Passei os anos 9o (século XX) como convidado e trabalhando na Feira do Livro de Frankfurt. Vi surgir, ali e assim, mundialmente, o e-book, o livro eletrônico feito para ser lido nos monitores dos computadores pessoais. Nestes dez primeiros anos do século XXI, criou-se e produziu-se o aparelho digital para a leitura desses e-books, que assim ganharam corpo próprio, com a proposta de substituir o livro impresso.
Costuma-se tranquilizar os gráficos, afirmando-se que a televisão não acabou com o cinema e o rádio, porque estes se adaptaram e desenvolveram outras vocações. É verdade, mas o rádio perdeu a novela, os programas de auditório e até os humorísticos, encontrando sua subsistência nos noticiários e coberturas jornalísticas ao vivo (principalmente as desportivas) não feitas pela TV.
Assim, o livro impresso continuará necessário em algumas aplicações e nichos onde é mais vantajoso, mas certamente perderá o mercado dos best-sellers para o entretenimento e a auto-ajuda, nas livrarias, porque estes textos costumam ser descartados após a primeira leitura e aí a sua forma digital é mais prática e barata, com recursos de imagem e memória inigualáveis.
Seria inevitável a migração imediata e total dos autores de ficção de aventura, mistério e suspense - por exemplo - para o formato eletrônico. Um dos muitos efeitos da mudança. Foi assim pensando, que me ocorreu uma idéia salvadora: a inclusão do livro entre as mídias impressas, angariando anúncios, como na televisão aberta, suficientes para manter os custos de produção impressa e distribuição das obras (como nos programas de TV).
A distribuição dirigida e gratuita é a tábua de salvação para o romance impresso que se tornava best-seller e a partir de agora não precisa ser mais vendido, assim concorrendo com a leitura digital, mais barata, mas não mais prática, porque exige a compra e manutenção do aparelho leitor, entre outras incomodidades.
Recebido gratuitamente, o livro impresso pode ser imediatamente descartado por doação ou empréstimo, o que aumenta sua circulação e seu poder de mídia entre o produtor de bens e serviços e o seu mercado, além do que a sua perenidade é maior, muito maior, que a da revista (uma semana ou um mês antes de ser jogada fora), o jornal (um ou dois dias sobre os móveis da casa) e a televisão ou o rádio, onde o anúncio é visto ou ouvido por não mais que um minuto, só sendo percebido com a sua repetição.
Assim vantajoso para o anunciante, também funcionando ao lado de outras mídias, em campanhas publicitárias, o livro impresso gratuito só cumpre esse papel, no entanto, se houver um critério rigoroso na seleção do seu conteúdo, que tem de se mostrar indispensável para a leitura, sendo inadmissível a mediocridade na linguagem ou no conteúdo, assim como a vanguarda artística ou o excesso de erudição. Esta, como a arte, no livro que deve ser popular, muito procurado, é desejável apenas como decoração. Um vaso de flores num corredor de paredes duras e frias cuja função é melhorar a circulação.
Da teoria à prática, sentí-me na obrigação de realizar a experiência com essa proposta e assim criei o selo AMME (Adinoel Motta Maia Editor). Fui à Bienal do Livro de São Paulo, em agosto último e me encantei com a proposta de impressão digital por demanda, que conheci no estande da Singular (Grupo Ediouro), onde fui muito bem recebido pelo seu E-Publisher, Cláudio Soares.
Naquele universo editorial brasileiro, destacava-se como o caminho da salvação.
Coordenando um projeto no Gabinete Português de Leitura de Salvador, para se comemorar neste ano, pela primeira vez, a descoberta da Baía de Todos os Santos (semana de 29/setembro a 05/outubro), estou correndo contra os prazos para fechar um patrocínio (ou vários) que me permita(m) cobrir os custos de uma primeira impressão, de uma primeira edição, do meu romance inédito A Cruz dos Mares do Mundo, de aventura, mistério e especulação filosófica e científica - ficção policial e científica - que abre a trilogia Nortada (ver matéria neste blog sobre 2000 anos de história em três romances) para ser lançado gratuitamente durante aquele evento, como amostra pioneira, talvez histórica, que testará a teoria. Um livro perene, com folhas de rosto dos capítulos dedicadas ao informe publicitário e com sucessivas reimpressões por demanda dos anunciantes, à disposição das agências de publicidade, das empresas e até das pessoas físicas, com tiragens ao gosto do cliente.
