terça-feira, 11 de maio de 2010

ACHADOS E PERDIDOS 10

O sexo aflora em todas as conversas, todos os filmes, todas as novelas, todos os programas de televisão (inclusive os noticiários), enfim, respira-se sexo, neste momento, em todo o mundo.
Nestas últimas semanas, despertei para o fato de que o tema está também COTIDIANAMENTE na imprensa. Jornais e revistas escancaram capas e manchetes, fazendo abordagens nunca antes ousadas. Fala-se e escreve-se sobre relações sexuais como se faz sobre compras no “shopping”, no supermercado ou na feira.
Aí se estranha que meninas e meninos estejam falando de sexo e fazendo sexo nas escolas, livre e despudoradamente.

Por que?

Atenção pauteiros!!!

Porque a ordem é aumentar a população. Inacreditável!
Não é para diminuir? O mundo já não agüenta tanta gente sem educação, sem saúde, sem habitação, sem emprego, sem nutrição...
Errado! É para aumentar, mesmo. Quanto mais gente, mais consumidor, maior o mercado interno, a gente não precisa depender da exportação...
Mas... E o dinheiro pra comprar?
Aumenta-se os impostos e o emprego público, paga-se bolsa família, divide-se o preço das coisas em 60 meses, tira-se o IPI por um tempo, faz-se vista grossa para furtos e roubos, também assaltos a bancos e tráfico de drogas. O importante é que o comércio venda, pague imposto e bote um pouquinho na caixinha da campanha eleitoral...
A indústria também.

Fica todo mundo feliz e vai fazer sexo para aumentar a população. Mais gente, mais consumo. Presidente e ministro mandam fazer sexo.

Na minha juventude, homens exibiam-se a falar de sexo, não raramente sem o conhecer por experiência própria, porque era difícil ou impossível o acesso às mulheres que não o praticavam.
Tínhamos a antiga opção das prostitutas nas transversais entre o Terreiro de Jesus e a Ladeira da Praça ou nas ladeiras da Montanha, da Conceição e da Gameleira.
Quem não queria pagar, mas tinha um carro, podia encostar ao meio-fio da Rua Chile, na hora de fechar as lojas, arrumando-se com uma balconista que aceitasse convite para jantar e depois brincar um pouco dentro do carro estacionado na orla oceânica.
Em último caso, quando nada dava certo, depois das 10 da noite, o jeito era rodar pelo Campo Grande e adjacências e embarcar alguma empregada doméstica que por ali passeava, com a mesma proposta e sem o jantar.

Verdade verdadeira, está na história, ninguém tira.

Já as “moças” de família, jovens ou não, inibidas pela educação doméstica, jamais falavam nisso, nas conversas com rapazes. Namoro era coisa de pegar na mão e beijinho na face. Raras eram as “programistas”, as que aceitavam algo mais, mas eram conhecidas e rejeitadas para coisas mais sérias, como casamento...

Acho que tem muito assunto aí para os pauteiros. Os que põem perguntas na boca dos repórteres. Tem muita coisa perdida que merece ser achada.

A ABERTURA DA IMPRENSA PARA O SEXO JÁ É NOTÍCIA.