sábado, 15 de maio de 2010

FÍSICA E PSIQUICA 10

Não há ciência sem filosofia, como não há tecnologia sem ciência.
Tecnologia é ciência aplicada.
Ciência é filosofia aplicada.
Não há, portanto, cientista que também não seja filósofo, na elaboração de suas conjecturas, hipóteses e teorias, a partir das quais orienta suas experiências.
No sábado passado, deixei-os com uma promessa, que hoje apenas começO a cumprir:
“O que se tem é a consciência do passado, na memória dos EGOS, podendo cada um destes projetar seu futuro e tentar realizá-lo, na medida em que pode projetar sua realidade, inserida numa atualidade mais ampla (nas direções), sem duração. Fica esta observação agora, para explicação posterior.”

Também disse:
“Seja eu um elétron ou o próprio Deus (todo o Universo), sem a duração, apenas sinto minha existência na atualidade, como INDIVÍDUO ou EGO porque não há o outro e não havendo o outro não há dimensão entre dois, numa direção qualquer.”

Meu EGO, para mim, “sou eu”. Seu EGO, para mim, “é você”.

Volto a dizer:
“Falando de ESPAÇO em quatro dimensões, qualquer distância pode ser entre “eu” e “você”, mas também pode ser entre “eu” e “eu”. Será entre “eu” e “você”, se a dimensão for marcada em uma das três DIREÇÕES do espaço. Será entre “eu” e “eu”, se for marcada apenas na DURAÇÃO do espaço.”

Já está muito claro, portanto, que, entre “eu” e “eu” não há direção, mas PODE haver duração. Isto significa que na ATUALIDADE (sentimento “sou”, sem duração da consciência e portanto sem conhecimento), “eu” sou apenas um ponto, apenas com posição; mas na REALIDADE (conhecimento “estou”, com duração da consciência) “eu” sou uma distância entre duas posições: ANTES e DEPOIS.

Minha “essência” vira “existência”. Diz-se que “eu” existo ENTRE duas posições da consciência, com uma duração desta.

Podemos, agora, grafar que EXISTÊNCIA É CONHECIMENTO, A CONSCIÊNCIA COM DURAÇÃO.

A consciência do “eu”, do “você” e do “ele”.
Estamos introduzindo um terceiro ponto, que não está na DIREÇÃO entre “eu e “você”, isto é, na mesma LINHA reta.
Evidentemente, há assim uma distância entre “eu” e “você” numa reta e outra distância entre essa reta e “ele”, numa outra reta perpendicular à primeira.

Atenção!
Qualquer que seja a posição de “ele” (um ponto no espaço), essas duas retas assim perpendiculares, com quaisquer distâncias marcadas nelas, nos dão um PLANO.

Esses três EGOS (três posições no espaço), cada um deles com o sentimento (na atualidade) de si próprio e o conhecimento (na realidade) de si próprio e dos demais, sendo ligados entre si, formam um TRIÂNGULO, com duas dimensões (cada uma em uma direção perpendicular à outra), que no caso particular do triângulo chamamos de “base” e “altura”.

Mais atenção!
Esse TRIÂNGULO formado por três pontos (três egos) É UM EGO MAIS COMPLEXO DO QUE CADA UM DOS OUTROS TRÊS, separadamente, porque tem uma consciência mais complexa (três posições e duas direções) do que o SEGMENTO DE RETA formado por dois apenas (duas posições e uma direção) e por cada um deles, PONTO (apenas uma posição.

E se tivermos um quarto ponto, um “alguém” fora desse triângulo, fora desse plano?
É o que veremos no próximo sábado.