terça-feira, 25 de maio de 2010

LETRA E MÚSICA 12

Este blog está chegando ao fim de uma etapa de 12 semanas, durante a qual apenas mostrou presença, divulgando endereço e apresentando propostas que agora se afunilam e convergem para uma única a ser colocada aqui no dia 1º de Julho próximo.
Às terças-feiras, direcionou seus textos para a mídia, mais diretamente para os pauteiros e os colunistas, não para que divulguem o blog, mas para que o utilizem na sugestão dos temas que cotidianamente são colocados nos jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão.
Evidentemente, essas doze abordagens não pretendem esgotar o universo infinito dos temas possíveis, mas apenas estimular a busca dos demais, apresentando exatamente isso: o universo.

A mídia, em todo o mundo, está presa aos cânones, aos dogmas, aos interesses diversos das mais diversas instituições estatais e privadas, inclusive e principalmente aos daquelas que a sustentam com seus anúncios ou verbas, sem os quais não sobrevive.
O termo “mídia” já diz tudo.

Ela não faz pesquisa para descobrir e inventar coisa alguma.
Faz pesquisa para investigar e buscar informação, dados que são processados e viram opinião.
Quem descobre e inventa somos nós, os filósofos e cientistas que dedicam sua vida a debruçar-se na busca do conhecimento novo, seja isoladamente, seja em equipes, algumas destas contratadas para obter resultados que dêem retorno político-social ou econômico-financeiro.

Muitos de nós, no entanto, optando pelo isolamento, para não sofrermos a influência dos interesses particulares (públicos ou privados), trabalhamos longe dos refletores que tornam as pessoas famosas e por isso permanecemos desconhecidos.

ESSE TRABALHO NÃO É DIVULGADO.

Assim, quando resulta em descoberta e invento, torna-se inútil, porque ninguém o aproveita, porque ninguém sabe da sua existência.

Por outro lado, há uma forte resistência a mostrar o fruto desse esforço, porque se pensa que assim se fazendo, se está promovendo (gratuitamente) a pessoa que o realiza e não raramente, essa pessoa, ao bater à porta da mídia é encaminhada ao seu departamento comercial, onde encontra uma tabela de preços para anúncios.

Ainda por um terceiro lado, há toda uma estrutura não só bem montada, como dominante, há séculos e milênios, na sociedade dos homens, que impede qualquer pensamento ou ação pretendendo alterá-la ou substituí-la.

Há que se apelar para a arrogância, portanto, colocando os pratos e talheres na mesa e convidando quem quiser sentar-se para apreciar o banquete, advertindo-os de que ficará para trás, com fome, quem não se aproximar e comer.

É o que este blog está fazendo, com toda a segurança de sua proposta.

Ao fim desta semana, os poucos ou muitos que o visitam e lêem, são os convidados, que poderão convidar outras pessoas, que, a qualquer momento encontrarão aqui, todos os textos já publicados: algumas sementes da grande lavoura que só está começando.

Repito Flaubert: a paciência não é o gênio, mas pode sempre substituí-lo.

Estou, nesta etapa da minha existência, há cinquenta e três anos, numa senda sem fim.

O planeta Terra se renova há quase cinco bilhões de anos e ainda não está pronto.