sexta-feira, 22 de março de 2013

A FÉ QUE MOVE MONTANHAS


Crônica científica

Assim como os pais punem seus filhos, para que não repitam seus erros e assim cresçam com autocrítica e responsabilidade, respeitando as leis e praticando sistema e ordem; a Mãe Natureza e Deus-Pai (a Lei Cósmica) punem os indivíduos que os desconhecem ou desobedecem, ainda que para isso sua ação atinja coletivamente culpados e inocentes, porque a ninguém é permitido compartilhar com quem está em omissão ou em erro. A isso se chama de Educação, que não é apenas estar sentado num banco escolar e ouvir sobre o que se escreveu em livros, para se obter o conhecimento necessário a se exercer uma profissão com o fim imediato de ganhar dinheiro. Isto seria apenas uma das aplicações do processo educativo, que começa por levar o indivíduo a conhecer a si próprio, psíquica e fisicamente.

Costuma-se dizer que a Educação atua em dois campos: o da Religião e o da Ciência. Assim, separados, promovem exclusividade ou maior ênfase para um deles, de modo a se dizer que a humanidade estaria dividida em dois blocos: o dos religiosos e seus seguidores e o dos cientistas e seus discípulos. Verifica-se que eles estão em conflito, neste momento da humanidade, porque se acredita que sejam contraditórios. Os agentes da Fé e da Razão optaram por opor-se, ao adotarem posturas e propostas excludentes. A postura da Fé, não dela própria, mas dos que adotam o seu método, é a de manter os homens na ignorância e acreditar que podem chegar a seus objetivos apenas com a proposta de pedir e conseguir. A postura da Razão, isto é, dos que a seguem, ao contrário, é a de lavrar o solo psíquico para obter os dados com a pesquisa e processá-los com o estudo, a análise, dos quais surge o conhecimento revelador, a Luz que ilumina e promove a evolução. A Fé deu o nome de Lúcifer para quem faz a Luz, isto é, para quem promove a Razão. Assim esse Lúcifer é o diabo contra o qual todos os religiosos são colocados.

Isto seria conclusivo, se não se considerasse um importante ingrediente na receita. Pode-se conseguir atingir objetivos de vida apenas com a Fé. O problema é que, para isso, é indispensável que o homem evolua em estrutura neural para se ampliar o número de neurônios no cérebro (capacidade de memória) e aumentar extremamente a velocidade de processamento de dados, nele, de modo que o processo racional, assim tão rápido, pareça ser instantâneo. Em outras palavras: a Fé nada mais é do que a Razão em velocidades instantâneas, de modo que a inteligência é substituída pela sapiência. É evidente que não é com a ignorância, que se chega a ela, mas, ao contrário, com o conhecimento absoluto.

A aparente contradição deste exercício mental está em se acreditar que uma pessoa ignorante, com Fé, pode obter tudo o que quer e precisa. A verdade, contudo, nunca é contraditória. Tomando a Igreja Católica como exemplo, podemos verificar que esta interfere no processo, oferecendo um intermediário aos fiéis ignorantes. Assim, ao mandar que esses fiéis peçam com fervor a um Santo, em verdade, está indicando um ser sapiencial, que já foi intelectual ao viver na Terra e passou para o "Reino de Deus", que é o lugar dos sapienciais (vejam a palavra "sapiência" no dicionário), para que ele seja intermediário do seu pedido, pois a Fé só realiza milagres, se o pedido é feito por quem processa informações naquela velocidade extrema.

É aí que entra a nossa colocação, de que nós, os animais intelectuais, em processo de evolução para nos tornarmos sapienciais, em quantas vidas sejam necessárias, fazendo ciência, possamos compreender como aqueles animais ainda de baixa intelectualidade - por isso ignorantes - podem obter resultados positivos com a Fé, usando seres sapienciais como intermediários. Essa fé humana não realiza o milagre, mas pode ser o meio de chegar ao sapiencial que o realiza. Não é fácil colocar isso num texto curto, de modo que, se houver alguma dúvida, sugiro reler tantas vezes esta crônica quantas sejam necessárias para que todas as palavras cumpram sua missão.

Adinoel Motta Maia
 
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