sexta-feira, 19 de abril de 2013

DISCURSO SOBRE O PONTO


Crônica científica

As pessoas costumam recusar um conhecimento novo, que dizem não compreender, mas, que, na realidade, apenas não querem aceitar, pelos mais diversos motivos, desde seu compromisso puramente emocional com uma religião ou uma ideologia política, até sua recusa a perder tudo o que estudou e ter de começar uma nova trilha. Muita gente pode não dizer, mas pensa: "Não sei nem quero saber e se insistir eu chamo a polícia!" Um verdadeiro amigo insiste, mesmo sacrificando a amizade, porque é aquele que sacrifica até essa amizade em benefício do amigo.

Vamos ao exemplo mais simples que se pode dar. Ninguém está realmente interessado em saber o que é o ponto. Se insistimos, pega uma caneta e marca um "ponto" no papel, perdendo a paciência e afirmando: "Isto é um ponto". Esse "ponto", no entanto, é um círculo com um ou meio milímetro de diâmetro. Por definição, um ponto não tem diâmetro algum, porque não tem qualquer dimensão e por isso não pode ser desenhado. O máximo que se pode fazer com a ponta da caneta é marcar a "posição" do ponto que ali está, mas não pode ser visto nem representado geométricamente.

Parece isso ser uma bobagem, com a qual não se deve perder tempo, mas é justamente por não se saber ou dar importância a ela, que não se compreende a atualidade e a realidade universais e não se chega à conclusão se existe ou não um único Deus ou muitos deuses, ou nenhum. Quem torce o nariz ou sorrí maliciosamente perante estas palavras mostra apenas onde começa e termina sua ignorância, do mesmo modo como, quem não aceita o átomo, ignora o que é a matéria. Um átomo tem uma infinidade de pontos, assim como todo o planeta Terra também tem uma infinidade de pontos, o que não significa que a Terra tem o mesmo tamanho de um átomo. Quem não está conseguindo compreender este texto, assim, tão primário, deve se preocupar porque não conseguirá compreender mais nada intelectualmente, vivendo apenas emocionalmente, como animal, que apenas se move (anima = movimento). Ninguém deve se ofender com estas palavras, do mesmo modo como não se ofende quando um médico declara sua incapacidade de ouvir, temporariamente. A constatação de que se tem um problema serve apenas para uma coisa: começar a tentar resolvê-lo.

Se estamos todos convencidos de que temos de saber o que é um ponto, passemos ao passo seguinte: um ponto é uma posição no universo infinito. Sem qualquer dimensão, um ponto É nada, mas tem uma posição definida no espaço total do universo. Voltando à caneta e ao papel, podemos marcar ali um círculo de meio milímetro de diâmetro e dizer que lá ESTÁ um ponto e não apenas um, mas uma infinidade deles, porque, não tendo ele dimensão (dimensão zero), uma infinidade de zeros cabe em qualquer lugar, seja em meio milímetro, em um milhão de quilômetros ou em todo o espaço infinito.
É esquisito, mas é verdadeiro. Para fechar esse raciocínio, só precisamos dizer que esse ponto, ainda que num círculo de meio milímetro de diâmetro, deverá ter uma posição determinada, entre aquela infinidade delas, possíveis. É DE ENLOUQUECER? Seria, se não descobríssemos o que, científicamente, resolve o problema: o que determina a posição única desse ponto (dimensão zero) é sua própria consciência dela, em relação a todos os outros - os mais próximos - sem ter qualquer importância, quantos e quais estão à sua volta. NÃO HÁ OUTRO MODO DE FAZÊ-LO. Assim, cientificamente, somente a própria consciência de um ponto pode determinar sua posição, não só em relação à sua vizinhança, como a todo o Universo. Se assim é, temos de aceitar que existe consciência assim fundamental em todos os pontos do Universo e portanto, própria do Universo como um todo.

Nossa dificuldade em absorver esta idéia encontra-se no fato de que se diz tradicionalmente e se define a "consciência" como "atributo altamente desenvolvido na espécie humana", embora seja evidente que todos os animais sejam conscientes, por exemplo, de sua posição e seus movimentos no espaço; assim como, certamente, também os vegetais, as próprias células vivas que se encontram nestes e até as partículas que circulam livremente num átomo. É evidente que há consciência em tudo o que se relaciona no espaço, quer em posição, quer em velocidade, quer em massa, com outros elementos, sejam de que natureza e dimensão forem. Essa visão da consciência apenas humana já é tão ultrapassada, hoje, como o era a noção de estrela no Império Romano. Logo, tudo isso estará muito claro para todos. Quem quiser saber mais, deve ler gratuitmente no Google, o nosso artigo "Teoria Unificada do Universo", que é fundamental para compreender a revolução que ocorrerá neste Terceiro Milênio. Não penetrar neste novo mundo é optar por ficar de fora do que já começa a acontecer e só os poucos mais informados estão percebendo.

Adinoel Motta Maia