo, é mensurável, isto é, tem valor positivo e diferente de zero, a REALIDADE observada dependerá de cada observador, considerada sua posição, seja qual for a duração da observação, isto é, da consciência do fenômeno segundo a capacidade de percepção de cada um.
Esse fenômeno só será real, se houver pelo menos um observador. Não havendo um, sequer, o fenômeno, ainda assim, existirá, em sua própria consciência, somente nela, numa sucessão de “agoras”, ou seja, de atualidades de um espaço significativamente apenas tridimensional (tetradimensional com a duração zero).
Assim, usemos a famosa imagem do trem que se desloca numa estação.
Para o trem, ou para os que estão nele, sem olhar para fora, se nada e ninguém se mover dentro dele, há uma realidade apenas para quem está acordado e consciente da duração de sua observação.
Se todos estiverem dormindo, inconscientes, a duração da consciência de cada um será zero e o trem estará REALMENTE parado, vivendo, todos, uma ATUALIDADE.
Mas esse trem realmente se desloca, para os observadores que se encontram na estação, cada um com sua própria experiência, função da duração da própria consciência, conforme sua posição em relação ao trem.
Entre esses observadores, temos de incluir tudo e todos, inclusive, inequivocamente, os trilhos, nos quais rola a composição ferroviária, assim como todos os demais corpos ali existentes, todos conscientes, segundo a PSÍQUICA (não considerados pela PSICOLOGIA).

Não é fácil acordar, com um panorama complexo em formas e cores à nossa frente. Em casos assim, é necessário olhar lentamente cada coisa, para absorver o significado de cada uma. Repetir a observação tantas vezes quantas for possível, até compreender tudo. Estou fazendo isso há mais de cinqüenta anos e só agora me sinto em condições de refletir a luz recebida, com um mínimo aceitável de deformação das imagens.
É fundamental dominar esta questão inicial, sem a qual não se chega a uma teoria unificada do Universo, aquela que explica todas as leis, fenômenos e elementos do espaço infinito organizado em estruturas que evoluem porque constituem a evolução da consciência (do espaço, portanto) em cada uma.

Assim, a Teoria da Relatividade serve apenas para a REALIDADE (a FÍSICA), em segmentos do Universo. Não explica, sozinha, o Universo Absoluto, único e infinito em suas quatro dimensões.
Quando Einstein referiu-se ao “espaço curvo”, esqueceu-se de limitar esse conceito a aspectos relativos da observação dos fenômenos submetidos à ação gravitacional em cada segmento do Universo, podendo-se dizer que este é composto por vários lugares e momentos curvos, dentro de um espaço único, infinito e informe.
Não se deve dizer que uma caixa é curva pelo fato de que está cheia de bolas de diversos tamanhos em seu interior.
Cada REALIDADE gravitacional determina a curvatura de um segmento do Universo, podendo ele ser um conjunto de segmentos encurvados pela ação das “massas” (estruturas de consciência) ali presentes, o que não o faz inteiramente curvo. O que é infinito não tem forma.
Não nos entenderemos, se não formos precisos em nossas afirmações. Um ano não é ou são doze meses. Um ano tem doze meses. Cada mês é um mês.

Voltem no próximo sábado. Até lá, pensem numa bactéria a explicar o ser humano.