O selo AMME, como já dito em matéria anterior neste blog, estará à disposição também de outras editoras que quiserem publicar as obras patrocinadas e gratuitas do catálogo AMME, sem misturá-las com as obras vendidas, do seu próprio catálogo, com seu próprio selo.
Neste momento, estou colocando os dados para inclusão nos debates que tentam elucidar o enredo, o cenário e os personagens envolvidos nesta empolgante aventura em que se lança o mundo editorial. Não vejo conflito entre o impresso e o digital. Vejo uma riqueza de possibilidades a serem trabalhadas por cada pessoa física ou jurídica, conforme suas propostas, potencialidades e competências.
Mantenham-se ligados aqui, para acompanhar os passos que já estão sendo dados nesta experiência. O próximo deles será a definição do parceiro que cuidará do projeto e produção gráficos da obra primeira a sair com o selo AMME. Uma editora ou uma agência de publicidade?
Já conversamos com alguns empresários do ramo. A decisão por um deles não elimina os outros, porque este selo não é exclusivo de uma empresa. Uma das características desta proposta é que, ao invés de uma editora com vários selos, este é um selo que pode ser absorvido por várias editoras. Sucessiva ou simultâneamente.
domingo, 26 de setembro de 2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010
O SELO AMME
PUBLICO AQUI, HOJE, A SEGUIR, UM "RELEASE" A SER ENVIADO À MÍDIA E A TODOS OS EDITORES DE LIVROS DO BRASIL, ASSIM COMO A AGÊNCIAS DE PUBLICIDADE QUE DESEJEM SER PARCEIRAS DE EDIÇÕES COM O SELO AMME
Ação em prol do livro impresso
As editoras de livros costumam ter um selo para marcar suas edições, reproduzindo o nome da própria empresa na capa de todos os exemplares publicados. Casos há em que uma delas tem vários selos, além deste, derivado do próprio nome, para caracterizar cada um dos produtos oferecidos ao público. Assim, por exemplo, seus romances de aventura receberiam o selo AÇÃO impresso na capa. Os de sexo, ERÓTICA. E assim por diante...
Não se sabe, ainda, da existência de um mesmo selo utilizado por diferentes editoras, isto é, um tipo de livro com as mesmas características, que teria um selo próprio, para identificá-lo, podendo ser publicado por várias delas. Seria o caso de uma obra, por exemplo, de ficção científica, intitulada “Águas de Marte”, podendo ser publicada por duas ou mais empresas editoriais, mas em todas elas com o selo FICCI, para aproveitar esta marca, indicativa das várias características próprias dessa obra. Isto é possível? Não só o é, como está sendo realizado, como proposta do escritor Adinoel Motta Maia (cinco livros publicados por diversas editoras [1]), que assim se veste com a pele de editor não apenas para publicar seus próprios livros, mas para fazê-lo em parceria com empresas diversas, inclusive editoras com catálogo próprio e que desejem ter mais esta obra, nele.
Surge, assim, o selo AMME (Adinoel Motta Maia Editor) para designar um tipo de livro selecionado por este ou de sua própria autoria, com a principal característica de ser obra de entretenimento como suporte para transmissão do conhecimento, com informação derivada de estudo e pesquisa científicos, quer como ficção, quer como realidade. Se ficção, de aventura, mistério e suspense. Se realidade, para a orientação turística, a divulgação científica ou a reportagem jornalística, por exemplo, sempre com textos leves, em linguagem acessível a todos os leitores. A obra que todos os editores querem ter, sem os custos de procurá-la e os riscos de não encontrá-la.
Outra característica dos livros com o selo AMME será a sua gratuidade para o leitor, com distribuição dirigida e conseqüente garantia de esgotar a edição no lançamento, com evidente sustentabilidade para as mensagens publicitárias inseridas em suas páginas, com as quais se remunera o editor e o autor e se paga os custos de produção.
Pretende, com isso, Adinoel, garantir a permanência do livro impresso no mercado, enfrentando a concorrência do livro eletrônico que o ameaça não só nas livrarias como em lojas de eletrodomésticos e logo até em feiras ao ar livre, assim como na Internet, oferecendo, nesse mar agitado, uma bóia aos autores, assim como aos empresários e profissionais gráficos em crescente perigo de inanição.
