sexta-feira, 17 de maio de 2013

SEREMOS COMO DEUSES


Crônica científica

Sim, sem dúvida, somos todos animais, porque temos movimento (anima). Daí se dizer que temos alma (anima). E se dizer que este anima entra no corpo quando nascemos e sai do corpo quando morremos. De fato, antes de se cortar nosso cordão umbilical, dependemos das forças e comandos de nossa mãe, para tudo. Por outro lado, na outra ponta, não se sabe de qualquer cadáver que se mova. Prova-se cientificamente, assim, que a alma entra no corpo quando se corta o cordão umbilical, aspirando-se o ar pela primeira vez; e que sai do corpo com a última expiração. Seja o que for - evidentemente - a alma depende do ar que respiramos, do oxigênio deste, que contém algum tipo de força que produz trabalho (energia) e assim nos permite mover a nós e  outros corpos. Os antigos místicos já sabiam que essa força vital vem do Sol e se espalha pela atmosfera, chegando também aos vegetais, que embora fixados ao solo, têm vida e movimento (anima) em suas células, daí precisarem também do Sol, para se ter a fotossíntese. Quem descobriu isso parece ter sido um egípcio, daí surgindo a idéia do Sol como deus (Ra, para uns; Aton, para outros) que nos dá a vida e naturalmente, é visto no céu. É daí que vem a idéia de que Deus e os deuses estão no céu.

Nós, os animais, evoluindo dos mais primitivos, como os insetos, com alma mas ainda sem intelecto, chegamos ao homem, este sim, intelectual, porque dispõe de um cérebro onde o sistema nervoso promove uma capacidade de memória e ações de processamento de dados nela contidos. Por isso, se diz que o homem tem inteligência. Somos todos iguais? Não. Ao contrário, não há dois homens iguais em todo o nosso planeta. De passagem, temos de dizer que devemos lutar para que todos os homens tenham os mesmos direitos e sejam igualmente respeitados, mas efetivmente, não há dois homens iguais, porque não há dois de nós com a mesma capacidade de memória e a mesma velocidade de processamento, no cérebro. Apesar de nascermos com quase a mesma quantidade de neurônios - alguns trilhões - essas células nervosas podem se reproduzir - agora isso já está provado - e o farão na medida em que isso seja necessário. Só depende de cada indivíduo encher o seu cérebro com conhecimento e promover essa reprodução celular, de modo que os ignorantes são evidentemente muito diferentes dos cientistas, mas a boa notícia é que só é ignornte quem quer, quem faz o menor esforço, quem não nasce num lar de pessoas educadas. Por isso, cabe ao governo dar educação e até obrigar a todos não só frequentar a escola, mas obter bom rendimento nela. Dar esmola - seja esta uma moeda ou uma casa - sem exigir em troca que o indivíduo se eduque, é um crime contra o cidadão. É apenas compra de voto, mascarando a democracia, mantendo o povo como um rebanho que apenas vive, constituido por animais com pouco ou nenhum uso do intelecto que está no seu cérebro, suficiente apenas para colocar um voto na urna, obedecendo a estímulos ilusórios.

Vamos fazer ciência? Então vamos dar conhecimento novo a todos os que nada sabem e em sequência, vamos aumentar sua capacidde de memória e a velocidade de processamento dos seus dados, para que, já dispondo de inteligência, sendo intelectuais, adquiram capacidade e velocidade extremas, tornando-se sapienciais, isto é, dotados de sapiência, o conhecimento dos deuses (vejam esta palavra no dicionário). Só se faz isso, praticando. Cada indivíduo é livre para se informar cada vez mais, adquirindo novos conhecimentos e com isso enchendo sua memória e promovendo o relacionamento desses dados cada vez mais em velocidades maiores. O bom disso, é que só dependemos de nós mesmos, individualmente, porque a evolução é individual. Um grupo só evolui quando seus individuos evoluem separadamente. Este tipo de informação costuma ser contestada por quem domina politicamente os povos, inclusive dentro das universidades, com o único objetivo de manter o poder dos pastores sobre seus rebanhos, feitos de animais ignorantes, sejam ovelhas ou homens.

Adinoel Motta Maia