sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

MATÉRIA ESCURA É MATÉRIA?

Crônica científica para todos

Nossas crônicas das sextas-feiras, em 2013, terão abordagem científica, com a proposta de que todas as pessoas - com qualquer nível de escolaridade - poderão encontrar aqui não só o registro, mas a abordagem ainda que meramente introdutória dos mais novos, interessantes e importantes assuntos do conhecimento, sempre associado ao noticiário atual e mundial, na tentativa de popularizar a Ciência.

A exploração que a mídia internacional fez em torno do fim do calendário maia, ao longo dos últimos dois anos, associando-o a um mal interpretado fim do mundo considerado proposto no livro do Apocalipse de João de Patmos, é um exemplo de como se pode explorar a ignorância das camadas menos informadas da população, levando-a até o pânico. Por outro lado, a postura meramente depreciativa dos bem informados, tratando o assunto como apenas alienante, sem considerar como toda e qualquer discussão pode ser aproveitada para a educação ou no mínimo, a informação correta, foi, nesse caso, igualmente lamentável.

A verdade é que a quase totalidade da população mundial, inclusive de cientistas, está cheia de afirmações pré-estabelecidas, onde as pessoas se prendem como fundações irremovíveis, sobre as quais se constrói sólidos edifícios da própria Ciência. A História tem mostrado como basta uns poucos séculos ou mesmo algumas décadas, para jogar por terra essas pedras fundamentais e consequentemente o que se construiu sobre elas.

Um bom exemplo disso era a idéia de que o espaço cósmico é um vácuo no qual as estrelas flutuavam, nada existindo entre elas ou entre as galáxias por elas formadas. Meros cinquenta anos atrás, este era o conhecimento passado a todos, nas melhores escolas. Ainda hoje, é o que se ensina em escolas brasileiras, por exemplo. Em muitos casos, sem que ninguém aprenda coisa alguma e ainda assim recebam o canudo e deixem os famosos "bancos escolares", porque há mais gente precisando dos tais bancos e de canudos para engorda das estatísticas de interesse político dos governos federal, estaduais e municipais. Farra e farsa.

Nos meios universitários, nas instituições científicas ligadas à Astrofísica, em todo o mundo, no entanto, já há um consenso de que o espaço cósmico onde nada se pensava existir, é constituido por um tipo ainda desconhecido de matéria que não é visível por nossos equipamentos, naturais ou artificiais, por isso mesmo chamada de "matéria escura". Sabe-se que ela está lá porque há relações gravitacionais que estão sendo feitas, medidas, que só podem ocorrer se houver algum tipo de massa a provocá-las. Grosseiramente, poderíamos comparar esse fenômeno a um outro, imaginando que nós, pedestres, atravessando uma rua, batêssemos em coisas que estariam no ar, sem as vermos. No caso da "matéria escura", em lugar de batidas, tem-se atração.

A grande discussão que já se estabelece está centrada na natureza dessa "massa", que ninguém vê, ninguém toca, ninguém sabe o que é, mas é suficiente para alterar o equilíbrio gravitacional, ou seja, o comportamento do que existe no espaço cósmico. É muito importante divulgar isso, porque estamos precisando da opinião de todos. As grandes descobertas costumam ser feitas por pessoas totalmente fora do contexto, justamente porque as que estão dentro encontram-se tão comprometidas com o "conhecimento oficial" que não ousam pensar fora dele. Neste caso específico, onde todos patinam e escorregam, parece-nos possível que o problema esteja no conceito de "massa", associado a matéria, assim como no de "gravidade", como atração entre "corpos".

De repente, podemos dizer que todo o espaço cósmico está cheio de "nada", mesmo porque no início só existia esse "nada". É muito fácil ver isso. Minha "Teoria Unificada do Universo" (pode-se ir ao Google para saber o que é isso, entrando-se com esse título com as aspas) e meu livro "A Cruz dos Mares do Mundo" falam que "massa é quantidade de pensamento" e que existe uma atração (amor ou gravidade) tanto psíquica como física. Matéria escura pode muito bem não ser matéria, mas apenas "quase matéria" ou até mesmo apenas estruturas de consciência com velocidade superior à da luz, fora do campo da Física, mas no da Psíquica. Não faz mal algum pensar nessas coisas, mas para a Física isto é pecado mortal. Daí, a dificuldade...

Deu para enender? Na próxima semana tem mais.

Adinoel Motta Maia