Por outro lado, oferece parceria a editoras que têm selo próprio e poderão anexar este AMME ao seu elenco de produtos sempre que precisar uma obra com tais características e suporte financeiro para distribuí-la gratuitamente, sendo o selo AMME, para o leitor, uma garantia de bom entretenimento, boa informação e boa qualidade gráfica, gratuitos.
Para lançar o seu selo, o escritor e a partir de então também editor Adinoel Motta Maia está disponibilizando o seu livro inédito “A Cruz dos Mares do Mundo”, primeiro de uma trilogia na qual trabalha há 13 anos e que resumirá 2000 anos de história e geografia globais [2], para mostrar a busca do chamado Reino de Deus pelo homem, dentro de uma ficção policial e científica de mistério, com cenários visitados pelo autor na Ásia, Europa e América.
Além de seus próprios livros, Adinoel se dispõe a colocar seu selo de recomendação em obras de outros autores que as escrevam para o entretenimento, com informação científica, fruto de pesquisas geográficas, históricas, físicas e psíquicas.
O selo AMME será lançado na I Semana da Descoberta da Baia de Todos os Santos, por ele coordenada, marcada para 28 de outubro a 05 de novembro de 2010 e que será envolvida pela exposição “Todos os Barcos do Mundo”, a se realizar no Gabinete Português de Leitura de Salvador, entre os dia 28 de setembro e 28 de novembro deste ano, abrindo-se agenda de visitação para grupos escolares de Salvador e demais municípios do Recôncavo da Baía de Todos os Santos.
ATENÇÃO!
A partir de hoje, até 30 de novembro, acompanhe neste blog “Reflexos no Espelho” (http://adinoel-adinoelmottamaia-adinoel.blogspot.com) as notícias da Semana da Baía de Todos os Santos e dos eventos paralelos que serão realizados nela, como o lançamento do Selo AMME.
NOTAS
[1] “Humanidade – Uma Colônia no Corpo de Deus”, Edições Melhoramentos, São Paulo, 1981; “Morte na Politécnica”, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1990; “O Alienígena Telúrico” – Editora do Brasil na Bahia, Salvador, 1993; “Iate Clube da Bahia – 60 Anos de História”, YCB, 1995; “A Era Ford”, Casa da Qualidade, Salvador, 2002.
[2] Ver neste blog, o texto “2000 Anos de Evolução em Três Romances” (julho de 2010).
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
O MISTÉRIO DO INÍCIO
O Nascimento do Universo
No início era o Nada, diz a Bíblia, mas nunca houve um espaço que fosse NADA, porque o espaço é consciência. A consciência não surgiu no espaço NADA. Não foi o espaço quem criou a consciência, mas esta quem criou o espaço. Foi a consciência do SOU e em seguida a do ESTOU, que determinou as três direções e a duração do espaço, como já vimos em outros textos deste blog.
Agora, temos de enfrentar a questão maior, que, uma vez respondida, fecha todo o assunto: quando e como foi o início de tudo.
Não há como fugir da evidência de que o ESPAÇO que constitui o Universo Infinito SEMPRE existiu, mas esse SEMPRE significa exatamente isso: desde que tudo começou. Como aceitar que num espaço NADA, que nunca teve início nem jamais terá fim, houve um começo, um início de um espaço TUDO? Ainda evidentemente, só há uma explicação: o espaço, seja o NADA, seja o TUDO, é uma criação da consciência, porque é ela própria.
Se quisermos, podemos dizer que esse início foi um nascimento. O nascimento da consciência.
Um nascimento explosivo.
Não a explosão de algo que já existia e portanto não era início de coisa alguma, como se fala do Big Bang, como um processo de detonação de toda a matéria e energia concentradas num minúsculo corpo de massa extremamente densa.
