quinta-feira, 20 de maio de 2010

ONDE E QUANDO 11

Estive ontem na Biblioteca Pública da Bahia, que é posto da Biblioteca Nacional para registro de direitos autorais, em nossa cidade.
A Dona Sônia, que está desde 1997 nessa função e atende a todos com paciência e esmero – escritores e compositores (na Bahia, estes são maioria) – já me viu por lá algumas vezes.
Ontem ali fui para averbar alterações no registro de um livro concluído em 2007 e ainda não publicado, “A Cruz dos Mares do Mundo”, parte de uma trilogia na qual estou trabalhando, coincidentemente, desde 1997, tendo então me aposentado do magistério e do jornalismo para me dedicar às pesquisas, à criação e à redação dos textos desses três romances.
Trago este assunto, aqui e hoje, porque também estou escrevendo para o Yacht Clube da Bahia o livro comemorativo dos 75 anos de sua história (há 15 anos, escrevi o referente aos 60 anos) e essas duas obras se tangenciam.
No próximo domingo, dia 23, o YCB estará completando esses 75 anos de sua fundação, mas numa sábia decisão de sua diretoria, as comemorações estão sendo feitas não em apenas um dia, mas ao longo dos dois anos de sua gestão, com uma série de eventos inovadores e inaugurações.
O ponto de tangente entre as duas obras é o dia 1º de novembro, Dia de Todos os Santos, razão porque nossa Baia de Todos os Santos tem esse nome, dado pelo florentino Amerigo Vespucci, capitão de uma das três embarcações da expedição exploratória de Gonçalo Coelho, que a descobriu naquela data, em 1501.
O romance “A Cruz dos Mares do Mundo” tem uma estrutura inovadora.
Dado como pronto, por mim, em 2007, quando foi registrado, tomei o cuidado de tirar cópias e deixá-las com algumas pessoas, inclusive uma agente literária de São Paulo, que me deram um retorno unânime: a narrativa era interessante para o entretenimento, com propostas científicas (inclusive geográficas e históricas) ousadas, mas também demasiadamente denso.
Talvez uma forma de dizer que o livro era chato.
Em outras palavras: havia informação demais no meio da ficção.
Sabem todos, que não se deve misturar ficção com ensaio, mas nesse caso – dentro do projeto da trilogia – tal é absolutamente necessário.
Criei, então, uma estrutura para a obra, com dois livros em um volume só: no "livro um", o romance policial de mistério “Morte no Museu de Arte Sacra” e no "livro dois", ainda como ficção, os “Apêndices” com o grosso da informação, estes de leitura opcional apenas para o leitor mais exigente que quer ver o pau que matou a cobra.
Agora, portanto, “A Cruz dos Mares do Mundo” já está pronto para publicação.
Como o romance é centrado na descoberta da Baia de Todos os Santos e o Yacht Clube da Bahia é um dos umbrais da porta dessa baía, com 75 anos de atividades nela, sendo eu sócio do clube desde minha adolescência, é inevitável que ambos se tangenciem, com cenário comum.
Acho bom dar esta notícia, no momento em que o YCB completa seus 75 anos de fundação, parabenizando todos os que comandaram esse barco desde 1935, assim como suas tripulações renovadas a cada dois anos, para a alegria de seus muitos milhares de passageiros e de toda a gente que o vê navegar, belo e elegante.