Dizemos “explosivo” porque extremamente rápido, mas não necessariamente “de dentro para fora”, como sugere a etimologia da palavra. Temos a tendência de associar um processo a um ser ou objeto que o realiza ou onde se realiza e com isso acreditar que é sempre algo, o que explode, a partir do que cresce em velocidade extrema, instantâneamente no início. Isso tem levado a Física a acreditar na explosão inicial como explosão de alguma coisa extremamente pequena e densa, que vem crescendo continuamente e se espalhando por “um” espaço que também está crescendo, ao qual se chama Universo. Com Einstein, esse espaço incorporou o “tempo” como sua quarta dimensão, indispensável para a ilusão da relatividade, fundamental para o pólo da realidade, da Física.
Um Universo relativo, de ilusão, portanto.
Não podemos considerar um início, jamais, em processo algum, contudo, sem introduzir o outro pólo até hoje desprezado: a atualidade. Todo início ocorre num agora. Um agora em todo o espaço infinito que só existe porque há consciência nele, em todo ele, como já vimos em outros textos deste blog.
O que é explosivo, instantâneo, é o processo de velocidade extrema, da evolução dessa consciência para estruturas sucessivamente mais complexas, em sucessivos agoras, como também já vimos, aqui. O processo e não o ser ou o objeto, porque essa consciência não cresceu nem cresce de dentro para fora. Essa consciência está em todo o espaço sem dentro e sem fora, sempre esteve e sempre estará ali, mas evolui em estruturas cada vez mais complexas em todo ele. Essa evolução de todo o espaço infinito – não apenas de um “átomo primordial” – é que foi inicialmente explosiva, a partir de então existindo o SEMPRE em velocidade decrescente e complexidade/estabilidade crescente.
Tudo é, portanto, uma questão de velocidade. Essa consciência surgiu e evoluiu a partir de uma velocidade instantânea, tudo acontecendo ao mesmo tempo, daí se poder falar em “explosão”. Repetimos para que não se esqueça. A explosão é uma ocorrência em velocidade extrema. Uma queima lenta é uma queima, uma queima ultra-rápica é uma explosão. Uma população que cresce lentamente é um aumento populacional, mas esse processo muito rápido é uma explosão populacional. Assim, no início, foi uma explosão de consciência que ocorreu simultaneamente em todos os pontos do espaço infinito e a velocidade desse processo, no domínio da PSÍQUICA, foi diminuindo até que a consciência com a velocidade do pensamento evoluiu para estruturas mais complexas e estáveis, com menores velocidades, até se criar a energia (velocidade da radiação) e finalmente a matéria (velocidade dos corpos), ambos no domínio da FÍSICA, onde o limite superior de velocidade é o da luz.
Na base de tudo isso está a duração da consciência, que os físicos têm chamado de “tempo”. Além dessa duração, a consciência tem três direções ortogonais básicas, a partir das quais, uma infinidade de outras, intermediárias, que constituem o “espaço matemático ou geométrico”, psíquico, absoluto, atual (duração zero). A consciência com essas três direções fundamentais e uma duração maior que zero, forma o “espaço físico”, que é o da ilusão, o da relatividade, que depende da natureza e posição do observador.
A estrutura psíquica com velocidades (do pensamento) decrescentes desde a atualidade até a velocidade da luz, criou a realidade da energia e da matéria, onde a duração crescente de consciência determina maior estabilidade, até se ter estruturas como a das nebulosas (nuvens de gases no espaço cósmico), onde nascem as estrelas, que formam planetas, onde surgem os líquidos e sólidos, como minerais básicos mais estáveis e menos velozes.
A estrutura psíquica de uma pedra é estável por milhões de anos, enquanto um gás se expande e se esgota rapidamente. Antes deste, as partículas que compõem a matéria movem-se com maior velocidade e são menos estáveis. Assim por diante, as partículas livres da quase-matéria e as estruturas ondulatórias ainda são mais velozes e menos estáveis até se chegar à velocidade da luz. Acima desta, só há pensamento, estruturas de consciência da atualidade, do agora, de duração infinitamente próxima de zero, que se sucedem em transformações instantâneas, digamos, explosivas.
Pode-se dizer que o Universo é um campo de explosões, o dos macróbios, os seres que nascem, crescem e morrem, de dimensões macrocósmicas. Um desses seres é o nosso limitado “universo”, este sim, nascendo há cerca de 13 bilhões de anos com o que se chama de “Big Bang”.
A idéia deste texto, agora publicado, ocorreu-me no dia 10 de setembro de 2010, na janela da sala do meu apartamento, às 5:30hs, em frente ao Sol que nascia, quando tive o insight definitivo que completa a visão do ato da auto-criação do Universo Infinito.
Este fenômeno inicial, portanto, que estabeleceu e determinou a existência do espaço em uma duração e três direções infinitas, constituído por uma infinidade de pontos infinitesimais conscientes de sua existência, com intervalos tão pequenos que se fossem menores não existiriam, teve uma duração também infinitesimal (este, o insight acima referido), numa atualidade, um agora tão pequeno que se fosse menor não teria ocorrido, assim saindo do nada – conjunto vazio – para um espaço infinito apenas consciente de suas infinitas posições infinitesimais. A partir daquele primeiro “agora” criador, em sucessivos “agoras” tão próximos um dos outros que se fossem mais próximos não existiriam, as consciências puntuais se uniram em estruturas de consciência de posição na reta (uma direção), no plano (duas direções) e no sólido (três direções), em sucessivos “agoras” de duração infinitesimal, sempre no sentido de formar estruturas de consciência cada vez mais complexas, a partir da consciência do tetraedro infinitesimal constituído por quatro vértices (pontos) tão próximos que se fossem mais próximos seriam um só ponto. Tetraedros conscientes, que se ligariam em linha por seus vértices formando ondas conscientes ou em aglomerados quase esféricos, por seus lados justapostos, formando corpúsculos conscientes livres, inicialmente instáveis e posteriormente estáveis, sendo tais ligações resultantes também de consciência própria. Este seria um universo apenas de pensamento – psíquico – que em velocidades instantâneas formavam estruturas de consciência SOU em todo o espaço infinito, logo seguidas de consciência ESTOU em “agoras” sucessivos de consciência do outro. Tão complexos se tornaram esses aglomerados de consciência, que se tornaram “pesados”, com massa, que assim é quantidade de pensamento, de tal modo que uma sucessão de agoras ganhou dimensão e com isso surgiu a estrutura física. Com esta, apareceu a realidade em quatro dimensões (uma duração e três direções), mas uma realidade livre, de ondas e corpúsculos (partículas) infinitesimais a se moverem em velocidades quase instantâneas. Tornando-se mais volumosas e complexas, as ondas e partículas perderam velocidade, passando de valores psíquicos para outros, bem menores, físicos, isto é, da atualidade para a realidade. A atração da consciência que ligava pontos, linhas, planos e sólidos geométricos do universo puramente matemático passou a ter estado de força e assim surgiu aquela que fez a massa (quantidade de consciência) atrair outra massa, submetendo-a ao seu campo e criando a energia e a matéria, em “quantuns” ainda muito pequenos. Das partículas livres de quase-matéria (quamas) para as que se submeteram a tal força, formando o átomo, ocorreu um processo contínuo de criação que ainda não terminou, obedecendo uma lei de atração e outra, de evolução, na formação de estruturas cada vez mais complexas e mais estáveis de consciência, cujo ápice, para nós, animais humanos intelectuais, é a matéria física – apenas um produto dessa consciência – que também evolui para outros estados de consciência provavelmente já existentes, mas ainda não conhecidos ou sequer percebidos por nossos egos em evolução. Com esta perspectiva, é evidente que há um crescente acúmulo de massa em todo o processo, que tende para um limite: o total de toda a consciência universal, infinitamente grande. Nessa evolução do ego, em massa e complexidade, uma estrutura humana, por exemplo, formada por átomos, seria algo desprezível, se comparada a uma outra formada por galáxias ou conjuntos destas. O ego maior, de toda a consciência assim aglomerada no universo infinito, consciente de toda a existência, seria aquilo ou aquele a quem damos o nome de Deus, que certamente não tem conhecimento especifico de cada um de nós ou de nossa galáxia, do mesmo modo como não temos conhecimento específico de cada átomo de nosso corpo ou muito menos ainda do ser que possa habitar um elétron desse átomo.
Já é muito, portanto, que sejamos iluminados para ver o que está exposto assim objetivamente neste texto, cujo propósito, neste momento, é mostrar que esse Deus existe, sim, porque se o negássemos, negaríamos a existência de todo o Universo. Parece evidente, também, que ele criou o Universo, porque Ele é o Universo e assim, criou a si próprio, num processo instantâneo, saindo do Nada para o Tudo com a velocidade explosiva do pensamento, isto é, da consciência que sempre existiu em cada ponto, sem início e sem fim, mas em permanente e contínua evolução do Todo e de cada uma de suas partes individualizadas em egos tão primários quanto a consciência do ponto e tão definitivos quanto a consciência total do espaço. Podemos dizer, assim, que, como nosso Ego, eterno, em contínua evolução, também o Ego de Deus evolui, desde o Nada que foi até onde puder ir o Tudo, em complexidade de consciência.
OBSERVAÇÃO BIBLIOGRÁFICA: Meus primeiros textos sobre este assunto surgiram no Jornal da Bahia, a partir da década de 70, a cada domingo. Em 1981, pela Edições Melhoramentos (São Paulo), foi publicado meu livro “Humanidade – Uma Colônia no Corpo de Deus”. Seguiram-se artigos também no jornal A Tarde, de Salvador (décadas de 80 e 90). Em 2009, publiquei o artigo “Teoria Unificada do Universo” na Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (disponível no Google, bastando pesquisar com seu título, o nome do autor e a palavra “consciência”). Finalmente, neste blog, aos sábados, desde março até maio/2010 e em textos que foram publicados em seguida, até hoje, aqui. Tudo isso será reestruturado num único livro.
No início era o Nada, diz a Bíblia, mas nunca houve um espaço que fosse NADA, porque o espaço é consciência. A consciência não surgiu no espaço NADA. Não foi o espaço quem criou a consciência, mas esta quem criou o espaço. Foi a consciência do SOU e em seguida a do ESTOU, que determinou as três direções e a duração do espaço, como já vimos em outros textos deste blog.
Agora, temos de enfrentar a questão maior, que, uma vez respondida, fecha todo o assunto: quando e como foi o início de tudo.
Não há como fugir da evidência de que o ESPAÇO que constitui o Universo Infinito SEMPRE existiu, mas esse SEMPRE significa exatamente isso: desde que tudo começou. Como aceitar que num espaço NADA, que nunca teve início nem jamais terá fim, houve um começo, um início de um espaço TUDO? Ainda evidentemente, só há uma explicação: o espaço, seja o NADA, seja o TUDO, é uma criação da consciência, porque é ela própria.
Se quisermos, podemos dizer que esse início foi um nascimento. O nascimento da consciência.
Um nascimento explosivo.
Não a explosão de algo que já existia e portanto não era início de coisa alguma, como se fala do Big Bang, como um processo de detonação de toda a matéria e energia concentradas num minúsculo corpo de massa extremamente densa.
Dizemos “explosivo” porque extremamente rápido, mas não necessariamente “de dentro para fora”, como sugere a etimologia da palavra. Temos a tendência de associar um processo a um ser ou objeto que o realiza ou onde se realiza e com isso acreditar que é sempre algo, o que explode, a partir do que cresce em velocidade extrema, instantâneamente no início. Isso tem levado a Física a acreditar na explosão inicial como explosão de alguma coisa extremamente pequena e densa, que vem crescendo continuamente e se espalhando por “um” espaço que também está crescendo, ao qual se chama Universo. Com Einstein, esse espaço incorporou o “tempo” como sua quarta dimensão, indispensável para a ilusão da relatividade, fundamental para o pólo da realidade, da Física.
Um Universo relativo, de ilusão, portanto.
Não podemos considerar um início, jamais, em processo algum, contudo, sem introduzir o outro pólo até hoje desprezado: a atualidade. Todo início ocorre num agora. Um agora em todo o espaço infinito que só existe porque há consciência nele, em todo ele, como já vimos em outros textos deste blog.
O que é explosivo, instantâneo, é o processo de velocidade extrema, da evolução dessa consciência para estruturas sucessivamente mais complexas, em sucessivos agoras, como também já vimos, aqui. O processo e não o ser ou o objeto, porque essa consciência não cresceu nem cresce de dentro para fora. Essa consciência está em todo o espaço sem dentro e sem fora, sempre esteve e sempre estará ali, mas evolui em estruturas cada vez mais complexas em todo ele. Essa evolução de todo o espaço infinito – não apenas de um “átomo primordial” – é que foi inicialmente explosiva, a partir de então existindo o SEMPRE em velocidade decrescente e complexidade/estabilidade crescente.
Tudo é, portanto, uma questão de velocidade. Essa consciência surgiu e evoluiu a partir de uma velocidade instantânea, tudo acontecendo ao mesmo tempo, daí se poder falar em “explosão”. Repetimos para que não se esqueça. A explosão é uma ocorrência em velocidade extrema. Uma queima lenta é uma queima, uma queima ultra-rápica é uma explosão. Uma população que cresce lentamente é um aumento populacional, mas esse processo muito rápido é uma explosão populacional. Assim, no início, foi uma explosão de consciência que ocorreu simultaneamente em todos os pontos do espaço infinito e a velocidade desse processo, no domínio da PSÍQUICA, foi diminuindo até que a consciência com a velocidade do pensamento evoluiu para estruturas mais complexas e estáveis, com menores velocidades, até se criar a energia (velocidade da radiação) e finalmente a matéria (velocidade dos corpos), ambos no domínio da FÍSICA, onde o limite superior de velocidade é o da luz.
Na base de tudo isso está a duração da consciência, que os físicos têm chamado de “tempo”. Além dessa duração, a consciência tem três direções ortogonais básicas, a partir das quais, uma infinidade de outras, intermediárias, que constituem o “espaço matemático ou geométrico”, psíquico, absoluto, atual (duração zero). A consciência com essas três direções fundamentais e uma duração maior que zero, forma o “espaço físico”, que é o da ilusão, o da relatividade, que depende da natureza e posição do observador.
A estrutura psíquica com velocidades (do pensamento) decrescentes desde a atualidade até a velocidade da luz, criou a realidade da energia e da matéria, onde a duração crescente de consciência determina maior estabilidade, até se ter estruturas como a das nebulosas (nuvens de gases no espaço cósmico), onde nascem as estrelas, que formam planetas, onde surgem os líquidos e sólidos, como minerais básicos mais estáveis e menos velozes.
A estrutura psíquica de uma pedra é estável por milhões de anos, enquanto um gás se expande e se esgota rapidamente. Antes deste, as partículas que compõem a matéria movem-se com maior velocidade e são menos estáveis. Assim por diante, as partículas livres da quase-matéria e as estruturas ondulatórias ainda são mais velozes e menos estáveis até se chegar à velocidade da luz. Acima desta, só há pensamento, estruturas de consciência da atualidade, do agora, de duração infinitamente próxima de zero, que se sucedem em transformações instantâneas, digamos, explosivas.
Pode-se dizer que o Universo é um campo de explosões, o dos macróbios, os seres que nascem, crescem e morrem, de dimensões macrocósmicas. Um desses seres é o nosso limitado “universo”, este sim, nascendo há cerca de 13 bilhões de anos com o que se chama de “Big Bang”.
A idéia deste texto, agora publicado, ocorreu-me no dia 10 de setembro de 2010, na janela da sala do meu apartamento, às 5:30hs, em frente ao Sol que nascia, quando tive o insight definitivo que completa a visão do ato da auto-criação do Universo Infinito.
Este fenômeno inicial, portanto, que estabeleceu e determinou a existência do espaço em uma duração e três direções infinitas, constituído por uma infinidade de pontos infinitesimais conscientes de sua existência, com intervalos tão pequenos que se fossem menores não existiriam, teve uma duração também infinitesimal (este, o insight acima referido), numa atualidade, um agora tão pequeno que se fosse menor não teria ocorrido, assim saindo do nada – conjunto vazio – para um espaço infinito apenas consciente de suas infinitas posições infinitesimais. A partir daquele primeiro “agora” criador, em sucessivos “agoras” tão próximos um dos outros que se fossem mais próximos não existiriam, as consciências puntuais se uniram em estruturas de consciência de posição na reta (uma direção), no plano (duas direções) e no sólido (três direções), em sucessivos “agoras” de duração infinitesimal, sempre no sentido de formar estruturas de consciência cada vez mais complexas, a partir da consciência do tetraedro infinitesimal constituído por quatro vértices (pontos) tão próximos que se fossem mais próximos seriam um só ponto. Tetraedros conscientes, que se ligariam em linha por seus vértices formando ondas conscientes ou em aglomerados quase esféricos, por seus lados justapostos, formando corpúsculos conscientes livres, inicialmente instáveis e posteriormente estáveis, sendo tais ligações resultantes também de consciência própria. Este seria um universo apenas de pensamento – psíquico – que em velocidades instantâneas formavam estruturas de consciência SOU em todo o espaço infinito, logo seguidas de consciência ESTOU em “agoras” sucessivos de consciência do outro. Tão complexos se tornaram esses aglomerados de consciência, que se tornaram “pesados”, com massa, que assim é quantidade de pensamento, de tal modo que uma sucessão de agoras ganhou dimensão e com isso surgiu a estrutura física. Com esta, apareceu a realidade em quatro dimensões (uma duração e três direções), mas uma realidade livre, de ondas e corpúsculos (partículas) infinitesimais a se moverem em velocidades quase instantâneas. Tornando-se mais volumosas e complexas, as ondas e partículas perderam velocidade, passando de valores psíquicos para outros, bem menores, físicos, isto é, da atualidade para a realidade. A atração da consciência que ligava pontos, linhas, planos e sólidos geométricos do universo puramente matemático passou a ter estado de força e assim surgiu aquela que fez a massa (quantidade de consciência) atrair outra massa, submetendo-a ao seu campo e criando a energia e a matéria, em “quantuns” ainda muito pequenos. Das partículas livres de quase-matéria (quamas) para as que se submeteram a tal força, formando o átomo, ocorreu um processo contínuo de criação que ainda não terminou, obedecendo uma lei de atração e outra, de evolução, na formação de estruturas cada vez mais complexas e mais estáveis de consciência, cujo ápice, para nós, animais humanos intelectuais, é a matéria física – apenas um produto dessa consciência – que também evolui para outros estados de consciência provavelmente já existentes, mas ainda não conhecidos ou sequer percebidos por nossos egos em evolução. Com esta perspectiva, é evidente que há um crescente acúmulo de massa em todo o processo, que tende para um limite: o total de toda a consciência universal, infinitamente grande. Nessa evolução do ego, em massa e complexidade, uma estrutura humana, por exemplo, formada por átomos, seria algo desprezível, se comparada a uma outra formada por galáxias ou conjuntos destas. O ego maior, de toda a consciência assim aglomerada no universo infinito, consciente de toda a existência, seria aquilo ou aquele a quem damos o nome de Deus, que certamente não tem conhecimento especifico de cada um de nós ou de nossa galáxia, do mesmo modo como não temos conhecimento específico de cada átomo de nosso corpo ou muito menos ainda do ser que possa habitar um elétron desse átomo.
Já é muito, portanto, que sejamos iluminados para ver o que está exposto assim objetivamente neste texto, cujo propósito, neste momento, é mostrar que esse Deus existe, sim, porque se o negássemos, negaríamos a existência de todo o Universo. Parece evidente, também, que ele criou o Universo, porque Ele é o Universo e assim, criou a si próprio, num processo instantâneo, saindo do Nada para o Tudo com a velocidade explosiva do pensamento, isto é, da consciência que sempre existiu em cada ponto, sem início e sem fim, mas em permanente e contínua evolução do Todo e de cada uma de suas partes individualizadas em egos tão primários quanto a consciência do ponto e tão definitivos quanto a consciência total do espaço. Podemos dizer, assim, que, como nosso Ego, eterno, em contínua evolução, também o Ego de Deus evolui, desde o Nada que foi até onde puder ir o Tudo, em complexidade de consciência.
OBSERVAÇÃO BIBLIOGRÁFICA: Meus primeiros textos sobre este assunto surgiram no Jornal da Bahia, a partir da década de 70, a cada domingo. Em 1981, pela Edições Melhoramentos (São Paulo), foi publicado meu livro “Humanidade – Uma Colônia no Corpo de Deus”. Seguiram-se artigos também no jornal A Tarde, de Salvador (décadas de 80 e 90). Em 2009, publiquei o artigo “Teoria Unificada do Universo” na Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (disponível no Google, bastando pesquisar com seu título, o nome do autor e a palavra “consciência”). Finalmente, neste blog, aos sábados, desde março até maio/2010 e em textos que foram publicados em seguida, até hoje, aqui. Tudo isso será reestruturado num único livro.
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